Rússia irá entregar helicópteros militares ao Brasil

LONDRES – A Rússia começará a entregar ao Brasil este ano os helicópteros de ataque Mi-35 Hind (VIDEO) – ou Mi 35 in action(VIDEO) – informou hoje a agência de notícias Ria Novosti. A agência baseia a informação em uma fonte no governo russo. De acordo com o funcionário, o valor do contrato é de aproximadamente US$ 150 milhões.

O helicóptero russo ganhou, no ano passado, a licitação para fornecer os aparelhos às Forças Armadas brasileiras. Seus concorrentes eram o Augusta A-129 Mangusta e o Eurocopter AS-665 Tiger. As informações são da Dow Jones.

Rizzolo: O helicóptero de ataque russo MI 35 HIND possui míssel anti-tanque para atuar em terrenos onde há movimentação de armas, principalmente aquelas que se movem com mais lentidão como os tanques. O MI 35 HIND, é a versão de exportação do helicópetro de ataque russo MI 24 HIND.

A Venezuela de Chavez em 2005, comprou 10 unidades do MI 35, sendo que quatro foram entregues em junho de 2006, e outros em dezembro do mesmo ano. Quanto a sua eficácia como helicópetero desconheço. Os amigos militares podem se manifestar. A verdade é que precisamos investir e modernizar nossas Forças Armadas, face à extensão do nosso território. Assistam os vídeos acima.

Chávez qualifica Obama de ‘pobre ignorante’ e o manda ler

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, qualificou neste domingo o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, de “pobre ignorante” por ter declarado meses atrás que o líder venezuelano exporta atividades terroristas.

Chávez, militar reformado, disse que esperava que com Obama pudessem ser recompostas as abaladas relações diplomáticas entre os dois países. Ele revelou que alguns comentários feitos pelo presidente norte-americano em janeiro o fizeram desistir de designar o novo embaixador da Venezuela em Washington.

“Agora Obama vai acusar a mim de exportar o terrorismo? Pelo menos alguém poderia dizer: pobre ignorante, estude, leia um pouco para aprender qual é a realidade que está vivendo e a realidade da América Latina e do mundo”, disse Chávez, durante seu programa dominical de rádio e televisão.

“Mas são sinais muito ruins de um governo. Nós continuaremos esperando, mas não estamos desesperados. Para nós o império dos Estados Unidos tanto faz como tanto fez,” acrescentou.

Em janeiro, Chávez pediu a Obama que retificasse suas opiniões sobre ele e sobre a Venezuela se desejava a melhoria das relações diplomáticas.

O presidente norte-americano disse em janeiro que Chávez tinha interrompido o progresso da região, exporta atividades terroristas e apóia “entidades malignas” como a guerrilha das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).

Embora EUA e Venezuela mantenham um dinâmico intercâmbio comercial, as relações entre seus governos chegaram ao ponto mais baixo em décadas, em meio a um ríspido intercâmbio verbal que resultou na retirada dos respectivos embaixadores.

O presidente venezuelano expulsou em setembro o embaixador dos EUA em Caracas e ordenou a retirada de sua delegação diplomática de Washington em apoio ao governo da Bolívia, que tomou decisão semelhante em meio a uma forte crise política.

Folha Online

Rizzolo: Certa vez comentei neste blog que Chaves é o elemento essencial para levar o ” socialismo do século 21 a bancarrota. Ah! Alguns bobos da esquerda exclamaram: “Mas o Rizzolo, um mal agradecido, foi para Venezuela a convite de instituições ligadas a Chavez, conheceu a realidade da pobreza venezuelana, e depois de algum tempo rebelou-se”. Eu respondo que, até por terem me dado a oportunidade de ir, ver e conhecer, digo que do ponto de vista social Chavez fez muito. Fez mesmo, só que fez errado. Se tornou um fascistóide e além disso, como dizia garrincha, “fez tudo mas não combinou com os russos”. Não há como se indispor com os EUA, mormente em se tratando de uma abertura com um presidente democrata. Começar a insultar Obama, só para demonstrar ” um caráter forte” “patriota” é uma tática que apenas serve aqueles que querem seu fim. Mandar Obama ler e chama-lo de ignorante apenas atrai a antipatia mundial. Neste ponto Lula é bem mais esperto, deveria Chavez ouvir mais seu ” advogado”. Como Amorim afirma, Lula é o ” advogado de Chavez nos EUA ” Quanto despreparo minha gente !!

