Os Anjos

*Por Moshe Miller

Maimônides escreve que tudo que D’us criou pode ser dividido em três categorias: aquelas que são composto de substância e forma mutáveis; aquelas de forma e substância imutáveis; e aquelas criaturas que são forma mas não substância. Essas últimas são os anjos. Não são corpos nem seres físicos, mas sim formas separadas umas das outras pelos princípios que eles representam. Assim, “forma” nesse caso não significa estrutura dimensional, mas sim um princípio espiritual claramente definido, ou permutação da energia Divina. Anjos… são separados uns dos outros pelos princípios que eles representam.

Os seres angélicos se enquadram em duas categorias gerais – aqueles que foram criados durante os seus dias da Criação (chamados de “anjos ministrantes”) e aqueles que são criados numa base diária para cumprir várias missões neste mundo. Os nomes dos anjos mudam de acordo com sua missão.

Quando os anjos são enviados a este mundo como emissários do Eterno para cumprir uma missão específica, se revestem num corpo formado pelo elemento do ar ou do fogo. Os anjos também podem aparecer na forma humana. Uma vez que tenham completado seus deveres terrenos, eles se despem do corpo e retornam ao antigo estado espiritual.

Existem anjos que habitam cada um dos quatro mundos: Ofanim no mundo de Asiya; Chayot no mundo de Yetzira; Serafim no mundo de Beriya. Também existem anjos no mundo de Atzilut.

Os anjos são ainda subdivididos segundo a sefirá da qual derivam. Os anjos são assim divididos em “campos” segundo a divisão das sefirot. O anjo Michael e seu “campo”, por exemplo, deriva da sefirá de chessed, e o anjo Gabriel e seu “campo” derivam da sefirá da gevura, e assim por diante.

Mais detalhes:
A palavra para “anjo” em hebraico, “malach”, também significa “mensageiro”. Como seu nome em hebraico significa, a natureza do anjo é ser um enviado a certo grau, constituindo então um contato permanente entre os mundos. As missões de um anjo transpiram em duas direções: ele pode servir como um emissário de D’us para o terreno, para outros anjos e criaturas abaixo no mundo de Yetzira, e/ou podem também servir como aquele que leva de baixo na direção do céu, de nosso mundo para os mundos superiores.

A verdadeira diferença entre homem e anjo não é o fato de que o homem tem um corpo, porque a comparação essencial é entre a alma humana e o anjo. A alma do homem é mais complexa e inclui um mundo inteiro de elementos existenciais diferentes de todos os tipos, ao passo que o anjo é um ser de essência única e portanto num certo sentido, unidimensional. Além disso o homem, por causa de sua natureza multifacetada e sua capacidade de conter contradições (incluindo seu dom do poder interior da alma) tem a capacidade de distinguir entre o bem e o mal. É essa capacidade que torna possível para ele elevar-se a grandes alturas, e pelo mesmo critério cria a possibilidade de falhar e retroceder, o que não ocorre com um anjo.

Sob o ponto de vista de sua essência, o anjo é eternamente o mesmo. É estático, uma existência imutável, seja temporária ou eterna, fixado dentro dos limites rígidos de qualidade devido à sua própria criação.
fonte: Beit Chabad

Tenha um sábado de paz !

Fernando Rizzolo

Judaismo, Razão e Além

DR. TALI LOEWENTHAL, DIRETOR DO CHABAD RESEARCH UNIT, LONDRES

Existe uma forma confortável e racional de olhar para a vida, que se adequa bem confortavelmente na estrutura normal da consciência. Ela é aceitável. É por isso que “Razão” e racionalidade são frequentemente o tom fundamental da voz da mídia, reivindicando falar por todos, qualquer que seja a mensagem realmente transmitida. Talvez surpreendentemente, a Razão pode também incluir o que nós poderíamos chamar de perspectivas “religiosas” e comportamento corajoso e aparentemente heróico. A pessoa que faz da razão o seu tema pode se dedicar a um ideal e poderia realizar atos extraordinários para aprofundá-lo.

De fato, a Razão também pode usar habilidosamente falsas premissas e levar a conclusões falsas e perigosas. Nas circunstâncias e ambiente certos, a Razão pode levar a abortos e eutanásia em massa, até mesmo ao terrorismo. Os heróis da Revolução Francesa diziam prezar a Razão, mas também organizaram “O Terror” em Paris em 1793-1794 no qual homens, mulheres e crianças da nobreza, assim como milhares de outros, foram assassinados na guilhotina, o que era testemunhado por uma considerável multidão.

Em contraste, existe um conceito judaico de alcançarmos além da razão. Isto não significa “fundamentalismo religioso”. Significa a percepção de que as estruturas lógicas da Razão precisam de orientação que vem de valores absolutos que transcendem cultura, nacionalismo e revolução, tal como a santidade da vida: da vida de todos.

O tema judaico de se alcançar além da razão, significa uma ligação com D’us que está acima do nosso próprio intelecto, e uma consciência de que nossas vidas são baseadas em premissas Divinas: o milagroso em vez do natural.

É intrigante que, dentre as várias interpretações de nossa Parashá (a leitura da Torá de Lech-Lecha, Bereshit 12-17), exista uma apresentação da diferença entre o caminho da Razão e o caminho além dela, explorando o contraste entre os dois filhos de Avraham: Yishmael e Yitzchak.

Sarah, a esposa de Avraham, não era capaz de ter filhos. Como era o costume naquela época, ela deu a ele sua jovem serva egípcia Hagar como concubina, e Yishmael nasceu. Mais tarde na Parashá, D’us disse a Avraham que sua esposa Sarah milagrosamente teria um filho. Ele seria chamado de Yitzchak e seria o verdadeiro herdeiro da mensagem de Avraham ao mundo.

A resposta de Avraham foi: “se pelo menos Yishmael vivesse perante Ti!” [Bereshit 17:18]. Avraham parecia contente em ter somente um filho, Yishmael, desde que aquele filho seguisse um caminho “perante Ti”, um caminho de proximidade com D’us. Mas D’us insistiu que somente Yitzchak fosse seu herdeiro.

O que distingue Yitzchak e Yishmael um do outro? Yishmael nasceu de forma natural, enquanto Yitzchak nasceu de forma milagrosa de uma mãe de 90 anos de idade que já tinha sido estéril. Yishmael foi circuncidado aos 13 anos de idade, uma idade de reconhecimento e compreensão; Yitzchak foi circuncidado aos 8 dias de vida, um estágio anterior ao intelecto e à racionalidade.

Assim, Yishmael é explicado pelos comentaristas como significando a Razão, enquanto Yitzchak expressa a dimensão judaica além da Razão [2]. A ligação de Yishmael com a Razão poderia explicar porque hoje em dia alguns descendentes de Yishmael, na batalha dos vastos territórios árabes contra a minúscula Israel, aparentemente têm a simpatia de um número relativamente grande de pessoas.

A mensagem de Avraham, através de Yitzchak, Yaakov e o Povo Judeu, é a de que todos os seres humano têm um papel potencialmente positivo na criação. Para perceber isto, eles também precisam dar o passo para além do racional, aceitar os padrões e princípios morais absolutos tais como aquele da santidade da vida. Este passo além é o caminho para o futuro.

(Baseado em Likkutei Sichot do Lubavitcher Rebbe vol. 1, pp. 18-22.)

fonte
site Glorinha Cohen

Tenha um sábado de paz.

Fernando Rizzolo

Como Controlar a raiva

*Por Mendy Herson

Você já ficou furioso?

A ira é uma palavra ampla usada para descrever uma reação humana básica – às vezes saudável. Porém estou me referindo ao tipo doentio. Todos conhecemos isto. A fúria irracional, agressiva – “perder as estribeiras”.

