CNI/Ibope: doença supera candidatura na citação a Dilma

BRASÍLIA – A doença da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, é mais conhecida entre os entrevistados ouvidos pela pesquisa CNI/Ibope que sua pré-candidatura à Presidência da República. Segundo o levantamento, divulgado hoje, o linfoma da ministra é a terceira notícia mais lembrada espontaneamente pelos entrevistados, com 10% das citações, enquanto a pré-candidatura teve 4% das menções.

A primeira notícia, com 15% das menções, é sobre a crise financeira internacional e seus efeitos no Brasil, seguida do lançamento do programa do governo de construção de casas populares, o Minha Casa Minha Vida, com 11% das citações. Os entrevistados eram questionados sobre quais foram as duas principais notícias sobre o governo que saíram na imprensa.

Também estão entre as mais citadas as viagens do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à China e à Turquia; os casos de gripe suína no Brasil; a criação da CPI da Petrobras; a redução do IPI para produtos como geladeira, fogão e máquina de lavar roupas; a doença do vice-presidente, José Alencar; e as obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). A pesquisa foi feita entre os dias 29 de maio e 1º de junho, em 143 municípios.
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Rizzolo: Realmente a doença da ministra ficou muito relacionada com a sua imagem. E isso é natural, como já mencionei em outro comentário, a ministra a ainda é uma desconhecida pelo povo brasileiro, e logo após suas aparições ao lado de Lula, surgiu a sua doença. Nada desmerecedor, ou que implique no avanço de sua candidatura, apenas uma anotação normal do ponto de vista midiático. O problema é que aqueles que torcem pela sua derrocada, aplaudem notícias como esta que pouco significam do ponto de vista eleitoral, pelo menos por hora.

Taxa de rejeição de Dilma é maior que a de Serra, diz pesquisa CNI/Ibope

Pesquisa CNI/Ibope divulgada nesta terça-feira mostra que o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), é o pré-candidato ao Palácio do Planalto com menor rejeição entre os eleitores. No total, 25% dos eleitores responderam que não votariam no tucano “de jeito nenhum” para a presidência, enquanto a rejeição à ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) chega a 34%.

O governador Aécio Neves aparece com 35% de rejeição, enquanto o deputado Ciro Gomes (PSB-CE), com 32%. A candidata com maior rejeição entre os eleitores é a ex-senadora Heloísa Helena (PSOL-AL), com 40% dos eleitores que responderam que não votariam na pré-candidata do PSOL “de jeito nenhum”.

Para o diretor de relações institucionais da CNI (Confederação Nacional da Indústria), Marco Antonio Guarita, a alta rejeição a Dilma e a outros pré-candidatos é consequência do desconhecimento da população a esses nomes.

“Há uma diferença muito grande de conhecimento dos pré-candidatos, o que aponta a rejeição. Candidatos menos conhecidos têm a probabilidade de ter uma rejeição maior, já que a rejeição ocorre em razão do desconhecimento”, afirmou.

Além de ter a menor rejeição entre os candidatos, Serra também aparece como o pré-candidato com maior aceitação junto à população brasileira. Segundo a pesquisa, 27% dos eleitores responderam que votariam “com certeza” no candidato tucano. Dilma aparece em segundo lugar, com 13% de aceitação, seguida pelo deputado Ciro Gomes, com 10%, o governador Aécio, com 8% e a ex-senadora Heloísa Helena, com 6%.

Entre os eleitores que poderiam votar nos pré-candidatos, sem ter a certeza, Serra e Ciro lideram empatados com 38%. Heloísa Helena aparece em segundo lugar, com 27%, seguida por Dilma, com 26%. Aécio aparece em último lugar com 21% dos eleitores que “poderiam votar” no tucano para o Palácio do Planalto.

Conhecimento

Segundo a pesquisa, o pré-candidato mais conhecido entre a população brasileira é Serra. No total, 31% dos eleitores responderam que “conhecem bem ou sabem muito” sobre o governador, enquanto a ministra Dilma é bem conhecida por somente 9 % dos eleitores.

