SÃO PAULO – Pesquisa Datafolha divulgada hoje mostra queda na diferença entre os pré-candidatos do PSDB, José Serra, e do PT, Dilma Rousseff, à sucessão presidencial. O levantamento publicado na edição de domingo pelo jornal Folha de S.Paulo, aponta Serra com 32% das intenções de voto; Dilma Rousseff, com 28%; o deputado federal Ciro Gomes (CE), pré-candidato do PSB, com 12%; e a pré-candidata do PV, senadora Marina Silva (AC), com 8%. Na mostra anterior da Datafolha, divulgada em dezembro de 2009, Serra tinha 37%; Dilma 23%; Ciro 13%; e Marina 8%.
A pesquisa foi realizada entre os dias 24 e 25 de fevereiro. Do total de entrevistados (2.623), 9% disseram que vão votar branco, nulo ou em nenhum dos candidatos e 10% informaram que estão indecisos. O levantamento tem margem de erro de dois pontos porcentuais para mais ou para menos.
A pesquisa também apresentou um cenário sem a presença de Ciro Gomes. Nessa simulação, aumentam para 38% as intenções de voto em Serra (ante 40% na pesquisa realizada entre 14 e 18 de dezembro); Dilma atinge 31% (ante 26% da pesquisa anterior); e Marina Silva fica com 10% (11% no levantamento de dezembro).
No cenário de segundo turno, numa eventual disputa entre Serra e Dilma, o tucano lidera com 45% das intenções de voto e a petista aparece com 41%. O levantamento realizado em dezembro apontava Serra com 49% das intenções de voto e Dilma com 34%. Em outro cenário de segundo turno, Dilma vence com 48%, contra 26% de Aécio.
De acordo com o Datafolha, o pré-candidato Serra registra o maior índice de rejeição entre os presidenciáveis, com 25%; seguido de Dilma com 23%; Ciro, com 21%; Aécio, com 20%; e Marina, com 19%. A pesquisa avaliou também o índice de aprovação do presidente Lula. Na mostra, a aprovação ficou em 73% (de ótimo e bom). Na pesquisa de dezembro, este índice foi de 72%, o mais alto patamar de popularidade apurado pelo Datafolha.
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Rizzolo: Como já comentei anteriormente, o grande receio do povo brasileiro é uma volta ao passado quando no governo FHC imperava a opção pelo capital e pelas privatizações em massa beneficiando empresas multinacionais e descapitalizando a industria do país. Os programas de inclusão como o Bolsa Família que incluiu mais de 11 milhões de famílias reduziu significadamente a miséria do país e o povo brasileiro sabe, por experiência própria que se o PSDB vencer tudo isso irá por agua abaixo, a tendência é essa diferença diminuir cada vez mais.
SÃO PAULO – O Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil de São Paulo receberam chamados durante a madrugada deste sábado para verificar a ocorrência de pequenos tremores em vários bairros da capital paulista, em decorrência do terremoto de mais de 8 graus na escala Richter que atingiu o Chile hoje.
Segundo informações das corporações, moradoras de Tatuapé e Mooca, na zona leste de São Paulo; Bela Vista, na região central da cidade, e da Avenida Paulista procuraram a Defesa Civil e o Corpo de Bombeiros para comunicar tremores. “Algumas pessoas ligaram, mas não houve registro de danos nem de feridos”, afirmou o soldado da PM Vladimir Soares, da sala de estação do Corpo de Bombeiros.
O Corpo de Bombeiros informou ainda que foi chamado para verificar efeitos de um tremor rápido em um prédio localizado na Rua Brigadeiro Tobias, no Centro da cidade. Uma equipe foi deslocada para o local, mas não constatou abalos na estrutura do imóvel.
A Defesa Civil informa que opera em estado de atenção, embora, não haja informações sobre vítimas e danos na capital paulista.
Prédio da embaixada chilena sofre rachaduras
O embaixador brasileiro em Santiago, Mario Vilalva, o disse, em entrevista à Band News, que o prédio da embaixada na capital chilena sofreu rachaduras.
Rizzolo: De acordo com a agência geológica americana (USGS, na sigla em inglês), o terremoto teve seu epicentro a 35km de profundidade, na região de Bio Bio, a cerca de 320km ao sul da capital chilena. Em Santiago, o tremor arrancou varandas de edifícios, derrubou pontes, deixou fábricas em chamas e moradores desabrigados e sem eletricidade e sistema telefônico, vamos aguardar mais informações.
“Da primeira vez em que eu (Rav Efraim Birbojm) estive em uma Yeshivá em Israel, no início do meu processo de Teshuvá (retorno aos caminhos da Torá), fui com um pequeno grupo de rapazes passar um Shabat na cidade de Bnei Brak, perto de Tel Aviv. Nesta cidade a grande maioria dos moradores são judeus ortodoxos que cumprem as Mitzvót da Torá. A cidade não tem delegacia de polícia, não existem assaltos e as frutas e livros ficam expostos em mesas no meio da rua, sem vendedores, para que os compradores levem o que querem e deixem o dinheiro em uma caixinha.
Ninguém do grupo conhecia a cidade, apenas tínhamos os nomes e endereços das famílias que nos receberiam para as refeições e para dormirmos (o que havia sido previamente organizado por uma pessoa da Yeshivá). Deixamos nossas malas na casa onde dormiríamos e saímos para o Kabalat Shabat. O jantar, em outra família, terminou um pouco tarde e decidimos dar uma volta para conhecer a cidade. Quando nos demos conta já era quase uma da manhã e decidimos voltar. Como não conhecíamos o caminho, fomos perguntando como chegar para as poucas pessoas que ainda estavam nas ruas. Finalmente chegamos na casa onde deveríamos dormir, mas a porta estava trancada. Batemos por uns 15 minutos e ninguém veio atender. Naquele momento, desanimado, eu sentei no chão e comecei a questionar D’us: “Eu estou aqui, em uma cidade estranha, disposto a guardar o Shabat, então o que Você quer de mim?”.
