Grã-Bretanha ‘atinge recorde de ataques antissemitas’

Um relatório divulgado nesta sexta-feira sugere que o total de ataques antissemitas no primeiro semestre deste ano na Grã-Bretanha e mais de 600 – é o dobro do registrado no mesmo período em 2008 e teria atingido um novo recorde.

Segundo o documento, divulgado pela ONG Jewish Community Security Trust, que oferece dicas sobre segurança a cerca de 3 mil judeus que vivem na Grã-Bretanha, o país atingiu o maior número de ataques desde que os registros começaram, em 1984.

A instituição afirma que registrou 609 ataques antissemitas nos seis primeiros meses do ano e um aumento de 276 com relação ao total de ataques registrados em 2008.

Entre os ataques, a maioria foi classificado como comportamento abusivo, mas a organização registrou ainda 77 atos violentos e dois atentados contra a vida e um deles uma tentativa de atropelamento.

Segundo a organização, o total de incidentes registrados entre janeiro e junho deste ano é pior do que o recorde de 598 ataques registrados nos doze meses de 2006.

Gaza

De acordo com a ONG, o aumento significativo no número de ataques contra judeus pode estar relacionado com a oposição à ofensiva militar realizada por Israel contra o grupo Hamas na Faixa de Gaza.

O conflito, que ocorreu entre dezembro de 2008 e janeiro de 2009, foi seguido por um aumento quase imediato no número de incidentes antissemitas na Grã-Bretanha.

Cerca de 286 ataques ocorreram apenas no mês de janeiro.

Mark Gardner, representante da organização que levantou os dados, disse que os judeus britânicos “estão enfrentando altos níveis de ataques racistas e intimidação”.

“Não há desculpas para o antissemitismo e o racismo e é totalmente inaceitável que conflitos fora do país causem um impacto dessa forma aqui”, afirmou Gardner.

No início deste ano, líderes muçulmanos publicaram um comunicado denunciando o antissemitismo na Grã-Bretanha.
agência estado

Rizzolo: É vergonhoso um país como a Inglaterra ter um nível inaceitável de racismo e antissemitismo. Não bastasse o sofrimento imposto na 2ª Guerra Mundial, onde milhões de judeus foram exterminados, ainda persiste um rastro de intolerância num país que na verdade lutou contra o nazismo e contribuiu para a libertação da Europa. O que a reportagem não diz é que a intolerância corre não só na direção dos judeus, mas também em relação aos negros, homossexuais, e todo tipo de minoria.

Sábado violento no Irã deixa mais de 20 mortos, diz TV

TEERÃ – Pelo menos 19 pessoas teriam morrido nos protestos que ocorreram hoje em Teerã, contra a reeleição do presidente Mahmoud Ahmadinejad. A informação é da rede de televisão “CNN”, que citou fontes dos hospitais. Também neste sábado, uma explosão suicida deixou pelo menos dois mortos e oito feridos, segundo a emissora de TV estatal. O atentado ocorreu no mausoléu do líder da revolução islâmica, Aiatolá Ruhollah Khomeini. Dados não confirmados colocam o número de mortos em até 150 em uma semana de conflitos após as eleições; fontes do governo afirmam que 400 policiais ficaram feridos nesse período.

Os manifestantes apoiam Mir Hossein Moussavi, candidato derrotado no pleito, e afirmam que houve fraude eleitoral. O líder supremo da nação, Aiatolá Ali Khamenei, disse ontem que responsabilizará Moussavi caso os confrontos continuem, o que fez com que o oposicionista declarasse que estava pronto para o “martírio”, segundo a “CNN”. A rede de televisão norte-americana também informou que os helicópteros do governo que foram vistos despejando água sobre os manifestantes poderiam ter utilizado na verdade água fervente ou até mesmo ácido, segundo testemunhas.

Em Washington, o presidente dos EUA, Barack Obama, pediu que as autoridades iranianas interrompam “toda a violência e ações injustas contra seu próprio povo”. Obama havia se oferecido para abrir negociações com o Irã, o que poderia aproximar os dois países depois de um congelamento diplomático de quase 30 anos, mas o aumento da violência pode prejudicar essa tentativa de distensão.
agência estado

Rizzolo: A situação esta se complicando no Irã. Os manifestantes apóiam Mir Hossein Moussavi, não se conformam, e com razão promovem as devidas manifestações de cunho democrático, enfrentando as milícias. Um governo que não respeita os direitos humanos, merece uma manifestação à altura. Os radicais do regime de Mahmoud Ahmadinejad com o apoio dos religiosos extremistas, faz com que o Irã se torne uma preocupação para o mundo, e a violência faz parte deste cardápio de horror promovido pelo louco Ahmadinejad. A imprensa estrangeira é coibida de seu exercício, e está proibida manifestações. Agora, o que eu não entendo é um país como o Brasil, democrático, aplaudir este regime estreitando os laços com essa gente, com o “pretexto comercial”.