E então, você fica furioso? Às vezes você é consumido pela fúria?

Volte por um momento àquele estado mental. Como você se sente? Está no controle de sua vida? Ou você perdeu o controle? Em vez de dirigir sua reação emocional, a fúria na verdade controla você? E, se você perdeu o controle, para quem o perdeu? Quem está no banco do motorista em sua vida?

Não é você.

“Você” é o seu “melhor você”, e isso não é você.

Como explicam algumas obras clássicas da espiritualidade judaica: Quando você sucumbe à ira, desencadeia seu inferno interior, É o que você tem de pior. É tóxico.

Por mais estranho que pareça, também pode ser sedutor. Esta força, que destrói a qualidade de sua vida, pode se tornar uma droga emocional; finge ser sua amiga, apresentando-se como “mostre quem você é”.

Pense novamente. Nas palavras de Iyov (5:2): A fúria mata o tolo.

Precisamos ter auto-consciência. Precisamos sentir quando este inimigo entrou na nossa psique. Quando sentimos ira, precisamos ver uma bandeira vermelha na nossa mente e então começar imediatamente a pensar numa maneira de nos controlar, como impedir a espiral descendente de ressentimento e fúria.

Mas para criar um sistema interno de reação adequada, precisamos cultivar uma sensibilidade ao perigo. Precisamos de um reconhecimento genuíno de que a fúria é um veneno ao sistema humano, e um impedimento para se levar uma vida significativa. Se você enxerga a fúria dessa maneira, tem mais probabilidade de controlar a sua psique – reestruturando sua perspectiva de canalizar as emoções de maneira mais produtiva.

Durante milênios, a tradição judaica nos ensinou que a fúria também reflete uma falta de fé. A equação é bem simples: ficamos furiosos quando nos sentimos vulneráveis a uma ameaça ou problema. Quando eu acredito em D’us, não posso me sentir vulnerável. Quando sinto minha fé em D’us, minha percepção sobre o mundo focaliza minha jornada Divinamente concedida, meu destino – não a minha percepção de vulnerabilidade.

A fúria compete com meu senso de destino. Não posso deixar que ela vença.

Entre um estímulo potencialmente causador de fúria e a minha reação há uma lacuna: é aí que entra a minha escolha. Preciso reconhecer que alguns problemas podem ser resolvidos, alguns podem ser melhorados, mas de qualquer maneira preciso escolher uma reação que seja apropriada para a minha jornada da vida – e os desafios são uma parte daquela jornada.

Portanto, preste atenção ao seu quociente de fúria.

Reduza-o, e aumente a sua qualidade de vida.
fonte: Beit Chabad

Tenha um sábado de paz !

Fernando Rizzolo

Esperando pelo Perdão

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Cena de Yom Kippur numa Sinagoga na época medieval

Neste domingo, ao final da tarde, se dará o início ao Yom Kipur. Portanto, retornarei nesta segunda-feira após 21 horas, pois ainda pretendo passar, após a quebra do jejum, na casa de um rabino amigo meu para tomar um “lechayim”, (geralmente vodka).

Como meu jejum é completo, sem água inclusive -iniciando-se domingo às 18:00 – espero novamente estar ao lado de vocês, bem disposto, após o horário referido (21:00 de segunda). A todos os meus leitores, que são meus amigos invisíveis, saibam da minha mais profunda admiração, carinho e respeito que tenho por todos, por este Brasil imenso.

Obrigado por me acompanharem nas minhas reflexões, nos meus pensamentos, no ano que passou. Continuem divulgando o Blog do Rizzolo, prestigiando este humilde espaço, minha mídia é apenas você, meu leitor e amigo, mais ninguém !

Tenho tentado nos meus escritos externar o que eu penso, sob uma visão ética, na defesa dos mais pobres, dos esquecidos, dos desvalidos, defendendo meu ponto de vista sem uma conotação ideológica marxista, ateista ultrapassada, mas numa visão humana, religiosa, firme e de bom senso. Até mais queridos amigos !

Fernando Rizzolo

Um pouco da história

O nome Yom Kipur – Dia do Perdão – nos informa de um aspecto apenas de sua significação. “Porque neste dia se fará expiação por vós para purificar-vos de todos os vossos pecados; Perante Ad-nai ficareis purificados (Lev.XVI,30).

Isso é Yom Kipur, perdão e purificação, esquecimento dos erros e extirpação das impurezas da alma. Nobres conceitos que se tomam em sua acepção mais ampla. Não se trata unicamente do perdão Divino, que se invoca mediante a confissão das faltas e as práticas de abstinência, mas, também, do perdão humano, que exige o desprendimento da vaidade e contribui para a elevação moral. Quando chega Yom Kipur, cada judeu deve estender ao seu inimigo uma mão de reconciliação, deve esquecer as ofensas recebidas e desculpar-se pelas feitas aos outros, pois, limpo de todas as suas escórias físicas e morais, deve comparecer perante o Tribunal de D`us.

Durante um dia inteiro ele permanece diante desse Tribunal numa ampla confissão de suas culpas, em humildade e arrependimento, não com o fim de rebaixar sua dignidade humana, mas para elevar-se acima de suas misérias morais e apagar toda sombra de pecado em seu interior. E assim, depurado, vislumbrar com mais claridade os caminhos do bem.

Yom Kipur é data de jejum absoluto que se interpreta não somente como uma evasão do terreno, mas como uma prova de nossa força de vontade sobre os apetites materiais que tantas vezes conduzem ao pecado. Por último, o jejum nos faz sentir na própria carne os padecimentos de tantos seres humanos que, por falta de meios, sofrem fome, sede, fraqueza, vítimas da mais profunda miséria.

por Isaac Dahan

Veja Também: Silvio Santos fala sobre o Yom Kippur

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A Política e os Conceitos Religiosos

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Talvez Thomas Jefferson, o terceiro presidente americano, e principal autor da Declaração da Independência Americana, tenha sido um dos primeiros estadistas a reconhecer o valor e a positiva influência dos valores morais da religião na construção de uma sociedade saudável. Jefferson publicou: The life and morals of Jesus. Uma seleção de todos os ensinamentos e eventos essenciais da vida de Jesus expurgada de todas as menções sobrenaturais ou de qualquer modo ligados ao dogma religioso, (ser o rei, o filho de deus, exorcismos, milagres).

A própria concepção judaica de povo, conduzida por um líder, este imbuído de conceitos morais, já demonstrava que uma liderança só poderia ser exercida através de normas de conduta, regras de bons costumes, e um profundo sentimento de unidade. As religiões em geral, invariavelmente, trazem no bojo da sua essência, a noção do que é o correto na sua forma de agir, direcionando dessa forma a sociedade.

Contudo, num Estado laico como o nosso, a fragmentação ideológica – religiosa, dos conceitos morais, se perdem diante dos meios de comunicação como a televisão, o cinema, e outros, que afrontam tais preceitos, diluindo os conceitos morais apregoados pela força religiosa, desfazendo – os, ou tornando os ditames de cunho espiritual, algo ultrapassado, impraticável, ou fora de moda, a ponto destes valores serem apreciados apenas de forma caricata nas novelas, como a no ” Caminho das Índias”, da rede Globo, onde os lampejos morais eram pinçados de forma pitoresca, conceitualmente distanciados do dia-a-dia da maioria das pessoas.

Extrairmos as concepções morais, aplica-los e difundi-los numa sociedade na forma em que Thomas Jefferson o fez, como na chamada “Bíblia de Jefferson”, abstendo-se por completo do caráter religioso em si dos preceitos, é iniciativa cívica que falta no nosso Pais. Sem querer de forma alguma ultrapassar os limites da razoabilidade do que podemos chamar de puritanismo barato, a idéia independente, e de isenção religiosa na difusão dos bons costumes morais nas escolas, é sim de suma importância na construção e no alicerce moral dos nossos jovens de amanhã.

