Obama: Ahmadinejad deveria visitar campo de concentração

DRESDEN, Alemanha – O presidente dos EUA, Barack Obama, disse nesta sexta-feira, 5, que o presidente iraniano Mahmoud Ahmadinejad, que esta semana voltou a qualificar ao Holocausto como um grande engano, deveria visitar Buchenwald, um campo de concentração nazista da Segunda Guerra Mundial. Em uma entrevista na Alemanha ao programa NBC News, ele foi perguntado sobre o que o líder iraniano poderia aprender no lugar. “Ele deveria fazer sua própria visita’, disse. ‘Não tenho paciência com as pessoas que negam a história. E a história do Holocausto não é algo especulativo’.

Obama destacou que seu tio-avô ajudou a liberar o campo de concentração de Buchenwald durante a Segunda Guerra. O lugar, a leste da Alemanha, foi criado pelos nazistas e se estima que 56 mil pessoas, em sua maioria judeus, tenham sido mortas ali.

Obrigação de impedir novos genocídios

Em entrevista coletiva conjunta com a chanceler alemã, Angela Merkel, em Dresden, Alemanhã, Obama afirmou que a comunidade internacional tem a obrigação de impedir os genocídios, por mais inconveniente que seja tentar. Segundo ele, “é preciso atuar quando houver” esses casos.

O presidente americano, que esta tarde visitará o campo de concentração de Buchenwald, tinha sido perguntado sobre como se pode aplicar o lema “Nunca Mais” referente ao Holocausto aos eventos na região de Darfur, no Sudão, ou no norte do Sri Lanka.

Obama afirmou que seu Governo colabora ativamente para evitar o genocídio no Sudão, onde o presidente Omar Hassan al-Bashir expulsou as organizações humanitárias, e ele mesmo falou sobre a situação em Darfur na quinta-feira com o presidente egípcio, Hosni Mubarak, que conta com “sólidos laços diplomáticos” no país vizinho.

O presidente americano se encontra na Alemanha dentro de uma viagem pelo Oriente Médio e pela Europa que já o levou à Arábia Saudita e ao Egito. Amanhã, ele viaja para a França. Obama concluirá sua estadia na Alemanha com uma visita à base militar de Landstuhl, onde cumprimentará as tropas americanas no local e percorrerá o hospital onde são atendidos os feridos nas guerras do Iraque e do Afeganistão.

(Com informações da Efe e da Reuters)
Rizzolo: Obama tem pela frente uma missão difícil: agradar árabes e judeus. Na verdade pouco há que se fazer para conter o radicalismo de ambos os lados. A postura de quem é dócil e ao mesmo tempo enérgico, não se coadunam; prova disso são as críticas dos extremistas árabes, afirmando que Obama tenta dar lição ao islamismo. Ainda vamos sentir saudade de Bush..

EUA responderão se a Coreia do Norte ameaçar país ou aliados, diz secretário

Robert Gates prevê ‘futuro negro’ caso ações não sejam tomadas.
EUA ainda não planejam aumentar forças no Japão ou na Coreia do Sul.

O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Robert Gates, disse neste sábado (30) que os Estados Unidos responderão “rapidamente” se as ambições nucleares da Coreia do Norte forem uma ameaça à América ou aos seus aliados na Ásia.

“Não ficaremos parados enquanto a Coreia do Norte desenvolve capacidade para semear a destruição nesses alvos”, disse Gates em discurso em Cingapura, onde participa da conferência asiática sobre segurança.

Ele indicou que o programa atômico da Coreia do Norte ainda não representa uma ameaça militar direta para os EUA ou seus parceiros, mas “prevê um futuro muito negro” e disse que é preciso fazer algo antes que seja tarde demais.

O secretário advertiu, qualquer transferência de armas nucleares ou material atômico por parte da Coreia do Norte será vista como uma “grave ameaça” contra os Estados Unidos e seus aliados.

“A transferência de armas e material nuclear da Coreia do Norte para países ou entidades não-estatais seria considerada uma grave ameaça aos Estados Unidos e nossos aliados”, declarou o secretário.

“E nós responsabilizaríamos a Coreia do Norte pelas consequências de uma ação como esta”, acrescentou.

O chefe do Pentágono não detalhou como seria essa resposta, e insistiu em que os Estados Unidos não contemplam neste momento aumentar suas forças na Coreia do Sul ou Japão.

Míssil de longo alcance

Fotos de satélite revelaram movimento de veículos em um local de lançamento de mísseis da Coreia do Norte nesta sexta-feira, segundo fontes do Pentágono. Isso significa que os norte-coreanos podem estar se preparando para lançar um míssil de longo alcance, segundo funcionários ouvidos pela France Presse e pela Associated Press.

O movimento é similar ao que ocorreu durante os trabalhos prévios ao lançamento de um foguete de longo alcance no mês passado.

Mais cedo, a Coreia do Norte realizou mais um lançamento de um míssil de curto alcance nas águas da costa leste, informou a agência sul-coreana ‘Yonhap’. Esse é o terceiro dia em que o país comunista lança mísseis, depois do teste nuclear feito na última segunda-feira e que provocou alerta na comunidade internacional.

O país de Kim Jong-il anunciou que agirá por ‘legítima defesa’ se for provocado pelo Conselho de Segurança da ONU. O grupo de países está considerando atuar com sanções ao regime comunista por causa do teste.

globo

Rizzolo: A questão principal das investidas destes países ditatoriais, como a Coréia do Norte e Irã, está na essência da fraqueza dos EUA de Obama, presidente este que todos já se deram conta que é fraco para liderar uma potência como a América. Quem assume um pouco de rigor é o antigo “staff” republicano que ainda pressiona e faz parte do governo de Obama. Tudo que os países de conduta delinqüente queriam é um presidente dos EUA dócil e temente aos conflitos armados. Fica difícil manter uma superpotência com esta mentalidade, para tudo na vida existe um preço, e se os EUA quiserem se manter na liderança mundial que enfrentem a realidade do mundo. Vide Israel.

Coreia do Norte reativa usina nuclear e ameaça atacar Seul

SEUL – A crise com a Coreia do Norte se aprofundou nesta quarta-feira, 27, depois que o regime afirmou ter reativado seu principal reator nuclear e ameaçou atacar a Coreia do Sul se o vizinho se juntar à iniciativa liderada pelos EUA contra a proliferação de armas nucleares. O regime comunista também declarou que não se vê mais vinculado ao armistício que em 1953 pôs fim à Guerra da Coreia.

A Iniciativa de Segurança contra Proliferação (PSI, na sigla em inglês), mecanismo criado em 2003 por sugestão dos EUA para a interceptação de navios suspeitos de carregar materiais ou armas de destruição em massa, recebeu na terça-feira a adesão plena da Coreia do Sul, em resposta ao teste nuclear e de mísseis balísticos realizado pela Coreia do Norte nos últimos dias. A decisão de Seul é “uma declaração de guerra contra nós”, diz um comunicado de uma representação militar norte-coreana em Panmunjom, na fronteira entre os dois países.

A agência de noticias estatal controlada pelo regime, a KCNA, citou um porta-voz do Exército norte-coreano afirmando que “o menor ato hostil contra nossa república, incluindo a interceptação e a revista em nossos navios pacíficos, enfrentará como resposta um ataque militar forte e imediato”. “Os imperialistas dos EUA e o grupo do traidor Lee Myung-bak (presidente da Coreia do Sul) levaram a situação na península coreana a um estado de guerra.”

