Santa Casa constata morte de rapaz agredido após a Parada Gay

Homem foi espancado em uma rua da região central no domingo (14).
Médicos haviam declarado morte cerebral nesta quarta-feira (17).

A Santa Casa de Misericórdia de São Paulo informou, por volta das 19h10 desta quarta-feira (17), a morte de Marcelo Campos. Ele foi espancado após a Parada Gay. Os médicos haviam confirmado a morte encefálica, mas o rapaz foi declarado morto no início da noite. Segundo a assessoria do hospital, os órgãos de Marcelo não poderão ser doados.

No mesmo dia, em outro ponto do desfile da Parada Gay, 22 pessoas ficaram feridas após uma explosão. O hospital afirmou que ele sofreu traumatismo craniano e seu estado de saúde era considerado muito grave. A polícia não tem pistas sobre quem teria provocados os ferimentos no homem.

Segundo o SPTV, Campos era cozinheiro. Ele teria sido espancado por um grupo perto da Praça da República. Segundo amigos, ele não estava na festa da Avenida Paulista. Ele desfilava pela escola de samba Pérola Negra e era reconhecido pelos amigos pela solidariedade.

O presidente da escola, Edilson Carlos Casal, disse que ele participava de todos os ensaios e ajudava a organizar a festa junina da agremiação. “Ele sempre tratou muito bem todo mundo por isso todo mundo gostava dele”, disse o presidente.

Público

A Parada Gay ocorreu no último domingo (14), entre a Avenida Paulista e a Praça Roosevelt, no Centro. De acordo com os organizadores, o evento reuniu 3,1 milhões de pessoas. O total de feridos durante ou após o evento seria de 58, com base nas informações fornecidas pela Secretaria Municipal de Saúde e a Santa Casa.

O hospital recebeu 44 pacientes relacionados à Parada Gay. Um adolescente de 17 anos chegou ao hospital com sinais de agressão e recebeu alta na manhã de terça-feira. Um paciente de 27 anos que sofreu um mal súbito deixou a Santa Casa na noite de segunda-feira (15). Também foram levadas para o hospital outras nove pessoas feridas na explosão de uma bomba caseira na esquina da Rua Vitória com a Avenida Vieira de Carvalho, no Largo do Arouche, no Centro.

Explosão

A polícia busca pistas sobre o responsável de arremessar a bomba que deixou feridos na região do Largo do Arouche. Existe a suspeita de que a agressão tenha partido de um apartamento no prédio onde fica uma loja que teve o vidro destruído. Testemunhas contaram à polícia terem visto um objeto ter sido arremessado do imóvel.

Protesto

Para protestar contra os atos violentos, ativistas do movimento LGBTvão realizar uma manifestação na noite do sábado (20) na Avenida Vieira de Carvalho.

Globo

Rizzolo: Como se não bastasse a falta de ética e moralidade que reina no Congresso Nacional, o país agora é alvo de grupos extremistas que professam a violência contra as minorias. Isso é muito perigoso e deve ser rechaçado pela sociedade e coibido pelo Poder Público via Polícia Judiciária. A DECRADI (Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância), chefiado pela Delegada Dra. Margarette Barreto é o órgão responsável por receber denúncias, fazer pesquisa, patrulhamento, inquérito e investigação de casos de intolerância. A DECRADI anunciou que tem um mapeamento da atuação desses grupos em São Paulo. São pelo menos 25 gangues, com três mil integrantes identificados.

Além de brigar entre eles, esses grupos são investigados também por crimes de racismo e intolerância. “Gangues que são rivais e que estão cometendo crimes de intolerância entre si, mas também que quando estão na rua atacam potencialmente negros, homossexuais, nordetinos, judeus e outros grupos aos quais elas os excluem da sociedade”, diz Margarette Barreto, delegada. A sociedade brasileira precisa se mobilizar para combater a intolerância de qualquer forma, a morte deste rapaz deve ser emblemática no sentido da mobilização.

A sociedade brasileira que sofre com os efeitos da falta de moral política, com a violência, com a impunidade, e no desprezo do Estado para com os de mais idade. A indigação deveria mobilizar mais gente do que a própria Parada Gay. Um país que não possui dirigentes dignos, éticos, religiosos, honestos, proporciona espaço para radicalismos como estes que se inspiram no horrores nazistas, massacrando as minorias, pisoteando a democracia. A degeneração política leva sempre ao radicalismo sangrento.

Obama: Ahmadinejad deveria visitar campo de concentração

DRESDEN, Alemanha – O presidente dos EUA, Barack Obama, disse nesta sexta-feira, 5, que o presidente iraniano Mahmoud Ahmadinejad, que esta semana voltou a qualificar ao Holocausto como um grande engano, deveria visitar Buchenwald, um campo de concentração nazista da Segunda Guerra Mundial. Em uma entrevista na Alemanha ao programa NBC News, ele foi perguntado sobre o que o líder iraniano poderia aprender no lugar. “Ele deveria fazer sua própria visita’, disse. ‘Não tenho paciência com as pessoas que negam a história. E a história do Holocausto não é algo especulativo’.

Obama destacou que seu tio-avô ajudou a liberar o campo de concentração de Buchenwald durante a Segunda Guerra. O lugar, a leste da Alemanha, foi criado pelos nazistas e se estima que 56 mil pessoas, em sua maioria judeus, tenham sido mortas ali.