A história nos demonstra, que o ser humano desde a sua antiguidade, exercitou a absorção do que permeia os ensinamentos religiosos; o bem, a boa conduta, a urbanidade, a justiça, e isso constitui-se numa empreita dos educadores, dos governos, da sociedade em geral. Uma tarefa já foi desafiante, que já fora outrora empreitada pelo terceiro presidente dos Estados Unidos, autor da declaração da independência americana, da lei da liberdade religiosa da Virgínia e pai da Universidade da Virgínia por volta de 1800, e que hoje torna-se tão necessária quanto naquela época, que nem sequer televisão havia, e que no lugar da novela das oito, na mesa, no jantar, o que mais se discutia era o evangelho.

Fernando Rizzolo

Mente e Emoção

*por Rabino Laibl Wolf, Austrália

“Um dos fascinantes conceitos a emergirem na psicologia ocidental é a noção do subconsciente. Nosso eu consciente, aprendemos, é um análogo projetado do eu mais profundo sob a superfície.

A natureza deste subconsciente mais profundo é pouco compreendido, mesmo atualmente. Freud notou que nossos desejos íntimos derivam das profundezas interiores e se manifestam como uma ânsia da libido. Outros questionaram Freud e alegaram diferentes desejos subconscientes dominantes, como a busca pelo poder e controle, ou a procura da auto-realização, ou ainda um senso de unidade com o Cosmos, ou uma manifestação do inconsciente coletivo. Apesar disso, imprecisão e especulação são características da maioria dos sistemas ocidentais em busca da chave para o entendimento de nosso eu mais profundo.

Os ensinamentos chassídicos Chabad baseados na Cabalá, embora antigos na sua fonte, são muito mais sofisticados nesse respeito que os ensinamentos ocidentais. Dentre estes está a delineação do subconsciente em dois caminhos da alma conhecidos como Seichel (Mente) e Midot (Emoção). Porém a tradução comum de “mente” e “emoção” não transmite seu significado essencial neste sistema. Na verdade, o significado é que Seichel e Midot são os antecedentes subconscientes da expressão aberta de mente e emoção, e são latentes dentro da neshamá (alma).

A expressão consciente de Seichel/Mente é pensamento, ao passo que a expressão consciente de Midot/emoção é fala. Esta é uma expressão interessante, isto é, que nossa “mente” subconsciente encontra sua expressão na maneira que pensamos, e as “emoções” subconscientes vêm à baila na maneira que falamos.

Além disso, extraímos do subconsciente aqueles pensamentos que expressam nossa personalidade individual. Da mesma forma, a maneira de falarmos é também uma assinatura de nosso caráter interior. Por exemplo, algumas pessoas interpretam o desafio como uma ameaça pessoal e outras se esforçam e crescem através de uma adversidade idêntica. Algumas pessoas dizem bobagens habitualmente, e outras falam de maneira apropriada e distinta.

Desenvolver congruência entre Seichel e pensamento, e entre Midot e fala é uma imensa habilidade. Aqueles que são sérios a respeito de seu desenvolvimento pessoal e no desempenho em relacionamentos, aspirarão treinar e praticar em duas tarefas:

a) Mudar a falha subconsciente de sua “mente” e “emoções”, e,

b) Permitir que seus pensamentos e emoções se tornem suas verdadeiras expressões.

O sábio mestre e líder, Moshê, é um exemplo por excelência de tal congruência, e o quinto livro da Torá, Devarim, é um testemunho de seu domínio da mente e emoções. A congruência de pensamentos e palavras é aparente à medida que Moshê apela emocionalmente em defesa do povo judeu.

Levando à prática:

Domínio: Olhe para si mesmo de dentro para fora. Que tipo de pessoa você é? Você é bondoso, gentil, seguro e procura se tornar útil?
Se tem alguns desses atributos, faça a si mesmo a pergunta seguinte:

Com que amplitude e freqüência eu expresso esta natureza?
Escolha algum aspecto de seu ser interior e trabalhe nele, até que um nível de progresso seja atingido. Escolha então um aspecto de sua expressão tangível, e expresse-o repetidamente por um mínimo de duas semanas.

Meditação: Tente recordar as conversas que teve nos últimos dias. Existe algum padrão de pensamento e seqüência de palavras que parecem se repetir? Se este for o caso, você está satisfeito com este padrão? Caso contrário, ensaie roteiros de mente alternativos. Quando você está satisfeito com a experiência do pensamento, obrigue-se a introduzi-los em suas próximas conversas.

Rabi Wolf, renomado místico, escritor e palestrante, mora na Austrália e faz palestras sobre Cabalá e misticismo judaico em todo o mundo. Suas meditações diárias e ensaios semanais podem ser visualizados em seu website: http://www.laiblwolf.com

fonte: beit chabad

Tenha um sábado de muita paz !

Fernando Rizzolo

Inferno a caminho do céu

O conceito judaico sobre o inferno é bastante diferente do que comumente se acredita ser um beco sem saída – uma conseqüência eternamente dolorosa de uma vida espiritualmente falida. A palavra hebraica “Gehinom” não tem uma tradução exata, mas aproxima-se bastante da palavra “inferno.” Gehinon, na verdade, é um processo de restauração e recuperação, não uma condição permanente. A alma que chega ao Gehinom pode ser comparada a uma pessoa que inicia uma terapia, purgando-se da negatividade e preparando-se para enfrentar seu verdadeiro eu.

Como explicou o cabalista do século dezessete, Rabi Naphtali Bacharach: “Gehinom é como uma esponja: suga a negatividade que se impregnou durante a jornada da alma na terra, permitindo que a alma retorne a seu estado original.” Portanto, Gehinom é uma estação de aprendizado – um processo por meio do qual uma alma termina por progredir – que possibilita à alma ser uma com sua Fonte.

O que é uma alma? O dicionário a define como “a parte espiritual de um ser humano, sobre a qual se acredita que continue a viver depois da morte do corpo.” No judaísmo, a alma é considerada como “um pedaço do Infinito,” que, por meio da vida, coleciona experiências, emoções e pensamentos que permanecem em sua memória.

A vida é vivida plenamente quando o corpo e alma estão em harmonia. O judaísmo vê as necessidades básicas como manifestações da alma. Os desejos por um significado, intimidade e conforto não são ignorados ou reprimidos, mas expressos em um contexto veemente e equilibrado. É por este motivo que a Torá, o plano de D’us para a vida, focaliza as ações físicas. Não é um código penal; ao contrário, é uma fórmula para a alma domar as forças do corpo para que cumpram sua missão na terra.

Os seres humanos nascem puros. “Muito boa” – é assim que a Torá descreve a criação da humanidade (Bereshit 1:31). A alma foi, é e sempre será uma propriedade Divina. Embora às vezes possamos obscurecer esta pureza, terminaremos por voltar àquele estado. Com a morte, os elementos físicos do corpo retornam a sua fonte, ao passo que a alma retorna a Sua Fonte. “O pó retornará à terra como era, e o espírito retornará a D’us Que o concedeu” (Cohêlet 12:7). O misticismo judaico explica onde, quando e como ocorre esta reunião.

A harmonia entre corpo e alma durante a vida determina as experiências da alma depois da vida. Se uma alma é equilibrada e realizada, entra num estado de Gan Eden (paraíso), onde a alma é reunida com sua Fonte, destituída de ego, dor e ressentimento. Para as pessoas que estão conectadas a sua alma, a morte não é de forma alguma dolorosa. O Zohar ensina que quando uma alma deixa seu corpo, surge a Shechiná (Presença Divina feminina), e a alma sai em júbilo e amor para saudá-La. Talvez isso explique por que quase todas as pessoas que alegam terem passado por uma experiência de quase-morte vêem uma luz brilhante e descrevem grande felicidade. Se, durante sua estada na terra, a alma tornou-se arraigada e imersa em materialismo, a Shechiná se afasta, e a alma inicia este processo sozinha. Parte deste processo é a percepção de que o corpo tem enganado a alma durante todo o tempo.

