Após 8 anos, balança comercial fecha o mês com saldo negativo

SÃO PAULO – A balança comercial fechou o mês de janeiro com saldo negativo de US$ 518 milhões. O resultado vem de exportações de US$ 9,788 bilhões e importações de US$ 10,306 bilhões. Trata-se do primeiro resultado negativo mensal após uma série 93 meses de superávits consecutivos – desde março de 2001, quando a balança foi deficitária em US$ 274 milhões. Em 12 meses, o saldo acumulado na balança comercial continua positivo em US$ 23,305 bilhões.

Em janeiro de 2008, a balança registrou um superávit de US$ 922 milhões. Segundo dados divulgados nesta segunda-feira, dia 2, pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, pelo critério da média diária, o déficit registrado no primeiro mês deste ano (média diária de -US$ 24,7 milhões) representa um desempenho 158,9% menor que a média diária registrada em janeiro de 2008 (US$ 41,9 milhões).

A média diária exportada no mês (US$ 466,1 milhões) representou uma queda de 22,8% em relação ao desempenho médio diário registrado em janeiro de 2008 (US$ 603,5 milhões). Já as importações fecharam o mês com média diária de US$ 490,8 milhões, com queda de 12,6% na comparação com janeiro do ano passado (US$ 561,6 milhões).

Em relação a dezembro passado, a média diária exportada registrou queda de 25,8% e a média das importações foi 6,3% inferior.

O ministério ainda não estabeleceu uma meta para as exportações deste ano por causa dos efeitos imprevisíveis da crise, principalmente no primeiro trimestre. Por isso, o governo desenhou cinco cenários.

No melhor deles, as exportações vão atingir US$ 202 bilhões e no pior cenário, US$ 158 bilhões. O alento é que as importações também devem cair por causa da queda na atividade doméstica, afirmou na semana passada o economista-chefe da Fundação Centro de Estudos do Comércio Exterior (Funcex), Fernando Ribeiro. O que garante o superávit anual.

Agência Estado

Rizzolo: O motivo para isso foi o pequeno superávit de US$ 127 milhões na última semana do mês, face a desastrosa medida de exigir a licença prévia de importação para cerca de 60% dos produtos que o país compra lá de fora. O resultado foi claramente influência da medida. Basta ver as médias da última semana do mês para as outras. Na realidade, temos um trimestre negro pela frente, o resultado só deve começar a mudar, se mudar, a partir de março, com o embarque da soja precoce, no Rio Grande do Sul.

Publicado em últimas notícias, balança comercial saldo negativo, Brasil, construtoras em crise, cotidiano, Crise, crise no Brasil, crise nos bancos brasileiros, déficit comercial., demissões em massa, economia, FHC: crise vai crescer de forma exponencial, Fiesp, geral, governo quer punir quem demite, greve na GM, LUla e a popularidade, mercado imobiliário em crise, News, notícias, Política, Principal. Tags: , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , . Leave a Comment »

Desconfiança do empresário no mercado X Desconfiança do governo no empresário

Existe um desânimo econômico que ultrapassa o otimismo do presidente Lula. Fica evidente que os informados sabem que a crise internacional, principalmente com o aumento da desconfiança sobre os bancos americanos e ingleses, é capaza de derrubar as bolsas aqui dentro e fora, e aumenta a percepção de que o primeiro trimestre não será o único a amargar o gosto do desequilíbrio macroeconômico.

O desespero é tanto, que decidiu-se transferir R$ 100 bilhões do Tesouro Nacional para as arcas do BNDES, mas vinculando o empréstimo a “um juízo de admimissibilidade “. O crédito será, agora, condicionado à manutenção e geração de empregos. Segundo Mantega, vai-se exigir a “explicitação” do volume de empregos de cada empreendimento financiado com verbas públicas. Uma verdadeira ingerência na atividade privada, típica do modelo petista que prioriza um Estado forte e um empresário fraco.

Fernando Rizzolo

Governo pode vetar crédito público à empresa que demite

BRASÍLIA – O governo poderá negar crédito à empresa que demite, mas está com situação financeira saudável. O Ministério da Fazenda avalia a possibilidade de definir a real situação financeira de uma empresa como o critério a ser observado para garantir o acesso ao crédito público.

Os técnicos já estão envolvidos na tarefa de fazer uma radiografia detalhada das grandes empresas que estão cortando pessoal para checar se elas apresentam ou não um problema financeiro. A ideia é que esse pente-fino sirva de subsídio para a análise das propostas de medidas anticrise apresentadas por diversos setores à equipe econômica e dos pedidos de crédito aos bancos oficiais. A premissa é: não terá acesso ao crédito a empresa que, mesmo não tendo problemas financeiros, alega dificuldades para justificar demissões.

Segundo fontes ouvidas pela Agência Estado, será uma espécie de lista vermelha. Uma forma de pressão, já que o governo não tem como impedir a onda de demissões que teve início este ano. A avaliação é que algumas empresas estão aproveitando a crise financeira para tirar proveito da situação, conseguir vantagens do governo e, ainda assim, demitir.

É a mesma posição do ministro do Trabalho, Carlos Lupi, que, semana passada, disse que algumas empresas estavam sendo precipitadas em demitir e, sem citar nomes, comentou que ?empresários espertos estão demitindo para aumentar a margem de lucro. Os bancos já fazem uma análise criteriosa das empresas antes de emprestar e têm regras específicas de governança para a concessão do crédito.

O levantamento, explicou uma fonte, terá um papel muito mais político para coordenação da estratégia de prioridades na concessão dos benefícios, sejam creditícios ou fiscais. Parte do levantamento será feito com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).

Agência Estado

Rizzolo: Essa medida é extremamente preocupante e significa uma ingerência do Estado na iniciativa privada. E o pior uma ingerência de cunho punitivo. Apenas o empresário é capaz de saber se sua empresa tem a capacidade financeira para suportar a folha de pagamento face a uma crise. O Estado não deve se alçar um ” juiz das contas empresariais”, tampouco impor sanções à iniciativa privada que é a maior geradora de emprego. Restringir crédito público baseado ” num entendimento interpretativo Estatal” é instituir um socialismo stalinista disfarçado, agora quem decide se a empresa é saudável é o governo. É o PT e suas soluções stalinistas.