“Nossos militares não mais estarão vinculados ao acordo de armistício, já que a atual liderança dos EUA atraiu as marionetes (Coreia do Sul) para o PSI”, afirma o comunicado. Como o armistício não é mais obrigatório, “a península coreana voltará ao estado de guerra”, acrescenta o informe oficial. Isso significa que as tropas da Coreia do Norte adotarão a “ação militar correspondente”, diz o comunicado, sem dar detalhes. “Aqueles que nos provocarem enfrentarão punição inclemente e inimaginável.”

O comunicado transmitido pelos meios de comunicação oficiais de Pyongyang afirma ainda que o país “não garantirá o status legal” de cinco ilhas sul-coreanas próximas à disputada fronteira, no Mar Amarelo. A Coreia do Norte também não vai garantir a segurança das embarcações militares e civis da Coreia do Sul e dos EUA na área, segundo o comunicado.

A Coreia do Sul afirmou que responderá “duramente” a qualquer provocação da Coreia do Norte, segundo a agência de notícias sul-coreana Yonhap. Nos limites marítimos entre as nações, Pyongyang afirmou que não mais garante a segurança de embarcações estrangeiras. “Caso a Coreia do Norte provoque, nós reagiremos duramente”, afirmou o Comando Militar Conjunto sul-coreano, em comunicado, informou a agência. “Nossa principal prioridade é manter a atual superioridade armada sobre a Coreia do Norte” no Mar Amarelo, onde as marinhas de ambos os países se confrontaram após o fim da Guerra da Coreia em 1953.

A Marinha sul-coreana deslocou um destroier para a fronteira marítima com a Coreia do Norte e intensificou a vigilância na zona, informou a Yonhap. Nos últimos meses, a região foi testemunha de um aumento da atividade militar, inclusive da Força Aérea norte-coreana, assinalou a fonte do Ministério da Defesa do vizinho do sul. “A preparação norte-coreana para a guerra está em seu máximo nível”, acrescentou.

A península coreana é uma das áreas mais militarizadas do mundo, com um milhão de soldados da Coreia do Norte, 655 mil da Coreia do Sul e outros 28,5 mil militares americanos assentados em território de seu aliado sul-coreano desde o final da Guerra da Coreia. A Coreia do Norte efetuou seu segundo teste nuclear e lançou pelo menos cinco mísseis de curto alcance – na terça-feira se informou do último deles -, rechaçando as advertências dos EUA, Japão, Coreia do Sul e da própria ONU.

Reator nuclear

A Coreia do Norte reiniciou sua usina de reprocessamento de combustível nuclear, voltada a produção de armas à base de plutônio, segundo informações publicadas na imprensa sul-coreana. A notícia seguiu-se à informação de que, na noite de terça-feira(pelo horário de Brasília),e a Coreia do Norte havia testado mais um míssil de curto alcance no Mar do Japão, depois de testar dois no começo do dia, elevando para cinco o número de mísseis testados desde a segunda-feira.

Sinais de fumaça vinham recentemente saindo da usina de Yongbyon, ao norte de Pyongyang, em um sinal de que está sendo reativada, informou o jornal sul-coreano Chosun Ilbo. “Satélites espiões dos Estados Unidos interceptaram vários sinais de que a usina, que havia sido fechada, está sendo reativada, com vapor saindo dela”, disse uma fonte ao jornal. A agência de notícias Yonhap divulgou a mesma notícia.

No mês passado, a Coreia do Norte anunciou abandono do acordo entre seis nações de desarmamento nuclear e que poderia reativar a usina de Yongbyon. A decisão de abandonar o acordo foi tomada em resposta à censura do Conselho de Segurança das Nações Unidas ao lançamento de um foguete em 5 de abril. Em julho de 2007, a Coreia do Norte fechou o reator e outras usinas, como parte do acordo de desarmamento.

O jornal Chosun Ilbo disse que o aparente reinicio do funcionamento da usina de Yongbyon se deu antes do previsto pelos peritos e que levará entre dois a quatro meses para voltar a operar. Segundo o jornal, se o Norte operar a usina em seu total poderá obter plutônio suficiente para fazer uma arma nuclear.

agência estado

Rizzolo: Como este Blog sempre afirmou, o desenrolar dos fatos e a petulância dos ditadores aumentaram desde que estes perceberam que os EUA agora, estão sob o comando do Sr. Barack Obama, o ” enviado da paz”. A Coréia do Norte desafiou deu um tapa na comunidade internacional ao realizar a prova, e agora ameaça a Coría do Sul por aderir à iniciativa americana contra o tráfico de armas de destruição em massa (PSI, na sigla em inglês).

Quando dizia eu que os democratas iriam afundar os EUA e que entre Obama e MacCain eu ficaria ainda com este último, muitos discordaram. Nunca gostei dos republicanos, mas infelizmente a escalada do terrorismo internacional aumentou de tal forma que uma potência como os EUA não pode ficar com um discurso frágil como o do Sr. Obama.

Um país para manter sua hegemonia precisa de pulso firme e nesse momento os EUA se calam com o Irã, se amedrontam com a Coréia do Norte, e tem medo da Rússia, e se der espaço, até da Venezuela, se resguardam. Muito embora, na Coreia do Sul, os EUA mantém cerca de 37.000 soldados em 100 instalações e o maior campo de tiro da Ásia, isso é pouco.

Hoje, o arsenal nuclear dos Estados Unidos inclui 5.400 ogivas nucleares armadas em mísseis balísticos intercontinentais em terra e mar; outras 1.750 bombas nucleares e mísseis cruzeiros prontos para ser lançados desde aviões B-2 e B-52; adicionalmente têm 1.670 armas nucleares classificadas como ‘táticas’. E, ainda, mais ou menos 10.000 ogivas nucleares em bunkers por todo o país como ‘contrapeso’ a qualquer surpresa. Medo do que ?? Sr. Obama ? Vamos enfrentar. Israel já não enfrentou coisas piores ?

Brasil é “potência” e “grande jogador mundial”, diz Obama

SÃO PAULO (Reuters) – O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse que o Brasil “é uma potência econômica e grande jogador no cenário internacional” e que ele e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva devem ser “parceiros”.

As declarações foram feitas em entrevista à rede de TV CNN en Español transmitida nesta quinta-feira.

Perguntado sobre o sentimento antiamericano em alguns países da América Latina, Obama respondeu que “os tempos mudaram” e destacou o papel exercido pelo Brasil no cenário internacional.

“Estamos no século 21 agora. Os tempos mudaram. Um país como o Brasil é uma potência econômica e grande jogador no cenário internacional”, disse Obama.

O presidente norte-americano afirmou ainda que ele e Lula deveriam ser parceiros. “Minha relação com o presidente Lula é a de dois líderes que têm grandes países, que estão tentando resolver os problemas e criar oportunidades para nossos povos, e devemos ser parceiros.”

Obama concedeu a entrevista antes de sua primeira visita oficial à América Latina. O presidente norte-americano desembarcou no México nesta quinta-feira e participa da Cúpula das Américas, em Trinidad e Tobago, que começa na sexta-feira.

