Crítica a viagens é preconceito contra mulher, diz Dilma

SÃO PAULO – A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, rebateu neste domingo, 25, as acusações de que estaria antecipando a campanha eleitoral de 2010. A petista, que há algumas semanas iniciou uma maratona de viagens ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, comparou-se a uma dona de casa para devolver as críticas. “É preconceito contra a mulher. Eu posso ir para a cozinha, cozinhar os projetos. Agora, na hora de servir, não posso nem ver?”, indagou.

Em um sinal de que trabalha para se aproximar do eleitorado tradicional de Lula, Dilma esteve hoje em São Paulo para um colóquio do PT com movimentos sociais. Questionada pelos jornalistas, a ministra destacou que coordena vários projetos do governo e que não vê sentido na tese de que não deveria rodar o País para as inaugurações. “Eu não caí do céu e apareci na Casa Civil. Estou lá desde julho de 2005”, continuou.

Dilma evitou mais uma vez se colocar abertamente como candidata. Não se aprofundou, por exemplo, ao comentar a tese de que teria se decidido a permanecer no cargo até o final do prazo legal. “A impressão que tenho é que essa é uma discussão que está antecipadíssma.” Dilma, que na avaliação da cúpula petista deveria sair do posto em fevereiro, disse que não discutiu o assunto com o PT, nem com o governo.

A ministra aproveitou para elogiar o acordo entre PT e PMDB pavimentando a aliança para o ano que vem. “Quanto mais cedo os partidos conseguirem fazer acordos de maneira programada, melhor para o País”, afirmou a ministra, que em seguida passou a palavra ao presidente nacional do PT, deputado Ricardo Berzoini (SP).

Na mesma linha, ele procurou negar que a negociação antecipe o início da campanha. “Não é ninguém tentando antecipar nada, é simplesmente um protocolo, com termos claros, divulgado para toda a opinião publica.”

MST

Tanto Dilma quanto Berzoini empenharam-se em afastar as tensões com o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST). Num esforço para defender o governo de críticas sobre a condução da reforma agrária, a ministra disse que a administração de Lula desapropriou 43 milhões de hectares de 2003 a 2008. “Os movimentos sociais e a população vão saber, na hora importante, na hora H, quem está a favor deles e quem não está”, argumentou.

Berzoini, por sua vez, condenou a CPI do MST. “A gente sabe que a CPI quase sempre CPI vira um palco de disputa política em ano pré-eleitoral, nesse caso com vistas à eleição de 2010.”
agência estado

Rizzolo: Não há como Dilma não acompanhar as obras, inaugurá-las, e ter contato com o povo. É claro que tudo isso empresta visibilidade, e por conseqüência popularidade visando 2010. Eu não diria que as críticas em relação as viagens é um tipo de preconceito contra a mulher, é na verdade o inconformismo daqueles que não aceitam a essência dos programas sociais, e demonstram receio de que um governo voltado para o social seja imbatível nas urnas, portanto, como forma de não associá-los a Dilma, passam a criticá-la para que com isso ganhem oxigênio eleitoral. Preconceito não receio puro.

Arrombaram a web: como a classe C faz a sua revolução na internet

Não bastasse puxar a economia do país para frente, a classe C está dando um show na internet. Promovida a classe média emergente, comprou computador, arrumou banda larga e está mandando ver online.

Por Sandra Carvalho, na Info Online

Quem você acha que infla os números brasileiros do Orkut (27,3 milhões de visitantes únicos em julho) ou mantém a atividade febril do MSN, com seus 32,1 milhões de usuários, conforme foram registrados pelo Ibope Nielsen Online?

No final de 2008, a penetração da internet na classe C chegava a 39%, segundo dados da TGI Brasil. A projeção do IAB, bureau de publicidade interativa, é que até dezembro chegue a 45%. Assim, quase uma de cada duas pessoas emergentes surfará na web até o final do ano.

Essa penetração de 45% pode não ser lá essas coisas — nas classes A e B, 76% já estão na internet hoje. Mas como a classe C, hoje em dia, é a maior do país, qualquer ponto porcentual na internet causa um maremoto, não uma marolinha.

No início deste ano, a Fundação Getúlio Vargas estimava em 97,2 milhões de pessoas essa turma ascendente — gente com renda familiar mensal entre R$ 1.064 e R$ 4.561. Com a chacoalhada da crise, uma parcela pode ter despencado da classe C para a D — mas esse movimento está longe de ser dramático, porque são os emergentes, e não os ricos, os mais resistentes à crise atual.

Ao mergulhar na web, a classe C expande os números totais da internet brasileira de forma impressionante. Mais uma projeção do IAB: devemos chegar a 68,5 milhões de pessoas na internet no Brasil dentro de quatro meses.

Não é nada, não é nada, estaremos incorporando, este ano, 6,2 milhões de internautas, ou seja, mais que uma Dinamarca inteira, e isso só contando quem tem mais de 16 anos de idade.

E não estou falando de internauta desinteressado. Nós, brasileiros, já atingimos a marca de 30 horas por mês na web, quando se mede o uso da rede nas casas, de acordo com os dados do Ibope Nielsen Online.

Para alimentar essa expansão, foram vendidos 12 milhões de computadores em 2008 e outros 4,8 milhões no primeiro semestre deste ano, conforme os cálculos da Abinee, a associação brasileira da indústria elétrica e eletrônica. A banda larga deu em 2008 um salto de 45,9% em relação a 2007, conforme os dados do Barômetro Cisco, elaborado pelo IDC.

As conexões saltaram de 8 milhões para 11,8 milhões, com graus variáveis de qualidade, mas de qualquer forma com velocidade maior que a das linhas discadas. Vivemos finalmente um círculo virtuoso em que praticamente todo mundo ganha, e ninguém perde.

Se a massificação do ensino nos anos 80 deu nessa gororoba atual, e o acesso da classe C aos carros populares nos últimos anos transformou o trânsito caótico de grandes cidades em algo insuportável, na internet não houve trauma algum de absorção dos novos internautas. Muito pelo contrário. Há lugar sobrando para muitos milhões mais.
info online

Rizzolo: Este Blog mesmo percebe a diferença, como o nosso público é bem heterogêneo, temos desde trabalhadores humildes, estudantes a empresários de grande porte. A classe C não só na internet como na capacidade de gastar nas compras em dias de festa esta arrombando também os shopping centers do Brasil. O que é um ótima notícia.