Sem lugar para dormir, decidimos procurar alguma sinagoga aberta onde pudéssemos passar a noite. Porém, não havia mais ninguém na rua e estávamos completamente sem idéia de que direção tomar. Começamos a caminhar, mas as ruas pareciam todas iguais, cada vez nos sentíamos mais perdidos. Foi quando vimos um homem acompanhado de 2 filhos pequenos caminhando na rua. Corremos para pedir informações de como chegar em alguma sinagoga aberta e, após explicarmos o que fazíamos tão tarde na rua, ele nos convidou para passarmos a noite em sua casa. Nos serviu chá, bolos e ofereceu o quarto onde os seus filhos dormiam para que ficássemos confortáveis. Ficamos muito agradecidos por tanta hospitalidade, principalmente com pessoas que eles nem mesmo conheciam. Antes de dormir, o dono da casa veio nos dar boa noite e nos contou algo que nos deixou perplexos:
– Hoje é o Yortzait (aniversário de falecimento) da minha querida mãe. Durante todo o dia eu pedi para D’us me ajudar a encontrar alguma Mitzvá especial para fazer no Shabat e assim elevar a alma dela. Mas o que eu poderia fazer de especial em uma cidade onde todos já são religiosos? Todos já têm suas casas para passar o Shabat e fazer suas refeições, quem eu poderia convidar? Agora eu vejo que D’us escutou as minhas Tefilót (rezas), pois Ele me mandou vocês para que eu pudesse cumprir a Mitzvá de receber convidados no Shabat e assim elevar a alma de minha mãe.
Fomos dormir impressionados com tudo o que havia acontecido. Na manhã seguinte voltamos à casa onde deveríamos ter dormido. Eles estavam muito preocupados conosco e explicaram que não queriam dormir com a porta aberta, por isso a trancaram e a cada meia hora eles vinham até a porta para ver se havíamos chegado. Os 15 minutos que estivemos lá batendo na porta foram justamente quando eles estavam no quarto, de onde mal se ouviam as batidas.
Naquele momento tudo fez sentido. Aquele questionamento que eu havia feito para D’us, “o que Você quer de mim?”, estava respondido. Ele queria me dar uma das lições mais importantes da minha vida: que não existe acaso, Ele tem o controle sobre todas as coisas que acontecem e pode mudar tudo apenas para atender a Tefilá de um homem que queria elevar a alma de sua mãe. (História Real)
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Neste Shabat lemos a Parashá Tetzavê, que continua descrevendo detalhes do Mishkan (Templo Móvel), em especial as roupas que o Cohen Gadol (Sumo Sacerdote) utilizava durante os serviços no Mishkan. Lemos também a Parashá Zachor, um trecho da Torá que nos relembra da nossa luta contra o povo de Amalek e tudo o que eles fizeram contra o povo judeu no deserto. Por que a Parashá Zachor é lida justamente neste Shabat? Pois após o Shabat, no sábado de noite (em Jerusalém no domingo de noite) começamos a comemorar a festa de Purim, revivendo com alegria o milagre da salvação do povo judeu nos dias de Mordechai e Ester, quando fomos salvos do extermínio certo. A história de Purim é mais um “round” da nossa luta contra Amalek, pois Haman, o homem que queria exterminar o povo judeu, era do povo de Amalek.
Uma das principais Mitzvót de Purim é ler a Meguilat Ester, o livro do Tanach que descreve a subida do rei Achashverosh no poder, a escolha de Ester como rainha, a subida de Haman e a sua posterior queda. Infelizmente temos muitas vezes uma visão infantil da Meguilá, como se ela fosse apenas um livro de histórias. A verdade é que se nos aprofundarmos na Meguilá poderemos aprender importantes lições para nossas vidas.
Por exemplo, no segundo capítulo a Meguilá nos conta que Mordechai descobriu que Bigtan e Teresh, dois homens da guarda pessoal do rei Achashverosh, planejavam matá-lo. Mordechai imediatamente informou Ester e ela contou ao rei. Investigações foram abertas, o plano foi descoberto e Bigtan e Teresh foram enforcados. O que isto mudou na história do povo judeu? Muitos anos depois, quando certa noite o rei Achashverosh não conseguia dormir, ele pediu a seus serviçais que lessem o livro das crônicas, onde constava tudo o que havia ocorrido no reinado. Então ele escutou novamente o episódio de Bigtan e Teresh e lembrou-se que Mordechai havia salvado sua vida e nunca havia recebido nenhuma recompensa por isso. A partir deste momento a sorte do povo judeu começou a mudar.
Mas se pararmos para refletir sobre este acontecimento, surge uma grande pergunta: o rei Achashverosh não era nenhum Tzadik (Justo). Ele pegou Ester à força para ser sua esposa e mostrava seu poder exibindo em público os tesouros roubados do Beit-Hamikdash (Templo Sagrado). Portanto, por que Mordechai decidiu salvar a vida de Achashverosh e não preferiu deixá-lo morrer para poder salvar Ester?
Para responder esta pergunta precisamos antes de tudo entender a luta espiritual que existe entre o povo judeu e o povo de Amalek. A essência de Amalek é ensinar que tudo é um grande acaso, que não existe um Criador nem uma ordem nas coisas que ocorrem no mundo. O nome Purim vem da palavra “Pur”, que significa sorteio, pois Haman sorteou o dia em que o povo judeu seria exterminado, tentando mostrar através do sorteio que tudo é um grande acaso. Já a essência do povo judeu é ensinar ao mundo que existe um Criador, que não apenas criou o mundo mas que cuida de cada um de nós com “Hashgachá Pratid” (Supervisão Particular). Tudo o que acontece tem um motivo, tudo o que ocorre está de acordo com os planos de D’us para o mundo. Não há acaso nem coincidências.
E assim vivem os Tzadikim, com a certeza de que tudo o que o Criador do mundo faz é com algum propósito, nada é por acaso. Cada pequeno detalhe tem um motivo, pois tudo é controlado por D’us. Quando Mordechai escutou o plano de Bigtan e Teresh para matar o rei, ele parou para refletir e perguntou para si mesmo: “Se a morte de Achashverosh fosse algo bom para o povo judeu, então ele teria morrido e eu não ficaria nem sabendo dos planos. Mas se D’us me fez escutar o plano deles é porque certamente é minha função interferir”.