Reuters

Rizzolo: Obama tem razão. O Brasil deveria se aproximar cada vez mais dos EUA ao invés de fazer coro com líderes da América Latina como Chavez, Morales e outros como o Irã. Mas a esquerda permite? Não, não permite, não gosta e não acredita em Obama. No início a esquerda mundial achava que poderiam induzir Obama a ter um comportamento esquerdista, mas não conseguiram. Nunca gostei do Obama, todos sabem, é um populista. Mas foi eleito. Gostando ou não, não podemos ficar em cima do muro, aproveitando as oportunidades para apenas fazer discurso de acordo com a platéia. O Brasil está hoje dia diante de um cenário internacional propício para uma maior parceria com os EUA, tudo conspira a favor, agora seria o momento de negociar e sermos o maior aliado dos EUA. Mas não, não é ? O que os ” companheiros” vão achar?

Lula diz querer ser 1 presidente do Brasil a emprestar ao FMI

Da BBC Brasil em Londres – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta quinta-feira, após a cúpula do G20, que pretende entrar para a história como o primeiro presidente brasileiro que emprestou dinheiro para o Fundo Monetário Internacional (FMI).

Na reunião em Londres, Lula e os demais líderes do G20 chegaram a um acordo para que US$ 1,1 trilhão seja usado para combater a crise financeira global. A maior parte do dinheiro deve ser destinada ao Fundo.

Em entrevista coletiva, Lula e o ministro da Fazenda, Guido Mantega, não revelaram o valor que o Brasil vai destinar ao órgão internacional de crédito.

Segundo eles, o Brasil está em negociação com o FMI para que o dinheiro para o Fundo seja na forma de um empréstimo, para que as reservas do país não diminuam. “Vocês não acham chique emprestar dinheiro para o FMI? O Brasil hoje tem solidez”, afirmou o presidente.

Momento “inédito”

Lula descreveu a cúpula do G20, grupo que reúne as maiores economias do mundo e os principais países emergentes, como um momento muito importante para o futuro da humanidade.

“Pela primeira vez, os países chamados desenvolvidos se colocaram em pé de igualdade com os que estão em desenvolvimento”, afirmou.

O presidente acrescentou que houve “momentos de tensão e discussões calorosas” durante a cúpula, mas que os líderes do G20 conseguiram chegar a um consenso.

“Essa foi a reunião que eu mais saí gratificado pelo fato de que as pessoas compreenderam que o momento é de prudência e ousadia política”, completou Lula. BBC Brasil

agência estado

Rizzolo: O presidente Lula sabe aproveitar as oportunidades para para se promover. E com razão é óbvio, o fato do Brasil empresar recursos ao FMI é algo inédito. Precisamos saber agora se realmente surgiu novidades concretas dessa reunião, ao que parece, os países nas discussões ” se sintonizaram” melhor no sentido de efetivamente combater a crise com eficiência. Hoje foi um dia de verdadeira ” massagem no ego” do presidente, quer ao eventual empréstimo ao FMI, quer em relação aos elogios a Lula por parte de Barack Obama. Segundo Obama ” Lula é o cara “. É isso aí , o negócio é vender a imagem lá fora e aqui dentro.

Obama quer petróleo de Lula, diz ‘El País’

O Brasil e os Estados Unidos estariam mantendo contatos informais com o objetivo de fechar um acordo para aumentar a exportação de petróleo e derivados brasileiros para o território americano, segundo informa, nesta segunda-feira, o jornal espanhol El País.

Segundo o diário, o governo de Barack Obama quer pôr fim à sua dependência energética da Venezuela.

“Se o pacto comercial se concretizar – algo que hoje depende unicamente do Brasil – a consequência mais direta será o deslocamento da Venezuela do mercado energético americano, onde atualmente consegue colocar entre 40% e 70% de sua produção petrolífera”, afirma o El País.

O jornal diz que recebeu de fontes diplomáticas e governamentais de Brasília a confirmação de que o governo de Luiz Inácio Lula da Silva tem interesse em aumentar a presença brasileira no mercado americano de hidrocarbonetos, “mesmo que isso implique em uma colisão frontal com os interesses venezuelanos”.

“Tudo dependerá da quantidade que petróleo que a Petrobras consiga bombear nos próximos anos dos poços perfurados nos litorais de Rio e São Paulo, assim como do marco jurídico que Washington e Brasília assinem”, diz o jornal.

Mercado interno

O El País afirma que suas fontes em Brasília insistem em que o primeiro objetivo do governo Lula com os recém-descobertos campos de pré-sal é abastecer totalmente o mercado interno e deixar de depender das importações. “Uma vez atingida esta meta, a Petrobas entrará na rinha pelos mercados mundiais de hidrocarbonetos e derivados. Por causa da proximidade geográfica e da fluidez do diálogo político que já estabeleceu com o novo presidente, os Estados Unidos se convertem no grande comprador natural do ‘ouro negro’ brasileiro.”

O jornal lembra que 11% das importações americanas de petróleo vêm da Venezuela, mas que o governo dos Estados Unidos já está “de olho” há meses nos novos campos de petróleo encontrados no Brasil, tendo, inclusive, reativado sua frota para a América do Sul e o Caribe, composta de 11 embarcações.

“Ainda que não se conheça as reservas exatas, sabe-se que o petróleo encontrado no litoral brasileiro é abundante: se forem cumpridas as previsões, o Brasil passará a ser o oitavo ou o nono produtor do planeta”, diz o diário espanhol. “A previsão é que haja petróleo para exportar não só para os Estados Unidos, como também a outros países que já se mostraram interessados, como a China e o Japão.”

Mas o El País afirma que o Brasil teria um interesse maior em vender derivados, como a gasolina, “o que é mais rentável do que a venda de barris de petróleo cru”.

“Isso explica por que Lula decidiu apostar em uma grande injeção de capital na Petrobras, para a construção de quatro novas refinarias e na ampliação de outras tantas já existentes”, diz o jornal. “O negócio já está andando.”

BBC

Rizzolo:Com o devido acerto, o presidente Lula decidiu investir maciçamente na Petrobras, independente de crise. Os EUA não gostam e não querem ficar dependentes da Venezuela e à mercê dos caprichos de Chavez que não é de confiança do ponto de vista político. Talvez a tão sonhada irmandade da América Latina, apregoada pela esquerda, ficará prejudicada quando os EUA decidirem trocar a Venezuela pelo Brasil no fornecimento de petróleo. Chavez e Lula são bons no discurso e nos abraços, agora quando se fala em dinheiro e mercado a coisa vai mudar.

‘Fome Zero made in USA’ dá US$ 6 por dia para 31 milhões

Uma notícia no diário argentino Clarín conta como vivem os 31 milhões de cidadãos americanos que recebem cupons de alimentação para viver. Um jornalista da Louisiana (o estado mais pobre do país) faz a experiência, tentando viver com US$ 6 (R$ 14) por dia. O plano de socorro de Barack Obama amplia em 13% os gastos com esses cupons, na previsão de que a crise e o desemprego aumentarão sua clientela. Veja a íntegra.

É o lado obscuro da vida em um dos países mais do mundo. Nos Estados Unidos, quem depende dos cupons de alimentação oferecidos pelo “Papai Estado” não recebe mais que um punhado de dólares. Mas a maior crise económica das últimas décadas faz o número necessitados aumentar rapidamente. Nunca houve tantos americanos vivendo desses cupons. E a tendência é aumentar.

Jornalista conta experiência em site

A lista de alimentos Sean Callebs assemelha-se à de uma dieta para emagracer. “Uma porção de cereal, uma banana, uma xícara de chá.. e faltam quatro longas horas até almoço”, ele lamenta.