CCJ do Senado aprova divórcio pela internet

BRASÍLIA – Um projeto de lei aprovado hoje pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado permitirá que processos de divórcio sejam feitos pela internet. Bastará o casal tomar a decisão de comum acordo e acertar a partilha de bens, pensão alimentícia – se houver – e mudança na forma dos nomes. A medida, no entanto, só valerá para casais sem filhos menores de idade ou incapazes.

A proposta foi aprovada por unanimidade na CCJ e tem caráter terminativo e, a menos que nove senadores exijam votação no plenário da Casa, irá direto para a Câmara dos Deputados. A relatora, Serys Slhessarenko (PT-MT) não vê dificuldades. “Não acredito que tenha qualquer problema. Esse é um caminho natural. Se a separação é consensual, não tem discussão, temos que facilitar”, afirma Serys.

Essa é a terceira modernização no processo de divórcio aprovada pelo Congresso nos últimos anos. A primeira delas extinguiu a necessidade de advogados no processo de separação consensual, desde que o casal não tivesse filhos. Bastaria ir até o cartório e assinar o divórcio. Uma outra proposta, também aprovada pela CCJ, mas que ainda precisa de votação em plenário, termina com a necessidade de separação prévia para a assinatura do divórcio. Hoje, é necessário que o casal esteja separado judicialmente por um ano ou de fato por dois anos para obtê-lo.

A intenção do projeto é não apenas acelerar o processo, mas também diminuir os custos para o casal. Se aprovado na Câmara, bastará que as pessoas informem, na internet, o pedido de divórcio, o regime de partilha de bens, se houver, e se o casal pretende mudar o nome para o registrado antes do casamento.
agencia estado

Rizzolo: O projeto é interessante e visa na verdade desobstruir os entraves, o custo e a burocracia aos casais. Como só é valido para casais sem filhos, não há a menor possibilidade de haver prejuízos as partes. São propostas como esta que fazem do Congresso uma casa à altura de um Brasil moderno.

Ativistas de direitos animais reivindicam autoria de incêndio

ZURIQUE – Ativistas dos direitos dos animais reivindicaram a autoria de um incêndio que atingiu a casa de veraneio do executivo-chefe da farmacêutica Novartis, Daniel Vasella, no mesmo dia em que a polícia suíça informa que um segundo túmulo de sua família foi profanado.

Vândalos picharam uma lápide da família Vasella com a frase “Drop HLS Now” (Abandone o LHS Agora), numa referência à instalação britânica de testes em animais Huntingdon Life Sciences.

Duas cruzes de madeira também foram cravadas no solo. As autoridades suíças recusaram-se a comentar os informes de que as cruzes traziam o nome do executivo da Novartis e de sua mulher.

A casa de veraneio mantida por Vasella na Áustria pegou fogo na segunda-feira, 3, e o ministério do Interior austríaco disse ter recebido uma reivindicação de responsabilidade de um grupo chamado Forças Militantes contra Huntingdon Life Science.

Em uma declaração publicada na internet, o grupo disse ter usado com coquetel molotov contra a cabana de caça de Vasella.

“Entenda que isso vai continuar até que você corte todos os laços com Huntingdon Life Sciences. Atacaremos sua vida privada sempre que possível”, diz a declaração.

O cemitério atacado foi o mesmo onde o túmulo dos pais de Vasella já havia sido profanado, e uma urna contendo as cinzas da mãe do executivo, roubada.

A polícia encontrou também as letras “SHAC” – sigla em inglês do grupo Pare a Crueldade com Animais de Huntingdon – escrita a tinta. O Shac negou envolvimento nos atentados, mas disse que alguma pessoa de opiniões parecidas pode estar por trás deles e prometeu dar prosseguimento a suas campanhas contra as empresas que acusa de serem clientes do Huntingdon, como Novartis, AstraZeneca, Bristol-Myers Squibb e GlaxoSmithKline.

A Novartis disse que não usa mais o Huntingdon, mas que suspeita que o Shac ou outros ligados ao grupo estejam por trás dos ataques.
agência estado

Rizzolo: O radicalismo de alguns ativistas é tão perigoso e repugnante, quanto a maldade cometida por alguns laboratórios e ” institutos” contra os animais. Existem centros no mundo todo que prosperam na ” ciência”, a custa da dor, da maldade, da violência contra os animais, atingindo principalmente os cães. Tudo em nome de uma “legitimidade científica” de conotação especista que entende que o ser humano pode dispor de outros seres em benefício próprio. Até para se abater um animal é necessário respeito, para isso existe até um código de conduta no judaísmo, nos abates casher. Agora radicais, ativistas bandidos, que utilizam a violência para manifestar seus ideais, devem ser banidos com veemência quanto as dolorosas e tristes mortes praticadas em laboratório e por tais “centros”.

Uso da Internet deve dominar debate sobre reforma eleitoral

BRASÍLIA – A utilização da Internet na campanha eleitoral será um dos temas mais polêmicos na votação da proposta da reforma eleitoral que deve acontecer nesta semana na Câmara dos Deputados. O projeto, se sancionado antes de setembro, será válido para todos os candidatos na eleição de 2010.

A controvérsia, segundo o coordenador da elaboração do projeto, deputado Flávio Dino (PCdoB-MA), não tocará na liberação da Internet para a propaganda no pleito, mas no nível desta liberação.

O projeto, feito por um grupo de líderes de partidos, é fruto da consolidação de diversas propostas que tramitavam na Câmara. A proposta também ganhou sugestões dos partidos e de bancadas da Casa. A tramitação, no entanto, é longa, passando por debates na Câmara e depois no Senado, que enfrenta crise em função de uma sequência de denúncias sobre a gestão da Casa.

“Há quem considere o projeto muito restritivo”, afirmou Dino à Reuters. Ele cita como um exemplo do que poderá gerar discordâncias a proibição de propaganda paga pelos candidatos a meios de comunicação privados da rede.

O sucesso da campanha eleitoral virtual do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, no ano passado, alertou os deputados para o uso da Internet como meio de aproximar o candidato do eleitor.

Com a nova regra, candidatos e apoiadores poderiam fazer campanha de forma espontânea e gratuita para o candidato que tiver preferência em, por exemplo, sites de relacionamento como o Orkut e o Twitter ou até mesmo em blogs. De acordo com a legislação vigente, a conduta não é permitida.