“Uma pessoa é medida” – afirma o Talmud – “pela sua própria avaliação.” O corpo e a alma estão em um relacionamento e uma pessoa escolhe qual deles guiará as decisões da vida. Por fim, todas as almas passarão por esta reunião, tanto com seus entes queridos, como com a Fonte de onde se originou cada alma. A única diferença é como cada alma chegará. Uma alma pode retornar à terra para uma segunda vida, dependendo se seus talentos e atributos especiais serão necessários por uma nova geração, mas este é um assunto para uma outra ocasião.

Dov Ber Pinson é um escritor famoso e conferencista sobre Cabalá. Seus livros incluem Reencarnação e Judaísmo; A Jornada da Alma; Meditação e Judaísmo: Explorando os Caminhos Meditativos Judaicos e Ritmos Interiores e; A Cabalá da Música.

fonte: beit Chabad

Tenha um sábado de paz !

Fernando Rizzolo

Judeus da Uganda

fonte:bneichalutzim

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Bodas de Diamantes

*Por Professor Jonathan Sacks – Rabino-Chefe da Inglaterra

Certo dia fui chamado a oficiar em dois funerais. As famílias envolvidas eram amigas nossas, mas moravam em partes diferentes de Londres e não se conheciam. Nos dois casos, a mulher tinha morrido após um casamento longo e feliz. Um casal tinha acabado de celebrar, e o outro estava para comemorar, as bodas de diamantes.

O mais impressionante foi que os dois maridos me disseram a mesma coisa, com palavras praticamente idênticas: “Eu a amava tanto quanto no dia em que nos apaixonamos.” Ouvir aquilo uma vez, após sessenta anos de casamento teria sido raro. Ouvir duas vezes no mesmo dia parecia mais que mera coincidência.

Os dois casais eram religiosos. Rezar e ir à sinagoga, celebrar Shabat e as Festas, doar tempo e dinheiro ao próximo, tudo isso fazia parte da vida deles. Sabiam que no Judaísmo o lar é tão sagrado quanto um templo. Fazer essas coisas, perguntei a mim mesmo, tem algo a ver com a força e persistência de seu amor?

Tendemos a pensar que as emoções, especialmente uma tão caprichosa quanto o amor, são simplesmente aquilo que sentimos. Não escolhemos nossos gostos e aversões, nossos temores e alegrias. Eles nos apanham de surpresa. Podem nos deixar indefesos em seu poder. As palavras “paixão” e “passivo” estão relacionadas. Concluímos, portanto, que não podemos evitar de sentir aquilo que sentimos.

Estudos recentes em psicoterapia sugerem o contrário. A terapia cognitiva é baseada na premissa de que aquilo que sentimos é influenciado por aquilo que pensamos, e podemos mudar nossa maneira de pensar. A psicologia positiva tem tido sucesso em transformar pessimistas em otimistas, reestruturando as percepções das pessoas. Martin Seligman, o pioneiro nesse campo, chama o pessimismo de “impotência aprendida”, e aquilo que pode ser aprendido pode ser desaprendido.

O mesmo ocorre com o amor. Alguém que acredita que o casamento é “apenas um pedaço de papel”, que o sexo vem sem compromissos, e que o prazer é a medida de todas as coisas, terá uma gama de emoções. Aqueles que acreditam que o casamento é um pacto sagrado, que o amor é inseparável da lealdade, e que fazemos sacrifícios por aquilo que amamos, terão um ao outro. Porque eles têm pensamentos diferentes, sentirão coisas diferentes.

Aquilo que pensamos é moldado pela nossa cultura, e culturas inteiras podem ser sensíveis a algumas coisas, mas surdas e cegas a outras. Nos deliciosos romances de Jane Austen, por exemplo, por quem você se apaixona depende, numa maneira que hoje achamos estranha, da renda anual daquela pessoa. No mundo da romancista, casamento e classe social eram quase inseparáveis. O amor não é apenas uma emoção. Tem uma história social e cultural.

Hillary Clinton aprecia o provérbio africano: “É preciso uma aldeia para criar um filho.” Às vezes é preciso uma cultura para sustentar um casamento. Os judeus são tradicionalmente famosos por terem casamentos sólidos porque grande parte do Judaísmo é focado no lar, e porque a semana e o ano judaicos separam espaço sagrado para tempo em família. Quando muitos judeus perdem estes rituais, as taxas de divórcio sobem até se tornarem semelhantes ao resto da população.

Em qualquer cultura, alguns casamentos dão certo, outros não. Alguns duram, outros se desfazem. As coisas são assim. O fracasso de um relacionamento não deveria nos induzir a sentir culpa. Tentamos, falhamos e seguimos em frente, esperando um mínimo de acrimônia e um máximo de respeito mútuo. Porém isso não significa que não há nada que possamos fazer para dar uma melhor chance ao amor.

Ver o amor como a força que move o universo, amar a D’us e saber que D’us nos ama, celebrar o amor em ritual e canção e saber que ele significa constância e lealdade, entender que o amor dá e perdoa, e ver no nascimento de um filho o amor que traz nova vida ao mundo: estes dão uma maior chance ao amor. E num mundo de prazeres fáceis, períodos de pouca atenção e relacionamentos frágeis, o amor precisa ter mais chance.

É isso que a fé faz. Santificando o amor, ela o protege das milhares de tentações às quais se vê exposto todos os dias. Naquele dia, quando ouvi dois velhos amigos em meio à dor falarem sobre um amor que não diminuiu com o tempo, pensei nas famosas palavras de Dylan Thomas: “Embora os amantes possam se perder, o amor não pode; e a morte não dominará”, e eu soube que amar a D’us nos ajuda a amarmos uns aos outros.

fonte: Beit Chabad

Tenha um sábado de muita paz !

Fernando Rizzolo

Evangélicos, as igrejas e a mídia

Chovia muito e a estrada de terra escorregadia fazia o carro deslizar como que se estivesse sobre uma fina manta de gelo. De longe avistei Reinaldo, um rapaz pobre, agricultor, alcoólatra, que com a camisa ensopada pela água da chuva, tentava esquivar-se dos pingos segurando com firmeza sua Bíblia. Ao me aproximar parei e lhe ofereci uma carona. Meio sem jeito, agradeceu com um olhar desarmado e me disse que voltava do culto evangélico. Tinha, enfim, tornado-se “crente” e afirmou isso com certo orgulho, patente no seu gesto determinado e temente a Deus.

Ao chegar em sua casa agradeceu-me e convidou-me para um dia conhecer sua igreja, mesmo sabendo que não sou cristão. Aquele simples trajeto em meio a uma chuva fina, me fez refletir sobre as transformações espirituais que toda religião induz nas pessoas, pois de forma nobre afloram da alma as melhores intenções do ser humano. Reinaldo é um dos 26 milhões de evangélicos do Brasil, segundo censo de 2000, número que que com certeza, nos dias de hoje, deve ter-se elevado consideravelmente.

Não poderíamos deixar de reconhecer que as igrejas evangélicas, independentemente de seus segmentos, contribuem de forma decisiva para a formação da ética, da moral, dos bons costumes, preenchendo uma lacuna e um espaço fértil onde a desesperança, a miséria e a desventura prosperam face à fragilidade sócio-econômica e à falta de oportunidade que ainda persistem no nosso meio, conduzindo os jovens à criminalidade, ao vício e à desintegração familiar.