Em uma experiência que tem tido grande impacto sobre a audiência, este jornalista da CNN resolveu experimentar na própria carne como se pode viver de cupons de alimentação. Ou não. Suas experiências são relatadas em um blog.

Faz um mês que ele tenta viver gastando até US$ 6 por dia. Já chegou quase no fim. Mas este repórter da Louisiana queixara-se em seu blog de permanentes ataques da fome. Poucas vezes você pode comprar frutas e legumes frescos, conta.

Fome à americana

Embora provisoriamente, Callebs experimenta a sina de um em cada dez americanos. Em setembro passado, 31 milhões de pessoas no país compravam alimentos com os cupons.

“Eles são os números mais elevados de todos os tempos”, disse Ellen Vollinger, diretor de Frac, uma organização de Washington de pressão contra a fome.

“Muitos americanos já não sabem onde arrumarão sua próxima refeição”, destaca ela. O aumento do desemprego faz com que a procura de cupons aumente constantemente, mas as carências não terminam aí: cada vez mais pessoas, mesmo tendo um emprego, dependem dos “Food Stamps”.

Muita gente tem até mais de um emprego, mas a renda não basta. “Muitas famílias pulam refeições para pagar o aluguel”, disse Ellen. “Pais deixam de comer para que fique alguma coisa para os filhos e às vezes até crianças passam fome, nos Estados Unidos. É uma vergonha.”

O estigma do cupom

Os cupons de alimentação começaram a ser distribuídos durante a 2ª Guerra Mundial. Hoje, o governo já não distribui cupons papel, mas por meio de um cartão eletrônico, que fornece em média US$ 100 por pessoa.

Desde 2008, o Ministério da Agricultura evita usar o termo cupom de alimentação. O título oficial agoora é “Programa de ajuda para suplementar a nutrição”.

Mas o plano ainda tem um estigma. “Aqueles que precisam muitas vezes se recusam a pedir ajuda”, diz a agente social Srindhi Vijaykumar, da organização DC Hunger Solutions, que promove os cupons nas ruas de Washington. É especialmente difícil chegar até os aposentados, imigrantes e famílias operárias, diz ela.

Quem usa os cupons é confrontado com algumas dificuldades no supermercado. O carentes têm em média US$ 3 por dia para fazer compras. Por isso muitas vezes são obrigados a fazer cortar alimentos.

“As pessoas só compram o que é barato, não é perecível e enche a barriga”, diz Vijaykumar. O crédito mensal normalmente é consumido em duas ou três semanas. “Muitas famílias vão então para os sopões”, disse Ellen Vollinger.

Obama aumenta verba do programa

Não poucos depositam as suas esperanças no novo governo de Barack Obama. O plano de socorro económico de US$ 787 bilhões, lançado na semana passada pelo chefe da Casa Branca, permitirá um aumento de 13% na verba para os cupons de alimentação.

No entanto, Ellen estima que a fome vai aumentar nos EUA. “Esta recessão certamente não será breve.”

A crise também atingiu duramente a classe média. De acordo com dados do Departamento do Comércio, o seu consumo caiu novamente em dezembro, pelo sexto mês consecutivo, enquanto a taxa de poupança subiu 2,9% no fim de 2008.

Annie Moncada, 63 anos, confessa que comprava coisas “desnecessárias”. Mas agora seu cupom está guardado. “Agora eu ponho na panela mais carne moída e menos bifes e também economizo mais eletricidade”, diz. Tal como ela, milhares de famílias cortam gastos, passeios, idas a restaurantes ou ao cabeleireiro. O fim da crise parece longe.

Fonte Clarin/Vermelho

Rizzolo: O início de tudo, que culminou com a crise financeira dos EUA, foi na realidade a falta de regulamentação do setor financeiro americano. A política liberal excessiva, fez dos EUA um País onde a irresponsabilidade republicana poderia ser responsabilizada pela sua omissão.

O surgimento do Estado nos momentos críticos da economia, poderia ser evitado, se na composição macroeconômica, houvesse o mínimo de intervenção do Estado e menos liberalismo ganancioso e descontrolado, expresso nos derivativos podres. Já passa de 5 milhões o número de americanos recebendo auxílio-desemprego. O número de pedidos iniciais do benefício subiu para 667 mil pessoas na última semana, o maior desde outubro de 1982, elevando o total para 5,1 milhões de pessoas. É a maior marca da série, que começou a ser contabilizada em 1967.

O problema do povo americano foi ter sido alvo durante anos dos ataques do liberalismo, contra as políticas sociais como o seguro saúde, e outros. Viver com US$ 6 por dia não é fácil, porém é o que o Estado neste momento oferece para se redimir de sua opção pelo abandono e pela ganância desenfreada. Sobrou para o Obama, que com seu discurso também alimenta a esperança.

Irã pede que Obama não repita falsas acusações dos EUA

WASHINGTON – O Irã pediu nesta segunda-feira, 12, para que o presidente eleito dos EUA, Barack Obama, não repita o que chamou de falsas acusações contra a República Islâmica como fez a administração de saída da Casa Branca. Obama afirmou no fim de semana que os EUA adotarão uma nova postura para lidar com o Irã durante seu mandato. Em entrevista ao programa This Week, da rede de TV americana ABC, transmitida neste domingo, Obama afirmou que “o Irã vai ser um de nossos maiores desafios”.

Obama, que assume como presidente no dia 20 de janeiro, disse que essa abordagem inclui “mandar um sinal de que respeitamos as aspirações do povo iraniano, mas de que também temos certas expectativas em termos de como um ator internacional age”. Ele disse estar preocupado com o apoio da república islâmica ao grupo xiita libanês Hezbollah e com o programa nuclear iraniano, que ele disse poder desencadear uma corrida armamentista no Oriente Médio.

Os EUA acusam o Irã de desenvolver armas nucleares e o presidente George W. Bush liderou um esforço para isolar o país internacionalmente. Teerã nega a acusação. O porta-voz do Ministério de Relações Exteriores iraniano sugeriu ainda que o país pode responder de modo apropriado e no momento certo em qualquer mudança da postura americana sobre o regime iraniano. “Temos que ver se essa mudança na orientação será ou não colocada na prática e se trará mudanças fundamentais no comportamento da América em relação ao Irã”, disse Hassan Qashqavi em entrevista coletiva. O porta-voz reiterou que Obama não deveria repetir as declarações e informações falsas sobre o Irã, referência sobre as acusações de que o país desenvolve um programa nuclear armamentista.

Segundo a BBC, durante a entrevista ao apresentador George Stephanopoulos, o presidente eleito afirmou que adotaria uma postura mais abrangente em relação ao Irã. “Vamos adotar uma nova postura. E eu especifiquei minha crença de que engajamento é o ponto de partida”, disse ele. Obama prometeu “nova ênfase em respeito e na disposição para conversar, mas também clareza sobre onde estão nossos limites”. No passado, Obama disse que não devem haver precondições para o diálogo com o Irã. A administração Bush acusa o país de tentar desenvolver tecnologia para produzir armas nucleares, mas Teerã insiste que os processos só seriam usados para gerar eletricidade.

