Sem crédito, projetos imobiliários param ou atrasam

SÃO PAULO – Se a construtora Tenda tivesse cumprido o contrato, o motorista de van escolar Leandro Magno hoje estaria casado, morando numa cobertura de 116 metros quadrados em Santo André (SP), usufruindo o espaço gourmet e os outros atrativos que as empresas imobiliárias criaram para fisgar os clientes.

Embora já tenha pago quase metade (R$ 42 mil) do imóvel, continua noivo, morando na casa dos pais e vendo o mato crescer no terreno onde deveria ser construído o Residencial Santo André Life. A obra, prevista para ser entregue em agosto do ano passado, segundo o futuro morador, nunca começou. A última promessa é que começaria em maio. Já notifiquei o Procon e agora vou procurar a Justiça, diz Magno, que conseguiu reunir um grupo de oito compradores para tomar providências sobre o caso.

Magno é uma das primeiras vítimas de uma situação que começa vir à tona depois da farra vivida pelo mercado imobiliário. Confiantes de que teriam crédito fácil para construir, várias empresas torraram uma fortuna na compra de terrenos e no meio do caminho se viram sem dinheiro para colocar os prédios de pé. Mas a fonte secou e resultou em obras paradas e atrasadas em todo o País.

Nos últimos meses, já surgiram ações na Justiça, comunidades no Orkut sobre o assunto e reclamações no Procon e em sites de defesa do consumidor. O problema iria estourar em algum momento. Não são casos isolados. É um problema sistêmico, afirma Márcio Bueno, advogado da área imobiliária e ex-secretário da Habitação do Estado de São Paulo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Rizzolo: Este fato é um problema que este Blog, já desde o início da crise comentava. Nem é preciso ser um ” expert” em economia, ou ler diariamente os jornais sobre a conjuntura econômica, para entender que se as grandes construtoras enfrentam problemas financeiros, imaginem as médias e pequenas. Investir no mercado imobiliário atualmente é estar praticamente correndo um grande risco. A escassez de crédito, os problemas de caixa das construtoras, a falta de divulgação da realidade do segmento através da mídia – até porque o setor é o grande anunciante – deixa o consumidor incauto à deriva e exposto a um eventual ” efeito Incol”.

A grande verdade é que cada segmento procura esconder a crise minimizando-a para não comprometer sua atividade. Os Bancos dizem que vai tudo bem, só não justificam o aumento dos spreads e a grande inadimplência, o setor imobiliário ” vaidoso” não comenta a realidade dos números e disfarça com anúncios de novos lançamentos cada vez mais caros e elaborados, o setor automobilístico não se diz tão afetado mas se beneficiou da isenção do IPI. Enfim as contradições nas informações são muitas e a verdade é que quem acaba sofrendo, é o pobre consumidor manipulado pelos interesses dos grupos interessados em manter seu ” nicho”, e a mídia em manter seus anunciantes. O melhor a fazer: Guarde seu dinehiro e durma tranquilo.

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Lula sanciona lei que autoriza Caixa a comprar construtoras

BRASÍLIA – A Caixa Econômica Federal poderá comprar participação acionária em construtoras ou empresas de qualquer outro setor, segundo prevê o texto da Lei 11.908, publicada no Diário Oficial. A medida contava com forte oposição do setor privado. A Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) enviou carta ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva pedindo o veto do artigo que abre essa possibilidade. Mesmo às vésperas do lançamento do pacote da habitação, o pedido não foi atendido.

A lei, proposta pelo governo no final do ano passado, quando a crise se agravou, tem como objetivo principal permitir que a Caixa e o Banco do Brasil comprem outras instituições financeiras em dificuldades. Originalmente, ela era a Medida Provisória 443, chamada “MP anticrise”.

“A Caixa, como tal, não poderá comprar construtoras. Mas, se ela estruturar uma empresa chamada Caixa Participações, prevista na lei, ela poderá entrar em qualquer empresa”, disse o deputado João Paulo (PT-SP), relator do texto.

As empresas do setor de construção querem ajuda do governo, mas com outro formato. Em vez de comprar participação nas empresas, como está na lei, elas propunham que a Caixa comprasse apenas cotas de empreendimentos. De fato, a nova lei abre essa possibilidade para o banco. Mas, ao mesmo tempo, permite a criação do braço investidor da Caixa – e, este sim, poderá comprar ações de qualquer companhia. O formato desejado pelo setor privado chegou a figurar no projeto de lei, quando este tramitou pelo Senado. Porém, ao chegar à Câmara, a redação foi modificada.