Santa Casa constata morte de rapaz agredido após a Parada Gay

Homem foi espancado em uma rua da região central no domingo (14).
Médicos haviam declarado morte cerebral nesta quarta-feira (17).

A Santa Casa de Misericórdia de São Paulo informou, por volta das 19h10 desta quarta-feira (17), a morte de Marcelo Campos. Ele foi espancado após a Parada Gay. Os médicos haviam confirmado a morte encefálica, mas o rapaz foi declarado morto no início da noite. Segundo a assessoria do hospital, os órgãos de Marcelo não poderão ser doados.

No mesmo dia, em outro ponto do desfile da Parada Gay, 22 pessoas ficaram feridas após uma explosão. O hospital afirmou que ele sofreu traumatismo craniano e seu estado de saúde era considerado muito grave. A polícia não tem pistas sobre quem teria provocados os ferimentos no homem.

Segundo o SPTV, Campos era cozinheiro. Ele teria sido espancado por um grupo perto da Praça da República. Segundo amigos, ele não estava na festa da Avenida Paulista. Ele desfilava pela escola de samba Pérola Negra e era reconhecido pelos amigos pela solidariedade.

O presidente da escola, Edilson Carlos Casal, disse que ele participava de todos os ensaios e ajudava a organizar a festa junina da agremiação. “Ele sempre tratou muito bem todo mundo por isso todo mundo gostava dele”, disse o presidente.

Público

A Parada Gay ocorreu no último domingo (14), entre a Avenida Paulista e a Praça Roosevelt, no Centro. De acordo com os organizadores, o evento reuniu 3,1 milhões de pessoas. O total de feridos durante ou após o evento seria de 58, com base nas informações fornecidas pela Secretaria Municipal de Saúde e a Santa Casa.

O hospital recebeu 44 pacientes relacionados à Parada Gay. Um adolescente de 17 anos chegou ao hospital com sinais de agressão e recebeu alta na manhã de terça-feira. Um paciente de 27 anos que sofreu um mal súbito deixou a Santa Casa na noite de segunda-feira (15). Também foram levadas para o hospital outras nove pessoas feridas na explosão de uma bomba caseira na esquina da Rua Vitória com a Avenida Vieira de Carvalho, no Largo do Arouche, no Centro.

Explosão

A polícia busca pistas sobre o responsável de arremessar a bomba que deixou feridos na região do Largo do Arouche. Existe a suspeita de que a agressão tenha partido de um apartamento no prédio onde fica uma loja que teve o vidro destruído. Testemunhas contaram à polícia terem visto um objeto ter sido arremessado do imóvel.

Protesto

Para protestar contra os atos violentos, ativistas do movimento LGBTvão realizar uma manifestação na noite do sábado (20) na Avenida Vieira de Carvalho.

Globo

Rizzolo: Como se não bastasse a falta de ética e moralidade que reina no Congresso Nacional, o país agora é alvo de grupos extremistas que professam a violência contra as minorias. Isso é muito perigoso e deve ser rechaçado pela sociedade e coibido pelo Poder Público via Polícia Judiciária. A DECRADI (Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância), chefiado pela Delegada Dra. Margarette Barreto é o órgão responsável por receber denúncias, fazer pesquisa, patrulhamento, inquérito e investigação de casos de intolerância. A DECRADI anunciou que tem um mapeamento da atuação desses grupos em São Paulo. São pelo menos 25 gangues, com três mil integrantes identificados.

Além de brigar entre eles, esses grupos são investigados também por crimes de racismo e intolerância. “Gangues que são rivais e que estão cometendo crimes de intolerância entre si, mas também que quando estão na rua atacam potencialmente negros, homossexuais, nordetinos, judeus e outros grupos aos quais elas os excluem da sociedade”, diz Margarette Barreto, delegada. A sociedade brasileira precisa se mobilizar para combater a intolerância de qualquer forma, a morte deste rapaz deve ser emblemática no sentido da mobilização.