Chávez ordena tomada de portos e aeroportos da oposição

CARACAS – O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, ordenou neste domingo, 15, que as Forças Armadas do país tomem os portos e aeroportos e advertiu que os governadores dos estados que se opõem a nova lei, que coloca os centros de transportes sob controle federal, podem ser presos.

Durante seu programa semanal de rádio e tevê “Alô Presidente”, Chávez ordenou que os navios da Marinha tomem controle do porto Cabello, no estado de Carabobo, e o porto de Maracaibo, no estado de Zulia, na próxima semana. Esses são os dois maiores portos marítimos da Venezuela.

O presidente disse aos oficiais militares que os governadores Henrique Salas (Carabobo) e Pablo Perez (Zulia), ambos da oposição, podem resistir à lei recém-aprovada. “Se ele der uma de esperto… Isso merece a prisão”, disse Chávez com relação a Salas. “O mesmo serve para o governador de Zulia”, acrescentou.

Legisladores fiéis a Chávez votaram na semana passada uma lei que coloca todos os aeroportos, rodovias e portos sob controle federal, um movimento que os adversários afirmam ter como objetivo aumentar o poder do presidente. “Esta é uma questão de segurança nacional”, disse Chávez neste domingo, defendendo a lei.

Os governadores da oposição alertaram que a lei aprovada pela Assembleia Nacional, dominada pelos chavistas, tem como objetivo estrangular os adversários do presidente financeiramente e para reduzir o apoio dos eleitores que os elegeram em novembro.

Sob a nova lei, os estados e municípios não podem mais recolher tarifas de transportes dos portos e aeroportos ou construir pedágios ao longo das rodovias, o que significa que os governadores e prefeitos terão menos dinheiro para os projetos públicos.

Os aliados de Chávez conquistaram 17 dos 22 governos na eleição de novembro. Mas os líderes da oposição ganharam terreno, conquistando cinco postos governamentais e a prefeitura de Caracas. Após a eleição, Chávez assinou uma série de decretos que passam para o governo federal o controle sobre hospitais, estádios esportivos e outras instituições públicas em estados conquistados pela oposição.

agência estado

Rizzolo: Essa tomada de portos e aeroportos é de caráter político mas denota a vocação autoritária de Chávez fazendo uso de meios nada democráticos na derrubada da oposição ao chavismo. Como podemos observar cada vez mais fica difícil ser complacente com a postura chavista de governar. A essência deste autoritarismo stalinista, está no encrudescimento ideológico bolivariano arraigado nos preceitos da esquerda radical, que tem por objetivo centralizar cada vez mais o poder nas mãos de Chávez. Com efeito fica quase indefensável ao presidente Lula, o ” advogado da Venezuela ” como afirma o ministro de Relações Exteriores, Celso Amorim, propagar nos EUA uma aproximação com a Venezuela tendo como presidente o senhor Hugo Chávez.

Lula será ‘advogado’ da Venezuela junto a Obama, diz Amorim

O ministro de Relações Exteriores, Celso Amorim, afirmou nesta quarta-feira que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva poderá atuar como uma espécie de “advogado” da Venezuela na conversa que terá no sábado com o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama.

De acordo com o chanceler brasileiro, a expectativa do governo é que Obama endosse o discurso de “mudança” que tem feito e esqueça “problemas do passado” que ocorreram entre Estados Unidos e países latino-americanos.

“O presidente Lula quer mostrar o mesmo sentimento que ele tem em relação a outros países mais pobres da América do Sul. Acho que é possível (que o presidente advogue pela Venezuela e pela Bolívia). No caso da Venezuela, o próprio presidente (Hugo) Chávez se encarregou de dizer que tem toda a confiança no que o presidente Lula puder dizer”, destacou Amorim. “De certa maneira é um endosso para que isso ocorra por parte da Venezuela. A mensagem é de diálogo, de compreensão e para evitar (pensar no presente levando em conta) problemas do passado, e (sim) disposição para cooperar e entender.”

“Acho que não é tanto uma questão de simplesmente fazer com que o presidente Obama olhe para cá. Creio que ele fará isso, mas (…) que com modéstia e humildade olhe para cá, (olhe) com ótica certa. Ele tem que levar em conta as mudanças que ocorreram na América Latina e no Caribe”, opinou Amorim. “Creio que o presidente Lula terá ocasião de levar sua visão de como tem sido esse processo de mudança na América do Sul e na América Latina, sem a pretensão de dar conselho.”