As empresas do ramo são contra a possibilidade de a Caixa comprar todo ou parte de construtoras, porque temem o surgimento de concorrentes desproporcionalmente mais fortes no mercado. Elas argumentam que o banco detém hoje domínio quase total sobre a aplicação do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), uma das principais fontes de recursos do setor. Além disso, estão concentrados na Caixa 30% do dinheiro aplicado em cadernetas de poupança, que também financiam as construtoras.

Uma construtora ligada à Caixa poderia ter vantagem na obtenção desse dinheiro. Outro risco seria essa empresa ser privilegiada com o acesso a informações estratégicas de suas concorrentes que solicitassem financiamento ao banco.

Lula vetou apenas um artigo da lei, o 8º. Ele autorizava a criação de uma comissão mista, no Congresso Nacional, para o acompanhamento da crise financeira internacional. Esta semana, o Senado criou uma comissão exclusiva para tratar do assunto. Segundo informações do gabinete do senador Francisco Dornelles, (PP-RJ), que preside a comissão do Senado, a comissão mista, incluída pelos parlamentares na época da votação da MP 443, foi vetada porque era “estranha” à lei.

agência estado

Rizzolo: Vejo com muito bons olhos essa iniciativa do governo através da Lei 11.908, publicada no Diário Oficial. Com efeito a possibilidade da Caixa comprar construtoras desde que estruture a Caixa Participações, prevista na lei – que na verdade seria o braço investidor do banco -, oferece ao povo brasileiro maior garantia na aquisição de um imóvel. O que ocorre hoje, é que com a crise financeira, as construtoras muitas com problemas de caixa continuam sendo uma ” caixa preta”, ao mesmo tempo em que lançam empreendimentos imobiliários muitos dos quais não oferecem a devida segurança ao comprador.

A grande verdade é que o mercado imobiliário é ” vaidoso” e não gosta de dar a transparência real da crise no setor, tampouco sua dimensão, deixando o investidor retraído e procurando outros ativos mais seguros. Já é hora do Estado assumir a responsabilidade na condução de alguns segmentos da economia, tendo maior participação e regulação, e esta lei vem de encontro a isso. É claro que o empresariado do setor não gosta, querem na verdade o recurso público ” correndo por fora”, e isso nós todos já aprendemos que não funciona e não vem de encontro aos interesses do povo brasileiro.

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País perde 600 mil empregos em dezembro,dizem fontes

BRASÍLIA – O Ministério do Trabalho espera que, por causa da crise financeira, o mês de dezembro de 2008 tenha sido o pior para o mercado formal de trabalho dos últimos anos. Embora o último mês do ano tradicionalmente registre fechamento de vagas, por causa da demissão de trabalhadores temporários, a estimativa dos técnicos é de que o volume de demissões em dezembro último tenha superado largamente a média do mês, que é de cerca de 300 mil postos de trabalho com carteira assinada. Fontes com acesso ao ministro do Trabalho, Carlos Lupi, chegaram a estimar que os corte teriam chegado a 600 mil vagas em dezembro, apenas levando em conta os dados do Cadastro Geral de Empregados e Demitidos (Caged).

Mas embora esse número também tenha sido veiculado na imprensa, a assessoria do ministro negou que ele tenha mencionado essa projeção.

Segundo os assessores de Lupi, ainda não seria possível ter uma estimativa do resultado de dezembro, porque os Estados não encaminham simultaneamente os dados ao Ministério do Trabalho. A assessoria do ministro confirmou, no entanto, que Lupi de fato espera um resultado, em dezembro, bem pior do que nos últimos anos.

Em dezembro de 2007, o Cadastro Geral de Empregados e Demitidos (Caged), que compila os dados sobre o mercado formal de trabalho, registrou o fechamento de 319,4 mil vagas, desempenho muito semelhante ao de igual mês de 2006. No governo Luiz Inácio Lula da Silva, o pior dezembro até agora foi o de 2004, com fechamento de 352,1 mil vagas.

Reportagem publicada hoje pelo jornal O Estado de S.Paulo informa que, pressionada por estoques elevados e queda nas vendas, quase um terço da indústria brasileira pretende reduzir o número de empregados até fevereiro. A estimativa foi obtida por meio de um levantamento feito pela Fundação Getúlio Vargas.

A reação do mercado de trabalho diante da crise internacional é também a grande preocupação do governo. Já foram anunciadas medidas para desonerar o setor automotivo – um dos mais atingidos pela crise e cuja cadeia produtiva é altamente geradora de empregos – e estimular o consumo, como a redução do Imposto de Renda para Pessoa Física (IRPF).