Obrigação de impedir novos genocídios

Em entrevista coletiva conjunta com a chanceler alemã, Angela Merkel, em Dresden, Alemanhã, Obama afirmou que a comunidade internacional tem a obrigação de impedir os genocídios, por mais inconveniente que seja tentar. Segundo ele, “é preciso atuar quando houver” esses casos.

O presidente americano, que esta tarde visitará o campo de concentração de Buchenwald, tinha sido perguntado sobre como se pode aplicar o lema “Nunca Mais” referente ao Holocausto aos eventos na região de Darfur, no Sudão, ou no norte do Sri Lanka.

Obama afirmou que seu Governo colabora ativamente para evitar o genocídio no Sudão, onde o presidente Omar Hassan al-Bashir expulsou as organizações humanitárias, e ele mesmo falou sobre a situação em Darfur na quinta-feira com o presidente egípcio, Hosni Mubarak, que conta com “sólidos laços diplomáticos” no país vizinho.

O presidente americano se encontra na Alemanha dentro de uma viagem pelo Oriente Médio e pela Europa que já o levou à Arábia Saudita e ao Egito. Amanhã, ele viaja para a França. Obama concluirá sua estadia na Alemanha com uma visita à base militar de Landstuhl, onde cumprimentará as tropas americanas no local e percorrerá o hospital onde são atendidos os feridos nas guerras do Iraque e do Afeganistão.

(Com informações da Efe e da Reuters)
Rizzolo: Obama tem pela frente uma missão difícil: agradar árabes e judeus. Na verdade pouco há que se fazer para conter o radicalismo de ambos os lados. A postura de quem é dócil e ao mesmo tempo enérgico, não se coadunam; prova disso são as críticas dos extremistas árabes, afirmando que Obama tenta dar lição ao islamismo. Ainda vamos sentir saudade de Bush..

Suásticas em festa de empresa no Rio causam polêmica

SÃO PAULO – Uma festa da empresa alemã Adidas numa mansão no Alto da Gávea, zona sul do Rio, terminou em polêmica, na madrugada de sábado, quando convidados viram elementos nazistas na decoração. Um grupo de 15 pessoas deixou a casa – entre eles uma das curadoras da festa, a atriz e cantora Thalma de Freitas. As fotos que seriam de suásticas desenhadas na borda da piscina e de um quadro de um oficial nazista foram postadas ainda na madrugada nos blogs do ator e escritor Michel Melamed e do escritor João Paulo Cuenca.

Melamed conta que estava na festa havia uma hora quando ouviu comentários sobre as suásticas na piscina. Ainda ficamos meia hora discutindo se os desenhos seriam de alguma forma geométrica, apenas uma coincidência desagradável, mas a dúvida se dissipou quando vimos o quadro no camarim dos músicos, e um cartaz da Marinha nazista no bar. Havia uma memorabilia nazista naquela casa e nos retiramos.

Em comunicado, a Adidas informou que desconhecia que a casa tinha adereços que pudessem ser relacionados ao nazismo. E que, se soubesse, solicitaria a pronta retirada dos mesmos ou a mudança do local do evento. A nota diz que os adereços fotografados por Melamed e Cuenca não foram notados pela organização da festa.

A casa pertence ao advogado Luiz Fernando Penna e é alugada para eventos – serviu de locação, por exemplo, para o filme Meu Nome Não é Johnny. Penna, que é colecionador de obras de arte, não foi localizado ontem pelo jornal O Estado de S. Paulo.

Em entrevista ao jornal O Globo, disse que comprou as peças há cerca de 15 anos, de um ex-combatente da 2ª Guerra, e negou que os símbolos na piscina façam referência ao nazismo. Aquilo é um friso, uma espécie de grega, decoração muito usada na Grécia e na China. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Rizzolo: É preocupante saber que nos dias de hoje ainda existem pessoas que fazem a apologia do regime nazista. Se proposital ou não, o importante é que isso seja combatido com denúncias como consta no texto. O regime nazista deixou marcas na humanidade que jamais serão esquecidas, não é saudável vincularmos objetos de uma época tão cruel e triste para a humanidade.

Agora convenhamos, é inadmissível que uma empresa deste porte não tenha o controle sobre os objetos que servem como adereços numa festa patrocinada por ela. O antissemitismo cresce no Brasil, e a postura do governo em prestigiar antissemitas internacionais como o egípcio Farouk Osni, acaba colaborando para isso.

O Egito e o Itamaraty

A relação histórica entre o povo judeu e o Egito sempre foi conturbada. No Antigo Testamento a saga da escravidão, do sofrimento, da exploração é narrada com detalhes e nos mostra o quanto difícil foi se libertar de Mizraim (Egito em Hebraico). Como que se numa dinastia espiritual vivêssemos, encontramos de tempos em tempos figuras que mimificam personagens que reinam no imaginário judaico, desta feita alguém diretamente do Egito, o que o torna deploravelmente especial do ponto de vista antissemita.

Mas o mais triste do que ouvir a afirmação de Farouk Hosny, ministro da Cultura egípcio, que “queimaria qualquer livro israelense que encontrasse nas bibliotecas do Egito”, é saber que Hosny rima com Itamaraty, o que a primeira vista pouco poderia interessar, a não ser a rima política ideológica no apoio do Brasil à sua candidatura ao cargo de diretor-geral da Unesco. Por legítimo protesto histórico, decidi então chamá-lo de Faráo(uk) Hosny, fazendo com que o seu nome rimasse de forma consoante, às sua proposições antissemitas vindas do velho Egito.