“O Irã será um de nossos maiores desafios e como eu disse durante a campanha, temos uma situação em que não apenas o Irã está exportando terrorismo através do Hamas e do Hizbollah, mas também está tentando obter armas nucleares, o que poderia potencialmente detonar uma corrida armamentista”, disse o presidente eleito. “Agora estou montando a equipe para que no dia 20 de janeiro (quando Obama assume a presidência), começando no primeiro dia, a gente tenha as melhores pessoas possíveis que vão ser engajadas imediatamente no processo de paz do Oriente Médio como um todo.”

Agência Estado

Rizzolo: O Irã se transformou num País perigoso dado a sua intenção de se tornar um centro de exportação do terrorismo e no desenvolvimento de armas nucleares, como bem afirmam as autoridades dos EUA. Além disso o Irã é o pilar de sustentação do Hamas e do Hizbollah, inimigos de Israel e que querem definitivamente ” varrer Israel do mapa”. O pior disso tudo, é que o Brasil (PT), insiste em manter relações com o Irã, um País condenado pelos EUA. Quanto a Obama, não poderá se curvar aos desígnios do presidente do Irã Mahmoud Ahmadinejad, e ele sabe disso.

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O Poder das Palavras

Assim como D’us faz o universo natural com palavras, também fazemos ou desfazemos universos sociais com palavras

A campanha presidencial de Barack Obama foi, entre outras coisas, uma vitória para a quase esquecida arte da retórica política. Suas frases longas, perfeitamente balanceadas, sua habilidade de mudar de assunto e perspectiva sem perder o fluxo da narrativa, suas sutis evocações de dois mestres do gênero, Abraham Lincoln e Martin Luther King, foram demonstrações vivas do poder do discurso público para mover a imaginação e elevar corações. Quando bem feita, a oratória é a música da mente.

Meras palavras, alguém poderia dizer. Porém para a sensibilidade religiosa, certamente a judaica, palavras não são meras. A Torá nos diz que D’us criou o universo com palavras. Seu primeiro presente ao primeiro ser humano, feito à Sua imagem, foi a capacidade de dar nomes aos animais e usar palavras para entender o mundo. Quando Ele quis curar a arrogância dos construtores da Torre de Babel, meramente “confundiu a linguagem”, pois sem palavras não podemos nos comunicar; sem comunicação não podemos cooperar; e sem cooperação somos indefesos e sozinhos. A pessoa humana é, segundo uma antiga tradução aramaica da Torá, uma “alma falante”.

Em nenhum lugar isso ficou mais evidente que nos Profetas do antigo Israel, que não tinham poder, exército, trono, nada exceto a palavra que D’us colocou em suas bocas. Porém suas palavras transformaram os horizontes morais da humanidade. Pense sobre Amos: “Que a justiça corra como a água, e a integridade como um riacho poderoso.” Ou Yeshayáhu: “Aqueles que confiam no Eterno renovarão suas forças; eles se erguerão com asas como as águias; eles correrão, e não ficarão cansados; e caminharão, sem desmaiar.” Ou Micah: “O que o Eterno exige de você é que aja justamente, ame a misericórda e caminhe humildemente com o seu D’us.”

D’us, na Torá, revela-Se em palavras, e nós, no ato da prece, oferecemos nossas palavras a Ele. Por causa da linguagem, e somente por causa dela, nós, frágeis, falíveis e finitos, podemos falar e ouvirmos o Infinito. Palavras abolem a distância. Assim como a Internet abole a distância física, também a revelação e a prece abolem a distância metafísica. A linguagem é a ponte estreita sobre o abismo entre o ser e o ser, entre a alma e a alma. As palavras são a redenção da solidão.

Assim como D’us faz o universo natural com palavras, também fazemos ou desfazemos universos sociais com palavras. Poucas coisas têm mais força que a voz humana, contando uma história, comunicando uma visão, atraindo energias e incorporando ideais. Palavras notáveis fazem as pessoas pensar em novas maneiras. Somos tão grandes ou pequenos quanto a linguagem nos torna. Na melhor das hipóteses, a linguagem é uma epifania, revelando-nos a glória do espírito humano e a radiância do mundo criado.

Martin Luther King entendia o poder da oratória: seu “Eu tenho um sonho” é um dos maiores discursos de todos os tempos. John e Robert Kennedy foram virtuosos. Lembre da frase de John: “A humanidade deve pôr fim à guerra ou a guerra dará fim à humanidade.” Ou a definição de Robert sobre a tarefa da política: “Domar a selvageria do homem e tornar gentil a vida neste mundo.”

O maior de todos os americanos foi Abraham Lincoln. Em Gettysburg em 1863, o homem que falou antes dele, Edward Everett, discursou por mais de duas horas. O discurso de Lincoln, com 273 palavras, durou dois minutos e perdurará por séculos. Lincoln usava palavras para inspirar e curar, para convocar a nação à grandeza, e uni-la novamente após a guerra civil.

A linguagem é uma faca de dois gumes e pode ser usada tanto para o mal quanto para o bem. “Vida e morte”, diz o Livro dos Provérbios (Mishlê) “estão na força da língua.” Hitler era um demagogo eloqüente que conseguiu incitar enormes multidões ao ódio. Abençoadamente, naquela época, a Grã-Bretanha tinha o maior orador do Século Vinte, Winston Churchill, cujos discursos na rádio foram uma das mais notáveis armas na luta pela liberdade. Churchill também entendia a importância da sagacidade em meio à seriedade: “Um pacificador é aquele que alimenta o crocodilo, esperando que ele o coma por último.”

As palavras são essenciais à democracia, na qual o poder da persuasão deve sempre derrotar a ameaça da coerção. Em tempos de turbulência como o nosso, a vitória vai para o líder que pode dirigir-se às ansiedades da época, construindo para uma geração uma narrativa de esperança. Foi isso o que Barack Obama fez, e por isso ele venceu. Ele deu asas às palavras e assim redesenhou a paisagem da possibilidade.

Por Rabino-Chefe da Inglaterra, Professor Jonathan Sacks
Fonte: Beit Chabad

Tenha um sábado de paz e uma ótima semana

Fernando Rizzolo

A Costa do Sauípe a as manobras no Caribe

Na Cúpula da América Latina e do Caribe, onde os líderes ali estiveram para discutir os caminhos do nosso continente. Ouviu-se de tudo. Desde os ditames de como Barack Obama deve se comportar para que o grupo diminua seu rancor aos EUA, até a impossibilidade de alguém atirar sapatos em função do calor, o que poderia gerar ” chulé”, como assim disse aos jornalistas o presidente Lula, num tom de brincadeira.

Chavez que ainda não resolveu fazer uma ponte, digo dentária, com sua camisa vermelha ressaltou que o Brasil não é o único país a exercer “uma liderança importante na América Latina”, e que um conjunto de lideranças seria o ideal. Talvez, sob o ponto de vista de Chavez, as lideranças na América Latina, num discurso uníssono, poderiam em conjunto dar um “pito maior”, e com mais eficiência em Obama, se por ventura este não se adequasse às exigências da turma vermelha do continente, que insistem em ser contra o imperialismo, mas adoram e aplaudem as manobras russas do Caribe.

Aplaudem também o grupo de forma velada, o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, um homem tão complicado quanto seu nome, e que tem entre seus projetos humanitários “varrer Israel do mapa”, e enfrentar o capitalismo americano com suas armas, que segundo ele, são ” de uso pacífico”. A verdade é que todos esperam saber quem é Barack Obama, e já delineiam como o mesmo deve se comportar. Afinal como um presidente negro, na visão da esquerda retrógrada, deveria ele alinhar-se à turma do continente, e se tornar bonzinho e dócil.

