Trailer oficial Lula o filho do Brasil

A Cartela e a Virtude

O endereço era em Pinheiros, bairro de classe média em São Paulo. Quando chegamos, fiquei impressionado com uma placa luminosa que piscava como naqueles cassinos em Las Vegas. A curiosidade era muita – afinal, nunca havia entrado num bingo antes, e, como na vida precisamos conhecer de tudo um pouco, lá fui eu com uns amigos que, após muita insistência, conseguiram me convencer a conhecer a tal casa noturna, na época em que os bingos ainda eram legais.

Ao entrar, o ambiente era de fumaça, envolto numa expectativa quase ofegante e atenta por parte dos participantes, sentados em mesas redondas como se sugerissem a roda da vida. Senti algo estranho, certo desespero disfarçado naqueles que ali procuravam mais que diversão, mas uma possibilidade de ganho fácil. Dos que estavam comigo, todos jogavam, incluindo eu, à minha maneira, é claro. Apostava, sim, nos números de forma mental, ganhava e perdia numa dança mentalizada, mas não investia, não comprava cartelas. Talvez uma forma judaica, no bom sentido, de não perder dinheiro, até porque jogos de azar são proibidos no judaísmo e em Israel.

Observei também que a grande maioria das pessoas era composta de gente simples – donas de casa, trabalhadores humildes que muitas vezes se endividavam para sustentar a adrenalina do vício de jogar. Interessante notar que hoje, na nossa sociedade, vivemos um momento em que os valores que compõem a virtude e os bons costumes estão em plena batalha na sobrevivência pela ética. Se por um lado as medidas de cunho profilático e de saúde pública assentam-se como a lei antitabagismo ou como a lei de restrição ao consumo de álcool aos motoristas, por outro as medidas preventivas de saúde mental, da manutenção dos bons costumes ou do combate ao vício do jogo parecem estar demasiadamente enfraquecidas.

Observamos alguns apregoando a descriminalização das drogas, enquanto outros tentam, de todas as maneiras, revitalizar os polêmicos bingos, que já no passado levaram à desintegração várias famílias da periferia, vítimas insanas do vício contumaz. Com efeito, nas próximas semanas, o projeto que legaliza os bingos e caça-níqueis deve agitar os debates do Congresso – a bancada do jogo articula para que o projeto seja votado na segunda quinzena de outubro.

Na verdade, não há argumentação plausível para a implantação de uma estrutura predatória e desintegradora como a legalização dos jogos de azar no nosso país. Instituir o hábito do jogo levará os jovens desde cedo, com toda certeza, a instarem-se ao vício, promovendo no futuro um problema de saúde pública. Ademais, todos os antecedentes do bingo apontam para a criminalidade, a corrupção e a lavagem de dinheiro.

Temos que repensar o Brasil do ponto de vista da virtude, do bem, dos bons costumes, fortalecendo o espírito religioso, da prática dos esportes, e não nos deixar levar pela eterna disputa entre a virtude e o vício. Hoje, quando passo pela rua onde estava localizado o bingo, há uma velha placa escrita “aluga-se”. Não há movimento, não há jogadores, não há luzes piscando. Apenas a lembrança de uma sala esfumaçada, de olhares tristes e tensos, de pessoas cabisbaixas. Naquela noite, ao sair, lembrei-me de uma frase do escritor austríaco Karl Kraus: “O vício e a virtude são parentes como o carvão e o diamante”. Nessa questão, como brasileiros, temos que torcer para que a luz do diamante ilumine de forma intensa o nobre espírito do nosso Congresso, na inegável virtude dos nossos parlamentares.

Fernando Rizzolo

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PSDB não ameaça programas sociais, diz Aécio

BELO HORIZONTE – O governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), afirmou hoje que a manutenção e o aprofundamento dos programas sociais no Brasil são “uma necessidade que ultrapassa partidos”. Ao comentar a proposta do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de um projeto de lei para consolidar as políticas sociais de seu governo, Aécio, pré-candidato do PSDB à Presidência, assegurou que a legenda tucana não representa nenhuma ameaça de retrocesso da atual política social.

Na semana passada, o ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Patrus Ananias, disse que a ideia de aprovar no Congresso uma Consolidação das Leis Sociais, inspirada na Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT), tem por objetivo evitar um eventual retrocesso num futuro governo.

“Não podemos ser incoerentes com aquilo que nós iniciamos. Quem iniciou os programas sociais de transferência de renda e que garantiu a estabilidade, fundamental para que eles pudessem avançar, foi o PSDB”, disse o mineiro, sem perder a ironia. “Quem disse isso já avalia que o PSDB governará o País. É uma boa notícia”.

Em clima de cordialidade, Aécio e Patrus participaram em Belo Horizonte da abertura do 8º Festival Lixo e Cidadania, cujo tema deste ano é “A diversidade cultural em defesa do planeta”. O ministro, que representou o presidente Lula no evento, evitou falar de política.

Aécio, porém, não perdeu a oportunidade de garantir que os tucanos não pretendem desmontar os programas sociais. “Temos que avaliar é se essa lei – eu não conheço sua essência – é o instrumento mais adequado. É uma discussão que o Congresso vai ter que travar. Mas a manutenção e o aprofundamento dos programas sociais, obviamente, é uma necessidade que ultrapassa partidos. Qualquer governo vai ter que mantê-los”, destacou.

Ao propor uma Consolidação das Leis Sociais, o objetivo do governo federal é transformar em lei regras que valem atualmente para programas de grande visibilidade, como o Bolsa-Família e o ProUni.

“Podem ficar tranquilos que no campo social o governo do PSDB vai continuar a trazer avanços para o País”, reagiu mineiro, que voltou a cobrar crédito para os governos que antecederam o atual.

Candidatura

Questionado novamente sobre a possibilidade de uma chapa tucana entre ele e o colega paulista José Serra (PSDB), Aécio disse mais uma vez que é contra.