É claro que especula-se em vista disso, vantagens num eventual apoio na candidatura à chefia de outro organismo da ONU por um brasileiro, mas adentrarmos nesta seara especulativa, não seria de boa alvitre pois poderíamos nos dar conta do efeito da “bomba atômica diplomática” que nos espera; até porque como se não bastasse, o Brasil de Celso Amorim e Lula, afirma defender o programa nuclear iraniano. Em outras palavras, corremos por fora do ” politicamente correto” em termos de diplomacia política; passando por um antissemitismo, que esbarra na proliferação de armas nucleares, e terminando ao nos solidarizarmos com regimes militares e pouco democráticos como o da família Mubarak.

Faraó(uk) Hosny e o Itamaraty. Bem que poderia não ser assim, tampouco rimar. Queimar livros e incitar o antissemitismo poderia já ser o suficiente para o Brasil não apoiar Hosny que vem do Egito, do velho e conhecido Egito. Aliás como dizia Mahatma Gandhi ” Se quisermos progredir, não devemos repetir a história, mas fazer uma história nova”, e essa história do Egito nós já conhecemos…e muito bem..

Fernando Rizzolo

Combate ao ódio e intolerância

*Rabino Chefe da Inglaterra, Professor Jonathan Sacks

O fascismo alemão veio e se foi. O comunismo soviético veio e se foi. O anti-semitismo veio e ficou.

Há alguns dias o presidente iraniano Mahmoud Ahma-Dinejad declarou que o Holocausto jamais aconteceu. Os judeus, disse ele, inventaram um “mito” dizendo que foram massacrados. Este foi um discurso perigoso da mais alta ordem, porque não foi feito por um grupo marginal de terroristas, nem por trás de portas fechadas, mas foi exibido ao vivo na televisão iraniana.

Infelizmente, este não é um incidente isolado. Há partes do mundo onde, em décadas recentes e com intensidade cada vez maior, todos os mitos anti-semitas clássicos, do libelo de sangue aos protocolos dos anciãos de Tzion, têm sido ressuscitados em livros na lista dos mais vendidos e no horário nobre da TV.

Sinto-me pouco à vontade para falar sobre anti-semitismo, porque para mim ser judeu não é uma questão de morte, mas de vida; de celebração, não de luto; de construir um futuro, não de ficar traumatizado pelo que passou.

Porém eu passei a acreditar, nestes últimos anos, que o surgimento de uma nova cepa do antigo vírus é um dos fenômenos mais assustadores da minha vida – porque aconteceu após sessenta anos de educação sobre o Holocausto, legislação anti-racista e diálogo ecumênico.

Após sessenta anos dizendo nunca mais, está acontecendo de novo. Não pode haver dúvidas quanto à mais tenaz ideologia dos tempos modernos. O fascismo alemão veio e se foi. O comunismo soviético veio e se foi. O anti-semitismo veio e ficou.

Para os judeus, a lembrança do Holocausto é uma dor particular. Porém num nível mais profundo, tem um significado para todos nós. Judeus e outros foram assassinados porque eram diferentes; porém para alguém de outra cultura ou crença somos todos diferentes; portanto um ataque à diferença é em última análise um ataque à humanidade.

Em um dos versículos mais poderosos da Torá, Moshê, pouco antes de sua morte, disse aos israelitas para não odiarem seus inimigos tradicionais, os edomitas e os egípcios (Devarim 23:8). Se eles tivessem continuado a odiar, Moshê poderia ter tirado os israelitas do Egito, mas ele não teria tirado o Egito de dentro dos israelitas. Se você deseja ser livre, precisa pôr o ódio de lado.

Portanto, talvez não seja coincidência que no dia em que o presidente iraniano negou o Holocausto, a Human Rights Watch tenha publicado um relatório sobre o assassinato de milhares de prisioneiros políticos no Irã. Projetar o ódio num forasteiro é sempre a maneira mais eficaz de desviar a crítica interna.

É por isso que temos de lutar juntos contra a manipulação pública do ódio, onde quer que ela ocorra, não importa a quem seja dirigida – se quisermos dizer realmente, “Nunca Mais”.

Fonte: site do Beit Chabad

Tenha um sábado de paz e uma semana feliz !

Fernando Rizzolo

Repúdio a Ahmadinejad une evangélicos, judeus e homossexuais em SP e RJ

A visita do presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, a Brasília nesta quarta foi alvo de manifestações simultâneas em São Paulo e no Rio de Janeiro neste domingo.

Segundo organizadores, cada uma atraiu cerca de mil pessoas –entre membros da comunidade judaica e da fé bahá’í (perseguida no Irã), evangélicos, homossexuais e grupos de defesa dos direitos humanos e das mulheres.

Em São Paulo, os protestos ocorreram na praça Marechal Cordeiro de Farias, perto da avenida Paulista.

“Não podemos permitir que Ahmadinejad, que já manifestou o desejo de varrer Israel do mapa e negou o Holocausto, seja recebido com honrarias em nosso país”, disse Claudio Lottenberg, presidente da Confederação Israelita do Brasil (Conib), entidade que, como a Folha havia adiantado, enviou carta de repúdio à visita ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

No Rio, em Ipanema, os manifestantes usaram o mote “senhor presidente, explique ao convidado” e falaram de temas como “direitos humanos”, “respeito à mulher” e “liberdade sexual”.

Cartazes mostravam caricaturas de Ahmadinejad junto a suásticas nazistas. “O governo brasileiro deveria se posicionar contra as posturas e práticas do presidente do Irã”, disse Bruno Bondarovsky, diretor da ONG judaica Hillel Rio.