Ciro Gomes, apontado como pré-candidato do PSB à presidência, aparece em segundo lugar sendo bastante conhecido por 13% dos eleitores, enquanto Aécio Neves é muito conhecido por somente 9% dos eleitores –empatado com Dilma e com a ex-senadora Heloísa Helena.

Serra também lidera quando a pesquisa questiona os eleitores se conhecem “mais ou menos” ou sabem alguma coisa sobre o pré-candidato. O tucano aparece com 45% das respostas, seguido por Ciro com 39%, Dilma e Heloísa Helena empatadas com 27% e Aécio com 20% das respostas.

Quando os eleitores foram questionados se “nunca ouviram falar” nos pré-candidatos, Aécio aparece em primeiro lugar com 21% das respostas, seguido por Dilma, com 15%. Em terceiro lugar aparece Heloísa Helena, com 11%, depois Ciro, com 4% e Serra com apenas 1% das respostas.
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Rizzolo: Ainda é muito cedo para uma avaliação. É bem verdade que Dilma ainda é uma desconhecida para o povo brasileiro, mas o avanço da pré candidata, demonstra que sua popularidade pode crescer muito. Esta questão da transferência de votos de Lula, ainda é por demais controversa. Serra por sua vez, já foi ministro da saúde, e fez uma gestão impecável. Serra é um administrador, aliás mais administrador do que político, e isso, por vezes atrapalha. Só o fato de não estar no centro da mídia já o faz diferente.

Dilma Rousseff é mais afinada com um projeto de Brasil inclusivo, de uma presença mais forte do Estado, mas este componente pode facilmente se tornar nulo, se Serra em sua campanha abarcar os programas de Lula, neutralizando os possíveis receios da população pobre, que viu suas vidas melhorarem. O governador Serra precisa falar mais, aparecer mais, colocar suas idéias ao povo, e se tornar mais popular, como Aécio Neves, afinal, como diz o povo, quem não aparece não é lembrado.

Aprovação de Lula sobe e intenção de voto em Dilma cresce, diz Sensus

BRASÍLIA – A aprovação pessoal do presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a um dos patamares mais altos registrados desde o início do primeiro mandato, informa pesquisa Sensus divulgada nesta segunda-feira.

A sondagem mostrou ainda que a pré-candidata do PT à sucessão presidencial, Dilma Rousseff, reduziu a diferença para seu concorrente principal, o governador paulista José Serra (PSDB).

Lula recebeu aprovação de 81,5 por cento dos entrevistados em maio frente a 76,2 por cento em março, segundo o instituto Sensus, em pesquisa encomendada pela Confederação Nacional do Transporte (CNT). A avaliação positiva do governo Lula também subiu, para 69,8 por cento, frente a 62,4 por cento em março.

Em meio à crise financeira mundial, o crescimento dos índices é resultado de uma melhor percepção da economia brasileira, segundo o Sensus.

Na corrida para a sucessão presidencial de 2010, Dilma aumentou a intenção de voto para 23,5 por cento, frente a 16,3 por cento em março. Em sentido inverso, Serra tinha 45,7 por cento em março e passou para 40,4 por cento em maio.

Esta é uma das primeiras pesquisas realizadas depois que Dilma anunciou que faz tratamento para combater um câncer linfático.

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Rizzolo: Realmente de acordo com a pesquisa, Dilma está subindo em relação à Serra. Não é por acaso, pouco se nota manifestações do governador, quer em eventos públicos, quer em noticiários. Serra ainda está politicamente enclausurado, e sua forma de ser não o expõe à mídia comprometendo dessa forma sua performance eleitoral. Até já entendo que seria a hora do governador pontuar as questões políticas relacionadas ao governo federal, mas ao que parece, Serra não deseja o embate antecipado, precipitado, até porque com os níveis de popularidade do presidente, os efeitos seriam adversos ao governador do estado.