Contudo, Obama já mostra seu perfil de estadista, de homem realmente comprometido com o papel dos EUA no mundo. Com efeito, não podemos aceitar um presidente de uma potência mundial conivente com países de pouca envergadura democrática. Há poucos dias, para desespero da turma vermelha, Barack Obama confirmou sua intenção de defender Israel e de manter a política externa americana nos moldes anteriores, porém com mais suavidade política.

Já em relação à turma vermelha do continente americano, e nessa turma, não incluo o presidente Lula, que é mais vítima do PT e de Amorim do que das circunstâncias políticas em si, estes continuarão eternamente a vociferar contra o imperialismo e o capitalismo, coisas que estão mais para a esquerda de Ipanema, regada a vodca e Mercedes Sosa. Aliás, ao que parece, a Costa do Sauípe tornou-se um imenso Ipanema, onde de tudo se pode falar menos sobre o Irã, sobre Cuba e sobre as manobras russas do Caribe, em nome da Garota do Caribe.

Fernando Rizzolo

Hugo Chávez se diz disposto a trabalhar com governo Obama

CARACAS – O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, reiterou neste domingo, 14, que poderia colaborar com a Agência Antidrogas americana (DEA) se as “relações de respeito” entre Caracas e Washington forem restabelecidas quando o presidente eleito dos EUA, Barack Obama, assumir o cargo, em 20 de janeiro, informou a agência France Presse.

“Podemos retomar um acordo respeitoso da Venezuela com a DEA, sempre respeitando a soberania do país”, afirmou Chávez em uma entrevista ao canal local Televen. O presidente venezuelano suspendeu em agosto de 2006 um acordo com a agência americana. Desde então, a Casa Branca alega que a Venezuela “falha” no combate ao narcotráfico.

Hugo Chávez também se mostrou aberto para receber funcionários de Washington para debater outros temas, como energia. “Estou disposto a avaliar tudo isso, como o tema energético, a luta contra o terrorismo, e disposto a trabalhar com o novo governo dos Estados Unidos”, continuou.

O presidente venezuelano, que manteve relações tensas com a administração George W. Bush “tanto no pessoal quanto no político”, crê que as relações entre EUA e Venezuela “vão melhorar” com Obama. “Sinto que há ventos de mudança. Temos que olhar com paciência, bom ânimo e fé”, concluiu.

Agência Estado

Rizzolo: Bem, sempre há tempo de um melhor entendimento. Não há outra saída a Chavez a não ser parar de vez com as suas infantis posturas anti americanas, que por sinal não fazem mais sentido. Obama que desde o início representou o “novo” a “mudança” demonstrou que de novo não há nada, se staff é tão conservador quanto o de Bush, tudo conversa para se eleger. Por outro lado está tendo umas posturas que já preocupa os radicais, como o Irã, e outros. Se Chavez se entender com Obama será um grande avanço para a Venezuela.

Forças indianas mantêm cerco em hotel e centro judaico

Após dois dias de operações em Mumbai, as forças de segurança indianas ainda vasculham nesta sexta-feira um hotel e um centro judaico da cidade que foram alvo de ataques de extremistas.

No centro judaico Casa Chabad, a situação permanece confusa, depois que as forças de segurança invadiram o lugar nesta sexta-feira. Pelo menos três grandes explosões foram registradas no local e não está claro quantos atiradores permanecem lá escondidos.

Em entrevista a uma emissora de televisão de Israel, o diplomata israelense Haim Choshen, que acompanha a operação de resgate, disse que foram encontrados os corpos de cinco reféns mortos no centro judaico.

Mais cedo, imagens da televisão indiana mostraram soldados descendo por meio de cordas de um helicóptero que sobrevoava o local e outros se aproximando por terra do escritório do centro.

Segundo o correspondente da BBC David Loyn, os soldados inicialmente atiraram bombas de fumaça para confundir os extremistas.

Horas antes, uma mulher e uma criança saíram do local, mas ainda não está claro se elas foram libertadas pelos militantes ou se conseguiram escapar.

A criança foi identificada como o filho de dois anos de idade do rabino Gavriel Noach Holzberg, líder da comunidade.

Hotel de luxo

No hotel de luxo Taj Mahal Palace, onde as forças indianas acreditam que pelo menos um homem armado permanece escondido com dois ou mais reféns, fortes explosões e tiros foram ouvidos.

Forças de elite estariam vasculhando o hotel quarto a quarto desde a quinta-feira em busca de extremistas, e já encontraram pelo menos 30 corpos de vítimas em um salão. Reforços foram enviados para dar suporte à operação.

Os ataques coordenados em Mumbai, realizados em sete locais diferentes, já deixaram pelo menos 140 mortos e mais de 300 feridos, mas a expectativa é de que o número aumente à medida que os trabalhos de busca avançarem.

Usando armas automáticas e granadas, os extremistas atacaram, além do hotel e do centro judaico, um outro hotel, a principal estação ferroviária da cidade, um hospital, um restaurante freqüentado por turistas e um condomínio.

Nesta sexta-feira, as forças indianas anunciaram ter tomado o controle do hotel Oberoi Trident, onde até o dia anterior os extremistas ainda mantinham reféns.

O chefe de segurança do país, J.K. Ditt., disse que forças especiais invadiram o hotel e mataram dois militantes. A polícia encontrou 24 corpos no hotel, pouco depois de libertar 93 pessoas lá detidas, entre hóspedes e funcionários.

Vítimas

Segundo o Ministério das Relações Exteriores da Grã-Bretanha, entre os mortos está um cidadão britânico. Informações dão conta de que entre os estrangeiros mortos nos ataques estariam também um alemão, um japonês e um italiano.

Não há informações sobre a presença de brasileiros entre as vítimas ou entre as pessoas mantidas reféns nos hotéis, segundo o vice-cônsul do Brasil em Mumbai, Chateaubriand Chapot Neto.

“Entramos em contato com as administrações dos dois hotéis e eles afirmaram que não havia nenhum brasileiro registrado lá no dia dos ataques. Também não recebemos notícias de que brasileiros possam estar entre as vítimas ou reféns”, disse Chapot à BBC Brasil nas primeiras horas desta sexta-feira.

Conexão islâmica

Além do Brasil, vários governos estrangeiros lamentaram os ataques e manifestaram disposição em ajudar o governo indiano.

Relatos de testemunhas sugerem que os homens armados estavam buscando hóspedes dos hotéis com passaportes britânico ou americano.

O analista da BBC para assuntos de segurança, Frank Gardner, diz que, se esses relatos se confirmarem, pode haver uma conexão islâmica nos ataques.

Um grupo previamente desconhecido, que se apresentou como Mujahideen do Deccan, reivindicou a autoria dos ataques.

Gardner afirma que um outro grupo pode ter se apresentado com esse nome ou que a reivindicação da autoria pode ser um truque.

Nos últimos meses, diversas cidades indianas foram alvo de ataques a bomba que deixaram dezenas de mortos. A polícia relacionou a maioria dos ataques a militantes islâmicos, mas extremistas hindus também foram presos.

Paquistão

O governo paquistanês decidiu nesta sexta-feira enviar a Mumbai o chefe do serviço de inteligência do país para ajudar nas investigações sobre os atentados, em meio à suspeita na Índia de que os agressores tenham ligação com o Paquistão.