O governador voltou a dizer também que não tem obsessão pela candidatura ao Palácio do Planalto. “Meu nome está colocado hoje por setores do partido como uma possível candidatura à Presidência da República. Não tenho obsessão por essa candidatura. Acho que ela é possível, acho que ela poderia possibilitar a construção de uma nova convergência”.
agencia estado

Rizzolo: Sinceramente não acredito que o PSDB se governo viesse a ser, desmontaria os programas sociais. Não há mais possibilidade em função da inclusão social necessária, pertinente, e que na realidade faz parte de um grande projeto de aumento do mercado interno. Os programas sociais impulsionam a economia, integram os excluídos e não há espaço político para uma aventura neoliberal ultrapassada. Acredito que Aécio e Serra, são políticos de boa intenção, desenvolvimentistas e jamais fariam uma maldade dessa com o povo brasileiro.

As Reservas Minerais e o Futuro dos Jovens

Não faz mais do que dois anos quando numa tarde de domingo li um artigo interessante no jornal Folha de São Paulo, e que me levou a refletir sobre o potencial do Brasil em termos de recursos naturais.

Escondida sob a vegetação seca e os mandacarus da caatinga do sertão do Ceará, encontra-se a jazida de Itatiaia, localizado em um distrito distante da sede de Santa Quitéria (212 km de Fortaleza), hoje considerada a maior reserva de urânio do país. Esta área, com grande índice de desertificação e miséria, está também associada a outro minério, o fosfato.

Os moradores das comunidades vizinhas, por certo, mal sabiam do que se tratava tal mineral; apenas estranhavam o solo, montanhoso e cheio de pedras avermelhadas, bem como a movimentação – provavelmente de geólogos – desde 1976, quando foi descoberta a jazida. O que mais me intrigou no artigo foi exatamente o fato de que os habitantes da pobre comunidade, muito embora vivessem sobre um solo extremamente rico, eram essencialmente pobres, fazendo com que a injustiça social fosse ressaltada, envolta num cenário “surrealista econômico” e incoerente, entre a riqueza de um solo e a triste constatação da falta de oportunidade, de emprego, fazendo do destino de ser brasileiro, uma perpetuação alienada entre as riquezas do país e a condição de pobreza imposta pela política oportunista e pelos interesses nada nacionalistas, que sempre permearam nossa política.

Portanto, não há como discordarmos das posturas de defesa dos nossos recursos naturais e da postulação da aplicação de tais dividendos no combate à miséria, no investimento na educação e na saúde, sob pena de nos transformarmos em modelos de subdesenvolvimento como alguns países árabes, detentores de potencial petrolífero, cuja população permanece no desalento, muito embora sobre um solo rico.

Por bem, o governo Lula – na elaboração das regras para exploração da camada pré-sal, enviado ao Congresso – propôs que os recursos do Pré-Sal, irão compor um fundo denominando Fundo de Desenvolvimento Social, sendo que uma parte será investida em títulos públicos, ações e projetos de infra-estrutura e outra deverá ser aplicada na saúde, educação e no combate à pobreza. Com efeito, só podemos conceber uma democracia de qualidade quando exercida por uma sociedade instruída, dotada de conceitos críticos e refratária aos argumentos populista; a instrumentação para isso é o investimento na educação dos jovens.

Assim sendo, nada mais justo do que apresentar um modelo onde a receita dos recursos naturais, quer sejam eles advindos das reservas de urânio ou do petróleo, incidam sobre a preparação intelectual dos jovens do nosso país. Nada justifica termos um solo rico, onde a distribuição desta riqueza não reverta no combate sistemático da miséria, do analfabetismo, na formação profissional e na saúde da população. Principalmente dos jovens, segmento da sociedade preterido pelos modelos econômicos anteriores cuja predominância era de um viés financeiro.

Viver sobre um solo rico num Estado Democrático e de Direito é cada vez mais, fazer valer o “deitar em berço esplêndido” no avançar do desenvolvimento social, na busca de uma sociedade mais justa, fazendo dos seus filhos o reflexo da generosidade natural divina, estendendo e permeando seus frutos na construção de uma sociedade virtuosa e mais justa, onde o ator principal é o jovem de um Brasil próspero, democrático e acima de tudo, ético.

Fernando Rizzolo

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Hino nacional deve ser executado uma vez por semana nas escolas, decide comissão

O hino nacional deverá ser executado uma vez por semana nos estabelecimentos públicos e privados de ensino fundamental. A medida consta do projeto de lei da Câmara dos Deputados 29/09, que foi aprovado em decisão terminativa, nesta terça-feira (11), pela Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE).

O relator do projeto na comissão foi o senador Inácio Arruda (PCdoB-CE), que lembrou – durante reunião anterior da CE, quando apresentou seu voto – que sempre cantava o hino quando ia à escola, em sua infância. De acordo com o senador, o hino brasileiro “é considerado um dos mais bonitos do mundo”.

O projeto acrescenta parágrafo único ao artigo 39 da lei 5700/71, que trata dos símbolos nacionais. Segundo a lei em vigor, já são obrigatórios o canto e a interpretação da letra do hino nacional em todas as escolas. Não há, porém, menção à frequência de execução do hino, lacuna que o atual projeto procura preencher.

Igualmente em decisão terminativa, foram aprovados dois projetos de lei destinados a incluir novos nomes no Livro dos Heróis da Pátria, depositado no Panteão da Pátria e da Liberdade Tancredo Neves, em Brasília.

O primeiro deles é o projeto de lei do Senado (PLS) 108/08, de autoria do senador Marconi Perillo (PSDB-GO), que inscreve no livro o nome do jurista Rui Barbosa. O relator foi o senador Marco Maciel (DEM-PE).

O segundo projeto aprovado foi o projeto de lei 63/09, cujo relator foi o senador Paulo Paim (PT-RS), que inscreve no mesmo livro o nome de Sepé Tiaraju, índio guarani que atuou em defesa dos habitantes das missões guaranis do Rio Grande do Sul, em meados do século 18.
folha online

Rizzolo: Excelente iniciativa. É na infância que se desenvolve o amor à Pátria. Aliás é o que mais falta hoje no Brasil, com o péssimo exemplo de que vem de cima, da classe política, a auto estima patriótica ficou prejudicada, desvalorizada. Instituir a execução do Hino Nacional nas escolas, promoverá um sentimento maior de amor ao Brasil e por conseqüência uma maior indignação aos corruptos, aos bandoleiros.