Chinês morre de felicidade ao saber que despesas médicas estavam pagas

Sabe aqueles casos em que ficamos tão felizes, mas tão felizes, que soltamos um “quase morri de felicidade”? Pois é, um indigente chinês infelizmente passou do quase e morreu, literalmente, de êxtase ao saber que a comunidade local pagaria por suas despesas médicas, segundo o diário “Chongqing Evening News”.

O indigente, um idoso de sobrenome Zhu, vivia em Beipei, no município de Chongqing (sudoeste da China).

Ele morreu devido a uma crise de pressão arterial alta, depois de saber que receberia da comunidade o dinheiro que tinha gastado para o tratamento de várias doenças, já que na China o sistema de saúde não é gratuito.

O jornal local tratou o caso do indigente como um exemplo da falta de assistência médica universal e gratuita no gigante asiático. “Zhu nunca teria se excitado a ponto de morrer se tivesse protegido por um sistema de assistência social imparcial e sólido”, disse o diário.

“Esta triste história revela como muitos pobres têm de esperar por muito tempo para receber assistência médica”, conclui o jornal.

*Com informações da EFE

Rizzolo: Na realidade ele morreu pela emoção. Provavelmente a emoção, em saber da solidariedade, fez com que sua pressão arterial disparasse e ele veio a falecer. O problema da saúde pública é grave em todo mundo, porem o modelo europeu é o mais aconselhável e humano. Não podemos conceber um modelo de saúde pago num País pobre como o Brasil. Infelizmente aqui morre-se de tristeza, de abandono, por omissão do Estado.

No caso do cancêr, aqueles que podem pagar por um tratamento VIP, como a ministra Dilma Roussef, que vai tomar a medicação MabThera, que custa R$ 8.000,00 o frasco, tem maior probabilidade de cura, já os demais do SUS, ou as crianças da Casa Hope, tem menos chance de cura, porque o Estado não paga tal remédio, motivo: é caro. É isso ai.

Dilma pede a empresários que acelerem obras do PAC

PORTO ALEGRE – A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, reiterou hoje pedido a empresários envolvidos em obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para adotar um segundo turno de trabalho, onde for possível, ao realizar a primeira de 27 apresentações estaduais sobre o andamento dos investimentos. O aumento de ritmo nas obras do PAC tem duplo efeito, conforme ela, de estímulo ao crescimento econômico e combate aos efeitos da crise financeira mundial.

O secretário executivo do Ministério de Minas e Energia, Márcio Pereira Zimmermann, observou que a antecipação de obras no setor elétrico é vantajosa também para o fluxo de caixa dos empreendedores, que podem ofertar energia mais cedo no mercado e gerar receita.

Dilma reafirmou a meta de crescimento de 2% do Produto Interno Bruto do Brasil em 2009, apesar da redução de expectativa feita pelo Fundo Monetário Internacional, que ontem divulgou previsão de queda de 1,3% para a economia nacional este ano. A ministra disse que o FMI não tem mais o mesmo nível de informações que tinha sobre a economia brasileira até 2002. Ela lembrou que, em 2005, o FMI permitiu que o Brasil investisse R$ 500 milhões em saneamento, mesmo sem que o País terminasse de pagar seu empréstimo com o fundo. Em apenas uma obra do PAC – a recuperação do Rio dos Sinos (RS) – serão investidos R$ 500 milhões, comparou a ministra.

“Eu sei que hoje eles não têm a mesma informação”, afirmou. “Nós éramos obrigados a informar até a última vírgula do que se fazia aqui dentro”, acrescentou, sobre a prestação de contas ao fundo. A ministra também argumentou que o FMI não tem dados sobre programas como o Minha Casa, Minha Vida, a desoneração fiscal de produtos da linha branca e providências para ampliar o crédito em setores específicos que o governo tem adotado. “Não vejo nenhuma razão para ter respeito religioso por qualquer avaliação de qualquer órgão em detrimento das do governo”, avaliou.
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Ela admitiu que o governo, como os demais órgãos, tem dificuldade de fazer avaliações diante da crise e está tomando medidas para atenuar seu impacto. “Nós estamos trabalhando com a meta de um crescimento entre 1,5% e 2% este ano”, reiterou, ao citar medidas anticrise do governo, como o lançamento do programa habitacional Minha Casa, Minha Vida, a liberação de recursos para investimento pela Petrobras e uma política “agressiva” de preços mínimos e crédito na agricultura. “O governo não tem poupado esforços no sentido de combater a crise”, declarou. “Por isso, eu olho para a estimativa do FMI como ela é, uma estimativa.”
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Rizzolo: No tocante as obras do setor elétrico, estas são de suma importância. Não há como pensar em desenvolvimento sem geração de energia suficiente. Já na antecipação das obras do Pac, concordo com a ministra Dilma, não podemos nos ater a informações e dados do FMI.