Portanto, a Meguilá é um ensinamento de como vencer a guerra contra Amalek. Mordechai não sabia que no futuro este acontecimento mudaria toda a história do povo judeu. Mas ele também não precisava saber disso. Tudo o que ele precisava saber é que nada que ocorre no mundo é por acaso. Tudo tem um porque. Assim ele venceu Haman e assim podemos vencer Amalek. Tendo a certeza de que não existe acaso, que D’us está em cada detalhe de nossas vidas. E para isso não é necessário uma fé cega. Se pararmos para refletir sobre nossas vidas, certamente vamos enxergar vários momentos em que a mão de D’us estava evidente. Quanto mais certeza colocarmos no nosso coração de que tudo o que ocorre em nossas vidas é com Hashgachá Pratid, mais estaremos contribuindo para vencer a luta contra Amalek.
SHABAT SHALOM
Rav Efraim Birbjm
Tenha um sábado de paz
Fernando Rizzolo
Os empresários da indústria brasileira ficaram mais confiantes em fevereiro, informou a Fundação Getúlio Vargas nesta sexta-feira (26).
O Índice de Confiança da Indústria (ICI) subiu 1,9%, ao passar de 113,6 para 115,8 pontos, o maior nível desde dezembro de 2007.
“Apesar dos sinais de acomodação da produção na virada do ano, o elevado grau de otimismo do empresariado fica evidenciado nas previsões favoráveis para novas contratações e nas perspectivas para os negócios no horizonte de seis meses”, informou a FGV em comunicado.
De acordo com o indicador, houve melhora tanto na percepção dos empresários sobre a situação presente quanto em relação aos próximos meses.
Em fevereiro , o Índice da Situação Atual (ISA) avançou 0,7%, ao passar de 112,6 para 113,4 pontos; e o Índice de Expectativas (IE) elevou‐se em 3,3%, de 114,5 para 118,3 pontos, o maior da série histórica da FGV.
“Pelo sexto mês consecutivo, o IE supera o ISA, indicando otimismo em relação aos meses seguintes”, informou a nota.
Segundo a FGV, a coleta de dados para a pesquisa foi realizada entre os dias 02 e 23 de fevereiro e ouviu 1.056 empresas, responsáveis por vendas de R$ 584,7 bilhões em 2008.
globo
Rizzolo: É um dado importantíssimo, a confiança na indústria traduz um aumento das contratações. De qualquer forma essa confiança não pode ser quebrada com um eventual aumento das taxas de juros, só assim poderemos construir um mercado interno forte que diminuirá a nossa vulnerabilidade por imprevistos no mercado internacional.
BRASÍLIA – O diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Dirceu Raposo de Mello, criticou nesta quarta-feira, 24, a transformação de farmácias em estabelecimentos comerciais que vendem os mais variados produtos.
“Hoje a farmácia é um estabelecimento banal em que se comercializa tudo, e o medicamento não pode ter esse tratamento. Ele é produto especial, e, portanto, precisa de condições e regras especiais para o tratamento dele, para sua utilização”, disse em entrevista ao programa de rádio Brasil em Pauta, produzido pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom) em parceria com a Empresa Brasil de Comunicação (EBC).
Dirceu Raposo ressaltou que mesmo os medicamentos sem prescrição médica não estão isentos de orientação técnica adequada de um profissional, por isso é necessária a presença de um farmacêutico no local.
“O cidadão tem que entrar na farmácia e exigir a orientação do farmacêutico. Eu não posso admitir que nesse país uma farmácia funcione sem farmacêutico o tempo todo para atender o cidadão. É a mesma coisa de a gente dizer que o hospital vai funcionar sem médico de noite, porque de noite o movimento é fraco.”
Para ele, o usuário de medicamento não pode ser tratado como um simples consumidor. “O medicamento é um produto que não é simples. Por isso, não gostamos de chamar o usuário medicamentos de consumidor, porque a gente consome bala, sorvete, mas medicamento a gente só deve fazer uso dele quando necessita, para manter ou recuperar a saúde.”
De acordo com o diretor-presidente da Anvisa, apenas dois itens da resolução que estabelece novas regras para farmácias e drogarias estão em discussão no Judiciário quanto a sua obrigatoriedade. Ele alerta que a agência está trabalhando em conjunto com as vigilâncias estaduais e municipais no sentido de fiscalizar e fazer cumprir os demais itens da resolução.
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Rizzolo: As farmácias assim como os hospitais hoje no Brasil são ” bens de comércio”. A política de se transformar a saúde em oportunidade para se obter lucros, ganhar dinheiro, é típica de países que tomaram como exemplo em sua política de saúde pública os EUA, e que hoje se encontram em situações difíceis. A Europa por exemplo possui uma rede de saúde pública estatal e eficiente, e no tocante às farmácias o controle é rigoroso. Saúde é algo que deve ser tutelado pelo Estado, e não jogado em sua maior parte à iniciativa privada ou a planos de saúde onde os consumidores acabam ficando reféns por falta de opção.
SÃO PAULO – O cérebro de uma pessoa “rica” se alegra quando um “pobre” ganha algum dinheiro, mas o cérebro do “pobre” não acha graça em ver o rico enriquecer ainda mais, o que sugere a presença de um instinto de aversão à desigualdade instalado no cérebro humano. “Ricos” e “pobres”, no caso, são voluntários de um experimento envolvendo distribuição desigual de dinheiro e ressonância magnética, realizado por pesquisadores dos EUA e Irlanda e publicado na edição desta semana da revista Nature.
“Nós vemos atividade em parte do cérebro associadas à resposta a recompensas quando voluntários observam a si mesmos ou outras pessoas recebendo vantagens monetárias em potencial”, explica um dos autores do trabalho, John O’Doherty, do Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech), em entrevista ao estadao.com.br.
Na realização do estudo, voluntários, divididos em duplas, receberam US$ 30 cada e, em seguida, participaram de sorteios onde, dependendo do resultado, cada um foi designado “rico” (recebendo US$ 50 a mais) ou “pobre” (não recebendo nenhum dinheiro extra).