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Rizzolo: Vou repetir um comentário que já fiz anterirormente: ” Primeiramente, e antes de me adentrar à questão comercial em si ente o Brasil e o Irã, tão apregoada e enaltecida pelo ministro Celso Amorim (Relações Exteriores), a tal ponto que – de forma a “legitimar” a visita – dispensa uma análise sobre os valores democráticos pouco prestigiados e exercidos no Irã, gostaria de discorrer um pouco sobre este presidente de nome complicado.

Entendo que o grande problema é o perigo do radicalismo na pessoa de Mahmoud Ahmadinejad, que já manifestou o desejo de “varrer Israel do mapa” e negou a existência do Holocausto, provocando a comunidade internacional. Na verdade, sua atuação não representa uma ameaça apenas a Israel, mas a todas as nações comprometidas com a democracia. E mais, observem que entre outras coisas, Teerã já ignora três rodadas de sanções aprovadas pelo Conselho de Segurança da ONU e leva adiante suas ambições atômicas.

Agora se o Brasil aceita qualquer regime e chancela qualquer aproximação em nome ” das oportunidades de negócios”, nós estamos muito mal. E o presidente Lula, que é um democrata e amante da paz, acredito eu, sabe disso. Receber um presidente que semeia o ódio, propaga o antissemitismo, ignora a ONU, sob um pretexto comercial não é nada ético. Seria conceituar como aceitável, transações comerciais com pessoas ou empresas que cometem ilicitudes; e a pior ilicitude é aquela que provém da seara do ódio e da intolerância. Os formuladores de nossa política externa devem fazer uma reflexão.”

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Líder indígena diz que Exército deverá “pedir licença” para entrar na Raposa/Serra do Sol

As terras indígenas são de propriedade da União, com usufruto dos índios. Não há qualquer impedimento legal para que as Forças Armadas atuem em seus limites. Esse aspecto foi enfatizado com insistência pela Advocacia-Geral da União (AGU) e por ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) no julgamento que selou a demarcação em faixa contínua da Terra Indígena Raposa/Serra do Sol, em Roraima. A principal liderança indígena do Estado, no entanto, acredita que o Exército precisa comunicar previamente as comunidades antes de fazer qualquer operação na área, de 1,7 milhão de hectares.

“Nós estamos na nossa casa. Então, por que não podem pedir licença para nós? Se eu for falar com um coronel num quartel, desde a entrada eu serei investigado. Dizer que entra a hora que quiser é sacanagem e falta de respeito. Tem que avisar e informar as comunidades”, comparou o coordenador-geral do Conselho Indígena de Roraima (CIR), Dionito José de Souza. “Se o Exército, a polícia ou qualquer organização for trabalhar nas áreas indígenas, tem que comunicar às pessoas para elas ficarem sabendo o que está acontecendo. Não é nada demais comunicar aos tuxauas [caciques] o que vai fazer na Raposa/Serra do Sol”, acrescentou.

O argumento de que terras indígenas em áreas de fronteira comprometem a segurança nacional foi usado recorrentemente pelos setores contrários à demarcação contínua da Raposa/Serra do Sol.

Outro ponto de discórdia dos índios em relação à decisão do STF foi a proibição da cobrança de pedágio para o acesso de brancos à terra indígena. Os índios queriam fazer exploração turística no Lago Caracaranã, a 166 quilômetros de Boa Vista, que conta com uma praia de água doce e cristalina e é considerada um dos pontos mais belos do Estado. A ideia seria permitir a visitação dos brancos ao local mediante cobrança de taxas, que seriam revertidas para a comunidade.

“Se não for possível explorar assim, vamos fechar e deixar o lago só para uso dos índios mesmo. Não vamos abrir para os brancos sem receber nada”, disse Dionito.

Em relação às organizações não-governamentais nacionais e estrangeiras que trabalham com as comunidades, o líder indígena garantiu que passarão por um controle rigoroso. “Para comparecer lá [na Raposa/Serra do Sol], a ONG vai ter que ser reconhecida na Funai [Fundação Nacional do Índio], na Polícia Federal, e as comunidades conhecerem o seu trabalho. Vai haver uma autorização com respeito aos povos indígenas. Se o objetivo da ONG for dividir os povos, não vai entrar lá”.

Na Raposa/Serra do Sol vivem aproximadamente 18 mil índios das etnias Macuxi, Wapichana, Patamona, Ingaricó e Taurepang. As duas principais organizações indígenas da região são o CIR e a Sociedade dos Índios Unidos em Defesa de Roraima (Sodiu-RR), que frequentemente têm opiniões conflitantes. A Agência Brasil procurou pelos dirigentes da Sodiu-RR, mas não conseguiu localizá-los. Na sede da associação, em Boa Vista, a informação foi de que estavam dentro da reserva, envolvidos em uma eleição da entidade.