A dinâmica macroeconômica é por demais variável, e os dados que o governo dispõe são confiáveis. Impulsionar a economia através dos programas desenvolvimentistas é caminho para alavancar a economia e produzir um mercado interno mais robusto. É por aí mesmo, estamos descobrindo que agir de forma contrária às recomendações do FMI pode nos levar à prosperidade. Agora Dilma além de “acelerar seu visual” precisa tornar-se mais dócil quando fala. Marta poderá ajudá-la nesse aspecto, aqui em São Paulo. Ou não ?

Lula culpa ricos pelos males da humanidade

DOHA – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva culpa os países ricos por praticamente todos os problemas da humanidade. Às vésperas do encontro do G-20 (grupo formado por grandes economias desenvolvidas e emergentes), que ocorre amanhã em Londres, Lula fez um duro ataque às economias desenvolvidas, alegando que são as responsáveis não apenas pela crise, mas pela degradação ambiental, pelos desequilíbrios no comércio e até mesmo pela insegurança coletiva. Lula, que participou da cúpula entre países árabes e sul-americanos em Doha, no Catar, já havia declarado há poucos dias que a crise era responsabilidade de “pessoas brancas de olhos azuis”.

Ontem, os governos dos dois blocos aprovaram um comunicado pedindo que os países ricos assumam as responsabilidades da crise e ajudem os países mais vulneráveis. Mas Lula também insistiu na necessidade de as economias emergentes unirem forças para defender seus interesses e evitar que a recessão se transforme em um “terremoto social e político”. Para ele, o G-20 é uma “extraordinária oportunidade de apresentar propostas consistentes para a reforma da governabilidade global”.

Lula listou sua agenda para Londres. Para ele, o Estado precisa ter um papel estratégico na economia. A regulação e a transparência das transações financeiras devem servir de “bússola para os novos tempos”. A posição é parecida com a que a Europa defenderá no G-20. O presidente ainda pediu a disponibilidade de créditos para irrigar a economia mundial, dinamizar o comércio e reativar os investimentos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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Rizzolo: Bem, o presidente na sua simplicidade, acaba fazendo afirmações por vezes superficiais, como ” a culpa por tudo é dos países ricos, ou a culpa é dos banqueiros de olhos azuis “. Mas como é ano próximo às eleições, a idéia básica do Estado forte de Lula, é fazer com que a intervenção Estatal nas medidas adotadas segure sim sua popularidade que cai nos mesmos níveis do desemprego no País. A candidatura da ministra Dilma sobe devagar, mas sobe, e sinceramente acredito que ela poderá deslanchar a medida que a crise econômica melhore. Há que reconhecer que o governo está jogando todas as cartas para melhorar, e isso tem muito a ver com Dilma.

‘Sou uma mulher dura cercada de homens meigos’, diz Dilma

BRASÍLIA – A ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, reclamou, em tom de desabafo, dos preconceitos sofridos pelas mulheres em cargos de chefia. Candidata do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à sucessão em 2010, ela arrancou aplausos em seminário sobre mulheres ao defender maior participação feminina em órgãos públicos e empresas, e chegou a comentar sua experiência no poder. “Em condições de poder, a mulher deixa de ser vista como objeto frágil e isso é imperdoável”, afirmou. “Aí começa a história da mulher dura. É verdade: eu sou uma mulher dura cercada de homens meigos”.

