Aécio: PSDB deve ir além da aliança com DEM e PPS

RIO – O governador de Minas Gerais, Aécio Neves, disse hoje que “o PSDB deve sair da comodidade de aliança com o DEM e o PPS, que é importante, mas talvez não seja suficiente para vencer as eleições”. Aécio afirmou que pode trabalhar pela aproximação com partidos como PSB, PDT, PP e com setores do PMDB e reiterou a decisão de esperar somente até o início de janeiro por uma definição dos tucanos sobre a candidatura à Presidência da República.

O governador reconheceu ter um prazo diferente do colega José Serra, governador de São Paulo, que quer adiar o anúncio do candidato tucano para o fim de março. Aécio informou que, por enquanto, mantém seu nome como possibilidade para disputar a sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e evitou falar em concorrer ao Senado. “No final de março as alianças que poderíamos construir já terão buscado outro caminho. Os ativos que eu poderia agregar à nossa candidatura terão buscado outras alianças. A partir de janeiro a contribuição que eu poderia dar se torna mais difícil”, disse o governador, depois de participar de um almoço na sede da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan).

Programa de TV

Aécio criticou a estratégia do PT de fazer da eleição presidencial de 2010 uma disputa plebiscitária, com comparação entre a gestão do presidente Lula e de seu antecessor, Fernando Henrique Cardoso (PSDB). “O programa de TV do PT (que foi ao ar na semana passada) teve um viés um pouco perigoso ao querer dividir o País entre pobres e ricos, entre os que pensam no povo e os que são contra o povo. É uma falsa discussão”, afirmou o governador de Minas.

O tucano também criticou o governo federal por não reconhecer os avanços anteriores à eleição do presidente Lula. “Se um extraterrestre pousasse sua nave aqui ia achar que o Brasil foi descoberto em 2003 (primeiro ano do governo Lula) e que tudo foi feito de lá para cá”, brincou, durante discurso aos empresários.
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Rizzolo: Acho importante diferenciar o que é uma política voltada aos interesses financeiros, e outra voltada ao desenvolvimentismo. Por mais que o governador Aécio tente minimizar os efeitos políticos do PSDB no decorrer dos anos, fica difícil confrontar com a política de inclusão elaborada pelo PT. Observem que muitos da oposição sempre foram contrários ao Bolsa Família, e agora não possuem coragem para dizer que são contra, sem contar, evidentemente, com toda carga de privatismo contida no governo FHC, portanto, não há que se falar em injustiças eleitorais e sim de disposição política em investir no social. É simples e objetivo.

Cristina Kirchner é ameaçada de morte em transmissão de rádio

BUENOS AIRES – A presidente da Argentina, Cristina Fernández de Kirchner, recebeu ameaças de morte por uma frequência de rádio enquanto ia de helicóptero para o trabalho e o chefe de gabinete disse nesta segunda-feira, 14, que as ameaças foram levadas a sério.

As comunicações de rádio entre o piloto do helicóptero e a torre de controle foram interrompidas na sexta-feira por alguém que dizia “mate ela” e “mate a égua”, como frases obscenas, de acordo com uma gravação de áudio exibida no canal C5N de televisão. Por vários segundos, uma marcha militar é escutada como pano de fundo.

O chefe do gabinete, Aníbal Fernández, disse à estação 10 de rádio que as ameaças foram “muito sérias” e ainda estão sob investigação. Ele disse que o objetivo das ameaças era criar medo, “mas elas não conseguirão isso”.

O governo suspeita que partidários da ditadura militar argentina (1976-1983) podem estar por trás das ameaças. Elas foram feitas no mesmo dia de um julgamento histórico de 19 oficiais militares da época da ditadura, acusados de torturas milhares de presos políticos.

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Rizzolo: Não existem provas de que são estas pessoas que a ameaçaram, mas a probabilidade é que tais ameaças tenham realmente vindo dos partidários da ditadura militar. No Brasil ainda prevalece o bom senso da interpretação da Lei de Anistia, uma lei ampla e irrestrita que, muito embora muitos não admitam, beneficiou ambos os lados. Fora isso são questões interpretativas que não valem a pena serem rediscutidas, vamos evoluir, crescer, e pensar no povo brasileiro.

Maioria dos piscinões de São Paulo está cheia de lixo

SÃO PAULO – Garrafas pets, restos de móveis, entulho e terra suja. Dez dos dezoito piscinões ao ar livre da capital paulista – o 19º piscinão, o do Pacaembu, na zona oeste, é subterrâneo – mais parecem lixões. Criados para amenizar os estragos de enchentes, como a que parou São Paulo na terça-feira, a maioria dos reservatórios da capital está em condições precárias de manutenção.

Quinta e sexta-feira da semana passada, a reportagem visitou os 19 piscinões e constatou que apenas oito estavam limpos. Com a cidade embaixo d água, na terça-feira passada, o prefeito Gilberto Kassab disse que os “piscinões estavam com a limpeza realizada adequadamente”.

Os moradores do Campo Limpo, zona sul, vizinhos do piscinão Jardim Maria Sampaio discordam. “Faz muito tempo que a Prefeitura não limpa isso aí. Basta olhar para os muros e ver a quantidade de lodo e garrafas pets. A sujeira junta ratos, baratas e mosquitos, que acabam indo para as casas”, afirma a vendedora Luzinete de Souza, de 26 anos.

Situação semelhante ocorre na Brasilândia, zona norte, no piscinão do Bananal. “É tanta sujeira que ninguém aguenta o cheiro. Pede para o prefeito vir aqui e ver se está limpo. Fora o matagal, que está cheio de ‘noias’ (usuários de drogas)”, diz o comerciante Antonio Padilha, de 57 anos, que mora próximo do reservatório.

Segundo a Secretaria de Coordenação das Subprefeituras, até outubro foram removidas 120 mil toneladas de lodo e lixo dos piscinões. No ano passado, até dezembro, foram 160 mil. O serviço é executado por empresas contratadas por meio de pregões, que são remuneradas de acordo com a quantidade retirada: em média R$ 70 por tonelada.

O coordenador de drenagem da secretaria, Domingos Gonçalves, defende que a sujeira flagrada pela reportagem é “normal”. “Ninguém vai encontrar um piscinão brilhando nesta época do ano, mas está tudo em ordem”, afirma. “Continuam recebendo água rapidamente e escoando aos poucos, que é a sua função.” As informações são do Jornal da Tarde.

Rizzolo: É, realmente a administração Kassab está problemática. Primeiro as alegações de não houve caos, agora a constatação da imundice nos piscinões. Não é possível que depois de tanto discurso, tanto marketing Kassab abandone a cidade dessa forma. No mesmo passo do mau gerenciamento, estão os aumentos do IPTU, etc. Só através de uma política séria visando combater as enchentes dessa cidade é que chegaremos à normalidade, enquanto existirem as afirmativas de que ” é normal, ou está tudo bem” não sairemos disso.

Charge do Junião para o Diário do Povo