Na mira da equipe econômica está agora o setor de construção civil, um dos mais intensivos em mão-de-obra e que também sofre o impacto da retração de crédito provocada pela crise. No pacote habitacional em gestação, o governo discute medidas como a desoneração de material de construção popular e a elevação do valor da casa própria, que pode ser financiado com utilização do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), além de ampliação da oferta de financiamentos.

No caso das desonerações, o espaço do governo está limitado pelo impacto negativo da desaceleração da atividade econômica na arrecadação federal. Já em relação ao FGTS, há um relativo consenso dentro do governo sobre a necessidade de se elevar o valor do imóvel, que poderá ser adquirido com os recursos do Fundo, mas o valor ainda não está fechado.

Agência Estado

Rizzolo: A situação é realmente crítica, a Anfavea divulgou na semana passada a produção de veículos de dezembro. Mesmo com o aumento das vendas de carros em dezembro, a indústria terminou novembro com 305 mil veículos em estoque. Isso dá 56 dias de venda. Muito alto para um país com os juros brasileiros.

A indústria de máquinas e equipamentos, segundo o vice-presidente da Abimaq, José Veloso, vai começar a demitir em março, e as demissões podem chegar a 20 mil pessoas. Ele diz que o setor vive de encomendas, e elas caíram 40% em média — em alguns setores chegou a 70%.

O presidente da Associação Nacional de Material de Construção (Anamaco), Claudio Conz, pediu medidas mais ágeis. No fim do ano, o governo liberou R$ 1 bilhão para compra de material de construção, mas fez tantas exigências que o dinheiro não foi usado. Mas houve também pedidos contraditórios. A indústria de máquinas e equipamentos quer menos concorrência de importados — quem compra essas máquinas acha que elas deveriam ser desoneradas porque representam investimentos. Com este cenário podemos imaginar como será o primeiro trimestre deste ano, a referência do nível de emprego em dezembro denota a delicada situação econômica pela qual passamos.

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Imóvel na planta já preocupa o governo

Os compradores de imóveis na planta nos últimos dois anos são uma das grandes preocupações para o setor imobiliário neste início de 2009. Depois de pagar direto às construtoras as primeiras parcelas do investimento imobiliário, esses clientes estão próximos do momento de receber as chaves e têm de ir ao banco para financiar o restante da casa ou apartamento.

O comportamento mais restritivo do mercado de crédito, conforme alertam analistas, aumenta o risco de muitas dessas famílias enfrentarem dificuldade para tomar o financiamento.

O efeito desse cenário menos propício já começou a aparecer nos números do Banco Central (BC). Em novembro, o volume de novos empréstimos para o financiamento de imóveis ficou em R$ 152 milhões, uma queda de 26,5% na comparação com os novos financiamentos concedidos em outubro. Entre todas as linhas de crédito para as pessoas físicas, essa foi a que apresentou a maior retração. Na média, a concessão de empréstimos para as famílias diminuiu 7,8% no mês.

Antes do agravamento da crise, o Brasil viveu período de bonança nunca visto no setor habitacional. Em 2007, construtoras lançaram inúmeros imóveis e as condições de crédito atraíram clientes. Só na Grande São Paulo foram colocadas mais de 62 mil unidades residenciais à venda, número 78% maior que o de 2006, segundo o Sindicato das Empresas de Compra, Venda e Locação de Imóveis (Secovi-SP).

“Quem comprou imóvel naquela época vai receber o apartamento nos próximos meses. O problema é que as condições do crédito estão muito piores que as vistas lá atrás”, alerta o professor de finanças pessoais do Ibmec São Paulo, Ricardo José de Almeida. “Hoje os juros são mais altos e as exigências são muito maiores e isso pode gerar um gargalo.”

Almeida explica que, naquele período, parte dos clientes só assinou contrato de compra do imóvel após avaliar as condições de financiamento e ver que o negócio era sustentável.

Só que, na época, para ganhar mercado e com a economia a todo vapor, os bancos ofereciam condições mais vantajosas, com juros competitivos, prazos elásticos e renda necessária mais baixa. “Hoje, está tudo mais difícil. Isso limita o acesso ao crédito”, lembra Almeida.

O professor do Instituto de Economia da Unicamp e ex-vice-presidente da Caixa Econômica Federal, Fernando Nogueira da Costa, diz que esse quadro deve prejudicar principalmente clientes de classe média alta. Normalmente esse segmento busca financiamento exclusivamente nos bancos privados. “Nos financiamentos para a classe média baixa, bancos públicos e recursos da poupança predominam e, por isso, a oferta tem se mantido”.

INCENTIVOS

Para tentar contornar a situação – pelo menos para a classe média baixa – o governo pretende anunciar até o fim deste mês um pacote de incentivos ao setor. Diante da falta de crédito disponível, o governo deve reforçar a Caixa Econômica Federal para que o banco federal possa financiar até 900 mil unidades residenciais em 2009 ante 600 mil imóveis em 2008.