Pacote habitacional vai priorizar mulheres, diz Dilma Rousseff

Em discurso, a ministra disse que as mulheres que alcançam o poder não podem cometer os mesmo erros que às vezes os homens cometem. “Eles mandam e desmandam. E são suaves e meigos.” Dilma avaliou que o problema do preconceito na vida pública é sofrido menos por mulheres que estão à frente de programas da área social, como saúde, meio ambiente e educação, funções que segundo ela sempre são consideradas pela sociedade como relevantes e estratégicas.

O preconceito é maior, na sua avaliação, no caso de mulheres que comandam outras áreas. “Nós também somos mulheres capazes de atuar em áreas restritas, até agora, a homens. Eu sempre estive em áreas restritas a homens. Eu fui secretária de Fazenda, secretária e ministra de Minas e Energia e, agora, chefe da Casa Civil. Sempre fui a primeira e tenho certeza de que não serei a última”.

No discurso, a ministra afirmou que, daqui para frente, vai bater forte numa tecla que o presidente sempre bateu: a luta contra o preconceito. “O presidente sempre diz que não pode errar, pois fica difícil um outro trabalhador concorrer à Presidência. E nós, mulheres, também não podemos errar. É muito importante que tenhamos mulheres em áreas que só têm homem”. A ministra citou a escritora francesa Simone de Beauvoir: “ela dizia que a gente não nasce mulher; a gente se torna mulher. É uma construção histórica e cultural. E, no Brasil, a mulher tem uma forma generosa, mas sobretudo responsável e ética. Eu não quero cair numa situação fácil de dizer que a mulher é mais sensível e terna”.

Dilma disse que diariamente lida com problemas de preconceito e discriminação. Citou o caso da Petrobras, onde, segundo ela, só em 2007 foi nomeada a primeira diretora. A ministra ressaltou a importância de uma maior participação das mulheres na política. “Nós devemos participar de todo um processo de atuação política, sobretudo em conjunto, com as mulheres colocando a cabeça para fora para se eleger prefeitas, vereadoras, se tornar secretárias e governadoras.” Fez ainda uma menção a uma colega de luta armada, Eleni Guariba, morta durante o regime militar, ao lembrar que a violência, naquela época, não discriminou homens e mulheres. “A violência que bateu em Pedro também bateu em Maria”, comentou.

‘Ditabranda’

Ela criticou ainda avaliações feitas por setores da imprensa que classificaram o regime militar como uma “ditabranda” – a ministra se referia a editorial publicado no dia 17 de fevereiro pela “Folha de S.Paulo”, que citava a expressão. “Muitos ainda chamam a ditadura de ditabranda, numa inversão absurda de um processo de prisões, tortura e morte.” Segundo ela, “é um absurdo dizer que um regime de exceção foi menos violento que outro.” “Não interessa se são dez, cem ou mil que morreram. E no Brasil não morreu apenas um punhado de gente”.

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Rizzolo: Muito do que a ministra Dilma se refere é a realidade feminina. Agora, verdade seja dita, Dilma sempre foi dura, e não é porque está às voltas de homens meigos que se tornou como tal. Também é verdade que não é qualquer mulher que se dispõe a pegar em armas contra um regime de exceção; o passado diz muito sobre a personalidade. O fato de priorizar a mulher é essencial e Dilma está corretíssima, quer do ponto de vista da participação política, quer na moradia.

A candidata Dilma Roussef se antecipa em sua campanha e tenta cooptar o voto feminino, discursando sobre o preconceito, e já antevendo os argumentos de seus adversários. Afinal isto para mim já é campanha, ou não é? PSDB é que está atrasado. Ou gritar sobre a postura da candidata Dilma em seus preceitos eleitorais também será preconceito?