A sociedade brasileira que sofre com os efeitos da falta de moral política, com a violência, com a impunidade, e no desprezo do Estado para com os de mais idade. A indigação deveria mobilizar mais gente do que a própria Parada Gay. Um país que não possui dirigentes dignos, éticos, religiosos, honestos, proporciona espaço para radicalismos como estes que se inspiram no horrores nazistas, massacrando as minorias, pisoteando a democracia. A degeneração política leva sempre ao radicalismo sangrento.

Lula diz que não há prova de fraude no Irã e pretende visitar o país

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta segunda-feira em Genebra que “não há provas” de que tenha havido fraude nas eleições iranianas e afirmou que pretende definir uma data para visitar o país no ano que vem.

“Veja, o presidente (iraniano Mahmoud Ahmadinejad) teve uma votaçao de 61, 62%. É uma votação muito grande para a gente imaginar que possa ter havido fraude”, disse Lula em entrevista coletiva.

“Eu não conheço ninguém, a não ser a oposição, que tenha discordado da eleição do Irã. Não tem número, não tem prova. Por enquanto, é apenas, sabe, uma coisa entre flamenguistas e vascaínos”, afirmou o presidente.

Lula afirmou ainda que a polêmica em torno da reeleição de Ahmadinejad não muda os planos de visitas entre representantes dos dois países. Ahmadinejad cancelou uma visita ao Brasil marcada para maio deste ano, afirmando que queria esperar o fim do processo eleitoral no seu país.

“Ele viria, pediu para esperar o processo eleitoral, mas pode vir na hora que quiser, eu recebo do mesmo jeito”, disse Lula.

Questionado se pretende ir ao Irã, o presidente também foi assertivo.

“Eu pretendo ir ao Irã. Eu pretendo arrumar uma data para o ano que vem e fazer uma visita ao Irã porque nós temos interesses em construir parcerias com o Irã, em trocas comerciais com o Irã”, afirmou.

“O Brasil vai fazer todas as incursões que precisarem ser feitas para estabelecer as melhores relações com todos os países do mundo, e o Irã é um deles.”
BBC

Rizzolo: É uma pena que o presidente Lula e o governo ainda não se deram conta que o regime do Irã é perigoso. A intolerância, os discursos que lembrar Hitler, a reprovação da comunidade internacional, o perigo das armas de destruição em massa, o desrespeito aos Direitos Humanos, nada disso conta para o governo brasileiro.

O único país confiável, um exemplo de democracia que é os EUA, já deram suficientes sinais de que o Irã é perigoso. Temos que nos relacionarmos com países democráticos do ponto de vista humano, digno, que nos leva à construção de um país tolerante e com preceitos de paz. Mas o Brasil optou pelo pior, e mais, sem demonstrar ao Brasil e ao mundo nenhum constrangimento, afirma ainda o presidente, que quer visita-lo. Preocupante isso, hein !

Polícia investiga responsável por bomba que deixou feridos após a Parada Gay

21 pessoas foram atendidas com ferimentos causados por estilhaços.
Incidente ocorreu na noite de domingo, no Largo do Arouche, Centro de SP.

A polícia de São Paulo investiga quem foi o responsável por detonar uma bomba caseira no Largo do Arouche, Centro de São Paulo, na noite de domingo (14). O incidente ocorreu após a Parada Gay. Muitos participantes do evento estavam no local, esticando a festa que começou na Avenida Paulista.

Equipes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) que estavam no local por causa da Parada Gay atenderam 21 pessoas feridas, que foram levadas para hospitais. A maior parte das vítimas teve lesões leves.

“A gente sabe que [a bomba] veio do prédio, segundo uma vítima informou, mas saber quem foi que arremessou, a pessoa em si, não temos certeza”, afirmou o tenente da Polícia Militar Fábio Nóbrega.

Durante a madrugada, alguns feridos foram até o 3º Distrito Policial, em Campos Elíseos, para prestar depoimento. “A pessoa que arremessou não sabe quem estava ali, se era gay ou não. Somos todos pessoas”, afirmou o operador de telemarketing Márcio Lima Santos.

O Largo do Arouche é um dos pontos da capital que costuma ser frequentado por gays. Horas antes da explosão no local, a Parada do Orgulho LGBT se encerrou na Praça Roosevelt, também no Centro e a algumas centenas de metros do Largo do Arouche.

Outros incidentes

Também durante a Parada Gay, um adolescente de 17 anos foi agredido por um grupo de homens na esquina das ruas Frei Caneca e Dona Antonia de Queiroz. Inicialmente, foi informado que o rapaz teve traumatismo craniano. Entretanto, segundo a assessoria de imprensa da Santa Casa, ele não teve traumatismo, está internado em observação e deve ter alta ainda nesta segunda-feira (15).