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Rizzolo: Bem, quem acompanha este Blog sabe da nossa luta contra a demarcação contínua e o absurdo de deixar uma vasta área sob controle indígena. Apesar dos pronunciamentos de grande parte do povo brasileiro, de autoridades do exército, e de muitos outros setores, prevaleceu a proposta contrária, e com respeito temos que acata-la. Contudo, o que se observa já de plano, é que a postulação crítica inicial nossa está sendo comprovada bem antes do que imaginássemos. Ora, exigir que o Exército Brasileiro ” peça licença” para adentrar em território nacional só pode ser uma piada de mau gosto. Bem já alertava o General Heleno quando afirmava o absurdo da política indigenista neste País. Está aí para todos verem o caminho que trilha essa política. Com a palavra os patriotas que como eu, muito embora foram vencidos nas suas proposições, ainda possuem discernimento e visão crítica, ao mesmo tempo respeitosa da r. Decisão do STF, no tocante à questão. Agora, as Forças Armadas ” Pedirem licença” para o Dionito, só pode ser brincadeira…

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Crianças e o Holocausto

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crianças judias de uma escola dutch portando suas estrelas amarelas

* por Rabino Chefe da Inglaterra, Professor Jonathan Sacks

Depoimento

A morte de uma criança é difícil de entender. O assassinato de uma criança é ainda mais difícil. O assassinato de um milhão e meio de crianças é impossível de compreender. E mesmo assim os líderes nazistas decretaram que, juntamente com todos os judeus adultos, as crianças judias também deveriam ser exterminadas.

A aniquilação foi quase completa: menos de dez por cento das crianças judias sobreviveram na Europa ocupada pelos nazistas. Os filhos não foram poupados do sofrimento e tortura imposto aos pais. Pelo contrário, como não podiam obedecer ordens e trabalhar, eram tratados ainda mais duramente.

Por exemplo, quando eram feitas as rondas, as crianças eram atiradas pelas janelas ou arrastadas pelos cabelos para serem jogadas nos caminhões. As crianças não foram poupadas da segregação, estigmatização, uso da estrela, superlotação, esconderijo, rondas, fuzilamento, deportação, trabalho escravo, campos de concentração, tortura, experimentos médicos, humilhação e assassinato. Muitas morreram através de inanição deliberadamente induzida, frio e doenças.

As experiências com crianças judias (menores de 13 anos) na Europa durante o Holocausto foram variadas. O mais comum, no entanto, era a constante e avassaladora sensação de medo que aquelas crianças enfrentavam diariamente. Nos primeiros anos, enfrentavam as mesmas humilhações pelas quais seus pais passavam; discriminação racial e abuso por parte dos colegas (e adultos, com o apoio do Estado), segregação da sociedade, expulsão das escolas e de toda a vida pública.

Algumas crianças judias eram escondidas dos nazistas. Eram dadas para amigos ou vizinhos não-judeus que fingiam ser os verdadeiros pais. Algumas vezes esses não-judeus escondiam as crianças por consciência ou caridade; outras vezes (com freqüência) exigiam pagamento para fazer isso. Alguns abusavam das crianças judias aos seus cuidados, verbal, física ou sexualmente.

Algumas das crianças escondidas dessa maneira tinham permissão de se misturar na sociedade não-judaica, embora naturalmente disfarçadas de cristãos. Como os meninos judeus eram circuncidados, estavam sempre em perigo porque era fácil conferir sua identidade religiosa. Para proteger seus filhos, algumas mães judias disfarçavam os filhos de meninas, ensinando-os a sentar para usar o toilete em caso de alguém suspeitar que eram meninos.

Nestes casos, porém, a criança tinha de manter a fachada de não-judeu, adotar um novo nome, aprender preces cristãs, e assim por diante. Ao final da guerra, algumas dessas crianças tinham esquecido quem eram suas famílias originais e até seus verdadeiros nomes.

Outras crianças foram escondidas durante toda a guerra. Sobreviveram em sótãos, porões, celeiros e outros esconderijos, às vezes com o conhecimento dos donos daqueles locais, outras sem que os proprietários soubessem. Algumas crianças não viram a luz nem tiveram refeições adequadas, e tiveram de procurar ou mendigar bocados de comida durante anos.

“Como crianças podem lidar com algo tão horrível?” perguntei a minha prima israelense anos depois enquanto tomávamos um café num terraço ensolarado com vista para o Mediterrâneo. “Naqueles tempos, as crianças não eram crianças,” disse ela baixinho. “Deixamos de ser crianças para enfrentar a morte.”

Fonte: site do Beit Chabad

Tenha um sábado feliz e uma semana de paz !

Fernando Rizzolo

Espanhóis planejam a compra de 100 mil hectares de terras na Amazônia

Uma ONG denominada “Manguaré” – que reúne cientistas espanhóis – planeja comprar 100 mil hectares de terras na Amazônia a pretexto de criar uma reserva natural a ser administrada por comunidades indígenas.

Segundo reportagem da agência “Efe”, a reserva ficaria entre a cidade colombiana de Leticia e o Parque Nacional de Amacayacu, situado na região de fronteira com o Brasil e o Peru, às margens do Rio Amazonas.

Javier Lobón, do Conselho Superior de Pesquisas Científicas (CSIC) da Espanha e membro da ONG Manguaré, ao argumentar pela necessidade da reserva afirmou que “a história da Amazônia passou por séculos de esquecimento, e quando alguém se lembrou da região os resultados foram catastróficos, porque os brancos nunca conversaram com os indígenas”. A afirmação do espanhol, diga-se de passagem, é, no mínimo, uma afronta a todo o trabalho desenvolvido pelos irmãos Villas-Bôas na defesa das comunidades indígenas.

A compra de enormes áreas de terra na Amazônia por estrangeiros ou entidades forâneas levou o governo a adotar medidas mais restritivas para a venda de terras na região, além de ampliar as exigências para atuação de ONGs estrangeiras em território nacional.

“Não queremos que alguém suponha que a terra não é nossa. Às vezes, nesses discursos, há pessoas que passam da conta – ‘A Amazônia é do mundo, não é do Brasil’”, afirmou no início do mês o secretário nacional de Justiça Romeu Tuma Júnior.