As várias denúncias elencadas nos últimos anos em relação aos líderes de igrejas evangélicas nos assustam e certamente, cabe ao Judiciário, como já o fez inúmeras vezes, apurar os fatos baseando-se no princípio de isenção religiosa, como é sua marca no Brasil. Contudo, nos parece pertinente uma reflexão sobre o papel da imprensa em relação a essa questão que envolve, de certa forma, essa grande parcela da sociedade brasileira, pois desta feita, quem está sendo julgado são seus líderes religiosos.

Com efeito – e me abstendo da questão criminal em si ajuizada – cabe ao provimento jurisdicional julgar. Maso que se observa é que existe nos meios de comunicação uma insinuação velada de que ser evangélico no Brasil é sinônimo de estar sendo enganado, ao mesmo tempo que, pouco se demonstra ou valoriza, os atos dos fiéis, a mudança em suas vidas, a fé despertada, a vida reconstruída. Tudo mais é enaltecido: os maus atos dos líderes e a improbidade religiosa, o que por consequência, desqualifica o espírito evangélico renovador, coisa que não deveria acontecer. Nos EUA os evangélicos são responsáveis pelas maiores doações a Israel e no Brasil, observa-se que a simpatia dos evangélicos pelo povo judeu faz com que as diferenças religiosas sejam superadas através do entendimento pela paz e da busca quanto à harmonia das idéias.

Não seria justo que o lado bom de qualquer religião fosse ofuscado pela postura dos líderes, mas assim como é necessário denunciar as improbidades, também é dever da imprensa reconhecer e dar espaço às boas coisas, prestigiando aqueles que como Reinaldo, através da religião, tiveram o firme propósito de renascer com a sua fé, de superarem-se através do amor que nutrem por Deus e com orgulho, dirigem um olhar sereno segurando uma Bíblia, quando dizem: “ – Eu mudei, sou evangélico, estou renascendo. Deus te abençoe.”

Fernando Rizzolo

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Stalin vs. Schneersohn: Anos depois – Quem venceu?

*Por: Rabbi YY Jacobson – Em: theyeshiva.net

O Rebe de Lubavitch, Rabi Yosef Yitschak Schneersohn (1880-1950) disse que se havia uma batalha lutada em vão, foi esta. Ou pelo menos, assim parecia na época.

O ano era 1924. Vladimir Lenin, pai da Revolução Comunista, está morto; mais de 900.000 pessoas passam pelo Salão das Colunas durante os quatro dias e noites em que seu corpo esteve exposto à visitação.

Josef Stalin o sucedeu como o novo líder da União Soviética. Durante os trinta anos que se seguiram, ele iria assassinar 20 milhões de pessoas do seu próprio povo. Judeus e Judaísmo eram seus alvos principais. Ele estabeleceu uma organização especial do governo, a Yzvestia, para assegurar que os judeus russos aos milhões abraçassem a nova ética do Comunismo, introduzindo um paraíso construído de metralhadoras e gulags.

Stalin iria governar com mão de ferro até sua morte em 1953, quando quatro milhões de pessoas se reuniram na Praça Vermelha para se despedir do tirano reverenciado e amado por grande parte da nação e por milhões de pessoas no mundo inteiro.

Na sua casa em Leningrado (hoje S. Petersburgo), um rabino de 44 anos, herdeiro de um dos mais notáveis líderes do Judaísmo russo, convoca nove jovens discípulos. Oferece a eles uma oportunidade que muitos recusariam: assumir responsabilidade pela sobrevivência do Judaísmo na União Soviética; assegurar que a vida e a fé judaicas sobreviveriam às trevas infernais do regime stalinista. Ele deseja que lutem “até a última gota de sangue”, segundo suas palavras.

Eles concordam. O rabino dá a mão a cada um deles como um sinal de que estão aceitando um juramento, um voto que transformaria seu destino para sempre. “Eu serei o décimo”, diz ele, “juntos teremos um minyan.”

Uma Revolução Subterrânea

Os nove homens foram despachados por todo o país. Com ajuda de colegas com os mesmos ideais, eles criaram uma impressionante rede subterrânea de atividade, que incluía escolas judaicas, sinagogas, micvaot (banhos rituais usados pelas mulheres judias para revigoração espiritual), educação de Torá para adultos, yeshivot (academias para estudo de Torá), livros judaicos, fornecendo rabinos para comunidades, professores para escolas, etc.

Nas décadas de 1920 e 1930, estes indivíduos construíram seiscentas escolas judaicas subterrâneas em toda a União Soviética (1). Muitas delas duraram apenas algumas semanas ou meses. Quando a KGB (a polícia secreta russa) descobria uma escola, as crianças eram expulsas, o professor era levado preso. Uma escola nova era aberta em outra parte, geralmente num porão ou num telhado.

Um daqueles nove jovens foi enviado à Geórgia. Havia dezenas de micvaot ali, todas fechadas pelos comunistas que as enterraram em areia e pedras. Este jovem decidiu fazer algo radical. Falsificou uma carta supostamente escrita pela chefia do KGB em Moscou, instruindo os funcionários locais a abrirem duas micvaot num prazo de 24 horas.

Os funcionários locais foram enganados. Dentro de um dia, duas micvaot foram abertas. Vários meses depois, quando descobriram a mentira, foram fechadas novamente. E assim foi. Um mohel (o profissional que realiza a mitsvá da circuncisão) foi preso, e outro despachado para servir à comunidade; uma yeshivá foi fechada, e outra abriu noutro lugar; uma sinagoga foi destruída e outra foi aberta em segredo.

Porém aquilo certamente se parecia com uma batalha. Aqui estava um rabino, com um pequeno grupo de pupilos, fazendo uma rebelião subterrîanea contra um poderoso império que contava com centenas de milhões de adeptos, e aspirava dominar o mundo. Era como um bebê lutando contra um gigante, uma formiga tentando derrotar um ser humano. A situação era desesperadora.

Finalmente, em 1927 perderam a paciência com ele. O rabino por trás da obra contra-revolucionária foi preso e condenado à morte por fuzilamento. Pressão internacional e nada menos que um milagre convenceram a KGB a alterar a sentença para dez anos de exílio. Foi então convertida para três anos e depois – inacreditável no regime soviético onde tanto religiosos como leigos eram assassinados como moscas – completamente exonerado. Milagrosamente ele foi libertado da sentença de morte e da prisão stalinista.

O homem por trás do motim era o Rebe de Lubavitch, Rabi Yosef Yitschak Schneersohn (1880-1950), que se tornou líder de Chabad em 1920, após o falecimento de seu pai. Ele escolheu nove jovens discípulos para batalhar ao lado dele. O jovem enviado à Georgia, falsificando o documento da KGB, era meu avô, Simon Yakabashvili, pai do meu pai (1900-1953). Ele, juntamente com centenas de seus colegas chassidim em toda a União Soviética, foi preso em 1938, impiedosamente torturado e condenado a 25 anos de prisão no Gulag. A maior parte dos seus oito colegas a fazer o juramento jamais conseguiu se livrar do inferno de Stalin. Pereceram na União Soviética. (Meu avô conseguiu, porém morreu anos depois em Toronto).

Investindo na Eternidade

Muitas décadas se passaram. Esta passagem do tempo nos dá a oportunidade de responder à pergunta: Quem venceu? Stalin ou Schneersohn?

Há mais de oitenta anos, o socialismo de Marx e o comunismo de Lenin introduziram uma nova era para a humanidade. Seu poder aparentemente interminável e sua brutalidade pareciam inatingíveis.