Na Praça Roosevelt, no Centro, outro jovem foi agredido e roubado por um grupo de skatistas. E ainda no Largo do Arouche outro rapaz foi esfaqueado na perna.

Globo
Rizzolo: É muito triste constatar ainda nos dias de hoje, quando as minorias se esforçam para manter sua dignidade, seu respeito, através de manifestações democráticas como a parada Gay, que grupos extremistas, façam uso de instrumentos de intimidação. Pouco democrático é a demonstração daqueles que se opõem aos direitos das minorias como os homossexuais.

É lamentável o fato que exige o rigor da apuração. A parada gay deve ser encarada como uma manifestação de tolerância, de democracia, e de livre expressão, podemos até não concordar, mas jamais proibir, ou desrespeitar o direito daqueles que como minoria fazem parte do povo brasileiro.

ONGs criticam apoio do Brasil a violadores dos direitos humanos

Genebra, 15 jun (EFE).- As ONGs Human Rights Watch (HRW) e Conectas Direitos Humanos lamentaram hoje o fato de o Brasil apoiar países que sistematicamente cometem abusos no Conselho de Direitos Humanos da ONU.

“O apoio do Brasil a Governos abusivos está enfraquecendo o trabalho do Conselho. Em vez de falar pelas vítimas, o Brasil frequentemente argumenta que os Governos precisam de uma chance e que a soberania das nações é mais importante que os direitos humanos”, afirmou Julie de Rivero, diretora da HRW em Genebra.

“O fracasso do Brasil em se opor ao desvio dos objetivos do Conselho e, às vezes, sua própria cumplicidade no processo são alarmantes”, disse, por sua vez, a ONG brasileira Conectas Direitos Humanos.

Esses comentários são parte dos comunicados que as duas ONGs distribuíram hoje por ocasião da visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Conselho.

“A posição do Brasil no Conselho está marcada por ambiguidades, particularmente em relação a casos graves e persistentes de abusos em países específicos”, acrescentou a Conectas.

Ambas as ONGs lembraram que o Brasil se absteve nas resoluções sobre a Coreia do Norte, que condenavam as violações dos direitos humanos no país, e na da República Democrática do Congo (RDC), que buscava o reforço do papel dos investigadores das Nações Unidas e condenava o uso da violência sexual e o recrutamento infantil.

“Durante a sessão especial sobre a situação no Sri Lanka, o Brasil foi copromotor de uma resolução que afirma o desacreditado princípio da não ingerência em assuntos internos. Essa resolução ignorou as afirmações da própria alta comissária dos Direitos Humanos, Navi Pillay, de que no conflito cingalês tinham sido cometidos crimes de guerra”, lamentou a HRW.

“Com sua posição, o Brasil retrocedeu seis anos ao enaltecer o princípio de não interferência”, acrescentou a Conectas.

A ONG brasileira lembrou que, nesta semana, o Conselho deve decidir se renova ou não o mandato do especialista independente da ONU para supervisionar a situação dos direitos humanos no Sudão.

“Em outras ocasiões, o Governo brasileiro, alegando a cooperação e o apoio regional, apoiou resoluções frágeis que não se comprometiam com as vítimas do Sudão. Esta semana, o Brasil terá a oportunidade de mudar esta tendência e demonstrar uma liderança real com as milhares de vítimas, sem levar em conta outros interesses”, afirmou a Conectas em sua nota. EFE
globo

Rizzolo: Há tempos que este Blog vem afirmando que o governo brasileiro trabalha na contramão dos conceitos de Direitos Humanos apoiando países que sistematicamente cometem abusos no Conselho de Direitos Humanos da ONU.

Não é possível o Brasil se solidarizar com o presidente do Irã, de se calar frente às loucuras da Coréia do Norte, de dar abrigo as idéias de grupos extremistas islâmicos como o fez no caso da Faixa de Gaza, provocando uma indignação na comunidade judaica mundial.

Esse esquerdismo fora de moda, que aplaude discursos populistas como os de Mahmoud Ahmadinejad que silencia frente à esquizofrenia de Kim Jong-il é lamentável, dá nisso aí, repúdio internacional em relação aos Direitos Humanos. Segundo a Human Rights, “o Brasil alega solidariedade mas essa solidariedade acaba sendo com governos que cometem abusos, e não com as vítimas”. Em linguagem simples, ” isso está pegando muito mal ao Brasil”.