A fragilidade humana diante da natureza passa a ser assustadora quando nos deparamos com as novas doenças que surgem, principalmente aquelas relacionadas à infectologia. Na história da humanidade muitas foram as pestes que assolaram populações inteiras, e a problemática das epidemias sempre foi alvo de estudo da ciência e da medicina.
Os conceitos de transmissão das doenças contagiosas avançaram muito, e hoje podemos de forma clara constatar, a origem das doenças transmissíveis. Contudo vale salientar, que se avanços houveram em relação à pesquisa no campo da infectologia, no tocante as causas que propiciam o desenvolver das novas doenças, permanecem estas inalteradas, e de certa forma até potencializadas face ao abandono e ao abrandamento dos princípios básicos de fatores preponderantes e desencadeadores das propagações.
O aumento populacional, o estilo de vida, a ingestão maciça de carne animal, bem como a produção de grãos visando a criação cada vez maior de aves, suínos e bovinos – confinados estes, em grandes núcleos populacionais – nos remete a uma reflexão sobre esse meio de cultura perigoso, onde animais e seres humanos passam a ser atores biológicos, no desenvolvimento de novos tipos de vírus e bactérias.
Já no Antigo Testamento (Torah), as doenças contagiosas eram narradas com a descrição e a forma de prevenção, as quais surgiam dentro de um modelo religioso onde a caracterização das mesmas, continham conotações de estilo de vida, que esbarravam nos conceitos de alimentação e de obediência à Deus. Na verdade, a imposição das normas, vinham de encontro aos principais conceitos até hoje observados, no campo da infectologia e da saúde pública.
A gripe suína nos leva a uma profunda reflexão sobre a nossa relação com os animais, com a natureza, com o ecossistema, e acima de tudo sobre o fato de cada vez mais tornarmos o nosso hábito alimentar, num ato de paz em sintonia com natureza, e a crição divina, libertando assim os animais da triste missão covarde de fazê-los nos alimentar. Vamos libertar os animais, e quem sabe assim possamos nos libertar das pestes que nos aprisionam, e da triste violência sem limite contra os seres vivos da Terra.
Fernando Rizzolo
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