A Marinha indiana estaria realizando buscas em navios da costa oeste do país, pois acredita-se que os autores dos ataques chegaram a Mumbai por barco. Dois barcos paquistaneses teriam sido apreendidos e a tripulação, interrogada.

Na quinta-feira, o primeiro-ministro da Índia, Manmohan Singh, prometeu adotar “quaisquer medidas que sejam necessárias” para encontrar os responsáveis pelos ataques em Mumbai.

O primeiro-ministro afirmou ainda que os responsáveis são “de fora do país” e foram à Índia “com a determinação de criar caos na capital comercial do país”.

Ele também alertou que a Índia não irá tolerar que extremistas usem países vizinhos como base para lançar ataques contra alvos indianos. BBC Brasil
Agência Estado

Rizzolo: Quem acompanha este Blog, participa das discussões aqui neste espaço democrático, sabe que por muitas vezes questionei a postura do democrata Barack Obama em relação ao seu discurso populista e da sua docilidade em relação às questões que envolvem o terrorismo internacional, haja vista sua postura no tocante as tropas americanas no Iraque. Sem de forma alguma, lançar um juízo precipitado das ações políticas de Obama, até porque não observamos nenhuma ” novidade ou grande mudança” no seu secretariado, gostaria de refletir sobre o papel dos EUA no combate ao terrorismo. Ainda de forma distante, tampouco chancelando as atitudes belicistas de Bush, esse episódio nos leva a pensar que ainda temos que lidar com o ” olho por olho, dente por dente “, e que na verdade o terrorismo se combate com firmeza determinação e coragem. Bem diferente daquilo que Obama romanticamente apregoou a milhões de pessoas.

Obama planeja julgamento de presos de Guantánamo nos EUA

WASHINGTON – A equipe de assessores do presidente eleito dos Estados Unidos, Barack Obama, prepara uma proposta que permitira a centenas de presos suspeitos de terrorismo ingressarem nos Estados Unidos para enfrentar julgamentos civis. O plano o ajudaria cumprir sua promessa de fechar a prisão de Guantánamo, mas poderia exigir a criação de um novo sistema de justiça.

Durante sua campanha presidencial, Obama qualificou Guantánamo como um “capítulo triste da História americana” e disse que o sistema judicial dos EUA é capaz de julgar os detentos. Mas o presidente eleito revelou poucos detalhes sobre o que planeja fazer após o fechamento da prisão.

Segundo os planos preparados pela equipe de Obama, alguns presos seriam liberados e muitos outros teriam julgamentos em cortes criminais americanas. Um terceiro grupo de detentos, aqueles cujos casos tem implicações em informações secretas, poderiam se apresentar em novas cortes, criadas especialmente para julgar casos de segurança nacional, de acordo com assessores democratas envolvidos nas conversas.

As fontes não puderam ser identificadas, porque os planos ainda se encontram em fase de desenvolvimento. A ação poderia representar uma mudança radical em relação ao governo do presidente George W. Bush, que estabeleceu tribunais militares para processar os presos somente na base naval de Cuba e se opôs firmemente a levar os réus para os EUA.

O rival de Obama na disputa à Casa Branca, o republicano John McCain, também havia prometido fechar a prisão, mas se opunha a realizar julgamentos nos fóruns criminais americanos.
Agência estado

Rizzolo: O que eu acho o mais interessante nessa nova era Obama, é a liberalidade exagerada. Nem bem assumiu, Obama procura dar ao seu governo, uma ” embalagem de bonzinho”, condescendente, o que na realidade pode se transformar num grande problema. A forma que esses julgamentos se dariam ninguém sabe ainda, tampouco quais seriam as competências de cada um; alem disso, essa postura liberal, abrirá oportunidade para que os verdadeiros terroristas atuem de forma mais intensa, até porque, não é pelo simples fato de Obama se propor a ser ” bonzinho”, que os impiedosos terroristas irão se tornar puros. Isso é uma ilusão que Obama vendeu, e que agora irá que entregar ao povo americano.

É como já cansei de dizer neste Blog , o dia em que o povo americano perceber que os EUA se tornaram um País vulnerável com Obama no poder, eles não perdoarão, e terão saudades dos republicanos. Uma potência militar ” boazinha” é tudo que os russos e sua turma desejam. Obama surge como um tipo Jimmy Carter, só que com o imenso apoio dos negros, vamos ver no que vai dar.

Hoje aqui na França o jornal Le Figaro, em sua manchete, analisa a crise mundial e seus efeitos nas montadoras de automóveis, segundo Le Figaro a indústria automobilística mundial atravessa uma grave crise que atingirá 85.000 empregos até o final deste ano. Amanhã será feriado aqui na França, será comemorado o 90º aniversário da assinatura do Armistício que na realidade marcou o fim da Primeira Guerra Mundial, pelo menos o trânsito em Paris ficará melhor. Um leitor me perguntou se era um ” Congresso sobre vinhos ” !! ( risos..)

Após eleição, Obama recebe notícias ruins na economia

NOVA YORK – Um dia após sua histórica vitória nas urnas, o presidente eleito dos EUA, Barack Obama, ouviu apelos por medidas urgentes contra a crise financeira global ao receber na quarta-feira notícias negativas sobre o nível de emprego e o setor de serviços.

Obama, primeiro presidente negro do país, ouviu um coro de congratulações do mundo todo, mas também alertas sobre a iminência de uma recessão global, que deve dominar os primeiros meses do seu governo, a partir de 20 de janeiro, junto com as guerras do Afeganistão e Iraque.

Investidores e líderes mundiais manifestaram esperança de que Obama possa guiar a comunidade internacional, enquanto os mercados aguardam avidamente o anúncio do novo secretário do Tesouro, que será responsável pela execução de um pacote de 700 bilhões de dólares para a compra de ativos podres e a recapitalização de instituições financeiras.

“O presidente-eleito terá de agir rapidamente para garantir uma transição suave e rápida. Suas primeiras nomeações devem focar na equipe econômica”, disse Mohamed El-Erian, executivo-chefe do fundo de investimentos Pimco, que administra uma carteira de 830 bilhões de dólares.

Entre os nomes mais cotados para o cargo estão Lawrence Summers, que já o ocupou; Paul Volcker ex-presidentes do Federal Reserve (Banco Central); e Timothy Geithner, presidente do Federal Reserve de Nova York.

Obama propõe um novo pacote de estímulo econômico, com ênfase para a ajuda a mutuários endividados. A bancada democrata da Câmara também está preparando um segundo plano de incentivo econômico.

“Precisamos de um ‘new deal’ para um novo mundo”, disse o presidente da Comissão Européia (Poder Executivo da UE), José Manuel Barroso. “Espero sinceramente que sob a liderança do presidente Obama os Estados Unidos da América unam forças à Europa para promover este ‘new deal.'”

Os mercados, que estiveram animados no dia da eleição, mudaram de comportamento na quarta-feira. A alta de terça-feira no índice industrial Dow Jones 3,3 por cento, foi a maior já registrada num dia eleitoral nos EUA. Na quarta-feira, esse índice caiu 5 por cento.

O petróleo, que havia subido mais de 10 por cento na véspera, perdeu 7 por cento e foi cotado na quarta-feira a cerca de 65 dólares por barril, devido à redução da demanda e à divulgação de que aumentou o estoque de combustível do governo dos EUA.