Porém um homem se levantou, um homem que não permitiria que a impressionante máquina de guerra da Mãe Rússia turvasse sua visão, eclipsasse sua clareza. Nas profundezas de sua alma ele sabia que a história tinha uma corrente subterrânea invisível para muitos, mas discernível para estudantes da longa e dramática narrativa de nosso povo. Ele sabia com plena convicção que o mal pode prosperar, mas irá morrer; porém a Divindade – incorporada em Torá e mitsvot – é eterna. E ele escolheu investir na eternidade.

Ele não sabia exatamente como tudo iria terminar, mas sabia que sua missão na vida era jogar as sementes no solo, embora as árvores estivessem sendo abatidas uma a uma.

Os cínicos zombavam dele; amigos próximos disseram que estava cometendo um trágico engano. Até mesmo muitos dos seus colegas religiosos estavam convencidos de que ele desperdiçava seu tempo e energia lutando uma guerra impossível. Eles fugiram do país ou se mantiveram em total discrição.

Porém 80 anos depois, este gigante e aquilo que ele representou emergiram de maneira triunfante. Hoje, em 2009, nas repúblicas da antiga União Soviética existem centenas de sinagogas, escolas judaicas, yeshivot, micvaot, centros de comunidade judaicas. Quando o verão está para começar, dezenas de acampamentos judaicos se abrem em toda a União Soviética com milhares de crianças que apreciarão um verão feliz associado à celebração da vida judaica.

No último Chanucá, uma menorá imensa foi colocada no Kremlim, lançando a glória de Chanucá sobre o solo onde Stalin caminhou com Berya e Yezkov. Em Lag Baomer, milhares de crianças judias com kipot sobre a cabeça marcharam pelas ruas de Moscou com cartazes proclamando: “Ouve, ó Israel… D’us é Um.” A vida judaica está ativa na Rússia, Ucrânia, Usbequistão, etc.

O Camarada Stalin está morto; o comunismo se desvaneceu como desesperadamente irrelevante e destrutivo. O sol das nações hoje não passa de uma nuvem escura. A ideologia do Império Soviético que declarou: “Lenin não morre e Stalin não morrerá. Ele é eterno,” agora não passa de uma zombaria.

Stalin e Lenin estão tão mortos como se pode estar. Porém as micvaot construídas pelo Rebe em 1927, estas ainda estão lá.

Se você visitar a Rússia neste próximo Shabat, não tenho certeza se encontrará alguém celebrando a vida e a visão de Stalin, ou mesmo Khruschchev e Brezhnev. Porém você encontrará dezenas de milhares de judeus celebrando a libertação do Rebe de Lubavitch em 1927 e a narrativa do triunfo de um homem sobre um dos maiores assassinos em massa da história humana, compartilhando sua visão, comprometendo-se a continuar sua obra de saturar o mundo com a luz da Torá e mitsvot.

L’chayim!

Fonte: Site do Beit Chabad

Tenha um sábado de muita paz !!!

Fernando Rizzolo

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Nosso Maior empreendedor

*por Yanki Tauber, baseado nos ensinamentos do Rebe

O objetivo de um empreendimento de negócios é conseguir lucro; nenhum homem de negócios que se preze investiria capital, tempo e talento onde os números não mostrassem um potencial definido de lucro. Apesar disso, os maiores lucros serão colhidos sob as mesmas condições que o empresário responsável procura evitar – nas águas de empreendimentos completamente imprevisíveis, em ambientes sobre os quais ele não tem controle, e nos quais todo seu negócio (e talvez ele próprio) estejam em risco.

Assim, pode-se afirmar que a mente do empresário funciona em dois níveis. No nível manifesto, ele procura estabilidade e controle. Neste nível, é proibido ser apanhado desprevenido nos negócios. Embora ele saiba que existem riscos em todo empreendimento, sua meta é evitar os riscos, afastar-se do imponderável, ter um plano de contingência para cada eventualidade.

Porém num nível subconsciente, mais profundo, o homem de negócios anseia pelo imprevisível.
Dentro de si, ele quer ser apanhado desprevenido, ser atirado às mesmas circunstâncias que seu empreendimento foi programado para evitar. Pois aqui, e somente aqui, está o potencial para lucros maiores que qualquer analista poderia prever. Neste nível, ter tudo correndo segundo o plano seria um desapontamento, em vez de uma realização.

Estes são cenários que ele jamais apresentará a seus investidores, ou mesmo a seu “eu” consciente. Porém numa análise final, são estas mesmas possibilidades, espreitando por detrás dos números e projeções oficiais, que constituem sua maior motivação para fazer negócios.

O Complô

O Talmud declara que “O reino do Céu é semelhante ao reino da terra” – que as estruturas da sociedade humana e os padrões do comportamento humano refletem a maneira pela qual o Criador Se relaciona e governa Seu mundo.

D’us tem uma estratégia comercial: a Torá, que o Midrash chama de “o projeto de D’us para a criação”, cataloga o lucro que o Criador deseja ver de Seu empreendimento. As leis da Torá detalham o que deve e o que não deve ser feito, e o que deve ou não acontecer, para salvaguardar o Divino investimento na Criação e assegurar sua “lucratividade”.

Porém, no primeiro dia de negócios da história, o plano foi por água abaixo. Adam e Eva, ao comerem o fruto da Árvore do Conhecimento, violaram a primeira mitsvá (mandamento Divino) que lhes fora ordenado. Sua ação colocou em risco todo o empreendimento, desencadeando o caos do bem e do mal sobre o mundo ordenado e sob controle no qual eles nasceram.

Porém Nossos Sábios nos dizem que este foi o “temível complô de D’us sobre os filhos do homem”. “Fui Eu que os fiz pecar,” admitiu D’us ao Profeta Elijah, “ao criá-lo com uma inclinação para o mal.”

Pois é o processo de teshuvá (retorno) do pecado que proporciona os maiores lucros no esforço da vida. Não há amor maior que o amor sentido de longe, nem paixão maior que a procura do retorno ao lar que se abandonou, e a um eu alienado. Quando o apego de uma alma a D’us é esticada até o ponto de ruptura, a força com que ela ricocheteia até sua Fonte é maior que qualquer outra coisa que possa ser gerada pela alma que nunca deixa a órbita Divina. E quando uma alma se afasta até os cantos mais estranhos da vida, e explora a própria negatividade e o mal de seu ambiente como o ímpeto de retornar a D’us, ela redime aquelas partes da criação de D’us que estão além do pálio de uma vida justa.

Este é o “temível complô de D’us sobre os filhos do homem”: criar o homem com uma inclinação para o mal, para que quando ele sucumbir ao mal, volte com uma amor ainda maior por D’us, e com uma colheita ainda maior de recursos transformados e redimidos, que o gerado por uma vida toda passada em conformidade com a Divina vontade.

No entanto, não se pode dizer que D’us desejava que o homem pecasse: um pecado, por definição, é um ato que D’us não quer que seja feito. Além disso, se o plano de D’us era que o homem pecasse, isso levanta a questão do que teria acontecido se Adam e Eva não tivessem escolhido (pois este foi um ato voluntário da parte deles – se não tivesse sido, não seria um pecado) comer da Árvore do Conhecimento. O propósito da criação não teria sido realizado?

O que D’us deseja

É aqui que entra a analogia do homem de negócios. Como ocorre no caso do empresário convencional, há dois níveis de motivação por trás do Divino ato da criação.

No nível manifesto, o mundo foi projetado e criado para cumprir o plano delineado pela Torá. Este plano exige a existência de uma má inclinação no coração do homem, para que nossa conformidade para com a vontade Divina tenha um propósito e significado. Como escreve Maimônides: “Se D’us decretasse que uma pessoa fosse justa ou perversa, ou se existisse algo na essência da natureza de uma pessoa que a levasse rumo a um caminho específico… Qual seria então o papel de toda a Torá? E baseado em qual medida de justiça D’us puniria o perverso e recompensaria o justo…?”