Mesmo antes da aprovação desta regulamentação e apesar de regras do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) bem mais restritivas, vários políticos usam o Twitter e outros têm páginas de apoiadores no Orkut. O governador de São Paulo, José Serra (PSDB), por exemplo, usa o Twitter que é um blog atualizado com frases de até 140 caracteres.

O líder do PSDB na Câmara, deputado José Aníbal (PSDB-SP), defende a ampliação do uso da rede mundial de computadores e julga que o instrumento é “poderosíssimo” para a participação do cidadão no processo eleitoral.

“Acho que tem que permitir o uso da Internet na campanha pelo cidadão (…) como um instrumento para a cidadania”, afirmou, destacando o direito do eleitor de manifestar a sua preferência de candidato na rede.

Entre outros pontos, a proposta permite doações em dinheiro para candidatos pela Internet e também define outros critérios para a propaganda eleitoral antecipada e o horário eleitoral gratuito de rádio e televisão.

Para Dino, além do uso da Internet, outros pontos que poderão ser polêmicos para a regulamentação da campanha eleitoral são a volta do uso do outdoor, a implementação de um teto para gastos de candidatos e algumas sugestões da bancada feminina.

Uma delas é a doação obrigatória de 10 por cento do fundo partidário para o estímulo da participação política feminina.

“Há quem ache que isso é muito dinheiro. Vai ter um destaque (proposta de mudança) contra isso”, diz Dino. O texto também prevê que 20 por cento do tempo de rádio e TV na campanha sejam destinados às candidatas.

Para o deputado Antonio Carlos Magalhães Neto (DEM-BA), designado pelo seu partido para representar a legenda no grupo que elaborou a reforma eleitoral, tais questões devem ser definidas pelo próprio partido e a sociedade faria a fiscalização.

“A minha proposta é que todo partido fosse obrigado a definir um limite mínimo (do fundo para as mulheres) e o controle social se incumbiria de fazer o juízo que o partido definiu”, afirmou o deputado no site do partido.

O projeto de reforma eleitoral muda dispositivos da Lei dos Partidos Políticos (1995) e da Lei das Eleições (1997) além de regulamentar resoluções da Justiça Eleitoral.

(Edição de Carmen Munari)

Agência Estado

Rizzolo: Não há dúvida que o uso da Internet deverá dominar o debate político sobre a reforma eleitoral. Pessoalmente entendo que a liberação do uso da Internet não deveria ser restrito e sim mais amplo. Imaginem se nos EUA não houvesse a possibilidade da política fazer uso da Internet. Obama é um exemplo clássico do que o instrumento digital é capaz de realizar.

A grande diferença na campanha pautada também na Internet, é que Blogs, Sites, e Twitters independentes, farão a diferença. A imparcialidade dos Blogs independentes é determinante na formação da opinião, afinal Blogs como o nosso não tem o “compromisso político com ninguém” a não ser com a essência da democracia.

Nós aqui lutamos para que a democracia não seja destruída pela “democracia pilantra” que faz uso contínuo de plebiscitos para impor uma autocracia, tipo Hugo Chave, Morales, e de Manuel Zelaya de Honduras. Aqui não, se depender de nós aviões como os de Zelaya não aterrizam.

Lula classifica como censura projeto sobre crimes

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva classificou de censura projeto de lei que endurece as penas para crimes cometidos na internet. O projeto ainda tramita no Congresso Nacional e o relator do texto na Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática do Senado, Eduardo Azeredo (PSDB-MG), apoia a iniciativa. As informações são da Agência Brasil.

“Essa lei que está aí não visa corrigir abuso de internet. Na verdade, quer fazer censura. Precisamos responsabilizar as pessoas que trabalham com internet, mas não proibir ou condenar. É interesse policialesco fazer uma lei que permite que as pessoas adentrem a casa de outras para saber o que estão fazendo, até seqüestrando os computadores. Não é possível”, disse Lula. O presidente esteve no 10º Fórum Internacional de Software Livre, em Porto Alegre, e ouvir apelos da platéia para vetar a lei.

O texto prevê que, quem obtiver ou transferir dado ou informação disponível em rede de computadores, dispositivo de comunicação ou sistema informatizado sem autorização do legítimo titular, poderá ser preso.

O projeto obriga, ainda, os provedores online a guardar, por três anos, os registros de acesso e encaminhar os dados à Justiça, quando solicitados para investigação. Com essas informações, a ideia é chegar ao endereço de um criminoso.

Para professores de comunicação e organizações ligadas à internet, atividades corriqueiras no mundo virtual, como baixar uma música ou um filme, poderão ser interpretadas como crime. Azeredo alega que o objetivo não é controlar o uso da Web, mas punir crimes via rede mundial de computadores, como cópia de cartões de crédito e senhas.

conjur
Rizzolo : Esse projeto deve ser rechaçado pelo povo brasileiro. Com muita propriedade o presidente Lula aponta a agressão à democracia e a liberdade de expressão. É na verdade este projeto, uma forma de censurar, de coibir, de agredir e de violar a individualidade das pessoas. O povo brasileiro, os jovens, os intelectuais, os que detêm o espírito democrático, devem se unir e repudiar com veemência tal projeto que vem na contramão do desenvolvimento tecnológico, fazendo com que haja uma versão policialesca sobre a rede. Coisa retrógada mesmo, coisa de gente que gosta de caminhar para trás, para não falar de coisa típica de regimes como o Irã. Uma vergonha. Apoio irrestrito ao presidente Lula neste aspecto.

O Blog da Petrobras e os discursos do presidente

Uma das características do Presidente Lula é a sua capacidade pessoal de falar com o povo à sua maneira: de forma simples e objetiva, o que facilita a compreensão da maior parte do povo brasileiro. Sua fala é quase um dialeto, enriquecido com exemplos populares, o que de certa forma, empresta ao seu discurso um colorido pessoal, familiar e popular.

As velhas formas intelectualizadas e reflexivas que fizeram dos presidentes anteriores, líderes mais distantes do povo, agora dão lugar a uma nova linguagem: a linguagem popular e descontraída. Difícil será aos demais candidatos aprenderem tal dialeto, que tem na sua formação e exegese , a vivência dos pobres do dia-a-dia, as expressões calcadas nos conflitos oriundos das relações empregado-empregador, e na espontaneidade das risadas no chão de fábrica, nas horas vagas dos operários.