Assim quem sabe, nas próximas gerações, teremos uma safra de brasileiros patriotas não só no Congresso, mas que de forma nada passiva irão rechaçar qualquer tentativa de usurparem a ética do Congresso Nacional. Hoje o pobre povo brasileiro assiste a tudo resignado, desmobilizado, sem rumo, movido e entorpecido pelo assistencialismo que acima tudo anestesia e compra os votos dos pobres.

Vendas brasileiras caem por 2º mês consecutivo

Rio de Janeiro, 16 jun (EFE).- O volume de vendas no comércio brasileiro caiu 0,2% em abril, comparado ao mês anterior, em dois meses consecutivos de resultados negativos, informou hoje o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

As vendas já tinham caído 0,5% em março comparado a fevereiro, seu primeiro resultado negativo em vários meses.

Apesar do volume de vendas em abril ter sido 6,9% superior ao do mesmo mês do ano passado, o IBGE reconheceu que o setor comercial, que até agora tinha se mantido imune, finalmente começou a sentir os efeitos da crise econômica global.

As vendas acumuladas nos primeiros quatro meses do ano aumentaram 4,5%, muito abaixo dos 11% registrados no mesmo período do ano passado.

O volume de vendas acumulado nos últimos doze meses, até abril, aumentou em 7,1%. Até setembro do ano passado, quando crise começou a se agravar, o comércio brasileiro acumulava um aumento anual das vendas de 10,3%.

De acordo com o IBGE, seis dos oito setores comerciais analisados registraram, em abril, uma redução em suas vendas, em comparação com março.

Os mais afetados pela queda das vendas foram o setor de livros, jornais e revistas (-2,7%), móveis e eletrodomésticos (-2,0%) e o setor têxtil, de confecções e de calçados (-1,7%).

As vendas de alimentos, bebidas e supermercado quase não aumentaram (+0,8%). Materiais para escritório e informática tiveram um aumento de 8,9%.

De acordo com o instituto, os setores mais afetados pela queda das vendas são os que dependem em maior proporção do crédito, como os de automóveis, móveis, eletrodomésticos e confecções.

As vendas de móveis e eletrodomésticos, por exemplo, acumularam nos últimos doze meses um crescimento de 8,3%, metade do registrado em setembro do ano passado (16,9%).

O setor de automóveis e motocicletas, que, até setembro de 2008 aumentava suas vendas a um ritmo anual de 21%, cresceu somente 5,1% no último ano, até abril.

De acordo com os analistas do instituto, apesar do comércio indicar estabilidade este ano, o ritmo de crescimento das vendas está muito abaixo do que vinha registrando até antes da crise.

“O comércio está positivo, mas não está crescendo e possivelmente não vai a crescer”, admitiu o economista Nilo Lopes, coordenador do estudo sobre as vendas do comércio no varejo realizado pelo IBGE.

De acordo com Lopes, a aparente estabilidade nas vendas em abril só foi possível graças às medidas que o Governo adotou contra a crise, principalmente à redução dos impostos sobre automóveis e eletrodomésticos linha branca. EFE

Rizzolo: Podemos observar, que a desaceleração foi mais forte em produtos ligados ao crédito, como móveis e eletrodomésticos, que desacelerou de 16,9% em setembro para 8,3% em abril. No varejo ampliado (que inclui carros, motos, partes e peças), a desaceleração foi de 21% em setembro para 5,1% em abril, a crise revelou de forma mais evidente seus efeitos sobre o setor nos resultados dos 12 meses do ano.

Na verdade, o comércio em 12 meses mostrou a face da crise. O setor ainda resiste, contudo, mais do que a indústria. O comércio depende menos das exportações e mais da massa salarial, que resiste graças ao aumento do salário mínimo e aos programas sociais do governo .

Presidente ironiza tamanho da oposição no país

Em entrevista ontem em São José, na Costa Rica, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ironizou o tamanho da oposição que torce contra o seu governo.

“Certamente no Brasil tem hoje menos gente torcendo para o governo não dar certo. Hoje tem pouca gente. Bem pequenininho o número de torcedores contra”, disse o presidente ao lado de seu colega costarriquenho, Oscar Arias.

Lula citou a oposição ao responder a uma pergunta da ministra da Comunicação da Costa Rica, Mayi Antillón, sobre a diferença entre os seus dois mandatos. Durante o seu primeiro governo (2003-2006), o petista reclamava frequentemente de seus opositores.

A frase sobre o “pequenininho” número de pessoas que torcem contra sua administração é uma referência às últimas pesquisas de opinião. Segundo levantamento do Datafolha realizado no final do mês passado, 69% dos entrevistados classificam seu governo como ótimo ou bom, contra apenas 6% que o julgam ruim ou péssimo.

Na entrevista, Lula disse que o Brasil conseguiu se recuperar em meio a uma crise financeira mundial: “Não tiramos um centavo de política social, as taxas de juros estão caindo, a inflação está caindo. Está tudo do jeito que Deus gosta”, afirmou.

Ao falar das obras de infraestrutura, ele voltou a reclamar dos órgãos de fiscalização –Ministério Público, Tribunal de Contas da União e Controladoria Geral da União. “Você tem os executores geralmente mal remunerados e os fiscalizadores geralmente bem remunerados… Eles [os técnicos] preferem fazer concurso para fiscalizar do que para executar”.

Como exemplo de sua crítica aos embargos, citou a paralisação por sete meses de obras numa rodovia federal na região Sul por terem sido encontrados sapos em meio à abertura de um túnel. “Era só tirar ele [sapo] e deixar passar o túnel.”