O VIX, índice de volatilidade considerado o principal termômetro de Wall Street sobre o medo dos investidores, subiu 15 por cento na quarta-feira, após um declínio similar na véspera.

No primeiro dia de Obama como presidente eleito, foi revelado que foram reduzidos 157.000 postos de trabalho em outubro no setor privado, enquanto as contratações no setor de serviço caíram acentuadamente.

Agência Estado

Rizzolo: Bem, agora que já está passando a festa, as notícias começam a surgir e o mercado internacional começa a se preocupar. Uma coisa é um discurso emocionante, uma promessa ao novo, as propostas de mudança; o novo, o inusitado, atrai e desperta a esperança. Contudo a realidade é bem outra, as promessas feitas ao povo americano, dificilmente serão concretizadas face à crise, e quando alguém faz uso de um discurso populista em época de crise, para apenas ganhar eleições, os pobres se vingam. Na realidade os mercados reagiram mal, nada mudou a não ser uma aposta na capacidade de Obama e sua equipe em cumprir os sonhos prometidos. Será ele capaz? Vamos torcer.

Aposentados ou ortodoxos, judeus da Flórida são disputados na reta final

Chove em Miami Beach, e a cerimônia para lembrar o holocausto de mais de 60 anos atrás tem de ser transferida para a sinagoga, afinal, todos vão se molhar no palco armado em frente do monumento local que lembra a perseguição nazista, uma mão gigante cheia de cadáveres, de uma feiúra que contrasta com o art-deco do distrito.

Na porta do templo, um segurança de quipá na cabeça avisa que não se pode entrar. Diz que ninguém vai falar sobre as eleições presidenciais, que acontecem amanhã. Mas ele acaba falando no assunto em que todos falam nos EUA. “Aqui todo mundo vota em McCain, porque ele defende Israel. Você viu o nome do meio de Obama: Hussein. Isso é árabe”, diz Allon, que prefere não dar o sobrenome.

Miami Beach é o reduto do setor ortodoxo da comunidade judaica da Flórida, uma das maiores dos EUA. Calcula-se que eles representam cerca de 7% dos votos do Estado, que tem um histórico de disputas muito apertadas. Em 2000, a diferença foi de apenas 0,009% em favor de George Bush, e muitos aposentados judeus se equivocaram ao votar porque a cédula era muito complicada, principalmente em Palm Beach.

Estima-se que 80% da comunidade judaica votem em Obama (em 2004 apenas 22% apoiaram os republicanos, 19% em 2000, 16% em 1996 e 11% em 1992). De qualquer forma, se persegue um aumento do perfil mais conservador. Por isso, a campanha é acirrada dos dois partidos. Por um lado, a comediante televisiva Sarah Silverman (tem um seriado que passa no Brasil e já participou de episódios de Seinfield) lançou uma campanha para que os jovens judeus viajem para a Flórida para convencer seus parentes que desfrutam a aposentadoria no calor a votarem no democrata.

“Se Barack Obama não vencer, eu vou culpar os judeus”, diz ela no vídeo de campanha viral na Internet. Ela brinca também que se os avôs dizem que amam tanto seus netinhos, então que pelo menos os escutem. O sul da Flórida é um paraíso para os velhinhos do Norte. Eles povoam condomínios em localidades com nomes como Boca Raton, Delray Beach e Boynton Beach.

Neste último, a simpatizante democrata Pearl Saleh, 75, saiu de Chicago e adiantou sua viagem de veraneio para convencer suas amigas a votarem em Obama. “Tem muita gente com pensamento muito estreito. Escutam qualquer coisa e já se fecham para um candidato como o nosso.” Muitos são bombardeados pela propaganda de difamação.

A entidade Coalizão Judaica Republicana comprou horário nas TVs da Flórida e Ohio mostrando duas declarações da época das primárias democratas em 2007. Em um dos trechos, Obama aparece respondendo que irá negociar pessoalmente com líderes do Irã, Síria, Venezuela, Cuba e Coréia do Norte. No trecho seguinte, Hillary Clinton, que foi sua adversária dentro do partido, diz que a fala do rival mostrava sua visão “irresponsável e francamente ingênua” das relações internacionais do país. A peça publicitária termina com o locutor dizendo: “Hillary está certa.”

“Investimos US$ 1 milhão nessa campanha para mostrar que a política de Obama é perigosa para Israel. Os EUA precisam experiência”, afirma Matt Brooks, diretor da organização republicana. Outro anúncio mostra uma imagem de Mahmoud Ahmadinejad, presidente iraniano, com os dizeres: “Ele quer destruir Israel e Obama fala que vai se reunir com ele?você não fica preocupado?”

Como resposta, o rabino Steven Bob lançou um site chamado Rabinos por Obama, apoiado por 562 assinaturas de colegas, afirmando que votar no democrata é “kosher”, ou seja, tem a reverência do líder espiritual hebraico. Por seu lado, John McCain convocou o senador de origem judaica Joe Lieberman para conseguir votos na comunidade, se reunindo em cafés da manhã com avós e avôs em Fort Lauderdale. Lieberman esteve como vice na chapa democrata de 2000, ao lado de Al Gore, mas se bandeou para a campanha do republicano e se anuncia independente.

Já Obama escolheu como seu vice Joe Biden, um interlocutor respeitado pela comunidade judaica. Biden se apresentou como um “zadi” (avô) e criticou as campanhas contra Obama. “As acusações de que ele é muçulmano são ridículas”, disse. As famílias do pai e do padrasto do candidato democrata são muçulmanas, mas ao contrário do que afirma um dos e-mails difamatórios, Obama não estudou em colégio islâmico quando morou ainda criança na Indonésia (na verdade, freqüentou uma escola católica de Jacarta).

Perambulando pelas ruas cheias de palmeiras e brisas, Haile Soifer, 29, tenta convencer seus similares em Coconut Creek. “Obama nunca pôs em xeque o alinhamento norte-americano com Israel. Nós sofremos discriminação, então, temos que ser os principais advogados de Obama”, argumenta com um casal idoso. Os judeus do Estado formam 650 mil dentro do universo de 10 milhões de eleitores potenciais (nos EUA, o voto é facultativo).

O único levantamento de opinião dentro da comunidade na Flórida, feito pelo apartidário Comitê Judaico Norte-Americano, dava vitória com 57% a Obama, apesar de seu nome e das dúvidas quanto a sua política em relação ao Estado de Israel. Mas isso foi no início de outubro. Com tantas campanhas de republicanos e democratas, o resultado só vai ser descoberto nas apurações desta terça à noite.

Folha Online

Rizzolo: As chances de Obama ganhar são grandes, e a comunidade judaica americana está dividida. Pessoalmente entendo MacCain mais competente, suas chances são poucas, o discurso populista de Obama “encanta” os incautos e ingênuos. O populismo de Obama segue o clichê de Chavez, Correa, Morales e outros. Acredito contudo, que os judeus mais conscientes votarão em MacCain, até porque a figura de Obama não inspira “confiança judaica”.

Eu pessoalmente não daria meu voto a ele (Obama). Os EUA precisam de um presidente forte, patriota, e de coragem e isso chama-se MacCain. Vamos ver se na hora “H” o bom senso vai predominar, pelo menos entre os judeus. Este é o jogo saudável da democracia, qualquer um que vença será a expressão da liberdade de um País livre como os EUA.

Dancem com MacCain, Obama e Sara