Da mesma forma, os jovens se comunicam de modo específico; absorvem as notícias rápida e objetivamente e passam a maior parte do seu tempo disponível, na Internet. Nesse esteio de pensamento, unindo uma linguagem clara e dirigida ao público jovem com um instrumento aceito no meio digital – os blogs – a Petrobras decidiu publicar as perguntas que lhe são formuladas por escrito pela imprensa, bem como as respostas dadas.

A imprensa não gostou. Entende que tal atitude intimida jornais e jornalistas quebrando a confidencialidade que deve orientar a relação destes com suas fontes. Fica patente que em face aos fatos que legitimam o uso de novas tecnologias, a Petrobras agiu bem, contudo, há de se reconhecer que em função de uma CPI, subtrair ou desconsiderar o papel da imprensa e dos jornalistas de uma forma geral é desacreditar em profissionais categorizados, desqualificando os demais meios de comunicação que não sejam os próprios, uniformizando o noticiário e restringindo o debate.

Os jovens, o povo brasileiro e os leitores, devem obter nas notícias conteúdos de cunho crítico e reflexivo e isso, só a imprensa como um todo, pode oferecer. Os blogs, jornais, noticiários, devem, de forma conjunta, extrair o rico conteúdo das informações e processá-las de forma ampla, para que a linguagem seja cada vez mais acessível e apropriada a todos tipos de leitores, amplificando a essência crítica que é um dos pilares da democracia e transformando-a numa dialética do pensar, assememlhando-se, assim, assim aos discursos do Presidente: de fácil compreensão, rico em exemplos, abrangendo os pobres e os eruditos.

Fernando Rizzolo

Por maioria, Supremo decide derrubar a Lei de Imprensa

O STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu nesta quinta-feira (30), por maioria, derrubar a Lei de Imprensa. Sete ministros seguiram o entendimento do relator do caso, Carlos Ayres Britto, de que a legislação é incompatível com a Constituição Federal. Três foram parcialmente favoráveis à revogação, e apenas o ministro Marco Aurélio votou pela manutenção da lei.

Com a decisão do STF, o relator considera que, nos casos em que for cabível, será aplicada a legislação comum, como o Código Civil e o Código Penal.

A ação contra a lei 5.250 foi ajuizada pelo PDT (Partido Democrático Trabalhista). O julgamento começou no dia 1º de abril, quando o relator, ministro Carlos Ayres Britto, votou pela total revogação, argumentando que a lei, editada em 1967, durante o regime militar (1964-1985), é incompatível com a Constituição Federal de 1988. O ministro Eros Grau acompanhou o relato

Um dos pontos de maior debate entre os ministros foi a questão do direito de resposta. O presidente do STF, ministro Gilmar Mendes, fez a defesa mais contundente pela manutenção dos dispositivos da Lei de Imprensa relativos ao tema. “Vamos criar um vácuo jurídico em relação aquele que é o único direito de defesa do cidadão, a única forma de equalizar essa relação, que é desigual”, afirmou.

“Por que considerar a Lei de Imprensa totalmente incompatível com a Constituição Federal? A liberdade de imprensa não se compraz com uma lei feita com a intenção de restringi-la”, afirmou o ministro Menezes Direito, primeiro a votar hoje, seguindo o relator. “Nenhuma lei estará livre de conflito com a Constituição se nascer a partir da vontade punitiva do legislador.”

“Trata-se de texto legal totalmente supérfluo, pois se encontra contemplado na Constituição”, disse o ministro Ricardo Lewandowski. Também votaram nesse sentido os ministros Cesar Peluzo e Cármen Lúcia.

Inicialmente ausente, o ministro Joaquim Barbosa participou de sua primeira sessão após o bate-boca com o presidente da Corte, Gilmar Mendes. Barbosa, a ministra Ellen Gracie e Gilmar Mendes votaram pela revogação parcial, defendendo que alguns artigos sejam mantidos, entre eles trechos relacionados à proteção da honra, à proibição de propaganda de guerra e direito de resposta.

O representante da ANJ (Associação Nacional de Jornais) se disse preocupado com a mesma questão. Para Paulo Tonet Camargo, diretor de Relações Governamentais da entidade, uma regulamentação em relação ao direito de resposta daria conforto aos cidadãos e aos órgãos de imprensa, impedindo que cada juiz se decida de uma forma diferente.

folha online

Rizzolo: É uma vitória sem dúvida, contudo há necessidade de se regulamentar o direito de resposta e as eventuais indenizações. No tocante ao dano moral, existe o preceito da proporcionalidade do agravo, e da capacidade econômica do agente. Com certeza tal matéria será apreciada no legislativo para que não exista um ” vácuo” legal dando margens a injustiças.

Médica britânica perde mais de R$ 1 milhão com golpe virtual

Ela foi vítima de golpe da herança nigeriana, ou 419 scam.
Autoridades identificaram o golpista, que será julgado em junho

Uma cirurgiã britânica perdeu 350 mil libras (cerca de R$ 1,12 milhão) em um golpe virtual, segundo a publicação “The Sun”. De acordo com o jornal, ele foi vítima do chamado golpe da herança nigeriana, também conhecido como golpe 419 (419 scam). As autoridades britânicas conseguiram identificar o criminoso e o detiveram.

Com essa estratégia, os golpistas pedem ajuda para uma transferência internacional de fundos e, como recompensa, o internauta terá direito a ficar com uma porcentagem do valor milionário. Geralmente, os criminosos enviam mensagens de e-mail às vítimas em potencial dizendo ser de instituição governamental ou herdeiro de uma grande fortuna – eles podem citar a Nigéria ou outro país. O golpe também é chamado de fraude de antecipação de pagamento.

A médica de 44 anos deu a quantia a um nigeriano chamado Chinaenye Mokelu, depois de ele prometer a ela uma parte de sua “fortuna de US$ 300 milhões”. Os dois chegaram a se encontrar com em Londres, quando o golpista mostrou à mulher uma maleta cheia de dinheiro falso.

À Justiça, o advogado da médica nascida no Kuaiti afirmou: “o golpista disse que precisava de alguém com uma conta bancária no Reino Unido para facilitar a transferência do dinheiro. Infelizmente, ela respondeu à mensagem”. Depois de denunciar o golpe, os policiais conseguiram rastrear cerca de R$ 96 mil do R$ 1,12 milhão e detiveram o golpista.