Os voluntários das duplas foram então submetidos então a ressonância magnética funcional do cérebro, enquanto um pesquisador propunha novas transferências de dinheiro para um ou outro membro, analisando a atividade de duas áreas – o estriato ventral e o córtex frontal ventromedial – que reagem ao recebimento de recompensas.
Tanto “ricos” quanto “pobres” tiveram aumento na atividade cerebral das regiões analisadas quando recebiam a proposta de obter mais dinheiro. No entanto, o cérebro dos “ricos” animava-se mais quando a proposta de ganho era feita ao “pobre” do que quando era dirigida a si mesmo. No caso dos participantes “pobres”, o efeito era o oposto: a área de recompensa do cérebro era mais estimulada por ganhos próprios do que por pagamentos ao “rico”.
Além de se submeter à ressonância magnética, os participantes também responderam a questionários sobre a experiência. Ambos os grupos disseram valorizar as recompensas extras recebidas, embora os membros do grupo rico dessem menos valor a esses ganhos que os do grupo pobre. E, em contraste com os dados cerebrais registrados, os “ricos” responderam dizendo que davam mais valor aos pagamentos recebidos pessoalmente do que aos feitos aos “pobres”.
“Sim, isso é intrigante”, diz O’Doherty, sobre a diferença entre a resposta verbal e a prevista pela ressonância. “Mas, claro, são esses enigmas que nos levam a realizar novas investigações. Minha intuição é de que, se pedíssemos às pessoas para realmente escolher entre várias transferências que variem no grau de aversão à desigualdade, poderíamos encontrar padrões de escolha parecidos com os que vimos no cérebro”.
Outra característica do estudo é o fato de ele evitar estabelecer qualquer tipo de competição ou custo para os participantes: nem “ricos ” e nem “pobres” sofreram perdas quanto o outro grupo ganhava mais recursos. Mas essa situação não difere da percepção dos efeitos da desigualdade que existe na sociedade?
“A razão pela qual não fizemos isso é que se um aumento na riqueza de um jogador estivesse associada a uma redução na de outro, então efetivamente um jogador estaria sendo punido e o outro recompensado”, explica O’Doherty, acrescentando que isso complicaria o trabalho.
“Estaríamos olhando para reações a recompensas a si mesmo e ao outro, e reações à punição de si mesmo e do outro”, o que criaria a dificuldade extra de “desemaranhar” os diferentes impactos na atividade cerebral.
Com a ressalva de que a evolução biológica de fenômenos com a aversão à desigualdade não é sua área de especialização, o cientista cita a necessidade de coesão dentro dos grupos humanos como uma possível causa desse mecanismo.
Mesmo reconhecendo que os seres humanos competem e lutam entre si, ele pondera que “a presença de um certo grau de aversão á desigualdade pode ser um fator importante em moderar essa competição, reduzindo a probabilidade de que o excesso de competição faça com que os grupos se destruam por completo”.
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Rizzolo: Isso comprova que a ganância, o individualismo, a exploração, não pertencem à esfera da boa índole da espécie humana. O bom senso, o conceito de justiça, a religiosidade acabam dirigindo os bons espíritos de justiça a uma melhor compreensão da necessidade de se diminuir as desigualdades sociais. Descobriu-se enfim, através de uma máquina, aquilo que alma humana por anos já proclamava, Liberdade, Igualdade e Fraternidade.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu nesta terça-feira (23) o início de um debate na Organização das Nações Unidas (ONU) sobre a polêmica envolvendo a exploração petroleira nas Ilhas Malvinas por uma empresa britânica, criticada pela Argentina.
Lula fez a declaração na Cúpula do Grupo do Rio, no México, evento no qual representantes de 32 países da América Latina e do Caribe estiveram reunidos. No encontro, os líderes aprovaram por unanimidade a reivindicação da Argentina pela soberania sobre as ilhas.
Os argentinos não aceitam a ação da empresa Desire Petroleum na região e se baseiam em uma resolução da ONU de que nada poderia ser feito nas ilhas sem o consentimento dos dois países, que entraram em guerra em 1982 pela posse das ilhas.
‘Qual explicação?’
Durante a cúpula, Lula disse não ser possível que a Argentina não tenha soberania sobre as Malvinas e que esse direito seja exercido por um país a 14 mil quilômetros de distância.
“Qual é a explicação política das Nações Unidas para que não tenham tomado uma decisão? Será o fato de a Inglaterra participar como membro permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas a razão para que eles podem tudo e os outros não podem nada?”, indagou Lula. “É necessário que comecemos a lutar para que o secretário-geral das Nações Unidas reabra este debate com muita força dentro das Nações Unidas”, afirmou.
“Não é possível que as Nações Unidas continuem com um Conselho de Segurança que seja representado pelos interesses políticos da Segunda Guerra Mundial, que não levem em conta todas as mudanças que ocorreram no mundo”, disse Lula. “A ONU se distancia e os países individualmente se ocupam de seus assuntos, porque a ONU perdeu representatividade”, afirmou.
globo
Rizzolo: Essa disputa pela soberania das ilhas Malvinas ou Falklands nunca terá fim, o bom seria o Brasil não se envolver nessa discussão, quem teria ainda maior legitimidade para discutir essa disputa,se assim fosse, seria os franceses que foram os primeiros a lá se estabelecer. O governo argentino volta à discussão com a pura finalidade política nacionalista, um problema que na realidade vem ao socorro interno fruto da fragilidade política e econômica do governo de Cristina Kirchner.
BRASÍLIA – O assessor especial da Presidência da República e coordenador dos estudos para implantação do Plano Nacional de Banda Larga, Cezar Alvarez, disse hoje que o governo “está muito tranquilo” com a possibilidade de utilizar a Telebrás para ser a gestora do programa de expansão da internet rápida no Brasil, porque essa hipótese vem sendo considerada, segundo ele, desde 2004, quando o governo iniciou o projeto Computador para Todos. “Não é segredo que o governo tenta usar suas redes como elemento ''ofertador'' e regulador do mercado. Se vai ser através desta ou daquela empresa, tem estudos que mostram que a Telebrás é a empresa com maior possibilidade, que acumula as melhores condições para exercer a gestão”, afirmou.