O governo investiga a atuação de grupos por espionagem industrial e biopirataria, além de prejudicar a cultura dos índios nativos. Tuma Júnior declarou que há “uma vontade política do governo de restringir, de criar efetivamente um controle” sobre a propriedade de terras. “É uma questão de soberania nacional”.
Hora do Povo

Rizzolo: Não podemos aceitar passivamente, essa “invasão branca” na Amazônia. E não se trata de xenofobismo ou nacionalismo exacerbado, mas sim da noção de soberania e patriotismo. As alegações de grupos estrangeiros que se escondem por trás de ” ONGS” sempre carregam no bojo de seus discursos a defesa do índio, que é uma forma argumentativa criando uma ” legitimidade”, de adentrarem em nosso território. Como bem lembrou o artigo, os lendários irmãos Villas-Bôas sempre participaram da luta na defesa das comunidades indígenas. Conheço pessoalmente o amigo e secretário nacional de Justiça Romeu Tuma Júnior, e sei que é um patriota em alerta.

General Heleno alerta para “flagrante” ausência do Estado nas fronteiras

O comandante militar da Amazônia, general Augusto Heleno Pereira, disse nesta quarta-feira, em Manaus, que a ausência do Estado é flagrante, principalmente nas áreas de fronteira da Amazônia. “O que já foi percebido não só por mim, mas por todos os que visitam a Amazônia, é a ausência flagrante do Estado brasileiro, principalmente nas áreas de fronteira, onde muitas vezes a única presença física efetiva é do Exército”, afirmou.

Em um balanço do trabalho na região nos últimos dois anos, o general salientou que a região sempre foi cobiçada por sua riqueza natural. “Conseguimos avanços fundamentais para que a Amazônia não seja vista como um país amigo. A Amazônia é Brasil e precisamos ter isso na cabeça. Não restam dúvidas de que a Amazônia é cobiçada”, disse.

“Seria ingênuo pensar que só os brasileiros pensaram em aproveitar os recursos naturais da região. Acho que temos o direito e o dever de aproveitar esses recursos em prol do povo brasileiro, dentro da política de desenvolvimento sustentável”, acrescentou o general.

O comandante cobrou investimentos para a melhoria do transporte na região. “Existe na região uma situação de transporte bastante crítica. A Amazônia é uma área com deslocamentos difíceis e problemáticos”, avaliou.

Na próxima segunda-feira, dia 6, o general Heleno vai passar o comando do Comando Militar da Amazônia ao general Luís Carlos Gomes Mattos e deverá assumir o Departamento de Ciência e Tecnologia do Exército, em Brasília. Segundo o oficial, seu sucessor tem vasta experiência militar, com 43 anos de serviço prestado ao Exército. “O general Matos conhece muito bem o Exército e a Amazônia porque serviu muitos anos na Brigada de Infantaria Paraquedista , que é uma força estratégica com atuação freqüente na região. Desejo a ele que seja tão feliz quanto eu fui aqui e receba imediatamente todo apoio que eu recebi do povo desta região. Essa população precisa muito de nós”, ressaltou o general.
Hora do Povo

Rizzolo: Todos sabemos que os deslocamentos na Amazônia são complicados. Falta investimento na área de transporte, e mobilidade significa poder de dissuasão. O general Heleno, deverá assumir o Departamento de Ciência e Tecnologia do Exército, em Brasília, departamento este de suma importância do Exército.

O Comando Militar da Amazônia passará a ser do general Luís Carlos Gomes Mattos militar experiente e do nível de patriotismo do general Heleno. Este Blog sempre prestigiou o Exército brasileiro e as demais forças, e muitos não entendem o porquê. A resposta é simples: os grandes patriotas deste País, ainda pertencem à Forças Armadas. E eu sou um patriota. Falo isso alto e em bom tom.

Analistas veem maior poderio militar do Brasil

SÃO PAULO – Especialistas em defesa afirmam que as compras de material militar recentemente fechadas pelo governo não apenas repõem a capacidade bélica do País, mas também apontam para uma alteração, a longo prazo, do peso político-estratégico do Brasil no mundo. Segundo esses pesquisadores, as Forças Armadas brasileiras continuarão distantes de países líderes no setor, como Estados Unidos, Rússia e China, e das potências europeias, como Reino Unido, França e Alemanha. Mas o País poderá aspirar a uma capacidade próxima da de outras nações da Europa, como Espanha e Itália, e assumir maior protagonismo internacional – exigível de um membro permanente do Conselho de Segurança (CS) da Organização das Nações Unidas (ONU), desejo da política exterior brasileira.

É um processo de reposição e ao mesmo tempo de modernização?, diz Geraldo Cavagnari, do Núcleo de Estudos Estratégicos da Universidade de Campinas (Unicamp). Desde 1995, as Forças Armadas vêm sofrendo um processo de desmonte. Ficamos desatualizados em termos de tecnologia militar.

A movimentação na área estratégico-militar foi intensa nos últimos três meses. Incluiu a compra de 63 helicópteros – 12 da Rússia e 51 da França -, a aquisição, também dos franceses, de quatro submarinos Scorpène e da tecnologia do casco do submarino nuclear, além da construção de um estaleiro para montar as embarcações e uma nova base naval no Rio de Janeiro. Também foi lançada a Estratégia Nacional de Defesa, documento de 64 páginas que lista 19 ações a serem iniciadas entre 2009 e 2010, para dinamizar a área. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Rizzolo: Levando-se em consideração a extensão territorial do Brasil, ainda estamos muito longe de termos uma Forças Armadas à altura do nosso território, contudo existem avanços. O problema é saber se realmente essa tal apregoada ” transferência de tecnologia”, vai realmente ocorrer. No caso do submarino nuclear, o que a França nos oferece é um esqueleto de submarino que poderá ser adaptado ao uso nuclear, ou seja, ele já prevê a opção nuclear que é na realidade essencial para o Brasil haja vista sua capacidade de autonomia diante do nosso vasto território.