De acordo com o “The Sun”, o nigeriano usou as cerca de 30 mil libras para pagar sua hipoteca e comprar itens luxuosos. No tribunal de Basildon Crown, o pai de duas crianças alegou ser culpado e admitiu ter um passaporte falso. Ele ficará sob custódia até junho, quando deve ser julgado.
Globo

Rizzolo: Bem este golpe na verdade é antiqüíssimo. Quem nunca recebeu um email deste tipo? Agora, pessoas com excesso de boa-fé incorrem nesta fraude com facilidade, e olhem, existem muitas pessoas que independente do nível cultural, acreditam em histórias infantilóides como esta e perdem muito dinheiro. Não há como coibir a boa-fé das pessoas em geral, infelizmente os golpes via internet ainda são muitos, todo cuidado é pouco. Observem uma médica, hein, presume-se bom nível cultural.

Ladrões de SP usam Google Earth em roubo

Em busca de casas, prédios e condomínios cercados por mata, onde poderiam passar despercebidos, criminosos de São Paulo estariam usando o serviço de mapas Google Earth para escolher suas vítimas. Quem afirma isso é o delegado Marcos Carneiro, titular do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). “Eles detectam qual é a área do condomínio mais frágil de segurança”, contou ele, nesta segunda-feira (13).

Carneiro disse que foi informado da estratégia criminosa baseada na internet durante a investigação de um roubo ocorrido em São Paulo. Na semana passada, foram presos três jovens suspeitos de assaltar uma casa e um condomínio de luxo em fevereiro deste ano, na Zona Norte de São Paulo. O dono do imóvel, o empresário José Paulo Orrico, de 39 anos, morreu com um tiro na cabeça porque teria reagido. Os suspeitos, com idades de 19, 20 e 25 anos, foram presos na quinta (9) e na sexta (10). Eles negam ter atirado em Orrico.

De acordo com o delegado, em depoimento, os rapazes contaram que o Google Earth é usado por quadrilhas para fazer roubos, mas que eles não teriam usado a ferramenta para escolher o condomínio, localizado no Tucuruvi. Por isso, Carneiro investiga se houve informação privilegiada. “Como eles sabiam que ali tinha um ponto cego?”, questionou o delegado. O grupo entrou pelos fundos, pulando o muro com o auxílio de uma escada. Ali perto, existe uma obra.

Carro do padre

De acordo com ele, o carro usado na ação, um Gol prata, foi identificado e, a partir daí, a polícia chegou aos supostos criminosos. Carneiro informou que o veículo pertence a um padre, morador de Lavras (MG), mas o religioso não teria envolvimento com o caso. “Ele disse que emprestou o carro para um dos internos em tratamento porque a mãe e irmã dele (do padre) precisavam ir para São Paulo”.

Na cidade mineira, o padre tem uma fazenda onde trata de dependentes químicos. Um deles é o jovem de 25 anos que morava na Zona Norte da capital paulista e trouxe as parentes do religioso. Em São Paulo, segundo o delegado, o rapaz se encontrou com o suposto traficante de 19 anos, que ofereceu a ele oito pedras de crack para que emprestasse o Gol do padre.

Carneiro explicou que, mesmo os criminosos negando o crime, foram reconhecidos por testemunhas. “Um deles foi pela arcada dentária porque tem os dentes acavalados”. Na casa do empresário, que trabalhava no ramos de autopeças, o grupo trancou a mulher dele e as filhas de 10 e 4 anos em um quarto. Orrico ficou com os supostos assaltantes em outro cômodo. Depois do tiro que matou a vítima, eles fugiram com jóias e dinheiro.

Globo

Rizzolo: Realmente o problema da criminalidade é extremamente sério. E torna-se mais sério quando ladrões fazem uso de tecnologia onde jamais pudéssemos imaginar útil aos bandidos. Dependendo do local a ferramenta não os auxilia na medida em que nem todos os pontos estão atualizados.

Esse tipo de instrumento a disposição na Internet é a última aberração que tomo conhecimento a ser utilizado por quadrilhas. Como bem afirmou o delegado Marcos Carneiro, titular do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). “Eles detectam qual é a área do condomínio mais frágil de segurança”. Era o que faltava, hein !

Vejam bem, precisamos de uma legislação menos branda, principalmente no tocante à Lei de Execuções Penais no Brasil. Bandidos “pés de chinelo” quanto os de “Ordem Tributária” como no caso Daslu e outros, uma vez condenados com sentença transitado em julgado, necessitam de endereço certo e por bom tempo: a penitenciária.

Neguinho da Beija Flor e as crianças da Hope

neguinho-beija-flor

Ontem participei de um ato de solidariedade muito bonito. Estive com o Neguinho da Beija-flor quando da visita dele às crianças com câncer da Casa Hope. Neguinho da Beija-flor conversou muito com a Cláudia Bonfigiloli presidente da instituição, e participou da entrega de alimentos a instituição. Neguinho está muito bem de sáude, se recuperando. No próximo carnaval já combinamos com ele, eu e a Cláudia sairemos na Beija Flor ! Será que a gente leva jeito?

Obrigado Neguinho !

Nazistas ‘planejaram Holocausto antes do que se pensava’

A descoberta de uma série de diagramas de construção mostrando o campo de concentração de Auschwitz pode indicar que o plano nazista de exterminar em massa os judeus pode ter sido concebido antes do que se imaginava.

O campo de Auschwitz, construído na Polônia, foi o maior campo de concentração nazista. Nesses locais, milhares de judeus e membros de outras minorias foram assassinados durante a Segunda Guerra Mundial.

As plantas, descobertas por um jornalista em Berlim, mostram câmaras de gás e um grande crematório e são datadas de outubro de 1941.

Segundo o repórter da BBC Greg Morsbach, a maioria dos historiadores concorda que a primeira vez que os nazistas criaram um plano sistemático de assassinato em massa de judeus foi em janeiro de 1942.

Naquele ano, os nomes mais importantes do nazismo se reuniram nos arredores de Berlim para planejar a chamada “solução final”, que resultou na morte de milhões de pessoas.

Legítimos

Para David Silberklein, historiador do memorial do Holocausto Yad Vashem, em Jerusalém, as plantas são uma prova concreta de que os nazistas planejavam exterminar os judeus antes do que se pensava.

“Aqui você tem uma prova concreta e detalhada do início do plano de expansão, do que viria a ser a solução final, e muitos historiadores agora acreditam que a transição de ‘muitos assassinatos’ para um plano sistemático para assassinar judeus ocorreu naquela época, outubro de 1941”, disse.