O assessor disse que não tem conhecimento da denúncia publicada hoje no jornal Folha de S.Paulo de que o ex-ministro José Dirceu tenha se favorecido no processo de reativação da Telebrás e de utilização das redes de fibras óticas da Eletronet no programa de massificação da banda larga. Depois de participar de seminário em Brasília, Alvarez disse que não havia lido ainda os jornais do dia, mas assegurou que não há nenhum constrangimento com as denúncias e especulações envolvendo as ações da Telebrás na Bolsa de Valores. “Das informações que detenho e da tranquilidade como nós estamos trabalhando essa questão, não tenho o menor constrangimento e sei que o Plano Nacional de Banda Larga não se afastará um centímetro de suas diretrizes”, disse.
Sobre a possibilidade de criação da CPI da Telebrás, que será proposta pelo líder do DEM na Câmara, deputado Paulo Bornhausen, Alvarez disse que respeita as prerrogativas do Legislativo, mas provocou. “Só espero que não seja mais um elemento para fugir da discussão da necessidade que o Brasil tem da banda larga ou para fugir dos problemas que esse próprio partido tem em outras searas”, disse Alvarez, numa referência ao mensalão do DEM, no Distrito Federal.
Sobre a valorização das ações da Telebrás, Alvarez disse que desconhece os mecanismos do mercado financeiro e que informações privilegiadas devem ser combatidas pela publicidade do fato. “Desde 2004 há registros sobre a possibilidade de a Telebrás ser usada. A partir daí, qualquer observação será especulativa”, disse.
Questionado sobre o motivo de o governo não anunciar oficialmente que usará a Telebrás, para evitar especulações, Alvarez disse que a decisão ainda não foi tomada e que deverá sair na próxima reunião que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva terá com vários ministros. Inicialmente essa reunião estava prevista para a primeira quinzena de março, mas, segundo Alvarez, por problemas de agenda do presidente, ela deverá ocorrer no fim de março ou no início de abril. Segundo ele o presidente Lula tem falado sobre a reativação da Telebrás, porque conhece os estudos e sabe que a Telebrás é a empresa que tem as melhores condições para ser a operadora da expansão da banda larga. Ele lembrou que o governo tenta há cinco anos, no Judiciário, através da Eletrobrás, recuperar as redes de fibras óticas que pertencem à Eletronet.
agencia estado
Rizzolo: O grande desafio hoje é viabilizar o programa de expansão da internet rápida no Brasil. Nisso tudo existem os que odeiam a participação do Estado e de tudo fazem para desqualificar o processo, usam de todos meios e subterfúgios para saciar a sede do capital e dos interesses de poucos. Afirmar que a reativação da Telebrás beneficiaria empresa que José Dirceu assessorou, ou que por detrás disso tudo está o ex. ministro, entendo ser mais um argumento pobre para fugir da discussão maior, que é sim manter esse projeto, o Plano Nacional de Banda Larga (PNBL), nas mãos do Estado brasileiro. Definitivamente a Telebrás deve ser reativada para esse fim, aliás, a discussão sobre a ressurreição da Telebrás vem desde 2004, e de forma transparente, o resto é bobagem da oposição, pura manobra diversionista, de uma oposição sem discurso.
“Uma grande nação jamais poderá esquecer seus velhos.” Esta antiga frase, que há muito ouvimos, na realidade contrapõe-se à visão mercadológica apregoada pela mídia, que, de forma geral, sempre tentou impor a versão de que o novo, o jovem, é o modelo ideal a ser seguido, e que o velho, ou ultrapassado, deve ser descartado. Na seara do trabalho, no que diz respeito às oportunidades de crescimento pessoal, a figura do mais idoso denota certa fragilidade, e cada vez mais idosos entram num processo de baixa autoestima, quando poderiam continuar dando sua contribuição à sociedade.
É verdade que no Brasil houve grandes avanços em relação aos direitos dos idosos, mas ainda há muito que se fazer. Hoje, o país tem 14,5 milhões de idosos – ou 8,6% da população total –, segundo informa o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) com base no Censo 2000. O instituto considera idosas as pessoas com 60 anos ou mais, mesmo limite de idade considerado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para os países em desenvolvimento.
Em uma década, o número de idosos no Brasil cresceu 17%. O envelhecimento da população brasileira é reflexo do aumento da expectativa de vida, decorrente do avanço no campo da saúde e da redução da taxa de natalidade. Além dos mecanismos já existentes de proteção aos idosos, precisamos implementar políticas de sustentação desse segmento da sociedade que já deu o seu quinhão de colaboração ao país, segmento esse que ainda vive às tormentas de uma sociedade baseada na produção e na associação entre a figura do jovem como sendo o produtivo e do idoso como colocado em posição de descarte.
Foi com base nesse pensamento que o presidente Lula sancionou a lei que institui o Fundo Nacional do Idoso (FNI). A mesma legislação também autoriza deduzir do imposto de renda de pessoas físicas e jurídicas as doações feitas aos fundos municipal, estadual e nacional do idoso. Este fundo visa financiar os programas e as ações relacionados ao idoso, para assegurar os direitos sociais. Na realidade, o fundo pretende criar condições que promovam autonomia, integração e participação efetiva do idoso na sociedade. Os recursos serão usados de acordo com o que diz o artigo 115 do Estatuto do Idoso: “O Orçamento da Seguridade Social destinará ao Fundo Nacional de Assistência Social, até que o Fundo Nacional do Idoso seja criado, os recursos necessários, em cada exercício financeiro, para aplicação em programas e ações relativos ao idoso”.
Programas de proteção aos direitos do idoso vão muito além dos recursos financeiros que o Estado deve prover. Devemos nos fixar numa política de divulgação entre os jovens, baseada nos conceitos de respeito e carinho aos mais velhos. É bom lembrar que infelizmente hoje não existe mais o respeito, a consideração que outrora existia às gerações passadas. Estimular uma educação nos moldes de alguns países asiáticos como o Japão, onde o predomínio pelo cuidado e zelo ao idoso surge já infância, pavimentará uma real política em relação aos velhos do futuro, que finalmente terão um final de vida digno, jamais esquecido pela nação brasileira.
