Lula inaugura espaço em homenagem à mãe

SÃO PAULO – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse há pouco durante rápida conversa com jornalistas que não iria comentar o filme “Lula, o Filho do Brasil”. “Não comento porque ainda não vi, depois posso comentar”, afirmou. Lula participou hoje à tarde da inauguração do parque Cidade dos Direitos da Criança e do Adolescente, que leva o nome de sua mãe, Eurídice Ferreira de Mello, a Dona Lindu, em São Bernardo do Campo, Grande São Paulo. Em seu discurso de inauguração do espaço, Lula disse que o problema das crianças e adolescentes desamparados resulta em pessoas sem esperança.

“Foram duas décadas e meia de crise econômica que resultaram num processo de desestruturação da economia familiar, gerando pessoas sem perspectiva de estudo e de trabalho, às vezes criando um clima de guerra dentro da família”, afirmou o presidente. “Foram mais de 25 anos em que a economia do País ficou atrofiada. Não houve investimentos em universidades nem no ensino fundamental”, acrescentou. De acordo com o presidente, é impossível recuperar jovens desamparados se não houver concomitantemente a recuperação da família.

Dona Lindu morreu em 1980 aos 65 anos vitimada por um câncer de útero. Natural de Pernambuco, ela morou durante muitos anos no Bairro Pauliceia, em São Bernardo, o mesmo onde foi construído o espaço, ao custo de R$ 4,3 milhões, que transformou a área de 36 mil metros quadrados em sede administrativa da Fundação Criança e em um centro de referência para crianças e jovens.

Pouco depois das 20h (de Brasília), Lula se dirigiu ao pavilhão de exposições Vera Cruz, onde será apresentado o filme “Lula, o Filho do Brasil”, estrelado pela atriz Glória Pires, no papel de Dona Lindu, com direção do cineasta Fábio Barreto.

agencia estado

Rizzolo:É contra esse estado de displicência social que o governo tenta se recuperar. Podemos falar de tudo, e todos sabem minhas restrições em relação à politica externa de Lula, porém no plano interno o combate à miséria e à desesperança sempre existiu e não só reconhece isso quem não sabe o que o sofrimento da população pobre deste país

Caminhando na Mata

“Não há nada mais espiritual, do que através do vento nas folhas das árvores, no meio do campo, dia frio e nublado, sentir a grandeza ventando violenta. Movendo os galhos vergados de velhos, emprestando seu gesto numa forma de sim, numa dança harmônica, no bailado da mata. Envolto ao cheiro das plantas molhadas, da terra bem fofa, do olhar sem limite, ouvir Villa-Lobos bachianas talvez, caminhando no vento soprando no rosto, sentir-se bem só e sonhando com Deus. Misturar-se no campo diluindo meu eu, o vento nas folhas me faz sentir bem, livre, tranquilo, perto de Deus, como se aquilo tudo, fosse enfim, uma doce oração, um presente para mim.”

Fernando Rizzolo