Improvisação

Na cerimônia oficial de chegada à Costa Rica, ontem, em São José, o presidente Lula teve de ouvir o Hino Nacional brasileiro ao lado de uma bandeira do país confeccionada em apenas um dos lados.

A convite do Planalto, os jornalistas EDUARDO SCOLESE e JORGE ARAÚJO foram da Cidade da Guatemala a São José em um avião da FAB

folha online

Rizzolo: O presidente tem razão, hoje poucos são os que não reconhecem os avanços no governo Lula. Problemas sempre existem em qualquer governo, mas após a prova de fogo da crise internacional, pouco sobrou para se criticar. Quando se fala em crítica econômica, esta sim ainda dá margem para discussões. Queda da taxa de juros, variação cambial, desenvolvimento do mercado interno, remessa de lucros e dividendos, proteção à indústria nacional, são questões ainda que muita luta exige, pois esbarra nos interesses internacionais. Entendo que o fortalecimento do mercado interno se dá com estas variáveis acima mencionadas, e em relação a isso falta ainda no governo Lula.

Serra faz promessa para educação em nome de Kassab

SÃO PAULO – O governador de São Paulo, José Serra (PSDB), que já foi prefeito da capital, fez hoje uma promessa em nome do atual chefe do Executivo municipal, Gilberto Kassab (DEM). Diante de uma plateia de cerca de 200 pessoas, no pátio de uma escola estadual da zona sul de São Paulo, Serra firmou o compromisso de criar escolas técnicas (Etecs) em cada um dos 44 Centros Educacionais Unificados (CEUs) da Prefeitura. Os centros oferecem desde educação infantil até ensino fundamental, além de Ensino de Jovens e Adultos (EJA).

O evento selou um acordo entre governo estadual e prefeituras de 55 cidades paulistas para oferecer ensino técnico em escolas municipais. Foram abertas 6.520 vagas para o segundo semestre deste ano e 2.145 para o primeiro semestre de 2010. Serra aproveitou o palanque e anunciou, sob aplausos: “Esperamos que, até o final da gestão do prefeito Kassab, todos os CEUs tenham dentro de si uma escola técnica. É um compromisso que eu estou assumindo por ele.” O governador ofereceu então ao prefeito, que o acompanhava no palco, o microfone. “Vai confirmar ou não?”, perguntou Serra, ao que Kassab respondeu de pronto: “Alguém tem dúvida?”

Como virou praxe em eventos de governo, secretários e parlamentares desfiaram um rosário de elogios a José Serra. O tucano é um provável candidato do PSDB à Presidência da República em 2010. O secretário de Desenvolvimento, Geraldo Alckmin (PSDB), disse que o governador lançava o “maior programa de ampliação de vagas do ensino técnico de todo o País”.

agência estado

Rizzolo: Um dos grandes problemas do Brasil é a falta de profissionais de nível médio com formação técnica. Na Europa esses cursos são tão importantes quanto os superiores, mas no Brasil, país com vestígios da época colonial, ter um curso superior é sinônimo de ascensão social. O projeto das escolas técnicas é excelente e o governador Serra ao prometer em nome de kassab, empresta confiabilidade à execução do projeto da Etcs. Escola técnica profissionalizante é o que jovem brasileiro precisa e o empresariado também. Sou um entusiasta da formação técnica, num Brasil cada vez mais desenvolvido a absorção pelo mercado desses profissionais será uma das grandes saídas para a real geração de emprego.

WEG cancela acordo de redução salarial assinado com o sindicato

A WEG, fabricante nacional de motores elétricos para eletrodomésticos, anunciou sexta-feira (22), o cancelamento do acordo assinado com o Sindicato dos Metalúrgicos de Jaraguá do Sul e Região (SC) para redução de jornada de trabalho e salários. O acordo cancelado, que previa redução de 25% da jornada e 20% dos salários por 90 dias, até 20 de julho próximo, atingia aproximadamente 7 mil trabalhadores.

Segundo a empresa, o ritmo de produção de motores para lavadoras de roupas se recuperou após a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e está acima do observado em 2008. “No atual cenário, precisamos aproveitar todas as oportunidades de negócios, atendendo os clientes com rapidez”, declarou o diretor-presidente da WEG, Harry Schmelzer Junior.

A redução da jornada e salários foi adotada em abril passado.
Hora do Povo

Rizzolo: E uma boa notícia, a Weg é uma empresa nacional, situada em Jaraguá do Sul (SC). Nos anos 60 os empresários começaram numa oficina. A Weg serve como paradigma na comprovação da capacidade do empresário brasileiro diante das adversidades da economia brasileira e internacional. É o exemplo da nossa luta na defesa das empresas nacionais.

A virtude e a formação dos jovens

A virtude é uma qualidade moral particular. Poderíamos dizer que é a força de se fazer o bem em seu mais amplo sentido; tolerância, honestidade, caridade e lealdade fazem parte deste elenco de qualidades que devem ser instiladas à sociedade e aos homens públicos.

Muitos foram os sábios que se ativeram ao estudo sobre a formação humana, sua moral, e a conduta mais correta nas relações do ser humano com seus semelhantes. De grande parte vieram as propostas de cunho religioso, norteando os caminhos da retidão, servindo como uma bússola aos discípulos que se encarregavam de propagar tais conceitos éticos na humanidade.

Por outro lado instituições mais refratárias, e empenhadas em fazer desta empreita uma verdadeira escola da moral surgiram, como a Maçonaria que deste o seu início cercou-se de homens comprovadamente éticos, e que preenchiam as características da virtude no seu mais amplo sentido. Mas porque estaria eu refletindo hoje sobre a virtude e formação do ser humano?

Vivemos atualmente um Brasil politicamente desprovido de ética, o Congresso Nacional tornou-se alvo de críticas e desaprovação do povo brasileiro, os jovens brasileiros não mais possuem referencial de valores políticos e sociais, e lhes faltam um norteamento ético-humanistico no tocante ao trato das coisas públicas.