Fernando Rizzolo
O presidente Lula é um excelente orador, com impressionante capacidade de improviso e grande facilidade para responder a perguntas incômodas – embora não haja perguntas incômodas, apenas respostas inconvenientes. Chamou a atenção, portanto, a dificuldade com que falou a O Estado de S.Paulo sobre o Mensalão. E essa dificuldade vem desde que o Mensalão foi denunciado: na ocasião, Lula disse que foi traído, mas não disse por quem, nem quando, nem como.
Agora, prometeu que vai investigar o caso ao deixar o Governo. “Quero saber de algumas coisas que não sei e que me pareceram muito estranhas”. Justo; mas por que não investigar agora, que tem o poder nas mãos, que comanda a Abin e a Polícia Federal, e deixar para depois, quando já não terá quem faça o serviço?
Há realmente coisas muito estranhas. Quem denunciou o Mensalão foi o presidente nacional do PTB, deputado Roberto Jefferson. Jefferson continua na presidência nacional do PTB e o PTB continua na base do Governo. Depois de uma denúncia dessas, por que não deixou o Governo? Por que o Governo o aceita?
Há os dólares na cueca, que antecederam em muito o dinheiro nas cuecas e nas meias do Panetonegate. Até hoje não se sabe qual a origem dos dólares, nem qual seria seu destino. Como não se sabe a origem do dinheiro dos aloprados, que tentavam comprar um dossiê contra José Serra. Como não se sabe para que o braço direito da hoje candidata Dilma Rousseff, Erenice Guerra, fazia um dossiê contra Ruth Cardoso. São coisas estranhas. Um enigma dentro de um mistério.
O fruto proibido do Pomar
Por ordem direta do secretário de Relações Internacionais do PT, Valter Pomar, a imprensa foi proibida de assistir aos debates do Congresso do partido. Os jornalistas não puderam assistir nem à palestra da candidata Dilma Rousseff às delegações estrangeiras. Por que? Pomar explicou: “Porque eu estou mandando”.
O gênio e o doido
O vice-governador em exercício de Brasília, Paulo Octavio, havia decidido renunciar em caráter irrevogável. Desta forma, aliviaria a pressão política que sofre e que eventualmente pode atingir a atividade de suas empresas. Comunicou a decisão aos companheiros de partido, aos assessores, à imprensa. Em seguida, copiando os bigodes mais fartos do Senado, revogou a decisão irrevogável e anunciou que quer ficar no cargo, saindo porém de seu partido, o DEM, antes de ser expulso (isso se não mudar de ideia até amanhã). De duas, uma: ou Paulo Octavio é um gênio político e desorienta seus adversários ou está cometendo um grande erro. Paulo Octavio nunca demonstrou até hoje sua genialidade política.
Trinta anos neste ano
O caro leitor com certeza deve lembrar-se do recente anúncio da autossuficiência brasileira em petróleo. Se tiver um pouco mais de idade e forçar a memória, lembrará do anúncio do fim das importações de gasolina, há 30 anos. Bom, o Brasil nunca deixou de importar petróleo. E volta agora a importar gasolina. De onde? A Petrobras começou anunciando importações da Venezuela, mas logo em seguida trocou o discurso: a gasolina virá dos EUA e da Europa. A primeira encomenda é de dois milhões de barris.
Os motivos e os motivos
De acordo com a Petrobras, o motivo da importação de gasolina é a queda da produção de álcool, provocada por mudanças climáticas. De certa forma, é verdade. Mas houve também a alta do açúcar, o que fez com que muitas empresas, esquecendo seu compromisso com o abastecimento de combustível, deixassem a produção de álcool de lado. E houve a alta na venda de veículos, com a redução de impostos. Aparentemente, embora seja tudo Governo, a turma do combustível não acreditou que com menos impostos haveria mais veículos nas ruas.
Os maiorais
A notícia de que a aliança entre Cosan e Shell formaria a maior empresa mundial de álcool ficou velha. Agora a maior é a aliança entre ETH, braço alcooleiro da Odebrecht, e a Brenco, multinacional criada para liderar o mercado mas que nunca chegou lá. Só a queima do bagaço deve gerar o equivalente a mais de um quarto da energia de Itaipu. E um dia, quem sabe, o álcool volta ao mercado.
Má notícia
Lembra do caso do menino João Hélio, que morreu sendo arrastado por um carro? Um dos participantes do roubo do carro, exatamente o que fechou a porta com o garotinho de fora, já está solto: fez 18 anos e não é mais “dimenor”. Enquanto estava detido, tentou assassinar um agente penitenciário. E está sendo protegido pela ONG Projeto Legal, que o considera ameaçado de morte. Tem direito a troca de identidade, a mudança para outra cidade e a uma Bolsa dessas.
Boa notícia
A Câmara de Londrina, no Paraná, discute no dia 23 uma tarifa especial de ônibus: R$ 1,00 aos domingos, em vez dos R$ 2,25 habituais. O projeto, do vereador Paulo Arildo, se baseia numa proposta do deputado federal Luiz Carlos Hauly, do PSDB, quando foi candidato à Prefeitura. Hauly é favorável também à passagem gratuita para estudantes de todos os níveis – mas isso fica para depois.
“Havia um certo camponês que, inconformado com o sucesso de seu vizinho, decidiu iniciar uma empreitada para conseguir aumentar suas propriedades e assim superá-lo. Juntou todo o seu dinheiro e saiu procurando oportunidades. Encontrou um fazendeiro que tinha terras a perder de vista e que lhe fez uma excelente proposta de enriquecimento fácil. O camponês daria todo o dinheiro que tinha e em troca poderia se apropriar de quanta terra conseguisse. A regra era a seguinte: no início do dia o camponês marcaria com uma pedra o início das suas terras. Caminharia o quanto quisesse e marcaria o limite final de suas terra com uma segunda pedra. A única condição seria voltar até o pôr-do-sol até a primeira pedra. Caso ele não conseguisse voltar até o anoitecer, perderia tudo. O camponês aceitou imediatamente a proposta. Em sua cabeça, pensava que aquele fazendeiro era um grande tolo. Seria fácil conseguir muita terra com aquele dinheiro.