Lula critica viagens de Serra em reunião da base aliada

BRASÍLIA – Um dia depois de pedir paz à oposição, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu a chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, do bombardeio dos adversários e pôs na berlinda as viagens do governador de São Paulo, José Serra (PSDB). Na primeira reunião do ano com o Conselho Político – formado por representantes de 14 partidos da base aliada -, Lula questionou a ida de Serra a Cascavel (PR), na última sexta-feira, onde o tucano participou de um show rural. A oposição critica Dilma porque ela vai a inaugurações de obras. E o que Serra estava fazendo em Cascavel? Que obra o Estado de São Paulo tem lá??, perguntou o presidente, com uma pitada de ironia. Dilma é pré-candidata do PT à sucessão de Lula e deve enfrentar Serra, que pleiteia a indicação do PSDB.

Lula tirou o caráter eleitoral das viagens e afirmou que Dilma, por ser a coordenadora do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), tem a obrigação de verificar o andamento das obras. Ao negar que o governo esteja antecipando a campanha de 2010, ele garantiu que o Planalto não se intimidará com as queixas do PSDB e do DEM. Contrariado com as críticas, Lula afirmou que não vai deixar de governar nem de levar Dilma a tiracolo nas viagens por causa da eleição de 2010. Foi nesse momento que citou Serra.

Na sexta-feira, questionada sobre os ataques da oposição, que a acusa de pôr o PAC no palanque, a ministra mostrou que tem recebido treinamento político para escapar das polêmicas. Fui para a cozinha fazer o prato e é natural que esteja presente na hora de servir, reagiu a chefe da Casa Civil. Estou no palanque desde o dia em que lancei o PAC, em janeiro de 2007, pois minha atividade no palanque é intrínseca à minha função. Este governo tem a mania de falar com o povo. Tem gente que não gosta. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Rizzolo: A verdade é que a campanha para 2010 já começou, tanto o PT quanto o PSDB – este ainda tímido já se articulam e vendem as imagens dos candidatos. O problema é que o PT já tem candidato definido, e o PSDB como sempre, ainda vive a ” síndrome da divisão interna”, aliás parece que existes dois ” PSDBs”, o do Serra e o do Aécio.

Os argumentos Lula são válidos, ou seja, questões de “cunho interpretativo”. Já o governador de São Paulo, José Serra, informou aos dois principais dirigentes do PSDB que aceita medir forças com o governador de Minas, Aécio Neves, numa eleição prévia para 2010. É bom resolver logo isso, Dilma já está na frente, pelo menos na campanha.

Ipea: indústria é o setor mais pessimista

SÃO PAULO – O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) mostra que a indústria é o setor mais pessimista em relação à economia para os próximos 12 meses, contrastando com a maior confiança sentida no comércio e serviços. O presidente do Ipea, Marcio Pochmann, ressaltou que a indústria tem uma visão “mais crítica” da situação atual e frisou que o setor não está pessimista, mas tem sim uma “visão de adversidade”.

Pochmann acredita, também, que o comércio talvez ainda não tenha sofrido os efeitos mais diretos da própria crise. De acordo com o Sensor Econômico do Ipea, divulgado hoje pela primeira vez, o componente de parâmetros econômicos revelou confiança ou otimismo com relação à queda dos juros, à estabilidade no câmbio e ao comportamento moderado da inflação. Em contrapartida, os aspectos sociais foram fonte de preocupação, como o desempenho de variáveis como massa salarial, pobreza, desigualdade e violência.

A indústria é o segmento mais preocupado com o seu próprio desempenho. O setor se mostra apreensivo com relação à expectativa de melhora da utilização da capacidade instalada e espera um quadro adverso para as contratações e a margem de lucro para os próximos 12 meses. O setor de comércio e serviços, contudo, mostra-se apreensivo com relação à utilização da capacidade e à previsão de margem de lucro, e espera um cenário adverso apenas nas contratações. Para Pochmann, “haverá, provavelmente, como fruto da crise, a ampliação do desemprego e possivelmente da violência”.

Confiança

A agropecuária foi o único setor que demonstrou confiança com a utilização da capacidade, mas revelou apreensão com a expectativa de novas contratações e um cenário adverso com a margem de lucro. Comércio e serviços foi o único setor que mostrou apreensão com as expectativas de expansão da massa salarial, em contraste com a agropecuária e a indústria, que veem um quadro adverso para o próximo ano.