Este plano não exige que o mal verdadeiro seja cometido – apenas o potencial para sua realização. Pode ser possível para nós violarmos a vontade Divina, de forma que não violá-la seja para nós um triunfo moral e uma fonte de prazer para D’us. Deve ser possível para nós não fazer o bem, para que nossas boas ações tenham valor e significado. Os riscos devem estar lá – são eles que tornam o empreendimento recompensador e lucrativo – mas o ponto principal é que devem ser evitados.

Porém num nível mais profundo e subconsciente, D’us deixou o homem sucumbir ao pecado. Isso não é o que Ele deseja – de fato, isso desencadeia uma multidão de possibilidades que são infinitamente mais fortes que qualquer coisa que o plano de negócios oficial poderia ter proporcionado. E são estas possibilidades, ocultas por trás dos números e projeções oficiais, a Sua suprema motivação para investir no negócio da vida humana.

Fonte: site do beit Chabad

Tenha um sábado de paz !

Fernando Rizzolo

Ativistas de direitos animais reivindicam autoria de incêndio

ZURIQUE – Ativistas dos direitos dos animais reivindicaram a autoria de um incêndio que atingiu a casa de veraneio do executivo-chefe da farmacêutica Novartis, Daniel Vasella, no mesmo dia em que a polícia suíça informa que um segundo túmulo de sua família foi profanado.

Vândalos picharam uma lápide da família Vasella com a frase “Drop HLS Now” (Abandone o LHS Agora), numa referência à instalação britânica de testes em animais Huntingdon Life Sciences.

Duas cruzes de madeira também foram cravadas no solo. As autoridades suíças recusaram-se a comentar os informes de que as cruzes traziam o nome do executivo da Novartis e de sua mulher.

A casa de veraneio mantida por Vasella na Áustria pegou fogo na segunda-feira, 3, e o ministério do Interior austríaco disse ter recebido uma reivindicação de responsabilidade de um grupo chamado Forças Militantes contra Huntingdon Life Science.

Em uma declaração publicada na internet, o grupo disse ter usado com coquetel molotov contra a cabana de caça de Vasella.

“Entenda que isso vai continuar até que você corte todos os laços com Huntingdon Life Sciences. Atacaremos sua vida privada sempre que possível”, diz a declaração.

O cemitério atacado foi o mesmo onde o túmulo dos pais de Vasella já havia sido profanado, e uma urna contendo as cinzas da mãe do executivo, roubada.

A polícia encontrou também as letras “SHAC” – sigla em inglês do grupo Pare a Crueldade com Animais de Huntingdon – escrita a tinta. O Shac negou envolvimento nos atentados, mas disse que alguma pessoa de opiniões parecidas pode estar por trás deles e prometeu dar prosseguimento a suas campanhas contra as empresas que acusa de serem clientes do Huntingdon, como Novartis, AstraZeneca, Bristol-Myers Squibb e GlaxoSmithKline.

A Novartis disse que não usa mais o Huntingdon, mas que suspeita que o Shac ou outros ligados ao grupo estejam por trás dos ataques.
agência estado

Rizzolo: O radicalismo de alguns ativistas é tão perigoso e repugnante, quanto a maldade cometida por alguns laboratórios e ” institutos” contra os animais. Existem centros no mundo todo que prosperam na ” ciência”, a custa da dor, da maldade, da violência contra os animais, atingindo principalmente os cães. Tudo em nome de uma “legitimidade científica” de conotação especista que entende que o ser humano pode dispor de outros seres em benefício próprio. Até para se abater um animal é necessário respeito, para isso existe até um código de conduta no judaísmo, nos abates casher. Agora radicais, ativistas bandidos, que utilizam a violência para manifestar seus ideais, devem ser banidos com veemência quanto as dolorosas e tristes mortes praticadas em laboratório e por tais “centros”.

Grã-Bretanha ‘atinge recorde de ataques antissemitas’

Um relatório divulgado nesta sexta-feira sugere que o total de ataques antissemitas no primeiro semestre deste ano na Grã-Bretanha e mais de 600 – é o dobro do registrado no mesmo período em 2008 e teria atingido um novo recorde.

Segundo o documento, divulgado pela ONG Jewish Community Security Trust, que oferece dicas sobre segurança a cerca de 3 mil judeus que vivem na Grã-Bretanha, o país atingiu o maior número de ataques desde que os registros começaram, em 1984.

A instituição afirma que registrou 609 ataques antissemitas nos seis primeiros meses do ano e um aumento de 276 com relação ao total de ataques registrados em 2008.

Entre os ataques, a maioria foi classificado como comportamento abusivo, mas a organização registrou ainda 77 atos violentos e dois atentados contra a vida e um deles uma tentativa de atropelamento.

Segundo a organização, o total de incidentes registrados entre janeiro e junho deste ano é pior do que o recorde de 598 ataques registrados nos doze meses de 2006.

Gaza

De acordo com a ONG, o aumento significativo no número de ataques contra judeus pode estar relacionado com a oposição à ofensiva militar realizada por Israel contra o grupo Hamas na Faixa de Gaza.

O conflito, que ocorreu entre dezembro de 2008 e janeiro de 2009, foi seguido por um aumento quase imediato no número de incidentes antissemitas na Grã-Bretanha.

Cerca de 286 ataques ocorreram apenas no mês de janeiro.

Mark Gardner, representante da organização que levantou os dados, disse que os judeus britânicos “estão enfrentando altos níveis de ataques racistas e intimidação”.

“Não há desculpas para o antissemitismo e o racismo e é totalmente inaceitável que conflitos fora do país causem um impacto dessa forma aqui”, afirmou Gardner.

No início deste ano, líderes muçulmanos publicaram um comunicado denunciando o antissemitismo na Grã-Bretanha.
agência estado

Rizzolo: É vergonhoso um país como a Inglaterra ter um nível inaceitável de racismo e antissemitismo. Não bastasse o sofrimento imposto na 2ª Guerra Mundial, onde milhões de judeus foram exterminados, ainda persiste um rastro de intolerância num país que na verdade lutou contra o nazismo e contribuiu para a libertação da Europa. O que a reportagem não diz é que a intolerância corre não só na direção dos judeus, mas também em relação aos negros, homossexuais, e todo tipo de minoria.

Judeus ortodoxos e policiais entram em confronto em Jerusalém

Pelo menos três pessoas ficaram feridas em confrontos entre manifestantes judeus ultra-ortodoxos e policiais em Jerusalém, neste sábado.

Centenas de pessoas foram às ruas da cidade pela terceira semana consecutiva para protestar contra a abertura de um estacionamento durante o shabat, dia sagrado de descanso e orações para o Judaismo.

Alguns manifestantes atiraram pedras e derrubaram barricadas colocadas para obstruir a entrada do estacionamento.

A polícia israelense prendeu um homem que deitou embaixo de um ônibus desocupado.

Segundo o especialista da BBC em Oriente Médio Sebastian Usher, os protestos ocorreram em um bairro religioso conservador de Jerusalém, onde tem havido um clima de tensão entre judeus ortodoxos e seculares.

Usher afirma que a comunidade ultraortodoxa teme que a iniciativa do estacionamento atraia turistas para a área, o que poderia estimular o comércio a abrir no sábado, contrariando os princípios judaicos de descanso nesse dia.
Agência estado

Rizzolo: Realmente é um absurdo o desrespeito a um dia sagrado por parte de comerciantes que visam apenas o lucro. Com razão o protesto é válido, e procedente são as alegações de que com a abertura do estacionamento a iniciativa atrairá turistas para a área, o que poderia realmente estimular o comércio a abrir no sábado, contrariando os princípios judaicos de descanso nesse dia. Apóio o protesto que é legítimo.