Não é por menos que instruir a juventude brasileira através de fontes que primam pela virtude, se faz necessário até para que num futuro próximo, tenhamos uma safra vocações políticas despertadas pela real vontade de servir ao povo de forma íntegra, e não fazer do mandato um braço vil a serviço de seus próprios interesses.

Hoje infelizmente assistimos ao comportamento pouco virtuoso de grande maioria da classe política brasileira, que de certa forma – pelo mau exemplo- maculam os jovens que ainda estão em formação intelectual e do caráter. A naturalidade no mau uso do Erário Público, faz com que a juventude incauta passa a entender que não há nada de errado em faltar com os essenciais predicados da virtude, predispondo a uma inversão de valores corrompendo os alicerces da democracia e da liberdade.

Cabe aos educadores, religiosos e aos formadores de opinião, reascender, elevando a chama da boa conduta, relembrando as antigas aulas de Educação Moral e Cívica onde se discutia o Brasil dentro de um prisma de civismo e de patriotismo.

Fernando Rizzolo

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Swaps, o Real, e o Mercado Interno

Todo cenário macroeconômico está propício a um processo de queda da taxa básica de juro (Selic). O fato da valorização cambial, nos faz refletir que ainda – sem considerar todas as outras variáveis – existe um espaço para uma acentuada queda nas taxas de juros. Na verdade não são só os investimentos externos que aumentaram, mas os que já circulavam na economia permaneceram, dando o efeito contrário do corte de juros, surtindo a valorização cambial, forçando o Banco Central (BC) a realizar, o primeiro leilão de swap cambial reverso, que tem na sua essência alguns inconvenientes aos exportadores, pois retarda de certa forma uma maior queda do dólar.

A natureza diversa do ” enxugamento de dólares” no mercado, através dos swaps reversos, denota uma confiabilidade dos investidores no País, e acena como uma possível regressão da condição de retração do mercado brasileiro. É bem verdade, que que o afrouxamento adicional da política monetária depende de mudança ” premente ” nas regras de remuneração da caderneta de poupança, até porque, se a taxa Selic cair para um dígito, alguns fundos de investimento em renda fixa e DI terão remuneração líquida abaixo da poupança.

Os investimentos no País aportam entre outros motivos, pelo potencial do nosso mercado interno, e o momento de crise internacional, deixa os investidores com poucas opções confiáveis. O Brasil neste contexto ao administrar um maior volume de dólares via swaps, acaba fortalecendo as reservas, e isso, como que num ciclo virtuoso, induzirá a mais investimentos, valorizando ainda mais a moeda.

Não restará outra saída ao Banco Central: diminuir substancialmente a queda da taxa básica de juros, realizar leiões a vista, e ir em direção ao crescimento do mercado interno, sem medo do ” bicho papão da inflação “; tendo como seu “santo protetor”, as commodities que continuam abastecendo o poderoso mercado chinês, que se recupera lentamente num rítmo ainda alto para nós. Sorte nossa.

Fernando Rizzolo

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Desemprego sobe para 9% em março, maior taxa desde setembro de 2007

A taxa de desemprego subiu para 9% em março, maior patamar desde setembro de 2007. O número ficou dentro do esperado por economistas consultados pela agência de informações Reuters (9,1%). Em fevereiro, a taxa estava em 8,5%; em março do ano passado, em 8,6%.

Os dados foram divulgados nesta sexta-feira pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e abrangem seis regiões metropolitanas (São Paulo, Rio de Janeiro, Recife, Salvador, Belo Horizonte e Porto Alegre).

Apesar de ter aumentado, o desemprego ainda está bem longe do recorde, de 13,1%, atingido em abril de 2004. A pesquisa com a atual metodologia se iniciou em 2001.

O total da população desocupada somou 2,1 milhão de pessoas em março, 141 mil a mais que em fevereiro (alta de 7,3%), e 130 mil a mais que em março do ano passado (aumento de 6,7%).

Já a população ocupada estava em 21 milhões em março, 9 mil a mais que em fevereiro e 184 mil a mais mais que em março do ano passado.

O número de pessoas com carteira de trabalho assinada no setor privado ficou em 9,3 milhões, queda de 48 mil pessoas em relação a fevereiro e alta de 229 mil na comparação com março do ano passado.

O rendimento médio real dos trabalhadores totalizou R$ 1.321,40 em março, estável em relação ao mês anterior. Ante março de 2008, o rendimento teve uma alta de 5%.

Além do IBGE, a Fundação Seade e o Dieese (Departamento Intersindical de Estudos Socioeconômicos) também fazem uma pesquisa mensal de emprego e divulgarão os dados referentes a março no dia 29 de abril.

A pesquisa Seade/Dieese costuma trazer uma taxa maior de desemprego que a do IBGE devido a uma diferença de metodologia.

(Com informações da Reuters)

Rizzolo:Resta saber se neste cálculo, existe ainda a influência residual das demissões a partir do início de dezembro. Com certeza, o desemprego vai aumentar nos próximos meses, é o que costuma acontecer. Sempre aumenta no primeiro semestre, um pouquinho a cada mês, para depois voltar a cair.

De qualquer forma é um número preocupante, até porque os esforços do governo no sentido de abrandar a crise são muitos. Esse dado também nos leva a refletir que, do ponto de vista do aquecimento da economia, em termos de empregabilidade, não notamos uma melhora. O Brasil precisa criar por ano 4 milhões de empregos, o pior nesta análise, são os jovens e seus primeiros empregos.

Um jovem desempregado, desiludido é um alvo fácil para as drogas, para a criminalidade e um caminho para a desesperança. Temos que lutar para que isso recebam este impacto de forma brutal.

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Dilma pede a empresários que acelerem obras do PAC

PORTO ALEGRE – A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, reiterou hoje pedido a empresários envolvidos em obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para adotar um segundo turno de trabalho, onde for possível, ao realizar a primeira de 27 apresentações estaduais sobre o andamento dos investimentos. O aumento de ritmo nas obras do PAC tem duplo efeito, conforme ela, de estímulo ao crescimento econômico e combate aos efeitos da crise financeira mundial.