Na manhã seguinte o camponês chegou cedinho, marcou com uma pedra o local inicial e guardou no bolso uma segunda pedra para marcar o limite final das suas terras. Começou a caminhar, passou primeiro por terras boas para plantar milho. Mais adiante descobriu um pedaço excelente para o cultivo de batatas. E assim, durante todo o dia, ele percebeu que surgiam cada vez terras melhores. Sempre que ele pensava em parar e marcar o limite de suas terras para começar a voltar, ele se lembrava de seu vizinho e por isso queria mais.
E assim, deslumbrado com tantas terras boas e motivado pela inveja, ele seguiu o dia inteiro caminhando. De repente, quando se deu conta, percebeu que o sol já começava a aparecer no horizonte. Desesperado, ele colocou a segunda pedra no chão e começou a voltar. Primeiro em passos cadenciados, mas o desespero começou a tomar conta dele e os passos foram se transformando em uma corrida. O tempo acabava e ele não conseguia ver nem de longe o local onde estava a primeira pedra. Apavorado, correu com todas as forças que tinha enquanto o sol ia sumindo no horizonte. Finalmente chegou, completamente exausto, na primeira pedra. Mal podia falar, mal podia se mover. Caiu imóvel no chão e pôde ver o céu. Já era noite, as estrelas já tinham saído. O tempo havia acabado, ele havia perdido o dinheiro. Pela inveja do vizinho ele havia perdido tudo o que tinha”.
Esta história se repete todos os dias. Ao invés de estarem satisfeitas com o que têm, as pessoas estão sempre desejando o que os outros têm. Pessoas motivadas pela inveja perdem suas famílias, perdem sua saúde, perdem tudo.
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A Parashá desta semana, Terumá, começa a nos contar sobre a construção do Mishkan, o Templo móvel que acompanhou o povo judeu durante os 40 anos no deserto e foi substituído posteriormente pelo Beit Hamikdash (Templo Sagrado) de Jerusalém. E se prestarmos atenção veremos que não apenas esta Parashá trata do Mishkan, cerca de cinco Parashiot inteiras da Torá descrevem os mínimos detalhes de todos os seus utensílios. Então temos que nos perguntar: por que a Torá precisava se alongar tanto na descrição do Mishkan e seus utensílios se o Mishkan foi apenas algo temporário?
A resposta é que apesar do Mishkan ter funcionado somente por alguns anos, em cada detalhe da sua construção há mensagens eternas para todo o povo judeu e não apenas para a geração do deserto. Por exemplo, algo nos chama a atenção sobre uma diferença entre o Aron Hakodesh, a arca sagrada que continha a Torá, e o Mizbeach interno, o altar onde eram oferecidos incensos. Enquanto as medidas do Mizbeach interno eram todas medidas inteiras (um cúbito de comprimento, um cúbito de largura e dois cúbitos de profundidade), as medidas do Aron Hakodesh eram justamente o contrário, todas elas medidas quebradas (dois cúbitos e meio de comprimento, um cúbito e meio de largura e um cúbito e meio de profundidade). O que isto nos ensina?
Explica o Kli Yakar, um famoso comentarista da Torá, que neste pequeno detalhe está contido um grande ensinamento. O Aron Hakodesh que continha a Torá representa a nossa parte espiritual. Em relação ao nosso crescimento espiritual, temos sempre que olhar como se estivéssemos incompletos, que nos falta algo, que estamos apenas na metade do caminho. Temos que olhar sempre para quem tem mais espiritualidade do que nós, criando assim uma inveja positiva que nos leva a um crescimento espiritual. A pessoa que acha que já tem toda a sabedoria que precisa fica estagnada, não cresce mais espiritualmente. Por isso as medidas do Aron Hakodesh são todas quebradas.
Mas ao contrário, em relação ao mundo material, representado pelo Mizbeach de incenso, nas áreas como a riqueza e a honra temos que olhar sempre para aqueles que tem menos do que nós, e buscar enxergar que estamos completos com o que já temos. Por isso as medidas do Mizbeach de incenso são inteiras.
Ensinam os nossos sábios que todas as características que D’us colocou na alma do ser humano, mesmo as que parecem ser apenas negativas, podem ser canalizadas para o lado positivo, como é o caso da inveja. Se a inveja é utilizada para desejar as aquisições materiais que pertencem ao outro, ela se torna uma característica muito negativa e pode levar o ser humano à destruição, como está escrito no Pirkei Avót (Ética dos Patriarcas): “Três coisas tiram o homem do mundo: a inveja, a honra e a busca pelos desejos”. A pessoa invejosa se torna triste e depressiva pois nunca está contente com o que possui e vive em função do que os outros têm. Não importa que o carro dela é bom e tem tudo o que ela precisa, o que importa é que o vizinho tem um melhor e mais moderno. É por isso que o ápice dos 10 mandamentos é “Não cobiçarás”, pois a cobiça destrói a vida do ser humano e pode fazê-los transgredir os outros 9 mandamentos.
Mas D’us colocou a inveja em nossa alma para que possamos canalizá-la para o lado positivo, para o lado espiritual. Para que possamos ver o crescimento espiritual de outra pessoa e desejarmos também crescer espiritualmente. Isto faz com que tenhamos mais incentivos para nos esforçar e atingir nossos objetivos espirituais.
E assim ensinam os nossos sábios: “A pessoa que reza deve voltar seu coração para cima e seus olhos para baixo”. O coração está relacionado com o nosso crescimento espiritual e, portanto, devemos olhar para cima, para quem tem mais de que nós. Já os olhos estão relacionados com o desejo material e, portanto, devemos olhar para baixo, para quem tem menos do que nós. Somente assim poderemos continuar nosso trabalho de crescimento espiritual com a sensação de tranqüilidade de termos todas as ferramentas do mundo material que necessitamos para podermos crescer.
SHABAT SHALOM
Rav Efraim Birbojm
Tenha um sábado de paz !
Fernando Rizzolo
Sessenta e quatro pessoas foram resgatadas com vida após o naufrágio do navio veleiro “Concórdia”, distante cerca de 300 milhas do litoral do Rio (cerca de 550 km). A informação é do Comando do 1º Distrito Naval da Marinha, que foi acionado por volta das 17h de quinta-feira (18), quando recebeu um sinal de emergência do veleiro. Segundo a Marinha, todas as vítimas estão bem.
