Dilma estuda mecanismo para repelir onda de mentiras na internet

Candidata ao Palácio do Planalto e campeã do primeiro turno das eleições, Dilma Rousseff afirmou, nesta terça-feira, em entrevista coletiva, que sua campanha não permitirá mais que ataques vis e de baixo nível do adversário fiquem sem resposta. Segundo ela, está em estudo uma forma de esclarecer as dúvidas estimuladas nos eleitores pelos boatos.

– Foi uma campanha tanto mais difícil porque quem me acusava não aparecia. Teve uma campanha insidiosa que não lança verdades. Nós estamos pensando em como nos comportar. Seguramente vamos fazer um movimento para esclarecer nossa posição sobre essas questões – explicou.

Ela lamentou que os adversários políticos tenham feito campanha negativa e espalhado boatos, calúnias e difamações.

Apoio maciço

Os governadores eleitos que fazem parte da base do governo, além de deputados e senadores deverão todos trabalhar em busca de votos para a candidata petista, Dilma Rousseff, no segundo turno. Os comitês de campanha deverão ser mantidos, para ajudar no trabalho.

– Vamos manter toda a estrutura do primeiro turno para continuar a campanha – disse o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, ao sair de reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para discutir o assunto.

Padilha disse que o presidente Lula não irá se licenciar do cargo para ajudar na campanha, mas que continuará trabalhando para que Dilma seja eleita no dia 31 de outubro.

– Ele vai continuar cuidando do país, mas vai se envolver integralmente na campanha de sua candidata”, comentou. “E essa conversa de hoje foi para pedir o envolvimento de todos – afirmou.

A reunião no Palácio da Alvorada contou com a participação dos governadores da base eleitos, de parlamentares e de ministros para falar de balanço dos resultados nas urnas e também estratégias de campanha.

Em busca de votos para o segundo turno, a coordenação da campanha de Dilma pretende estabelecer um diálogo com os eleitores de Marina Silva, candidata que ficou em terceiro lugar.

– Vamos conversar sim com a Marina. E não só com ela, mas também com organizações e entidades que a apoiaram. E também queremos estabelecer um grande diálogo com o eleitor da Marina – afirmou.

Para o governador reeleito de Pernambuco, Eduardo Campos (PSDB), o diálogo com Marina deve ser “respeitoso, respeitando o tempo dela, o tempo do PV”.

Segundo ele, o segundo turno é uma oportunidade de debater as propostas para o país “e não essas denúncias fachistas que fomos vítimas nos últimos dias e que lembram o século 19”.

União do país

Vice-presidente da República José Alencar (PRB) defendeu na manhã desta terça-feira, em Belo Horizonte, a “união de todo o país” em nome da candidatura da ex-ministra Dilma Rousseff à presidência.

– Chegamos com um resultado vencedor no primeiro turno. A regra do jogo permite que a gente ganhe novamente – afirmou.

Durante toda a entrevista concedida à imprensa ao lado do candidato derrotado ao governo de Minas Gerais, Hélio Costa, Alencar fez questão de citar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva repetidas vezes. Ele disse que a vitória de Dilma representará a gratidão não só dos mineiros, mas de todos os brasileiros ao trabalho desenvolvido por Lula ao longo dos últimos oito anos.

Tentando valorizar o protagonismo de Minas na disputa, ele criticou a suposta hegemonia de São Paulo.

– Me preocupa a hegemonia paulista. E é muito importante que as forças políticas estejam juntas – enfatizou.
correio do Brasil
Rizzolo: Esse é o grande problema do jogo sujo da oposição, a boataria contra a Dilma. Eu mesmo recebo inúmeros emails com matéria difamatória contra a candidata Dilma, agora de onde surgem esses boatos, nos podemos imaginar, não é ? De qualquer forma cabe ao cidadão de bem, perceber que uma eventual onde mentira na internet deve ser rechaçada pelo bem da democracia, agora o apoio de Ciro Gomes é uma ótima notícia, a campanha ganhará ainda mais musculatura política adequada.

Mulheres são mais chefes de família na classe C, diz Ibope

SÃO PAULO – As mulheres comandam 32% das famílias de classe C no Brasil, segundo pesquisa divulgada hoje pelo Ibope Mídia Brasil, com dados referentes ao ano de 2009. Nas camadas mais altas da população, o porcentual de mulheres que são chefes de famílias é menor: nas classes A e B, apenas 25% delas estão à frente das famílias.

“As mulheres são mais chefes de família na classe C e elas também decidem o que comprar para a casa”, destaca Dora Câmara, diretora comercial do Ibope Mídia.

A pesquisa ouviu cerca de 20 mil pessoas com mais de 12 anos nas principais regiões metropolitanas do País. Elas foram divididas por classes conforme o Critério Brasil de classificação econômica, que leva em conta a posse de bens para dividir a população em diferentes estratos. No caso da classe C – identificada pelo estudo como a nova classe média brasileira -, a renda mensal varia entre R$ 600 e R$ 2.099.

De acordo com o levantamento, a classe C também é mais jovem e composta por uma maioria de afrodescendentes (negros e herdeiros da miscigenação). Em Salvador, por exemplo, 41% da classe C é negra, enquanto em Brasília o porcentual é de 22%. A pesquisa informa ainda que quem está na classe C é geralmente mais saudável. Pela classificação utilizada, com base no Critério Brasil, 31% da classe AB1 está acima do peso – na classe C1 (uma subdivisão da classe C), este porcentual é de 27%. “Talvez porque as pessoas da classe C andem mais para ir ao trabalho ou se alimentem melhor, sem excessos, elas são mais saudáveis”, explica Dora.

Idiomas

Na área de educação, no entanto, a classe média ainda leva uma desvantagem em relação às camadas mais altas. O Ibope Mídia revelou que 23% da população de classe C fala outro idioma e apenas 7% fala o inglês. Do total da população brasileira, 12% falam inglês e, entre as pessoas da classe A, a porcentagem chega a 25%. “A maioria da classe C tem o ensino médio, mas à medida que a pessoa melhora, ela quer estudar mais”, acrescenta Dora.

Outro ponto de destaque é que, na classe C, os homens vivem menos. Os dados do Ibope Mídia revelam que, no estrato AB da população, 12% dos homens possuem entre 55 e 64 anos. Na classe C, a porcentagem de homens nesta faixa é menor, de 9%.

Consumo

A classe C também compra menos pela internet e costuma planejar bem as compras, principalmente as mais caras. “As compras são planejadas, mais que nas classes A e B”, afirma Dora. “A classe AB simplesmente compra – ela não precisa planejar tanto. Já a classe C planeja tudo”, completa.
estadão
Rizzolo: Bem, esse dado que as mulheres da classe C são maioria como chefe de famílas não é uma novidade. A medida que a inclusão social aumenta, existe também uma predisposição da mulher ou do casal a constituirem outra família, ou seja, se divorciarem, caso o casamento não ande bem, isso é fato, e geralmente o comando da família passa a ser da mulher.