A pesquisa Ibope, que mostrou Dilma com 39% das intenções de voto contra 34% de Serra e 7% de Marina, surpreendeu o comando da campanha do PSDB, ao mesmo tempo que o resultado foi comemorado discretamente no PT e no Palácio do Planalto. No QG, a expectativa era que os números registrassem um empate técnico, mas, internamente, a avaliação é que não há fatos que justifiquem a diferença entre essa pesquisa e o levantamento do Datafolha da semana passada , em que Serra e Dilma apareciam empatados tecnicamente.
A cúpula tucana deve analisar os novos números e há quem defenda que Serra deve evitar o confronto direto com Dilma e partir para uma campanha mais propositiva.
“Essa não é uma boa pesquisa para nós. Nossas informações indicam que Serra e Dilma estão empatados. Mesmo assim, vamos refletir sobre os dados”, disse o presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE).
Na campanha de Dilma, os números foram recebidos com cautela. Para o presidente do PT, José Eduardo Dutra, é preciso evitar o “salto alto”, já que este é um cenário indefinido. Ele sugeriu ainda que o discurso bélico de Serra pode ser um dos fatores que tenham influenciado para esse resultado do Ibope.
“Essa pesquisa Ibope está dentro do esperado. Independentemente das divergências de números entre institutos, o que há de concreto é uma tendência de crescimento de Dilma e uma pequena queda de Serra. Mas este é um cenário indefinido”, disse Dutra. “Mas uma coisa é certa: se esse discurso que o Serra tem feito não fez ele cair, também não fez subir”.
O presidente nacional do DEM, deputado Rodrigo Maia (RJ), disse que a eleição está empatada e que será decidida a partir do programa eleitoral no rádio e na TV. Para Rodrigo Maia, Serra deve explorar os pontos fracos do governo Lula e deve reforçar sua atuação no Ministério da Saúde, por exemplo.
“A eleição está empatada. O importante é saber que a eleição vai ser decidida a partir de agora, com o início dos debates”, disse Rodrigo Maia, lembrando que Serra está sempre acima dos 30% e perto dos 40%.
correio do Brasil
Rizzolo: A postura do PT em receber com cautela o resultado boa. Na verdade ainda é cedo para se comemorar mas da forma em que os resultados se apresentam, o PSDB se vê numa situação cada vez mais complicada. Já em São Paulo, Alckmin desponta como o favorito e entendo que as chances do tucano no Estado são boas. Serra infelizmente faz uso da tática do terror, do medo, e isso o povo não gosta, o que o eleitorado quer são propostas e a garantia que os projetos de inclusão irão permanecer, mas isso ele não fala, ou é reticente, esse é o problema.