Um sonho chamado Esperança

Certa noite, tive um sonho. Sonhei que o telefone de madrugada tocou; ao atender, um senhor com a voz calma e serena me pedia para que fossemos à Hope, pois algo havia ocorrido. Mais que depressa, chegamos à instituição. O guarda que costumeiramente se postava à porta não estava; na portaria não havia ninguém; o silêncio era total.

Desesperados, eu e Cláudia aumentamos os passos nos largos corredores da Hope à procura de alguém que nos informasse a razão do telefonema. Passamos pela monitora e não havia sequer um monitor; então, num gesto rápido e inquieto, subimos com a respiração ofegante, as escadas em direção à ala dos quartos, onde as crianças e os acompanhantes dormem. Para nossa surpresa, estava vazio: nenhuma criança, nenhum acompanhante, nenhum monitor. Apenas um doce silêncio rompia o frio vazio dos quartos.

De repente, uma luz brilhante no final do corredor surgiu. A mesma voz, calma e serena, do senhor do telefonema nos dizia: “Fiquem tranquilos, apenas houve um milagre por aqui. O Santo Bendito, num ato de misericórdia resolveu curar todas as crianças da Hope. Elas já partiram. Estão em suas cidades de origem e curadas. A casa está vazia, mas cheia de amor e misericórdia divina”.

Atônitos, sem reação, sentimos uma forte luz nos impulsionando para a saída da Instituição. Senti naquele momento uma imensa paz, o doce calor da luz divina nos acalentava; na saída, ao lado da porta, centenas de bilhetinhos das crianças alegres se despedindo.

Ao acordar, ainda sob um estado extasiante, contei à Cláudia meu sonho. Ela olhou bem nos meus olhos e disse: “Não se impressione, eu já tive este sonho várias vezes, sei que um dia ele vai se realizar, talvez por isso o lugarse chame “Casa Hope “; uma casa da esperança.

Tentei dormir novamente, mas, não consegui. Então, pensei comigo: “Por que os sonhos não se tornam realidade? E então algo interior, no tom daquela calma voz, novamente me disse:

“Ajudar e fazer a caridade é a melhor forma de sonhar acordado, é reacender a luz da esperança quando tudo se parece perdido”

Fernando Rizzolo

Tenha um sábado de paz!

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A Alma e a Lógica

Talvez uma das maiores implicações no desenvolvimento da descrença, do materialismo e do ateísmo, seja o fato de que a nossa condição humana está condicionada a processar as situações da vida do ponto de vista lógico. Toda a nossa estrutura cerebral foi constituída no racionalismo, inserida na lógica, entre relações de causa e efeito. Portanto, não seria estranho termos certa dificuldade ao nos depararmos com uma lógica diversa da nossa, inconcebível dentro de uma estrutura materialista.

Por consequência, fatores que ocorrem nas nossas vidas por influência espiritual – conceitualmente de origem divina -passam a serem pouco compreendidos, uma vez que, o racionalismo humano não possui instrumentos, tampouco, está preparado para a compreensão de uma inversão estrutural do previsível, do justo e do humano, no contexto das tragédias na vida.

Com efeito, ao nos perguntarmos porque coisas ruins ocorrem a pessoas boas – sob o prisma da lógica humana – teremos duas vertentes dentro deste mesmo raciocínio: a primeira, seria o inconformismo, que levaria à descrença na bondade divina epor efeito, ao enfraquecimento da fé, seguido por um desespero, e muitas vezes, adotando-se como resposta, os profetas do ateísmo.

Com efeito, ao nos perguntarmos porque coisas ruins ocorrem a pessoas boas – sob o prisma da lógica humana – teremos duas vertentes dentro deste mesmo raciocínio: a primeira, seria o inconformismo, que levaria à descrença na bondade divina e por consequência, à segunda, um enfraquecimento da fé, seguido por um desespero, e muitas vezes, adotando-se como resposta, os profetas do ateísmo.

A Alma e a Lógica são elementos diversos. Uma, é oriunda da espiritualidade; vive, responde e reage aos impulsos da fé, da captação de energia cósmica, do modo de vida na relação com os demais seres vivos, naquilo que nos alimentamos, das orações, da religiosidade seja ela qual for. Outra, é fruto da experiência terrena, das relações neurocerebrais, do aprendizado, do sentido de justiça material e, portanto, inerente às condições espirituais e às suas especificidades e características místicas.

Certos atos na Bíblia – como na morte de uma vaca vermelha, cujas cinzas foram capazes de purificar o povo judeu – jamais serão certificados pela lógica. Mas, exatamente quando prescindimos da lógica humana e intelectual, nos entregando à lógica da Alma e a um entendimento que poderíamos chamar de divino se dá o salto em direção aos milagres e às transformações, que são imensos na vida de um ser humano.

Colocar Tefilin pela manhã é um ato que pouca lógica humana descreve, porém ao utilizarmos algo material como couro – determinado e previsto na Torá – implementamos uma relação entre a matéria e o espiritual, nos anulando em questionamentos racionais e, simplesmente, nos lançando em direção à lógica divina, preconizada na Bíblia, fazendo com que a conexão entre o mundo material e o espiritual se realize como um link.

A morte de ente querido, uma tragédia ou uma perda, jamais poderão ser explicadas racionalmente, sob pena de nos desviarmos da fé. Aceitar os desígnios de Deus e compreender a incapacidade de nosso sistema racional de processarmos as razões dos fatos divinos, é por si só, uma forma de compreender o incompreensível, de respeitar a evolução e a dinâmica espiritual às quais estamos predispostos a vivenciar e, com certeza, de professar a mais profunda comunhão entre a nossa simples alma humana e a grandeza daquele que é Eterno e sabe o que faz, sendo essa, talvez, a maior forma de oração.

Fernando Rizzolo

Como podemos nos proteger do mau olhado

A verdade é que nenhuma pessoa pode fazer algo para prejudicar outra pessoa, a menos que D’us concorde com isso, ou deseje que aconteça, por alguma razão somente d’Ele conhecida. Portanto, o que é mau olhado e como funciona?

Quando outra pessoa olha para você e diz ou pensa “Oh, por que ele tem isso e aquilo, ou por que sua casa ou roupas, ou jóias, ou seja lá o que for é tão bonita?”, esta pessoa está dando um “mau olhado” a você. E nós mencionamos em nossas preces para sermos salvos de um mau olhado – portanto, isso deve existir.

O que acontece depois? A única coisa que um mau olhado pode fazer é fazer que eles (no Céu) abram seus registros naquele momento. Se não há problemas anotados, você está a salvo do mau olhado; por isso devemos cumprir mitsvot, porque elas nos protegem de todo tipo de dano, físico ou espiritual. Se você “está no vermelho”, então será julgado naquele momento, como resultado do mau olhado. Do contrário o julgamento será adiado para uma outra ocasião, o que dará a você tempo para “desfazer” o negativo através de teshuvá (arrependimento).

Portanto, o que um mau olhado faz é colocar seu registro por cima, para ser o próximo na fila. E apenas D’us decidirá como lidar com seu caso. Você pode ter muitos méritos e mitsvot que o protegem, e neste caso um mau olhado não terá efeito. Ou você pode estar sem estas proteções, e se as coisas negativas tiverem que cruzar seu caminho, isso acontecerá.

A razão de alguém ter lhe falado que um mau olhado apenas surte efeito se você pensar sobre isso, é que caso você pense a respeito o tempo todo, você mesmo estará trazendo este assunto à baila, e assim seus registros estão abertos, como foi explicado acima.

Fonte : Beit Chabad

Tenha um sábado de paz.
Fernando Rizzolo