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Lula quer melhorar Exército para defender Amazônia e petróleo

SÃO PAULO – A indústria de defesa no Brasil está totalmente desmontada, afirmou nesta segunda-feira, 22, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante o programa semanal de rádio Café com o Presidente. Lula destacou a necessidade de reorganizar e reestruturar as Forças Armadas, além do próprio Ministério da Defesa. “Um país que tem a dimensão que tem o Brasil, que acaba de descobrir reservas imensas de petróleo em águas profundas, que tem a Amazônia para defender, tem que montar uma estratégia de defesa, não pensando em guerra, mas pensando em garantir o seu patrimônio”, avaliou.

Na semana passada, Lula anunciou o plano de Estratégia Nacional de Defesa, desenvolvido pelos ministros Nelson Jobim (Defesa) e Mangabeira Unger (Assuntos Estratégicos), com o objetivo é definir de forma mais clara o papel das Forças Armadas. O presidente também elogiou a aproximação entre os representantes dos 33 países que participaram da Primeira Cúpula da América Latina, que ocorreu na semana passada na Costa do Sauípe, Bahia. “Nessa crise econômica, as pessoas perceberam que nós não podemos ficar dependendo de um ou de outro”, disse.

Nesta segunda-feira, o presidente Lula encontrará o presidente da França, Nicolas Sarkozy, que está em sua última viagem oficial como líder da União Européia. O francês terá no Brasil uma agenda repleta de anúncios positivos, mas precisará lidar com alguns assuntos delicados na relação bilateral, como a imigração. Do lado positivo da agenda, o destaque são os acordos na área de defesa. Um deles prevê a construção, no Brasil, de 50 helicópteros com tecnologia francesa que serão usados pela Força Aérea Brasileira.

Chico Mendes

Lula comentou ainda a importância histórica do líder ambientalista Chico Mendes, que conheceu na década de 80 e com quem, segundo o presidente, teve uma relação política muito forte. “Quando o Chico Mendes foi assassinado é que o Brasil tomou consciência de que tinha uma liderança extremamente importante. Eu acho que aos poucos nós estamos conseguindo que a sociedade brasileira compreenda a valorização do tipo de gente como o Chico Mendes”, comentou. Hoje completam-se 20 anos da morte do líder dos seringueiros do Acre.

Agência Estado

Rizzolo: O presidente Lula tem razão quando aponta que precisamos ter nossa indústria de defesa reconstruída. Na realidade não podemos conceber um País como o Brasil, com a nossa dimensão territorial, sem termos uma Força Armada equipada, e acima de tudo com um indústria nacional bélica capaz de supri-la em boa parte. A defesa da Amazônia é essencial, assim como nossas reservas minerais.

Vaticano rejeita abertura de arquivos do Holocausto

CIDADE DO VATICANO – O Vaticano rejeitou hoje os pedidos de grupos judaicos pela imediata abertura dos arquivos secretos referentes aos anos do Holocausto durante o papado de Pio XII. A Santa Sé informou que será necessário esperar pelo menos mais seis anos antes que estudiosos possam consultar os arquivos. Historiadores e grupos judaicos exigem há anos a liberação dos documentos.

Líderes judeus e historiadores acreditam que Pio XII esquivou-se demais durante a Segunda Guerra Mundial da missão de salvar judeus da campanha de extermínio promovida por Adolf Hitler na Alemanha nazista.

O porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi, qualificou como ”compreensíveis” os pedidos de consulta aos arquivos secretos da época, mas hoje divulgou comunicado informando que a catalogação dos cerca de 16 milhões de documentos deve durar ainda mais seis ou sete anos.

Agência Estado

Rizzolo: Essa atitude do Vaticano é muito triste, e denota a conivência e o comprometimento da Igreja Católica na omissão do Papa Pio XII frente a barbáries cometidas na Alemanha nazista. Na sua missão humanitária, que é o comprometimento dos ideais cristãos, a Igreja na época, deixou de se posicionar contra o extermínio de milhões de judeus, adultos e crianças, e agora nada mais justo seria, do que abrir os arquivos secretos referentes aos anos do Holocausto. Ísso é uma dívida da Igreja Católica com o povo judeu.

Em contrapartida, hoje em dia, as maiores doações ao Estado judeu, provêm dos evangélicos dos EUA e do mundo. O conceito de que toda história do cristianismo está diretamente ligada ao povo judeu, faz com que atitudes justas como a dos evangélicos, ou protestantes, sirvam como demonstração de gratidão, a tudo o que o povo judeu fez e contribuiu para o bem da humanidade, quer no campo da ciência, da arte, da política ou da medicina.

Quando leio notícias como esta, bem como outras, constato que o anti semitismo ainda ronda o mundo. Penso que o povo judeu, de forma velada, vive ainda numa “diáspora de intolerância”, e sofre de certa forma, pela ingratidão de alguns que não reconhecem a nobre contribuição judaica pelo desenvolvimento da humanidade, como parceiros de Deus.

