Governador de São Paulo sanciona lei antifumo

São Paulo – O governador de São Paulo, José Serra, sancionou hoje (7) a lei antifumo, que proíbe as pessoas de fumar em locais fechados, como escolas, museus., restaurantes, bares e empresas. De acordo com ele, cerca de 500 fiscais da Vigilância Sanitária e do Procon vão fiscalizar o cumprimento da lei a partir de agosto, quando ela entrará em vigor.

A nova lei prevê multa de R$ 792 para quem descumpri-la. “Se o dono [do estabelecimento] for muito teimoso e reincidir, ela pode chegar até R$ 3 milhões.”

Segundo Serra, os donos dos estabelecimentos poderão chamar a polícia para obrigar as pessoas a obedecer a lei.

Agência Brasil

Rizzolo: Do ponto de vista profilático a Lei é excelente, contudo sua implementação pode gerar muitas dúvidas e questões de ordem social. Não é possível nos dias de hoje, alguém se tornar um fumante passivo num local público e fechado. Ademais, como se trata se saúde pública, a Lei vem ao encontro às medidas de prevenção das doenças causadas pelo fumo. Apoio a idéia, vamos ver na prática como funciona.

Morre Crodowaldo Pavan, um pioneiro da genética no Brasil

Morreu ontem, aos 89 anos, o geneticista Crodowaldo Pavan, uma das figuras mais importantes da ciência brasileira. Nascido em Campinas e formado pela Universidade de São Paulo (USP), ele foi um dos fundadores da genética no País, formou dezenas de pesquisadores no Brasil e nos Estados Unidos, publicou trabalhos de repercussão internacional e liderou algumas das instituições científicas mais importantes do País.

“Ele era um grande líder, daqueles que não se encontra mais hoje em dia”, disse a geneticista Mayana Zatz, diretora do Centro de Estudos do Genoma Humano da USP, que foi aluna de Pavan na graduação. “A história do Pavan se confunde com a história da genética no Brasil; é impossível separar uma coisa da outra”, disse outro notório ex-aluno, o geneticista Francisco Salzano, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

O professor imortal, que nunca fugia de uma discussão – ao contrário, fazia questão de iniciar muitas delas -, morreu no início da tarde de ontem, no Hospital Universitário da USP. Ele estava internado desde o dia 26, quando se sentiu mal. Na madrugada do dia 27, sofreu um enfarte e seu quadro clínico deteriorou-se, até uma falência de órgãos. Ele tinha câncer, mas não ficou claro se isso teve influência na morte.

Pavan foi presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) entre 1981 e 1986, quando, entre outras coisas, liderou uma campanha para incluir a autonomia universitária e o apoio à ciência e à tecnologia no texto da Constituição de 1988. Também foi uma voz importante na criação do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), em 1985. “Ele foi uma liderança crucial em momentos importantíssimos da ciência no Brasil”, disse ao Estado o atual presidente da SBPC, Marco Antonio Raupp.

Entre 1981 e 1984, Pavan foi diretor-presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). Entre 1986 e 1990, presidiu o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), órgão do MCT que financia a maior parte das pesquisas no País. Entrou dizendo que ia multiplicar o orçamento e o número de bolsas, que passou de 10 mil para quase 50 mil. “O Pavan era um figura notável, que marcava presença em todos os lugares por que passava”, disse o chefe de gabinete do CNPq, Felizardo Penalva, também ex-aluno dele na pós-graduação do Departamento de Genética da USP – que, aliás, foi criado por Pavan.

Na década de 40, Pavan pesquisou ao lado do renomado biólogo Theodore Dobzhansky, na Universidade Columbia. Nas décadas de 60 e 70, foi pesquisador da divisão de biologia do Oak Ridge National Laboratory e virou professor vitalício de genética da Universidade do Texas. “Ele poderia ter ficado nos EUA, mas preferiu voltar para ajudar no desenvolvimento do Brasil”, disse Penalva.