Na avaliação do ministro, a postura de respeito dos Estados Unidos diante do referendo na Venezuela, que abriu a possibilidade para que o presidente Hugo Chávez pudesse se candidatar e se reeleger indefinidamente, por exemplo, foi “muito equilibrada” e permite antever um novo perfil de relação entre os países.

“É preciso compreender e ver que na Venezuela houve vários referendos, todos com (acompanhamento) internacional. Em todos esses casos, indiscutivelmente, houve uma votação que deixou claro o sentido geral da opinião na Venezuela (de apoio à possibilidade de reeleições indefinidas)”, completou. “Creio que o presidente Obama estará aberto.”

Defensor do fim do embargo comercial à Cuba, o presidente Lula deverá, na conversa com Obama no sábado pela manhã, ressaltar a importância e o simbolismo da ilha para a América Latina.

“No contexto de tratar da região, é inevitável tratar do tema Cuba. A situação de Cuba hoje em dia é uma relação anômala em relação ao resto do continente, não há duvida que é”, comentou Celso Amorim, evitando polemizar sobre as críticas ao regime de governo cubano. “Cuba é muito simbólica na América Latina, para a maneira como os Estados Unidos olham para a América Latina. Não escolhemos os regimes dos outros países.”

Crise financeira

Além de discutir questões regionais e de interesse da América Latina, ressaltou Amorim, o presidente Lula deve opinar junto a Obama sobre possíveis “remédios para a crise financeira”, incluindo uma exposição sobre o sistema bancário brasileiro e o reforço de que o protecionismo não ajuda em nada a sair das turbulências econômicas mundiais.

Redação Terra

Rizzolo: O ministro de Relações Exteriores Celso Amorim, gosta nas suas declarações de insinuar que o presidente Lula ” está com Chávez e não abre “. A palavra ” Advogado da Venezuela “, muito embora no sentido figurado, denota uma afinidade inconteste ao regime bolivariano. Contudo não será – pelo menos por parte de Chávez- a postura causídica que Chávez adotará, quando os EUA adotar o Brasil, um dia, como um fornecedor de petróleo maior do que a Venezuela . Chávez irá bravejar, e destituirá seu advogado. Chávez é imprevisível, entendo este papel de Lula um pouco mediador, um aproximador muito embora poderá ser mal interpretado e não contará com o apoio de grande parte dos americanos. Lula deve ressaltar o papel de liderança do Brasil na América Latina, dissocia-lo do viés esquerdista catanho dos países da América Latina. Agora um ” Advogado da Venezuela ” é demais. Que tal Lula se portar como um Advogado dos interesses brasileiros apenas, e um mero e discreto mediador do regime bolivariano. Entendo que ganharíamos mais.

Evo Morales volta a apontar espionagem da CIA na Bolívia

LA PAZ – O presidente da Bolívia, Evo Morales, reiterou na quinta-feira que a CIA está infiltrada em seu país, um dia depois de a embaixada norte-americana negar veementemente a denúncia. Este é o mais recente de uma série de enfrentamentos entre os dois países.

Repetindo o que disse na terça-feira, Morales afirmou que a CIA (sigla em inglês para a Agência Central de Inteligência dos EUA) infiltrou um agente na petrolífera estatal YPFB, com o objetivo de fazer fracassar o processo de nacionalização do setor de hidrocarbonetos, iniciado em 2006.

“Graças a alguns policiais patriotas, detectamos uma infiltração da CIA norte-americana em nossa estrutura de Estado”, disse Morales em um evento para comemorar o 72o aniversário da criação da Academia Nacional de Polícias.

“Se algum funcionário da embaixada dos Estados Unidos disse que não há nenhuma infiltração, então me diga publicamente quem é Francisco Martínez, um mexicano que entra e sai da Bolívia”, desafiou Morales.

O presidente disse que a CIA treinou, durante vários anos, um policial boliviano chamado Rodrigo Carrasco, que trabalhou como agente norte-americano no Iraque e chegou ao posto de gerente de comercialização da YPFB.

“Fiquei surpreendido depois de fazer uma pequena investigação sobre um ex-oficial da Polícia Nacional Rodrigo Carrasco, que, menos de seis meses depois de começar a servir a polícia, recebeu 21 cursos de preparação financiados pela embaixada dos Estados Unidos”, detalhou Morales.

“Tenho certeza de que nenhum general tem 21 cursos de capacitação.”