O Arquivo Nacional da Alemanha afirmou que os desenhos, divulgados pelo tablóide alemão Bildzeitung, são verdadeiros.

Ralf Georg Reuth, o jornalista responsável pela descoberta, afirmou que conseguiu as plantas com uma fonte na capital alemã.

“Alguns destes documentos são tão insignificantes que não faria sentido falsificá-los”, disse.

“Pesquisamos e analisamos o que existe. Alguns dos documentos que estão disponíveis estão na Rússia e conseguimos fazer a comparação. Isto nos permite ter certeza de que estes (documentos) são autênticos.”

Os mais céticos afirmam que os projetos de Auschwitz descobertos pelo jornalista não significam que a história precisa ser reescrita ou que será alterada a compreensão do Holocausto.

A maioria dos historiadores diz que estes documentos dão a eles apenas uma forma mais precisa de datar o processo de planejamento que levou ao extermínio de judeus.
BBC Brasil- Folha online

Rizzolo: Essa notícia impressiona e denota a crueldade do regime nazista em relação aos judeus e as minorias. Nada é planejado de última hora, e com certeza a clareza e as informações nos novos documentos, mostram que mesmo antes de 1942 já pensava na ” solução judaica”. Ontem estive na casa de uns amigos num bairro judaico de Paris chamado Marais, é impressionante observar que algumas residências, nos antigos prédios, pode-se observar placas em homenagens aqueles que um dia ali residiam, e que foram retirados de suas casas pela Gestapo quando da tomada da França por Hitler; foram adultos e crianças enviados à Auschwitz.

Por outro lado, neste mesmo bairro, vive-se hoje uma cultura judaica intensa, lojas, casas com produtos casher, venda de falafel, sinagogas, museu judaico, enfim o judaísmo ainda é muito forte na França, principalmente Paris. A França conta atualmente com uma população judaica de 750.000 pessoas, perdendo apenas para os EUA e Israel. À noite quando saí de Marais, caminhando pela Rue des Rosiers, percebi algo triste no ar, as placas, o ar frio no meu rosto, as lembranças do passado, enfim, me fizeram refletir sobre o que é o racismo e a intolerância na Europa. Só não sabia que hoje essa nova notícia sobre as atrocidades nazistas, iria me trazer de volta estas tristes lembranças.

Galut uma experiêcia solitária

A Parashá Lech Lechá desta semana começa com o primeiro dos dez testes ou provações a que Avram foi submetido por D’us. A porção inicia-se: “Lech Lechá – vá por si mesmo, de sua terra e de seu local de origem, da casa de seu pai para a terra que Eu te mostrarei “. Sempre que viajo ao exterior, lembro-me desta passagem, que por coincidência é pertinente nesta minha estadia na França.

A experiência da terra estranha, do estrangeiro, do exílio (Galut), sempre foi uma constante na história do povo judeu. O mais interessante nessa reflexão, é que a percepção contínua de estar fora do seu ambiente quer por motivos profissionais ou outros, nos conduz à essência judaica do Galut (exílio). O galut (exílio) ocorre de muitas formas.

O escravo hebreu no Egito, o próspero exílio judeu na Babilônia, o perseguido morador do gueto na Europa medieval, o interno de Auschwitz, o judeu-americano tolerado no clube de campo, o israelense refém dos caprichos das superpotências globais – todos estão sujeitos ao estado de galut, cuja definição mais básica é que a pessoa é “um estranho numa terra que não é a sua.” Você não é o dono de seu ambiente, mas sim um súdito; não está no controle de suas circunstâncias, mas pode ser sua vítima.

Hoje na França existem mais de 600.000 judeus, é a terceira maior comunidade judaica depois dos EUA, e isso, graças também a Napoleão Bonaparte. Após o final da segunda guerra grande massa da comunidade judaica do norte da África para cá vieram, e hoje Paris em certos bairros como Marais, respira-se o judaísmo, da mesma forma que se sente no ar um certo receio face a um anti-semitismo latente.

Mas poderíamos perguntar. Porque os judeus acabam vivendo em sua maioria na diáspora? Na verdade o galut, exílio, é principalmente uma lapidação do povo e uma fase de ocultação que antecede grandes revelações. A escravidão do Egito foi necessária para preparar espiritualmente o povo para a outorga da Torá e nosso longo e demorado exílio atual é uma preparação para a Era Messiânica, quando haverá uma Revelação Divina no mundo, de forma muito elevada e que durará para a eternidade.

Ademais, o destino já traçado à Avram se manifesta no espírito judaico através das gerações, e o viver sob o manto de incertezas, muitas vezes nos submetendo aos governos da Diáspora, é parte da revelação de Deus para com o povo judeu. Da mesma forma, quanto maior e mais tempo durar o exílio, mais elevada e eterna será a redenção, segundo os rabinos.

Quando Deus disse a Avram “Saia daí e vá para a terra que Eu vou lhe mostrar.”, a ordem divina era o destino ao exílio, ao gulat, e viajar é sempre uma experiência, viajando testamos nossa conexão com Deus, sabemos que aonde estivermos jamais perderemos a conexão divina, no Brasil, na China, na França, ou qualquer lugar, sempre estamos conectado, como que tivéssems um ” Deus ambulante”. As rezas são as mesmas, os judeus pensam da mesma forma, e o galut, acaba sendo incorporado como a mais comum experiência solitária abençoada por Deus. Hoje vou passar meu Shabbat numa sinagoga antiqüíssima no Bairro de Marais, vou rezar e vivenciar o Galut dos judeus franceses. E viva Napoleão Bonaparte, os judeus daqui devem muito a ele. Au revoir !

Fernando Rizzolo

Tenha um sábado de paz e uma semana muito feliz !!

Obs. parte do texto foi inspirado em leituras do escritos do beit chabad

Dancem com MacCain, Obama e Sara

Vaticano rejeita abertura de arquivos do Holocausto

CIDADE DO VATICANO – O Vaticano rejeitou hoje os pedidos de grupos judaicos pela imediata abertura dos arquivos secretos referentes aos anos do Holocausto durante o papado de Pio XII. A Santa Sé informou que será necessário esperar pelo menos mais seis anos antes que estudiosos possam consultar os arquivos. Historiadores e grupos judaicos exigem há anos a liberação dos documentos.

Líderes judeus e historiadores acreditam que Pio XII esquivou-se demais durante a Segunda Guerra Mundial da missão de salvar judeus da campanha de extermínio promovida por Adolf Hitler na Alemanha nazista.

O porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi, qualificou como ”compreensíveis” os pedidos de consulta aos arquivos secretos da época, mas hoje divulgou comunicado informando que a catalogação dos cerca de 16 milhões de documentos deve durar ainda mais seis ou sete anos.

Agência Estado

Rizzolo: Essa atitude do Vaticano é muito triste, e denota a conivência e o comprometimento da Igreja Católica na omissão do Papa Pio XII frente a barbáries cometidas na Alemanha nazista. Na sua missão humanitária, que é o comprometimento dos ideais cristãos, a Igreja na época, deixou de se posicionar contra o extermínio de milhões de judeus, adultos e crianças, e agora nada mais justo seria, do que abrir os arquivos secretos referentes aos anos do Holocausto. Ísso é uma dívida da Igreja Católica com o povo judeu.

Em contrapartida, hoje em dia, as maiores doações ao Estado judeu, provêm dos evangélicos dos EUA e do mundo. O conceito de que toda história do cristianismo está diretamente ligada ao povo judeu, faz com que atitudes justas como a dos evangélicos, ou protestantes, sirvam como demonstração de gratidão, a tudo o que o povo judeu fez e contribuiu para o bem da humanidade, quer no campo da ciência, da arte, da política ou da medicina.

Quando leio notícias como esta, bem como outras, constato que o anti semitismo ainda ronda o mundo. Penso que o povo judeu, de forma velada, vive ainda numa “diáspora de intolerância”, e sofre de certa forma, pela ingratidão de alguns que não reconhecem a nobre contribuição judaica pelo desenvolvimento da humanidade, como parceiros de Deus.

As Perdas e o Recomeço

Nesta semana a Torá começa com sua primeira porção Bereshit, a criação do mundo por D’us em seis dias e Seu “descanso” no sétimo. Intrigante para nós imaginarmos que do nada surgiu uma explosão de seres, e que na ordem da criação, existe um começo e um fim. A essência da vida, é o início se manifestando de forma contínua a tudo que fazemos. Para um observador detalhista, a rotina diária é composta de recomeços sucessivos, o que face à vida atribulada, não nos costumamos dar conta desses repetidos inícios que nos ocorrem.

Talvez fosse o caso de nos perguntarmos: Porque passamos 25% a 30% da vida dormindo? A medicina nos argumentaria que assim fomos construídos fisiologicamente, e precisamos de determinadas horas de descanso a cada dia para funcionar. Mas além dessa resposta fisiológica, existe algo relacionado com um recomeço, com uma visão de renascimento assim como surgiu o início do mundo. O Rebe explica: Se não dormíssemos, não haveria “amanhã”. A vida seria um único e interminável “hoje”. Todos os pensamentos e ações seriam uma continuação de pensamentos e ações prévios. Não haveria recomeço em nossa vida, pois o próprio conceito de “um novo começo” nos seria incompreensível.

O ato de dormir, ou o que chamam de “pequena morte” é um lapso temporal que dá início ao conceito de ontem e hoje, passado e futuro, das perdas e do recomeçar a ganhar. O mundo em si é criado por Deus novamente a cada novo milissegundo do tempo, e a relação de início e noção deste aspecto da nossa vida deve ser observado para que com isso possamos crescer e recomeçar.

Muito se fala em crise financeira que por hora assola o mundo. As perdas financeiras estão sendo imensas, o pânico de ontem parece nos imobilizar no amanhã; mas se entendermos a dinâmica, do início e do fim, poderemos reavaliar e entender que todas as crises, sejam elas pessoais, financeiras, ou nas Bolsas, fazem parte de um processo que mimifica o conceito de início, meio e fim. Compreender este conceito é reiniciarmos a cada manhã observando que, muito embora as coisas não seguem a lógica financeira ou pessoal devida, ela caminha para acompanhar a exegese do início, do fim e do descanso; assim foi com a crise de outrora 1929 cujo aniversário estamos comemorando.

Perdas e recomeço, esse foi o título do artigo que por bem entendi escrever nesta sexta-feira, não sei bem os motivos que me levam a estas reflexões, mas com certeza existe sempre para mim uma alegria especial na sexta-feira, um novo pensar, um novo estudo da Torá, uma pausa para olhar o mundo, e se Deus descansou no sétimo dia, o final de semana deve ser apenas reflexão, estudo e descanso. Aos olhos de Deus não existem perdas, e cada noite que se inicia e termina com uma manhã, nascemos de novo, recomeçamos, e agradecemos o estado físico saudável que nos dá esta oportunidade de recomeçar; afinal como diz o Rebe, se não dormíssemos “um novo começo” nos seria incompreensível.

Fernando Rizzolo

Tenha um ótimo Sábado, e uma semana otimista com Deus ao seu lado.

Lula diz que Serra deveria lhe pedir desculpas por acusar PT

São Paulo – Em sua última participação na campanha da ex-ministra Marta Suplicy (PT) à Prefeitura de São Paulo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse neste sábado, dia 18, que o governador José Serra (PSDB) deveria lhe pedir desculpas por ter acusado o PT e os movimentos sindicais de insuflarem o protesto de policiais na cidade, na quinta-feira. A uma semana do segundo turno, Lula defendeu a petista, que, na sua avaliação, é vítima de preconceito “raivoso e rançoso”. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou na manhã deste sábado de ato de campanha da candidata do PT à prefeitura de São Paulo, Marta Suplicy. O encontro aconteceu na Casa de Portugal, na Liberdade.

O encontro do presidente e de Marta com representantes de movimentos sociais e sindicalistas transformou-se em uma manifestação de desagravo à campanha da petista. Lula disse ter comido “o pão que o diabo amassou” em 2005, mas advertiu que, em nenhum momento, jogou a culpa por suas dificuldades nas costas dos outros. “Quem não quer ser cobrado que não seja governo”, afirmou.

Na platéia, formada por cerca de 1.700 militantes, havia policiais civis. O presidente disse que sempre recebe reivindicações de trabalhadores. “Isso é democracia. Por que vou ficar nervoso quando um sindicalista vai a Brasília fazer passeata?”

Na quinta-feira, Serra acusou o PT, a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e o presidente da Força Sindical, deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), de incentivar o protesto de policiais com o objetivo de influenciar o segundo turno da eleição, no dia 26. Disse não ter dúvidas de que a manifestação, que terminou em conflito entre policiais civis e militares nas proximidades do Palácio Bandeirantes, tinha participação ativa de petistas e das duas centrais, que apóiam Marta.