Com relação à desigualdade social, todos os setores mostraram apreensão. Em relação à violência, todos esperam um cenário adverso. A preocupação com o aumento das exportações ficou patente em todos os setores, que se mostraram apreensivos, ou mesmo esperaram um cenário adverso para os próximos 12 meses. Com relação à previsão de crescimento do PIB, agropecuária e indústria se mostraram confiantes e comércio e serviços demonstrou otimismo.

O sensor do Ipea mostrou que todos os setores mostraram otimismo com relação à taxa de câmbio e ficaram divididos entre confiança e otimismo com relação à inflação. Já a taxa de juros foi motivo de apreensão apenas para a agropecuária, enquanto indústria, comércio e serviços se disseram confiantes.

O sensor foi elaborado por meio de entrevistas com 115 entidades do setor produtivo, realizadas na terceira e quarta semanas de janeiro. O levantamento abrangeu todos os setores da economia, com exceção do financeiro e do informal. O Ipea elaborou uma escala que varia de -100 a +100 pontos. Entre -100 e -60, o resultado indica pessimismo; na faixa entre -60 e -20, indica adversidade; entre -20 e +20, apreensão; entre +20 e +60, aponta para confiança; e entre +60 e +100, revela otimismo.
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Rizzolo: O que se observava até novembro, era medidas que visavam a redução da jornada de trabalho, contudo o que vemos hoje diante do pessimismo na indústria, é a efetiva redução de vagas. É claro que esta atitute é geralmente a última a ser adotada, por que o custo das demissões é alto. Os efeitos da crise como bem assinalou Pochmann será a ampliação do desemprego e possivelmente da violência.

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Oposição acusa Lula de usar balanço do PAC para promover Dilma para 2010

A oposição acusou nesta quinta-feira o presidente Luiz Inácio Lula da Silva de fazer propaganda eleitoral antecipada para a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) ao prometer executar R$ 646 bilhões em obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) até 2010. O líder do DEM na Câmara, deputado Ronaldo Caiado (GO), disse que o governo agiu com “má fé” ao prometer executar todas as obras do programa em meio à crise financeira internacional.

“Ele [Lula] usa o PAC para antecipar a campanha. Isso é para sinalizar que a ministra Dilma vai dar continuidade às obras a partir de 2011. É se beneficiar da crise para antecipar 2010′, disse Caiado.

Assessores técnicos do DEM fizeram levantamento que aponta o empenho de R$ 18,7 bilhões em obras do PAC em 2007 e 2008, dos quais R$ 11,4 bilhões foram efetivamente pagos. Com os números em mãos, Caiado disse que o governo não terá condições de cumprir a promessa de ampliar em R$ 142 bilhões o montante previsto para as obras do PAC até 2010.

“Agora falam em executar mais de R$ 660 bilhões em dois anos. São mais de R$ 300 bilhões por ano, e a economia antes estava em crescimento. Agora estamos em crise, então eu pergunto: de onde vem esse dinheiro? É uma peça de ficção, não é um plano de governo”, disse.

Ao fazer um balanço do PAC nesta quarta-feira, Dilma anunciou a decisão do governo de aumentar em R$ 142 bilhões o montante previsto para as obras do PAC até 2010. Para o período pós 2010, foram acrescentadas obras que somam R$ 313 bilhões.

Com isso, o programa soma agora R$ 1,14 trilhão, R$ 455 bilhões a mais do que o previsto no lançamento, há dois anos. No inicio, a previsão era de gastar R$ 503,9 bilhões entre 2007 e 2010 e R$ 189 bilhões a partir de 2010. Agora, os gastos serão de R$ 646 bilhões e R$ 502 bilhões, respectivamente.