O novo imbróglio vem cinco meses depois de Morales expulsar o embaixador norte-americano de La Paz.

“Que alguém negue que este ex-capitão da polícia não é da CIA, que não haja infiltração da CIA na estrutura do Estado, é faltar com a verdade”, acrescentou.

agência estado

Rizzolo: Imaginem se a CIA e a embaixada dos EUA iriam propiciar 21 cursos de só vez a um agente secreto. Ora, é muita ingenuidade de Morales entender que dessa forma é que CIA funciona. Se isso ocorreu, com certeza este não é o agente, aliás, esta história de “agente da CIA infiltrado” é coisa da esquerda da América Latina para justificar os problemas e criar um “ente conspirador”. Achar que um cidadão que entra e saí da Bolívia é um agente da CIA, temos então inúmeros agentes por aqui que entram e saem do Paraguai, são ” agentes sacoleiros ” risos…

Contexto ideológico e soberania relativa

O conceito de soberania entre os romanos, classificada como suprema potestas. Era o poder supremo do Estado na ordem política e administrativa. Posteriormente, passaram a denominá-lo poder de imperium, com amplitude internacional. Historicamente, é bastante variável a formulação do conceito de soberania, no tempo e no espaço. No Estado grego antigo, como se nota na obra de Aristóteles, falava-se em autarquia, significando um poder moral e econômico, de auto-suficiência do Estado. Já entre os romanos, o poder de imperium era um poder político transcendente que se refletia na majestade imperial incontrastável, e talvez seja aí, durante o império romano que a essência do conceito territorial soberano se expandiu.

O que observamos hoje, contudo, é que existe um viés conceitual do espaço soberano de um Páis, que é legitimado pelo livre espaço de atuação dos grupos que se diferem ideologicamente num mesmo território, ou em territórios onde deveriam “a priori” ser respeitado o nobre conceito. Porém até onde grupos guerrilheiros tem legitimidade para sua atuação ? Os EUA no decorrer dos últimos anos têm tido uma posição de questionamento do conceito de soberania face à sua ” guerra contra o terrorismo”; muito mais uma política republicana do que propriamente americana em si, contudo, vale uma reflexão ao analisarmos até que ponto a disseminação desse conceito não acaba sendo abarcado por outros países como o que ocorreu na Colômbia.

A grande questão é que, se existe um grupo guerrilheiro entendendo apenas que seus objetivos devam se alcançados através de expedientes espúrios, teriam eles legitimidade para existirem? Não estariam eles nos norteando e nos legitimando a ataca-los aonde quer que estejam? O mais interessante dessa questão é que do ponto de vista dos guerrilheiros o inverso do conceito é o mesmo. Assim sendo, teríamos que lançar uso de um fator preponderante maior, que daria base as investidas dessa natureza, e aí, nos esbarramos no que é ético, aceitável, e humano para uma sociedade.

As Farc há muito deixaram de exercer uma trajetória de cunho marxista num plano estratégico de poder. Tornaram-se um grupo isolado, perverso, e comercial, baseando suas atividades do narcotráfico, no seqüestro, e na intimidação que são práticas abomináveis. Ora, nesse contexto acredito que a soberania relativa poderia se assemelhar a uma figura penal jurídica de ” estado de necessidade”, ou como na persecução, um ” estado de flagrância”. Não há como convivermos com grupos terroristas, e a compreensão de agressão de um Estado a outro, deve ser minimizada face à ideologia e ética de grupos violentos que oferecem perigo à sociedade.

Não estou com isso aprovando a incursão da Colômbia ao Equador, mas de certa forma, entendendo como legítima em casos extremos uma reavaliação desse aspecto da soberania, até porque, temos que levar em consideração o fato do aumento do radicalismo quer religioso, quer oportunista ou terrorista, como no caso das Farc e do fundamentalismo islâmico. O presidente Correa, do Equador, sabia que esse grupo permeava seu território, até porque, guerrilheiros se sentiam seguros por lá. Isso é ético? Com certeza não é, da mesma forma que atravessar a fronteira para atingir um desiderato bélico, como assim fez a Colômbia. Mas o que é pior à sociedade? A soberania relativa deve ser analisada com profunda reflexão e os Estados devem analisar caso a caso, sem maiores paixões bélicas ou nacionalistas, e com maior visão de proteção à sociedade das atividades de grupos desestabilizadores da democracia.

Fernando Rizzolo