Outra medida em estudo tenta remediar a situação de mutuários que fiquem desempregados durante o financiamento. Está em estudo a criação de um mecanismo que poderia fazer com que o mutuário possa suspender os pagamentos do empréstimo imobiliário em caso de perda do trabalho.

Almeida chama atenção para o segmento de renda mais alta, que pode ficar fora da ajuda. “Se muitas famílias não conseguirem financiar o imóvel na entrega da chave, teremos dois problemas: superoferta de unidades que sequer foram ocupadas e dificuldade no caixa dos empreendedores que contavam com esse dinheiro.”

Agência Estado

Rizzolo: Este quadro piora ainda mais o segmento imobiliário que já sofre com a crise. A saúde financeira já abalada das construtoras aliada à escassez de crédito pode agravar ainda mais situação das construtoras em geral. Este blog tem alertado que comprar imóveis nesta época de crise é extremamente arriscado, e vale esperar pelo menos seis meses para observar a reação do mercado, caso contrário o investidor poderá estar fadado a sentir o ” efeito Incol” na pele. Guarde se dinheiro e durma tranquilo.

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Imóveis têm pior outubro desde janeiro de 1999 em SP

SÃO PAULO – Outubro foi o pior mês do setor imobiliário na cidade de São Paulo desde janeiro de 1999, quando ocorreu a maxidesvalorização do real. No mês, o índice vendas sobre a oferta (VSO) foi de 4,9%, considerado baixo para o setor. A média mensal de janeiro a outubro foi de 14,9%. ?Foi como se os vendedores não quisessem vender e os compradores não quisessem comprar?, afirmou Celso Petrucci, diretor-executivo do Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis Residenciais e Comerciais de São Paulo (Secovi-SP), entidade que representa o setor.

Em 2007, ano do boom desse mercado, o indicador chegou a alcançar 16,2%. De janeiro a outubro deste ano, os lançamentos na capital paulista chegaram a 29 mil unidades, uma expansão de 5,1% ante o mesmo período do ano passado. Segundo Petrucci, nos próximos meses as empresas serão mais seletivas nos lançamentos, uma vez que desde outubro houve redução de até 50% nas visitas aos estandes de vendas.

Dois movimentos que tendem a se manter são a venda de imóveis de até R$ 350 mil, que podem ser financiados com recursos da poupança e do FGTS, e os imóveis de altíssimo padrão, a partir de R$ 1 milhão. ?Muitos dos investidores do mercado financeiro estão migrando para imóveis?, diz Petrucci. Na cidade de São Paulo, está previsto o lançamento de 35 mil unidades este ano, 10% menos que as 39 mil unidades lançadas em 2007. Para 2009, a expectativa é que sejam lançadas de 26 mil a 28 mil unidades. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Agência Estado

Rizzolo: Há tempos este Blog já tem alertado para o perigo de se investir no setor imobiliário nesta época de crise. Esta crise em especial, atinge o fator confiabilidade, o que é primordial na compra de um imóvel. Ademais o segmento sofreu um forte impacto quando as construtoras se tornaram vulneráveis. O fato das grandes construtoras estarem encontrando dificuldade, nos leva a imaginar o que estará ocorrendo com as pequenas.

Alguns empreendimentos já foram alvo de manifestações dos trabalhadores da área, existe escassez de crédito às cosntrutoras, e isso afasta o investidor bem informado. Agora, realmente não acredito que investidores do mercado financeiro migrarão para imóveis como afirma o texto. Da forma em que o mercado está, a opção imóvel é a última escolha. Outra notícia nada boa, cerca de 9 mil dos 13 mil funcionários de empresas metalúrgicas de São Carlos, no interior do Estado de São Paulo, estão em férias coletivas até o início de janeiro em virtude dos primeiros impactos da crise do setor, de acordo com o sindicato da categoria. “Pelo menos 70% da força de trabalho do setor na cidade está parada e não sabemos ainda como será a situação quando os trabalhadores voltarem das férias”, disse Rosalino de Jesus de Barros, presidente do Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos de São Carlos e Ibaté. Minha sugestão: Guarde seu dinheiro e durma tranquilo.

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Crise: construção civil cancela R$ 7 bi em projetos

O mercado imobiliário deixará de injetar na economia nacional, até o final deste ano, cerca de R$ 7 bilhões em novos negócios com imóveis residenciais, cujos lançamentos foram suspensos ou adiados. Somente entre as doze principais empresas do setor de construção civil de capital aberto, com ações em bolsa, houve uma revisão na previsão de lançamentos com redução de R$ 3,23 bilhões, de acordo com o levantamento feito pela Fator Corretora.