CROMOSSOMOS

A principal contribuição científica de Pavan foi baseada no estudo das larvas de uma mosca chamada Rhynchosciara angelae. Suas pesquisas revelaram um processo chamado amplificação gênica de cromossomos politênicos (gigantes), pelo qual partes dos cromossosmos “inflam” por causa da duplicação de trechos de DNA. Sua especialidade era genética de populações e celular.

Tão marcante quanto a produção científica era a personalidade forte de Pavan. Para o colega e ex-aluno Salzano, ela poderia ser resumida em três palavras: simplicidade, espontaneidade e veemência. As duas últimas referem-se à maneira como Pavan sempre se fazia ouvir em todos os eventos de que participava. “Jamais estive em uma conferência com o Pavan que ele não pedisse a palavra ao microfone”, disse o médico Eduardo Krieger, ex-presidente da Academia Brasileira de Ciências.

O geneticista Sergio Pena, da Universidade Federal de Minas Gerais, lembra-se bem das intervenções de Pavan, que criticava abertamente os projetos de sequenciamento genômico no Brasil. “Esse era o Pavan, nunca de meias palavras. Mesmo quando estava errado, ele era uma presença sempre estimulante.”
agência estado

Rizzolo: O nobre geneticista Crodowaldo Pavan, era membro do Conselho Tecnológico do Sindicato dos Engenheiros do Estado de São Paulo ( Cresce Brasil ) o qual faço parte. Ao seu lado pude conhecer a combatividade e a indignção de um pesquisador que acima de tudo sabia o devido papel do Estado como provedor da ciência numa sociedade. Hoje o Brasil perde um grande pesquisador. Sentiremos sua falta no Conselho, sua vitalidade, seu espírito inquieto, seu gosto ao debate, e seu incontestável amor à pesquisa na defesa dos investimentos à ciência no Brasil. Fui ao seu enterro prestar minha última homenagem ao amigo e patriota Crodowaldo Pavan. Descanse em paz Professor.

Pesquisa traz hospitais mais citados por especialistas

O Hospital Israelita Albert Einstein foi considerado a instituição brasileira que se destaca no maior número de especialidades médicas diferentes – 44, no total. As posições seguintes do ranking também foram ocupadas por instituições paulistanas: o Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (com destaque em 43 especialidades) e os Hospitais Oswaldo Cruz e Sírio-Libanês (ambos com 42).

Veja a lista dos hospitais e médicos mais citados

O levantamento foi realizado pela Análise Editorial e será apresentado no anuário Análise Saúde 2009, publicação com os perfis dos médicos e hospitais mais respeitados do País. Foram entrevistados 1.553 profissionais de reconhecido prestígio na área de saúde. Eles escolheram quem merecia aparecer no anuário.

A lista apresenta 2.349 nomes de médicos e 214 hospitais admirados de todo o País. Cerca de 53% dos profissionais selecionados trabalham na cidade de São Paulo. No Estado, são quase 63%.

O presidente do Einstein, Claudio Luiz Lottenberg, afirma que a instituição investe não só nos médicos, mas na criação de uma atmosfera integrada de atenção aos pacientes. Marcos Boulos, diretor da Faculdade de Medicina da USP, destaca o papel da universidade na formação dos profissionais que trabalham na cidade.

Agência Estado

Rizzolo: A lista é uma ótima referência, e destaca os melhores especialistas em cada área, segundos dados, foi elaborada por médicos apontaram os médicos a quem recorreriam caso necessitassem de atendimento para eles próprios ou para seus familiares, em uma lista de especialidades determinada pela editora e, também, os hospitais em que mais confiam . Contudo, é claro, isto não significa, que médicos não constantes na lista, não sejam bons profissionais. De qualquer forma é importante destacar que o Hospital Israelita Albert Einstein em São Paulo, continua sendo a melhor referência em todas especialidades.