O secretário executivo do Ministério de Minas e Energia, Márcio Pereira Zimmermann, observou que a antecipação de obras no setor elétrico é vantajosa também para o fluxo de caixa dos empreendedores, que podem ofertar energia mais cedo no mercado e gerar receita.

Dilma reafirmou a meta de crescimento de 2% do Produto Interno Bruto do Brasil em 2009, apesar da redução de expectativa feita pelo Fundo Monetário Internacional, que ontem divulgou previsão de queda de 1,3% para a economia nacional este ano. A ministra disse que o FMI não tem mais o mesmo nível de informações que tinha sobre a economia brasileira até 2002. Ela lembrou que, em 2005, o FMI permitiu que o Brasil investisse R$ 500 milhões em saneamento, mesmo sem que o País terminasse de pagar seu empréstimo com o fundo. Em apenas uma obra do PAC – a recuperação do Rio dos Sinos (RS) – serão investidos R$ 500 milhões, comparou a ministra.

“Eu sei que hoje eles não têm a mesma informação”, afirmou. “Nós éramos obrigados a informar até a última vírgula do que se fazia aqui dentro”, acrescentou, sobre a prestação de contas ao fundo. A ministra também argumentou que o FMI não tem dados sobre programas como o Minha Casa, Minha Vida, a desoneração fiscal de produtos da linha branca e providências para ampliar o crédito em setores específicos que o governo tem adotado. “Não vejo nenhuma razão para ter respeito religioso por qualquer avaliação de qualquer órgão em detrimento das do governo”, avaliou.
agência estado

Ela admitiu que o governo, como os demais órgãos, tem dificuldade de fazer avaliações diante da crise e está tomando medidas para atenuar seu impacto. “Nós estamos trabalhando com a meta de um crescimento entre 1,5% e 2% este ano”, reiterou, ao citar medidas anticrise do governo, como o lançamento do programa habitacional Minha Casa, Minha Vida, a liberação de recursos para investimento pela Petrobras e uma política “agressiva” de preços mínimos e crédito na agricultura. “O governo não tem poupado esforços no sentido de combater a crise”, declarou. “Por isso, eu olho para a estimativa do FMI como ela é, uma estimativa.”
agencia estado

Rizzolo: No tocante as obras do setor elétrico, estas são de suma importância. Não há como pensar em desenvolvimento sem geração de energia suficiente. Já na antecipação das obras do Pac, concordo com a ministra Dilma, não podemos nos ater a informações e dados do FMI.

A dinâmica macroeconômica é por demais variável, e os dados que o governo dispõe são confiáveis. Impulsionar a economia através dos programas desenvolvimentistas é caminho para alavancar a economia e produzir um mercado interno mais robusto. É por aí mesmo, estamos descobrindo que agir de forma contrária às recomendações do FMI pode nos levar à prosperidade. Agora Dilma além de “acelerar seu visual” precisa tornar-se mais dócil quando fala. Marta poderá ajudá-la nesse aspecto, aqui em São Paulo. Ou não ?

Governo negocia criação de geladeiras para baixa renda

BRASÍLIA – O governo federal negocia com as empresas fabricantes de geladeiras a criação de um modelo para as famílias de baixa renda, que custará em torno de R$ 500, para substituir os modelos com mais de 10 anos, poluentes e que consomem muita energia. A medida faz parte do programa de troca de geladeiras, que o governo pretende implantar nos próximos três meses. A informação foi dada agora nesta quarta-feira, 22, pelo ministro de Minas e Energia, Edison Lobão.

“Já acertamos com os fabricantes, que farão uma redução nos seus custos porque se trata de uma venda intensiva. Vão fabricar um modelo especial, de excelente qualidade porém de custo baixo. Quando se centraliza a produção num modelo o custo cai”, disse o ministro.

A intenção do governo é fazer a troca de pelo menos um milhão de geladeiras antigas nos primeiros 12 meses, outros 2 milhões no segundo ano e 10 milhões ao longo de 10 anos. Não se sabe, entretanto, se o programa irá começar já nos próximos 15 dias ou se o governo vai esperar o fim do período de redução do IPI para a linha branca de eletrodomésticos, em vigor desde a semana passada. Isso porque haverá um custo de transporte dessas geladeiras, que será feito pelas empresas fabricantes, mas bancado pelo governo.

Em princípio, a geladeira antiga será retirada da casa das pessoas pela empresa vendedora dessa nova geladeira. A empresa venderá o eletrodoméstico antigo para uma usina que retirará o gás CFC, poluidor, e revenderá a geladeira para uma usina que reaproveitará o metal e o plástico usado. “Se conseguirmos recolher mais de um milhão no primeiro ano, recolheremos. O critério não é para restringir é para ampliar. Está em jogo a capacidade da indústria, da logística de recolher as geladeiras antigas e assim por diante”, disse o ministro.

Agência estado

Rizzolo: Em outra ocasião pude já comentar o Bolsa Geladeira como algo muito bom e que vem ao encontro do desejo de muitas famílias no Brasil. Ter um eletrodoméstico novo como uma geladeira, é essencial para a manutenção e o bem-estar da população tanto quanto a possibilidade de compra dos alimentos.

Na realidade existe uma correlação entre o Bolsa Família e a Bolsa Geladeira que são essencialmente programas de inclusão. Sou um entusiasta dos programas de inclusão do governo, muito embora o objetivo principal é fazer com que os assistidos possam a partir daí, se desenvolverem, se empregarem, e abandonarem o programa em si.

Em época de crise se agravam as possibilidades dos excluídos encontrarem emprego, prejudicando dessa forma a segunda etapa do programa. Só um insensível, ou alguém que não saiba o que é passar fome, pode ser contra a inclusão social. Sem comida e alimentação de nada adianta emprego, a fome é prostrante e imoral, precisamos combatê-la e se começa assim, com geladeira nova e alimentos dentro dela. É isso aí.