Isso representa uma redução de 12% nos planos inicialmente anunciado para o ano, informa Eduardo Silveira, analista do setor de construção civil da Fator Corretora. A euforia do início do ano, que prometia volumes recordes de vendas e lançamentos no mercado imobiliário, foi apagada em parte pela chegada da crise financeira à economia real e em parte pela estratégia, algumas vezes equivocada, adotada pelas empresas em seus planejamentos de 2008.

“Em alguns casos, as previsões iniciais eram inatingíveis”, declara Gustavo Medina, sócio da M2 Investimentos, empresa de gestão de recursos financeiros. A maioria das empresas que fizeram IPO (oferta inicial de ações, na sigla em inglês) investiu em terrenos caros, contando que ainda poderiam voltar ao mercado para uma nova capitalização ou apostando que as vendas dos lançamentos se dariam em uma velocidade rápida, avalia Medina.

“Eram planos ousados e quando o mercado deu uma parada, ficou tudo comprometido. Não conseguiram realizar os lançamentos que imaginavam e as vendas não aconteceram na mesma rapidez que as empresas previam”, diz.

Na cidade de São Paulo, que diminuiu sua representatividade no volume de lançamentos imobiliários dentro da Região Metropolitana de São Paulo, o número de casas e apartamentos lançados no ano poderá terminar com uma queda de 10% sobre 2007, segundo estimativa de Celso Petrucci, economista-chefe do Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis Residenciais e Comerciais de São Paulo (Secovi-SP).

De acordo com ele, a curva de lançamentos na capital vinha ascendente até agosto e começou a cair em setembro. Ainda assim, a performance do setor nos doze meses findos em outubro ficou 10% acima de igual período anterior.Petrucci destaca que o próprio Secovi-SP só tem acesso aos planos das empresas que publicam seus relatórios, em torno de 20, mas estima que a atitude de revisão de metas é geral no mercado, que envolve cerca de 300 empresas só na capital.

Na Região Metropolitana de São Paulo, o cenário ainda é sustentado pelas incorporadoras que apostaram em projetos fora da capital. Mesmo com a retração do mercado, o ano ainda poderá superar os resultados de 2007, de acordo com Luiz Paulo Pompéia, diretor da Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio (Embraesp). De janeiro a outubro foram lançados 427 empreendimentos com 53.725 unidades residenciais (casas e apartamentos), um volume 36% maior que as 39.370 unidades lançadas em igual período do ano passado em 421 projetos.

Segundo Pompéia, outro dado importante a ser avaliado é o volume de lançamentos que chegam a ser anunciados na mídia mas que não são efetivamente colocados no mercado. O levantamento da Embraesp, que acompanha as propagandas feitas em mídia impressa, mostra que, aproximadamente, 120 anúncios feitos entre janeiro e outubro, com chamada de “Breve Lançamento”, não foram de fato efetivados. Isso representa cerca de 28% dos 427 empreendimentos lançados no período. Essa é uma estratégia usada pelas incorporadoras apenas para sentir a receptividade do mercado.

Para 2009, as incorporadoras também estão trabalhando com um novo cenário e fazendo planejamentos com cautela. “O mercado está agora em compasso de espera em função da crise. A euforia de 2007 com os IPOs, as vendas e lançamentos, a disponibilidade de crédito, estava tudo um pouco exagerado, teria mesmo que passar por um período de ajuste em algum momento. A crise só antecipou o processo e aumentou o nível de stress”, declara Pierre Antoine Prelorentzou, superintendente da regional São Paulo da Queiroz Galvão Desenvolvimento Imobiliário, incorporadora e construtora de capital fechado.

Prelorentzou acredita que a crise deve durar de seis meses a um ano e que o mercado não vai sair dela com a mesma força que tinha em 2007 mas que estará ainda em crescimento porque, para todos os perfis de produtos do mercado imobiliário, existe demanda reprimida para os próximos 10 anos. A Queiroz Galvão suspendeu alguns lançamentos programados para o segundo semestre deste ano e passou para o início de 2009. “O que não deu para segurar nós lançamos, e os que foi possível postergar, deixamos para o ano que vem”, diz.

Medina, da M2 Investimentos, diz que a tendência do setor é buscar, cada vez mais, a consolidação através de fusões e aquisições para as empresas ganharem musculatura. Entretanto, as possíveis compradoras estão evitando porque “parece que soa mal”.