Livro revela planos para ‘colônia nazista amazônica’ em 1935

FRANKFURT – Um livro alemão revela que, pouco antes da Segunda Guerra, militares nazistas planejavam estabelecer uma colônia no meio da selva amazônica.

Segundo o livro Das Guayana-Projekt (O Projeto Guiana, na tradução livre) expedições de cientistas alemães à Amazônia entre 1935 e 1937 levaram à idéia de criar uma “área nazista” na região.

O autor Jens Glüsing, correspondente da revista alemã Der Spiegel no Brasil, cita planos nazistas para invadir o Suriname e a Guiana Francesa com tropas que desembarcariam na Amazônia brasileira.

A área seria “perfeita para ser colonizada pela raça nórdica ariana”, disse o autor da idéia, o alemão Otto Schulz-Kampfhenkel, em uma carta ao então todo-poderoso general nazista Heinrich Himmler.

Influência

Os nazistas chegaram a se interessar pelo plano mirabolante, já que segundo Schulz-Kampfhenkel “uma base no norte da América do Sul diminuiria a influência dos Estados Unidos na região”.

“Se trata de um dos capítulos mais estranhos da era nazista”, diz Glüsing, que para seu livro fez pesquisas na Alemanha e no Brasil.

A obra foi publicada na Alemanha este ano e está tendo bastante repercussão depois que a revista Der Spiegel pôs trechos do livro em seu portal de história na internet, einestages.de, nesta semana.

Segundo o autor, o plano não foi adiante porque os nazistas tinham outros projetos mais importantes a realizar e a Guiana Francesa estava sob o comando do regime de Vichy, na França, que era uma marionete dos nazistas.

Submarinos alemães usaram a Guiana Francesa como base para atacar navios que trafegavam na região, diz Glüsing.

O diretor do Parque Nacional Montanhas do Tumucumaque, o alemão Christoph Jaster, organizou uma expedição três anos atrás para localizar pistas das expedições nazistas.

Em seu livro, Jens Glüsing diz que “tudo que ele encontrou foi o túmulo de um colega de Schulz-Kampfhenkel.” A cruz de madeira no meio da floresta ilustra a capa do livro.

BBC Brasil/ Agência Estado

Rizzolo: Observem que desde a época da Segunda Guerra, interesses internacionais já rondavam a nossa Amazônia. Desde aquela época, por sorte, contávamos com a determinação e a proteção por parte dos EUA . A esquerda brasileira ainda não se deu conta disso, ou se deu, está “apreciando” situação diversa. Hoje não mais são os nazistas que interessados estão na Amazônia, mas sim os flertes dos países pouco democráticos como Rússia, China, Irã, que com ajuda de seus aliados latino americanos, para melhor dizer Hugo Chaves e a sua turma, cobiçam nossa imensa Amazônia.

É claro que seria ingenuidade de minha parte, não entender que outros países mais democráticos também não pretendem fazer o mesmo; mas o caráter pouco democrático, ditatorial, manipulador e perigoso dos amigos de Chavez, é que nos faz pensar que com as nossas Forças Armadas debilitadas, abandonadas por falta de investimento, não nos resta outra alternativa, a não ser contar apenas com os EUA.

Aliás, aquela represália que o presidente Lula afirmou, que faria à Chavez sobre as manobras conjuntas com a Rússia, jamais ocorreu, pelo menos até agora. Como já afirmei anteriormente, aos olhos petistas, a Rússia pode. Não é ? O problema para a esquerda em geral, é outro, é a Quarta Frota americana, justamente quem eles deveriam agradecer. Isso a esquerda odeia ouvir. Mas eu falo mesmo, alto e em bom tom.

Índios da Sodiur pregam reserva Raposa do Sol não-contínua

A Sociedade dos Índios Unidos do Norte de Roraima (Sodiur), associação indígena que representa cerca de 5.231 habitantes da Raposa Serra do Sol, defende a criação de “ilhas indígenas”, ou seja, uma demarcação não-contínua da reserva.

Os tuxauas (líderes escolhidos em cada uma das cerca de 200 comunidades indígenas) da Sodiur querem que os comerciantes e fazendeiros permaneçam em áreas da reserva, ao contrário daqueles ligados ao Conselho Indígena de Roraima (Cir).

“Não defendo só sua classe não, eu vou defender aqui o preto, eu defendo aqui o índio, defendo aqui o branco. Então eu defendo a minha pátria brasileira”, afirmou o presidente da Sodiur, o índio Silvio da Silva, em reportagem do Jornal da Globo, na terça-feira.

O Sr. João e a índia Amazonina temem ser expulsos da Vila Surumu, pertencente à reserva. Apesar de casados há 44 anos e pais de 15 filhos, eles podem ter que sair porque João é branco. “Meus filhos todos serviram ao Exército para defender nossa pátria, e agora tenho que ser expulsa porque meu marido é branco”, reagiu Amazonina.

Hora do Povo

Rizzolo: Existem índios e ” índios” assim como brasileiros e ” brasileiros”. Está aí patente a dimensão do problema criado de fora para dentro do Brasil. O que me causa espécie, é a capacidade de alguns ” intelectuais” em apregoar uma perigosíssima demarcação contínua tutela por inimputáveis. Só quem não conhece geografia, mal intencionado, ou extremamente leigo, consegue dormir em paz deixando nossas fronteiras abertas numa região perigosa; e não preciso nem dizer porquê. Aos incautos a visão romântica indigenista a serviço do internacionalismo da Amazônia, aos patriotas opiniões como as do general Heleno. Escolha.
Veja também : Índios “patriotas” da CIR