Lula encomenda estudo para reduzir IPI da linha branca

BRASÍLIA – O governo estuda a possibilidade de reduzir as alíquotas do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) sobre geladeiras, fogões e máquinas de lavar. A informação foi confirmada ao Estado por um integrante da equipe econômica. Ele informou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva encomendou estudos nessa direção, mas ainda não foi tomada uma decisão.

A ideia é expandir a venda de eletrodomésticos para além do programa original, que era substituir geladeiras antigas para economizar energia. Uma possibilidade já aventada pela ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, é beneficiar as famílias atendidas pelo programa Minha Casa Minha Vida com o fornecimento de refrigeradores novos, a custos baixos.

Agora, a tônica é ampliar os estímulos à indústria, a exemplo do que foi feito com os automóveis. A medida faz parte da estratégia do governo destinada a impedir que a economia brasileira registre retração este ano. O tema, porém, é polêmico.

Cortes do IPI são apontados pelos prefeitos como uma das causas da queda dos repasses do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), o principal problema enfrentado no momento. Muitas cidades têm nesses repasses de verbas federais, formados com parte da arrecadação do IPI e do Imposto de Renda, sua principal fonte de receitas.

A reclamação dos prefeitos é que o governo federal faz cortesia com chapéu alheio, ou seja, estimula a indústria à custa de sacrifício dos municípios, sobretudo os mais pobres. Atento a essa queixa, Lula pediu especial atenção aos economistas do governo, para encontrar uma fórmula que não prejudique as prefeituras.

Cortar o IPI é complicado também porque o quadro é de redução da arrecadação. Em entrevista à Agência Estado esta semana, a secretária da Receita Federal do Brasil, Lina Maria Vieira, disse que o espaço para novas desonerações tributárias está “apertado”. A estimativa do governo é que a arrecadação federal ficará R$ 48 bilhões abaixo do previsto no Orçamento de 2009.
agencia estado

Rizzolo: O governo não quer de forma alguma comprometer sua popularidade em função da crise. Com isso faz uso contumaz das “bondades tributárias”, o que em última instância, se traduz em queda na arrecadação. Há tempos este Blog vem criticando esta política de renúncia fiscal, que ao meu ver é uma “armadilha tributária”.

Segundo estudo do IPEA, melhor seria uma real queda nas taxas de juros do que incentivar o consumo via renúncia tributária, acarretando queda brusca da arrecadação. Só para se ter uma idéia, desde o início do primeiro mandato do presidente Lula, o governo federal já abriu mão de R$ 140 bilhões de receita, em favor de indústrias e de pessoas físicas. Já para 2009 a Receita prevê uma arrecadação tributária de R$ 485 bilhões, ou seja, R$ 200 bilhões menos que em 2008.

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Inadimplência cresce entre quem ganha até 3 salários mínimos

SÃO PAULO – As famílias com renda de até três salários mínimos aumentaram sua participação no total de inadimplentes desde o agravamento da crise financeira, em setembro do ano passado. Segundo os dados de uma pesquisa da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), o porcentual dessas famílias entre os inadimplentes subiu de 32% para 59% em março. Para Marcel Solimeo, economista da ACSP, esta maior participação reflete o acesso de uma ampla parcela de consumidores de menor rendimento no mercado de crédito nos últimos anos.

A pesquisa foi realizada junto a 703 consumidores que procuraram informações no Balcão de Atendimento do Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC) da entidade, que elabora o levantamento semestralmente. De acordo com o levantamento, a faixa com renda de três a quatro salários mínimos teve redução na participação do total de inadimplentes, no mesmo período em análise, de 27% para 17%. Já a faixa com quatro a cinco salários mínimos registrou queda de 18% para 13%; a faixa com cinco a sete salários mínimos de 10% para 6%; e as famílias com renda superior a sete salários mínimos tiveram diminuição de 13% para 5%.

A maior causa da inadimplência foi o desemprego do entrevistado ou de alguém da família, citado por 48% dos entrevistados. Em seguida, o descontrole dos gastos foi destacado por 12%. Solimeo destacou que a pesquisa ainda não reflete o recente aumento do desemprego, pois existe uma defasagem de alguns meses entre a obtenção do crédito e a inadimplência. Ele acredita que a próxima pesquisa, que será realizada em setembro, deve mostrar o efeito do aumento do desemprego observado a partir de dezembro sobre a solvência dos consumidores.

Solimeo destacou que entre 2006 e 2008 cerca de 20 milhões de CPFs foram consultados pela primeira vez, de acordo com os dados do SCPC, o que indica um “imenso contingente” de consumidores que buscou alguma forma de financiamento.

O economista da ACSP ressaltou que a maior participação da baixa renda no total da inadimplentes não significa que esta faixa da população honre menos os seus compromissos do que as demais faixas de renda. Segundo ele, este resultado indica que houve crescimento do acesso ao crédito e citou estudo do SCPC mostrando que praticamente não existe diferença de comportamento em termos de inadimplência entre os novos consumidores – onde predomina a baixa renda – e os antigos.

Segundo a pesquisa, o carnê de loja é a maior fonte de financiamento, com 34% dos débitos. Em seguida, estão os empréstimos (crédito pessoal) e cartão de loja, com 29%; cartão de crédito, 19%; e cheque, 18%.

O levantamento mostrou que 83% dos cheques sem fundos eram pré-datados, sendo que 36% dos entrevistados tinham mais de seis registros e 13% mais de vinte cheques sem fundos. Dos entrevistados, 17% fizeram empréstimo consignado, dos quais 49% afirmaram que foi para o pagamento de dívidas, 15% para compra de produtos, 15% para ajudar a família e 13% para reformar imóvel. Entre os que tomaram o empréstimo consignado, 58% afirmaram que esse financiamento foi responsável pela inadimplência.