“Neste momento parece que o mercado está punindo tanto as empresas compradoras quanto as compráveis. As compradoras estão com medo de comprometer seus caixas, mesmo que seja para a compra de uma empresa barata. Quando a Cyrela anunciou a compra da Agra (negócio que foi posteriormente desfeito) as ações caíram e as empresas têm medo de uma queda maior ainda em suas ações, têm medo que o mercado possa puni-las mais ainda.”

Gazeta Mercantil

Rizzolo: O setor imobiliário continua a sentir o impacto da crise. A falta de crédito, e a falta de confiança do investidor na solidez das construtoras, derrubaram o segmento. Hoje poucos são os dispostos a investir em imóveis temendo o ” efeito Incol” nas construtoras. O que observamos é que as maiores do segmento, já sofrem problemas financeiros, e as menores não sabemos, mas podemos imaginar. Nem as próprias grandes imobiliárias querem investir no setor. A crise econômica desfez uma das maiores negociações do setor imobiliário no País: a venda da imobiliária Patrimóvel, do Rio, para a maior empresa do setor, a Lopes, de São Paulo, por R$ 210 milhões. O melhor por hora é ficar longe desse mercado que tende a piorar. Guarde seu dinheiro, e durma tranquilo.

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Construção civil continua em crise e aumenta o número de demissões

Por causa da crise financeira, aumentou o número de desempregados na construção civil. As incertezas agora fizeram as construtoras adiarem os lançamentos que estavam previstos para o início de 2009. E os reflexos já começaram.

Desde setembro até a última sexta-feira, o Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil de São Paulo já registrou quase 4 mil demissões sem justa causa. O número é 30% maior do que a média do primeiro semestre. Na Região Metropolitana de Porto Alegre, só em outubro, mil trabalhadores foram dispensados.

Para evitar mais demissões, o conselho que administra o FGTS liberou R$ 3 bilhões em crédito para construtoras e empreiteiras. Por meio de fundos de investimento, o dinheiro poderá ser usado a partir de primeiro de janeiro. Os juros menores são para as empresas que construírem imóveis de até R$ 130 mil. Quem ganha até R$ 2 mil por mês poderá comprar a casa própria com juros menores. Tudo para aquecer o setor.
Band News

Rizzolo: O setor imobiliário continua a sentir o impacto da crise. A falta de crédito, e a falta de confiança do investidor na solidez das construtoras, derrubaram o segmento. Hoje poucos são os dispostos a investir em imóveis temendo o ” efeito Incol” nas construtoras. O que observamos é que as maiores do segmento, já sofrem problemas financeiros, e as menores não sabemos, mas podemos imaginar. O melhor por hora é ficar longe desse mercado que tende a piorar. Guarde seu dinheiro, e durma tranquilo.

Publicado em últimas notícias, Bancos não emprestam dinheiro, construtoras dão notebook, construtoras dão notebook e som, construtoras e o " efeito Incol", construtoras em crise, cotidiano, Crise Financeira, crise imobiliária no Brasil, crise no Brasil, crise nos bancos brasileiros, economia, empreedimento Parque Cidade Jardim, FHC: crise vai crescer de forma exponencial, imóveis, mercado imobiliário em crise, News, Parque Cidade Jardim, Política, Principal, residencial Parque Cidade Jardim. Tags: , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , . Leave a Comment »

Lula estuda limitar autonomia do BC sobre juros

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva aguardará a decisão do Banco Central nesta semana sobre a taxa de juros para tomar uma decisão mais importante. Lula estuda agora uma eventual interferência política pública e assumida para forçar uma queda da taxa básica de juros caso o BC insista em manter os juros no atual patamar ou não sinalize que vai baixar a taxa no ano que vem.

A Selic está hoje em 13,75% ao ano. O Copom (Comitê de Política Monetária), órgão do BC que se reúne a cada 45 dias para fixar os juros, terá o último encontro deste ano nestas terça e quarta-feiras.

Lula avalia estabelecer limites à autonomia formal concedida ao BC desde quando o petista chegou ao poder, em 2003. De lá para cá, houve embates entre Lula e o BC, mas o presidente nunca questionou a autonomia da instituição. Engoliu decisões das quais discordava.

Recentemente, Lula fez fortes pressões nos bastidores e deu duas declarações públicas dizendo que acha que os juros precisam cair. Falou que estavam acima do que indicava o bom senso e também disse que era hora de reduzir juros e preços.

Lula deseja uma queda de 0,25 ponto percentual da taxa de juros, como sinal de que será iniciado um processo que ajudaria a animar os agentes econômicos. Lula vende otimismo em relação ao desempenho da economia no ano que vem e acha que uma sinalização do BC de queda dos juros o ajudaria nessa tarefa. Alguns auxiliares falam até em viés de baixa: o BC manteria a Selic em 13,75%, mas deixaria claro que poderia reduzir a taxa a qualquer hora antes da próxima reunião do Copom.