As vítimas estavam em quatro balsas que foram resgatadas. A Marinha não informou quantos são estudantes, professores ou tripulantes.
Segundo um dos tripulantes que foi resgatado, durante a travessia, o navio, com cerca de 64 pessoas a bordo, enfrentou fortes ventos antes de naufragar.
Segundo a Marinha, uma aeronave da Força aérea Brasileira (FAB) localizou, por volta das 20h, uma balsa salva-vidas com pessoas nas proximidades do local onde foi detectada a emissão do sinal.
A Marinha informou ainda que três navios mercantes que estavam navegando naquela área marítima se dirigiram ao encontro da balsa. Além disso, também partiu do Rio de Janeiro o Rebocador de Alto Mar Almirante Guillobel, com chegada prevista na madrugada do dia 20.
A Fragata Liberal estava marcada para partir do Rio às 9h desta sexta (19).
A Marinha informou ainda que o navio “Concórdia”, pertencente à “West Island College International” do Canadá, estava realizando a travessia de Recife para Montevidéu (Uruguai), tendo partido no dia 8 de fevereiro, com previsão de chegada no dia 23 de fevereiro.
Globo
Rizzolo: Ainda não sabemos as causas do naufrágio, de qualquer forma é uma sorte todos terem saído com vida , vamos aguardar mais informações. Parabéns à marinha pela operação de resgate.
WASHINGTON – Um pequeno avião colidiu nesta quinta-feira, 18, contra um prédio de escritórios em Austin, no Texas, sem que por enquanto haja confirmação oficial de vítimas. Segundo o canal “CNN”, o piloto da aeronave teria derrubado o avião intencionalmente. Antes de roubar o avião, ele incendiou sua casa, informaram oficiais.
O prédio fica próximo aos escritórios do FBI (polícia federal americana) em Austin, a capital estadual. O incêndio gerado após a colisão ainda não foi controlado. Ainda não se sabe de onde o avião saiu.
Apesar de o local já ter sido evacuado, a imprensa afirma que dois funcionários de um dos escritórios do prédio estão desaparecidos.
agencia estado
Rizzolo: A fraqueza do governo Obama promove o desafio de países terroristas. Os EUA precisam entender de uma vez por todas que para continuar a ser potência militar e econômica, precisam ter um discurso duro, firme, e pró ativo com países como o Irã e outros. Observem que quando as nações cujos governos que possuem características de desrespeito as determinações da ONU, principalmente na esfera nuclear, sentiram a fraqueza do ” líder Obama”, os problemas começaram a surgir, e agora, a esta altura não há como deter tais ameaças, contudo ao que parece o caso em questão é de alçada interna ao que tudo indica o piloto inconformado com a voracidade tributária dos EUA, decidiu pela via da violência, coisas dos moradores do Texas, que possuem a tendência de promover o que nós advogados chamamos de exercício arbitrário das próprias razões.
O Brasil criou, em janeiro de 2010, 181.419 vagas formais de emprego, de acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). O resultado é o melhor já registrado em um mês de janeiro desde o início da pesquisa do Ministério do Trabalho, em maio de 2000.
Até então, o melhor resultado para um primeiro mês do ano havia sido registrado em 2008, quando o país abriu 142.921 postos. Em 2009, foram fechadas 101.748 vagas. Nos últimos 12 meses, foram criados 1.278.277 postos de trabalho, uma expansão de 4,01% no contingente de empregados celetistas do Brasil. Desde janeiro de 2003, são 8.897.501 postos de trabalho formais a mais.
O saldo de vagas para janeiro foi resultado da contratação de 1.410.462 de trabalhadores formais e do desligamento de 1.229.043 pessoas. O resultado do mês passado reverte a forte perda de vagas verificada em dezembro de 2009. No último mês do ano, foram fechados 415.192 postos de trabalho. Em todo o ano passado, foram abertas 995.110 vagas formais no país.
Os meses de janeiro têm tradicionalmente uma geração menor de vagas, por conta da menor atividade. Em novembro, do ano passado, por exemplo, a criação de vagas atingiu 247 mil.
A meta do Ministério do Trabalho é encerrar 2010 com a criação de 2 milhões de empregos formais. Com isso, restam a criar ainda este ano 1.818.581 vagas.
Segundo o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, a taxa de desemprego este ano deve ser a mais baixa da história, chegando ao final de dezembro entre 7,4% e 7,3%. “Este ano vai ser o melhor ano de geração de emprego no Brasil”, afirmou.
O próximo mês, de acordo com ele, deverá registrar também a maior criação de vagas da série do Caged. “O Brasil está num momento muito bom e nada melhor do indicativo da economia que a geração de emprego positiva”, disse o ministro.
Setores e estados
A criação de empregos foi mais forte na indústria, com geração recorde de 68.920 postos de trabalho, um saldo superior em 17% ao recorde anterior para um primeiro mês do ano, verificado em 2008. O setor de serviços também teve geração recorde para o período, de 57.889 empregos.
Na construção civil, os 54.330 postos criados representaram o melhor desempenho para o setor de toda a série do Caged.
No mês de janeiro, os únicos que tiveram redução de vagas foram comércio, com -1.787 postos, por conta do final dos contratos temporários de final de ano, e administração pública, que perdeu 806 postos.
Por estados, São Paulo registrou o maior número de postos criados: 51.159, seguido por Minas Gerais (20.492), Santa Catarina (19.290) e Rio Grande do Sul (18.877).
Os únicos estados a perder vagas foram Ceará, onde foram fechados 2.254 postos de trabalho formais, Alagoas (-913) e Acre (-202 postos).
Globo
Rizzolo: É uma excelente notícia que vem ao encontro das políticas pontuais de cunho desenvolvimentista do governo Lula. O grande problema daqui para frente é a política macroeconômica da manutenção das altas taxas de juros, de nada adianta termos um bom desempenho, se logo se desenha uma nova investida na alta taxa dos juros. Precisamos manter o crescimento do mercado interno, o que por conseqüência diminuirá nossa vulnerabilidade no cenário econômico internacional.