O levantamento da ACSP mostrou ainda que 52% dos entrevistados pretendem quitar suas dívidas nos próximos 30 dias e que 73% devem utilizar recursos retirados do salário, o que exige corte do consumo ou do lazer.
agência Estado

Rizzolo: Os números são preocupantes. Na verdade esta faixa da população não é mão-de-obra especializada, e portanto mais vulnerável às demissões. Esse dado reforça a tese dos bancos em que um fator determinante para não diminuir os ” spreads” é o alto nível de inadimplência. Como venho comentando há tempos, o governo também colaborou em parte para que a população pobre e despreparada consumisse mais. O presidente no afã de se ver livre da ” marolinha” apregoou o consumo, insistiu para que o pobre não acreditasse na crise, e o compeliu aos gastos; resultado, inadimplência. É uma notícia triste mas previsível, num País onde a popularidade vale mais que a realidade. Leia também artigo meu na Agência Estado: As palavras do presidente e o aumento dos spreads.

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Inclusão social e a Liberdade

Existe um significado especial a saída do povo judeu do Egito, narrado no Velho Testamento. Na verdade o levante dos escravos indubitavelmente legitimou as lutas posteriores e atuais contra a opressão e pelos Direitos Humanos.

Contudo, sob a ótica de um racionalismo que tenta obstruir um caráter religioso em minhas reflexões, exercito aqui um tipo de “razoabilidade religiosa”, refletindo um pouco sobre a questão da liberdade, sob um ponto vista maior, amplo em seus efeitos no âmbito da sociedade.

Sabemos que é tênue a diferença entre Liberdade e Liberalidade, e muitas vezes suas interpretações nos confundem. Um dos pilares da democracia é sem dúvida a liberdade; propagada como um bem maior e sagrado, costuma ser suprimida nos regimes autoritários e de exceção. Tiranias dela se apossam sob a égide das torpes ideologias, paralisando mentes e idéias, escravizando povos e culturas. Verdade é que democracia e liberdade se conquistam, e um dos maiores instrumentos na eficácia desta conquista, é a educação através da inclusão social.

Por bem o governo do presidente Lula, ao vivenciar um crescimento econômico no País, pôs-se em direção aos grandes projetos de inclusão social, como o Bolsa Família, que atende a 11,1 milhões de famílias em todos os municípios brasileiros, contribuindo de forma significativa para a redução da extrema pobreza e da desigualdade.

Esse direcionamento econômico e cultural às camadas de baixa renda, faz com que o exercício da cidadania, possua um papel nobre dentro do desenvolvimento do País e do mercado interno, o que conduz a um ciclo virtuoso que esbarra na erradicação do analfabetismo, nas desigualdades sociais, e numa melhor compreensão dos valores da liberdade dentro de um contexto democrático.

De nada adianta um regime democrático, a um povo escravizado pelo obscurantismo intelectual, manipulado pelo debate tendencioso ou populista, refém das falsas profecias e do assistencialismo eleitoreiro. Incluir é educar, é investir em cursos profissionalizantes, é combater o analfabetismo em suas diversas formas, inclusive a digital. É também ter um Estado Ético, capaz de promover o desenvolvimento econômico e cultural.

Desenvolver o potencial crítico do povo brasileiro, é dar um aval para o florescer de uma democracia cada vez mais representativa, justa e participativa. Não existe liberdade sem inclusão social. Sem cultura pode se ter democracia, mas na sua essência frágil, é passiva e presa ingênua do populismo oportunista, que é gênero do autoritarismo, tornando o povo escravo dos caudilhos. Quando penso em liberdade, lembro de L.Borne, escritor alemão que afirmava ” É possível substituir uma idéia por outra, menos a da liberdade “.

Hoje, mais do que nunca, precisamos nos libertar dos “Egitos” que ainda insistem em escravizar o Brasil. As ferramentas desta conquista chamam-se: educação e inclusão social, instrumentos que fortalecem a democracia, libertam um povo da ignorância, os ensina a cobrar e fiscalizar os membros do Congresso, e os conduzem a uma liberdade semelhante àquela liderada pelo profeta Moisés.

Fernando Rizzolo

Lula culpa ricos pelos males da humanidade

DOHA – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva culpa os países ricos por praticamente todos os problemas da humanidade. Às vésperas do encontro do G-20 (grupo formado por grandes economias desenvolvidas e emergentes), que ocorre amanhã em Londres, Lula fez um duro ataque às economias desenvolvidas, alegando que são as responsáveis não apenas pela crise, mas pela degradação ambiental, pelos desequilíbrios no comércio e até mesmo pela insegurança coletiva. Lula, que participou da cúpula entre países árabes e sul-americanos em Doha, no Catar, já havia declarado há poucos dias que a crise era responsabilidade de “pessoas brancas de olhos azuis”.

Ontem, os governos dos dois blocos aprovaram um comunicado pedindo que os países ricos assumam as responsabilidades da crise e ajudem os países mais vulneráveis. Mas Lula também insistiu na necessidade de as economias emergentes unirem forças para defender seus interesses e evitar que a recessão se transforme em um “terremoto social e político”. Para ele, o G-20 é uma “extraordinária oportunidade de apresentar propostas consistentes para a reforma da governabilidade global”.

Lula listou sua agenda para Londres. Para ele, o Estado precisa ter um papel estratégico na economia. A regulação e a transparência das transações financeiras devem servir de “bússola para os novos tempos”. A posição é parecida com a que a Europa defenderá no G-20. O presidente ainda pediu a disponibilidade de créditos para irrigar a economia mundial, dinamizar o comércio e reativar os investimentos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
agência estado

Rizzolo: Bem, o presidente na sua simplicidade, acaba fazendo afirmações por vezes superficiais, como ” a culpa por tudo é dos países ricos, ou a culpa é dos banqueiros de olhos azuis “. Mas como é ano próximo às eleições, a idéia básica do Estado forte de Lula, é fazer com que a intervenção Estatal nas medidas adotadas segure sim sua popularidade que cai nos mesmos níveis do desemprego no País. A candidatura da ministra Dilma sobe devagar, mas sobe, e sinceramente acredito que ela poderá deslanchar a medida que a crise econômica melhore. Há que reconhecer que o governo está jogando todas as cartas para melhorar, e isso tem muito a ver com Dilma.