Não seria correto manter a Selic em 13,75% ao ano e ponto final, pensam conselheiros econômicos do Palácio do Planalto. Lula enfrenta uma enorme crise econômica internacional sem precedentes em seu tempo de governo. Uma crise que poderá desidratar conquistas econômicas e sociais dos seus quase seis anos de administração. Lula ainda tem muito tempo de poder, dois anos. No entanto, esse é um espaço de tempo curto para tomar decisões econômicas e vê-las surtir resultados.

Conselheiros do presidente na área de economia são unânimes: o BC já perdeu o timing para reduzir os juros. O modelo econométrico que os diretores do BC julgam um oráculo não faria mais sentido porque haveria uma outra economia no planeta de meados de setembro para cá. Não valeriam grande coisa os dados cumulativos que são analisados a cada reunião do Copom e que são cruzados com mais recentes para se chegar a um diagnóstico econômico e fixar a política monetária.

Bancos centrais de países mais desenvolvidos, países que têm como amenizar impactos sociais negativos decorrentes de uma crise econômica, já saíram na frente. Derrubaram suas taxas de juros a porretadas.

No Brasil, o BC sinaliza que talvez não reduza os juros, que ainda é preciso ver se a inflação realmente está domada, que ainda não dá para saber se a economia desacelerou mesmo neste final de ano.

Lula tem uma decisão difícil e solitária pela frente. O presidente faz as seguintes reflexões. É ele quem foi eleito em 2006. É ele quem tem 70% de aprovação (índice bom e ótimo) no Datafolha. É ele quem será cobrado pelo desempenho da autonomia. Como foi ele quem concedeu a autonomia formal ao BC, seria a hora de limitá-la, retirá-la ou confirmá-la?

por Kennedy Alencar /Folha online

Rizzolo: A autonomia do BC sempre serviu ao planalto como desculpa para sua não interferência na questão das taxas de juros. Com efeito existe uma autonomia do BC, porém esta autonomia deve ser questionada quando existe uma ameaça eminente de crise, e não se vê uma visão desenvolvimentista econômica por parte do BC. A postura do presidente de limitar a autonomia do BC é de bom alvitre, e vem de encontro ao inconformismo de várias correntes dentro e fora do governo em diminuir as taxas de juros para evitar um mal maior diante a crise. Leia também: Natal triste poderá sensibilizar Meirelles

Construção civil faz as primeiras vítimas da crise

Desde setembro até a última sexta-feira, o Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP) já homologou 3.796 demissões sem justa causa. O número é 30% maior do que a média do primeiro semestre. Até aqui, a construção civil surge como a ponta mais visível – e sensível – do desemprego no País. A situação do setor, que viveu os dois últimos anos em estado de euforia, já preocupa o governo.

O setor no qual o emprego mais cresceu até outubro, atingindo quase 1 milhão de trabalhadores, é o mesmo que faz as primeiras vítimas da crise. “A construção civil é muito importante para o emprego. É um dos mais sensíveis à queda de confiança do consumidor”, afirma o economista José Pastore, consultor da Confederação Nacional da Indústria (CNI). “O vaso trincou. E creio que a restauração da confiança será um processo lento, mesmo com injeção de crédito em janeiro e fevereiro. O consumidor só vai comprar imóvel quando tiver certeza de emprego. Mas ele ainda não tem certeza suficiente.”

Com a fuga dos consumidores dos estandes de vendas e a limitação de crédito para o setor, as construtoras e incorporadoras foram obrigadas a rever seus ambiciosos planos de lançamento. A maior delas, a Cyrela, suspendeu projetos, cortou crédito e anunciou demissões. “Foi uma freada brusca. As empresas estavam a 180 quilômetros por hora numa estrada onde o limite era 120. Veio a chuva e elas tiveram de recuar para 60”, compara o diretor de marketing do Sindicato da Habitação (Secovi-SP), Fábio Rossi. “Mas acredito que depois vão voltar a 120 por hora.”

Na semana passada, durante dois dias, 1.100 operários que trabalham na construção do complexo residencial de luxo Parque Cidade Jardim, na zona oeste de São Paulo, fizeram uma paralisação para protestar contra o atraso nos salários e a falta de concessões de benefícios como vale-transporte e cestas básicas, em 21 das 85 empreiteiras que trabalham no local. A Matec, responsável pela obra, nega todas as acusações e diz estar em dia com as empreiteiras. “Eu me surpreendi com a manifestação, porque até então não havia recebido nenhuma reclamação dos trabalhadores”, rebate o presidente da companhia, Luiz Augusto Milano.

