SÃO PAULO – A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, voltou a mirar em adversários políticos durante inauguração da barragem Setúbal, em Jenipapo (MG), nesta terça-feira, 19. Em discurso, a pré-candidata do PT à Presidência da República disse que se a oposição vencer as eleições deste ano, vai acabar com o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), de acordo com a rádio ‘CBN’.
Ela também enalteceu as obras do programa e declarou que elas estão acima de qualquer partido. Durante o evento, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que o governo federal ainda vai inaugurar muitas obras no começo deste ano, porque “daqui a pouco o Geddel (Vieira Lima) não vai mais estar aqui, a Dilma também não vai mais estar aqui”.
Minas Gerais é o segundo maior colégio eleitoral do País. A visita de Dilma, pré-candidata do PT à sucessão de Lula, é parte da estratégia do partido para aproximar a ministra de seu estado natal. Embora seja mineira, atualmente Dilma é mais identificada com o Rio Grande do Sul, Estado em que consolidou sua carreira política.
Além de participar de eventos do governo federal, Dilma também estará em território mineiro para visitar a mãe e para receber homenagens na Câmara Municipal de Belo Horizonte e na Assembleia Legislativa. O argumento para as homenagens é liberação de verbas do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para obras como a duplicação da Avenida Antônio Carlos, em Belo Horizonte.
Há pelo menos um ano, desde que Dilma passou a ser considerada a candidata de Lula ao Planalto, seus principais aliados no Estado – como o ex-prefeito de Belo Horizonte Fernando Pimentel – trabalham na sua “mineirização”. Eles acreditam ser preciso convencer o eleitorado de que, embora tenha passado a maior parte de sua vida fora de Minas, a ministra tem raízes no Estado.
Lula e comitiva seguirão depois para Juiz de Fora, para a inauguração de uma usina termelétrica que utilizará o etanol como gerador de energia. É uma nova experiência, em fase de testes, para a redução do nível de emissões atmosféricas. O embarque para Brasília está previsto somente à noite e a chegada às 21h45.
agencia estado
Rizzolo: Quer queiram ou não, Dilma nasceu em Minas Gerais, se por outras razões passou a maior parte de sua vida em outros Estados, isso não significa que não possui raízes mineiras. O grande problema é que Minas é o segundo colégio eleitoral, e a oposição não aceita Dilma em território mineiro. Em relação ao fim do PAC se a oposição ganhar, não acredito que isso acontecerá, é claro que poderá ser chamado com outro nome, designação, mas entendo que Serra não experimentará uma volta à direita, ao conservadorismo, ao atraso, muito embora seu partido goste disso. Agora PSDB é uma coisa Serra é outra. Vamos ver.