Na avaliação do presidente, o governador não mediu as palavras e agiu de forma “insensata”. Um dia antes, o chefe de gabinete da Presidência, Gilberto Carvalho, chegou a dizer que se sentiu “ofendido” com o ataque desferido pelo governador. “Lamento que ele não devolva com a mesma generosidade o carinho com que tem sido tratado pelo Palácio do Planalto”, comentou Carvalho.

Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força, presente ao evento de Marta, interveio para evitar que um grupo de policiais entregasse um documento ao presidente. “Se trouxéssemos esse assunto para o Lula hoje, politizaríamos a greve. É tudo o que o Serra quer”, afirmou.

PRECONCEITO

Em tom veemente, Lula afirmou que nunca viu alguém sofrer tanto preconceito quanto Marta e, de forma indireta, mencionou a propaganda eleitoral do PT que perguntava se o prefeito Gilberto Kassab (DEM), candidato à reeleição, era casado e tinha filhos.

“Dizem agora que essa mulher é contra os homossexuais, justamente ela, que, quando havia preconceito, estava na TV Mulher defendendo as minorias”, insistiu o presidente. Lula disse ainda que transformaram “uma guerreira defensora das minorias em acusadora”. “Eu ainda vou criar o Dia da Hipocrisia neste país”, afirmou.

O presidente lembrou que repassa recursos federais para São Paulo independentemente dos partidos dos governantes e lamentou que Marta tenha administrado a cidade em uma época de penúria financeira. Foi nesse momento que ele criticou o governador tucano.

Em conversas reservadas, Lula afirmou que Kassab só pode apresentar à cidade vistosas obras nas áreas de transporte e saneamento porque recebeu “generosos” recursos federais.

O discurso de Lula marcou sua última participação na campanha de Marta. Desde o primeiro turno, o presidente subiu no palanque da petista em outras duas ocasiões: em São Miguel Paulista (zona leste), onde desfilou em carro aberto ao lado da candidata, e num comício em Vila Nova Cachoeirinha, na zona norte.

Afilhado político de Serra, Kassab desdenhou do apoio de Lula a Marta: afirmou que, embora o aval do presidente tenha peso, “não é novidade” para os eleitores e, portanto, pode não se transformar em novos votos. (Colaborou José Maria Tomazela)
Agência Estado

Rizzolo: Primeiramente o PT e outros partidos, contribuíram sim e muito para o desfecho da crise; isso todo mundo sabe, e quem estava lá, pode constatar. Agora Serra errou, conduziu de forma errada as negociações, não recebeu os líderes, e isso é imperdoável. Agora afirmar que a Marta é vítima de preconceito isso já é demais; a dinâmica petista de se fazer propaganda política, ferindo e constrangendo as pessoas, a privacidade, com argumentos insinuadores é lamentável. Infelizmente, se PT acreditava na capacidade do presidente Lula em transferir votos, se enganaram redondamente. Lula é a estrela, só ele; os outros por ele indicados, são apenas referências, o povo não se impressiona com as recomendações de Lula. É uma realidade que o PT não sabia e descobriu.

Volatilidade Espiritual

Muitas vezes penso – e tempo tive de sobra para refletir neste Yom Kipur – sobre a palavra que todos mais falam em momentos crise: volatilidade. Em ciências como a química e física, o termo volatilidade se refere a uma grandeza que está relacionada à facilidade de uma substância passar da fase líquida à fase vapor. Já em economia, volatilidade está associado ao preço de uma mercadoria é a variação de preço referente a um desvio padrão, expresso em porcentagem, ao fim de um período de tempo.

Mas porque pensar em volatilidade no aspecto espiritual? Existiria uma volatilidade no nosso ser interior? É interessante notar que a própria vida nos impõe situações em que em determinados momentos, nos inclinamos mais ao mundo material, ao egoísmo, ao lucro, sem pensar que aquele ato em si nos forçará a fazer um caminho de volta à nossa espiritualidade. Aqueles que se perderam apenas ao enxergar a vida com uma oportunidade de viver o luxo, o lucro, o dinheiro fácil especulado, se viram de um momento para outro sem nada, perderam milhões de dólares, pelo simples fato de que o dinheiro quando manipulado pelo prisma da especulação, geralmente se perde, é de essência volátil.

Assim como o dinheiro, nossa relação com a vida não deve se pautar no material, temos sim que dominar a essência da terra, mas nos aprofundando no estudo da Torá, no espiritual, até porque isso servirá de subsídio, para fortalecermos na queda e para que, de forma hábil, possamos reverter o momento crucial da crise material. A volatilidade das coisas materiais são quase intransponíveis, quando não temos a estabilidade emocional, ou quando sofremos de volatilidade de cunho espiritual.

Como entender as perdas na vida, quando estamos longe da conexão divina? No mundo de hoje, a palavra conexão tem um sentido primordial no nosso dia-a-dia, estamos sempre conectados com nossos amigos, nossa família, nosso trabalho; a velocidade dos efeitos de estarmos ligados uns aos outros, é extremamente rápida; assim como o impacto das informações recebidas. Não estarmos nessa mesma intensidade conectados a Deus, significa estaremos susceptíveis a amargurar um desespero profundo, como quem perdido numa selva não consegue acessar seu celular, para se comunicar, desprovido de sinal, sem nenhum apoio.

Uma das frases que mais me impressiona nas orações, é aquela quando pedimos a Deus “que nunca se oculte de nós”, que jamais tenhamos o nosso sinal de conectividade divina interrompido. Com efeito, são em momentos de crise no mundo, como a que vivemos, que a força interior de cada um se refaz, se renova. A crise em si, nos leva a refletir sobre a fragilidade e a volatilidade das coisas materiais, que se vão com o vento que leva a areia da praia.

No mundo dos negócios é importante participar, vivenciar a essência do mercado, entender como se ganha e como se perde, mas jamais perder-se no materialismo e se tornar volátil aos olhos de Deus. É preciso estar conectado espiritualmente, e saber acionar quando preciso, o nosso “circuit braker” interior, o da nossa consciência, impedindo desse modo, que o desejo de lucrar se sobreponha ao de simplesmente viver uma vida plena e pensar naqueles que nada possuem, e que mais sofrerão pela ganância dos outros, ou de nós mesmos.

Fernando Rizzolo

Tenha um sábado de paz e uma semana feliz !

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