EFEITO PROGRESSIVO

Os economistas têm dificuldade de prever o reflexo da crise do crédito no mercado de trabalho porque as estatísticas ainda são inconclusivas. Em outubro, a taxa de desemprego no País foi de 7,5%, estável em relação a setembro e menor do que no mesmo período do ano anterior, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Por outro lado, os números mais recentes do Ministério do Trabalho dão algumas pistas do comportamento das empresas diante desse novo cenário. No mês passado, foram criados 61.401 postos de trabalho, enquanto em setembro foram abertas 282.841 vagas.

Os dados revelam cautela das empresas. Tradicionalmente, em situações de incerteza, elas não partem direto para os cortes. Por precaução ou necessidade, o primeiro passo é contratar menos. Setores de alta rotatividade, como o comércio, deixam de repor as baixas. “Depois é que dão férias coletivas, antecipam aposentadoria, fazem programas de demissão voluntária e, só por fim, demitem. Até porque, para demitir, é preciso ter caixa, o que muitas não têm agora”, diz Pastore.

Embora as estatísticas ainda não revelem com clareza os contornos da crise, é possível ver fortes sinais de reação em alguns setores da indústria. Só nas montadoras 75 mil trabalhadores estão ou vão entrar em férias coletivas. A Peugeot Citroën, de Porto Real (RJ), vai deixar 700 operários parados por quatro meses. As empresas de autopeças já demitiram 700 pessoas até outubro. “A julgar por experiências anteriores, as famílias cortam o que não é necessidade básica”, diz o professor da Faculdade de Economia e Administração da USP, Roberto Macedo. “É um fenômeno ligado à crise do crédito. Com a proliferação das notícias negativas, o consumidor se retrai. O retrovisor está meio embaçado, mas é provável que a taxa de desemprego suba.”

O economista do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Lauro Ramos, aposta numa alta do desemprego com efeito progressivo. “Não esperaria que a taxa saia de 7,5% para 9,5% de uma vez. Em dezembro, com fatores sazonais jogando a favor, imagino que caia para 6%”, diz Ramos. “Em janeiro e fevereiro, meses em que a economia está anestesiada, vejo ajustes mais fortes de mão-de-obra. Em março, esperaria taxas comparáveis às de 2008, rompendo um ciclo de queda.”

O drama na construção e na indústria automotiva produz reflexos diretos da indústria de transformação, que inclui metalurgia, mineração, siderurgia e cimento, entre outros. Se ainda não fizeram demissões em massa, as empresas desses setores pelo menos já começaram a dar férias coletivas mais longas para seus funcionários.

Grandes empregadores como Vale, Gerdau e Usiminas anunciaram recentemente redução ou suspensão de produção para se adequar à demanda mais fraca tanto no mercado doméstico quanto no exterior. Mineração e siderurgia estão na primeira ponta da cadeia produtiva. Por isso, são os primeiros a sentir o impacto da desaceleração do consumo de bens duráveis.

A reportagem é de Patrícia Cançado e publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo, 30-11-2008.

Rizzolo: O mercado imobiliário brasileiro é um dos segmentos mais afetados pela crise. Muito embora tenha diferentes aspectos da crise dos “subprimes” dos EUA, o reflexo no Brasil se dá por conta da falta de liquidez de algumas grandes construtoras, e pelo crédito escasso e caro. Com efeito, se grandes construtoras sofrem o impacto da crise, o que se pode dizer das pequenas e médias. Face a estes fatos, o consumidor de bom senso, se afastou dos estandes, e com razão procrastina seu investimento em imóvel por tempo indeterminado. Além dos problemas financeiros que atingem as construtoras, existe o fator real do investimento em imóvel, cuja liquidez é baixíssima, tornando-o a última opção na aplicação dos recursos do consumidor.

O Brasil no mercado imobiliário já foi palco de inúmeros problemas no tocante à quebra de construtoras, como no caso da Incol e outras, trazendo ao pobre consumidor inúmeros problemas, e granatrimonial. O notícia de que na semana passada, durante dois dias, 1.100 operários que trabalham na construção do complexo residencial de luxo Parque Cidade Jardim, na zona oeste de São Paulo, fizeram uma paralisação para protestar contra o atraso nos salários e a falta de concessões de benefícios como vale-transporte e cestas básicas, em 21 das 85 empreiteiras que trabalham no local, muito embora negada por responsáveis pela obra, é extremamente preocupante e grave, e o melhor que o investidor tem a fazer no momento, é ficar longe dos investimentos em imóveis, até porque, ninguém quer reviver o drama da Incol, desta feita em maior proporção. Guarde seu dinheiro.

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