China e Índia compram mais do Brasil em 2009

As exportações brasileiras encerraram o ano de 2009 com uma receita de US$ 152,2 bilhões, valor 22% menor do que o registrado em 2008, informou nesta segunda-feira o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio.

Como reflexo da crise financeira internacional, as vendas caíram para diversos países e regiões, entre eles Estados Unidos (-42,4%), Argentina (-30,9%) e União Europeia (-25,8%).

Considerando os 15 principais destinos dos produtos brasileiros, apenas China e Índia compraram mais do Brasil no ano passado.

As vendas para a China, principal comprador de bens fabricados no Brasil, cresceram 23%, chegando a US$ 20 bilhões.

Já as vendas para a Índia, historicamente na casa dos milhões de dólares anuais, chegaram aos bilhões em 2009. No ano passado, o país comprou cerca de US$ 3 bilhões do Brasil, com um crescimento superior a 200% em receita.

Com esse resultado, os dois países melhoraram sua posição no ranking dos principais destinos das exportações brasileiras.

A China, que há um ano ocupava a terceira posição, passou a ser a primeira da lista. Já a Índia saiu do 39º lugar para encerrar 2009 entre os 10 maiores destinos.

Retomada

Tanto China como Índia conseguiram atravessar a turbulência financeira sem entrar em recessão, sobretudo em função do aquecimento de seus mercados consumidores.

Dois dos principais países emergentes e com uma participação significativa no comércio mundial, China e Índia acabaram contribuindo para a recuperação de outras economias.

O PIB chinês cresceu 8,9% no 3º trimestre em comparação ao mesmo período em 2008, enquanto o da Índia cresceu 7,9%.

Nos Estados Unidos, segundo principal destino das exportações brasileiras, o crescimento econômico foi de 2,2% no 3º trimestre de 2009.

Minério e çúcar

Enquanto os parceiros comerciais do Brasil reduziram em 22% as encomendas de minério de ferro no período de janeiro a novembro, a China ampliou suas compras em 37%.

Com isso, as exportações desse produto para o país asiático chegaram a US$ 6,2 bilhões no período.

Outro produto que contribuiu para o incremento das exportações para a China foi a soja. De janeiro a novembro, a receita brasileira nesse item cresceu 19,5%.

No caso da Índia, o produto brasileiro mais exportado para o país em 2009 foi o açúcar, que gerou uma receita aproximada de US$ 1,2 bilhão, contra os US$ 8,8 milhões no ano anterior.

O aumento está relacionado à seca que afetou o país asiático no primeiro semestre do ano, prejudicando a safra nacional de cana-de-açúcar e diversos outros alimentos.

Além disso, a quebra da safra indiana contribuiu para a elevação do preço do produto, o que beneficiou outros fornecedores, entre eles o Brasil.

Importações

De acordo com o Ministério, as importações caíram 25% no ano passado, também em decorrência da crise financeira internacional. O montante foi de USS 127,6 bilhões.

Com menos acesso ao crédito e menos dinheiro em caixa, as empresas brasileiras reduziram as compras, sobretudo de máquinas e equipamentos.

Entre os produtos mais importados pelo Brasil no ano passado estão petróleo, automóveis e medicamentos.

Diante da possibilidade de um crescimento acelerado da economia no próximo ano, economistas preveem que o país irá acelerar a compra de produtos no exterior.

A expectativa é de que o saldo comercial, que no ano passado foi de US$ 24,6 bilhões, caia para cerca de US$ 12 bilhões em 2010.
agencia estado

Rizzolo: Na verdade a China e a Índia acabaram sendo menos afetados pela crise em função de seu potencial do mercado interno. As medidas promovidas no âmbito financeiro na China conseguiram seus efeitos realizadores. A característica do mercado chinês é ser poupador assim sendo as medidas de desenvolvimento do mercado interno levam mais tempo do que as implementadas em outros países. De qualquer forma é uma excelente notícia mesmo com os problemas cambiais que afetam nossas exportações, principalmente as de manufaturados.

Site de relacionamentos exclui 5 mil membros ‘gordinhos’

O site de relacionamentos BeautifulPeople.com expulsou cinco mil de seus membros após receber reclamações de que eles haviam engordado.

Os excluídos foram selecionados após terem colocado fotos em suas páginas pessoais mostrando que haviam ganhado peso durante as festas de final de ano.

O site só admite novos integrantes se eles forem considerados suficientemente atraentes pelos membros.

Estados Unidos, Grã-Bretanha e Canadá lideraram a lista de países que tiveram o maior número de membros excluídos.

Apesar das críticas, o site não pede desculpas por seu processo de seleção, e se define como “a maior rede de pessoas atraentes do mundo”.

‘Padrão’

Segundo relatos, a medida contra membros obesos teria sido provocada pelos próprios membros, que policiam o site para manter o que consideram como “alto” padrão de atratividade.

“Enquanto negócio, sofremos com a perda de qualquer membro, mas o fato é que nossos membros exigem que o alto padrão de beleza seja mantido”, disse o fundador do site, Robert Hintze.

“Deixar gordinhos pelo site é uma ameaça direta ao nosso modelo de negócio e ao próprio conceito em que o BeautifulPeople.com está fundado.
agencia estado

Rizzolo: Bem o modelo de beleza é pura convenção, e essa atitude insensata deste site apenas corrobora a teoria de que a sociedade massacra os gordos. Entendo atitudes como esta como sendo deploráveis pois ignoram os sentimentos das pessoas agredindo suas auto estimas. O grande problema do peso é a questão saúde, essa sim deveria ser questionada, agora defender a atitude do site como sendo uma questão mercadológica bem mostra o caráter consumista idiota da sociedade moderna, devemos rechaçar essa atitudes, e não achar “engraçadinho “.