Até agora, o governo federal gastou apenas 60,32% do previsto no Orçamento da União para obras do PAC. No ano passado, foram efetivamente pagos R$ 11,4 bilhões por obras do programa, sendo que a dotação era de 18,9 bilhões. O valor empenhado (reservado para pagamento) em 2008 chega a R$ 17 bilhões.

Folha on line

Rizzolo: Lula quer de qualquer forma fazer Dilma sua sucessora. A pergunta de Caiado é procedente quando este aumento se dá num momento de crise. Volta-se à velha questão interpretativa das afirmações, quando o presidente Lula afirma prometer executar R$ 646 bilhões em obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) até 2010, pode-se ter duas leituras, uma que não envolve a ministra Dilma, e outra que com ela isso sim irá adiante.

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PAC vai investir R$ 1 bilhão na urbanização de favelas do Rio

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As obras vão desde saneamento básico e construção de moradias à pavimentação de ruas e instalação de postos de saúde e policiais. A parceria prevê recursos do PAC e contrapartida do governo do Rio

Uma parceria entre o governo federal e o governo do Estado do Rio de Janeiro irá transformar a vida dos cerca de 300 mil moradores das favelas da Rocinha, do Complexo do Alemão e de Manguinhos com o projeto de urbanização das favelas do Rio.

Através do PAC (Plano de Aceleração do Crescimento), o governo federal irá investir R$ 960 milhões que, somados aos recursos do Estado, serão destinados à pavimentação de ruas, obras de saneamento, construção de moradias, escolas, postos de saúde e policiais e de áreas de lazer. Os recursos serão liberados pela Caixa Econômica Federal, e as obras iniciam no dia 22 de outubro.

De acordo com Ícaro Moreno Júnior, presidente da Emop (Empresa de Obras Públicas do Rio de Janeiro), o projeto de urbanização tem como principal objetivo o combate ao tráfico: “A grande virada é exatamente isso. Você vai nas comunidades e quem comanda na sociedade realmente são os traficantes. Então essa mudança para o Estado tutelar, e isso, não só através das intervenções e sim das políticas públicas, o Estado comandando”, afirmou Moreno Júnior, em entrevista ao jornalista Paulo Henrique Amorim, no último dia 18.

ROCINHA

Serão realizadas obras nas três favelas do Rio. À população da Rocinha será entregue um grande presente: uma passarela criada por Oscar Niemeyer, que irá integrar a favela com Gávea e São Conrado. Com 150 mil habitantes, na Rocinha também serão construídos um centro de esporte e lazer e uma unidade hospitalar. Moreno Júnior disse ainda que “nós selecionamos uma área de 5,5 hectares, no meio da Rocinha, onde tem o maior índice de tuberculose, onde tem pouca ventilação, pouca iluminação. E ali nós estamos trabalhando com ruas, transformando, porque ela está muito adensada, e estamos construindo unidades habitacionais de até três andares”.

Já estão previstos 450 apartamentos para acolher os removidos na Rocinha e, em Manguinhos, serão prédios com 2 mil apartamentos. Para o presidente da União Pró-Melhoramentos dos Moradores da Rocinha, William de Oliveira, “ninguém gosta de deixar sua casa. Mas tem horas em que isso é preciso. A comunidade vai apoiar. Esse projeto vai mudar a história da Rocinha”.

No Complexo do Alemão serão investidos R$ 495 milhões, e a principal obra é a construção de um teleférico, que tem a meta de facilitar a acessibilidade dos cerca de 100 mil moradores da comunidade. As ruas serão alargadas e o teleférico será integrado às estações de trem e metrô. “Nós vamos passar, no mínimo, a ter ruas de quatro metros a sete metros”, explica Moreno Júnior.

Segundo a Secretaria de Estado de Obras do Estado, no Complexo do Alemão será criado ainda o Parque Serra da Misericórdia, a construção de um grande lago, e o plantio de árvores em uma área de 400 hectares.

MANGUINHOS

Em Manguinhos, será urbanizada a Avenida Leopoldo Bulhões e a linha férrea será elevada a 3,5 metros de altura, permitindo a construção de um grande parque linear na região e postos para a implantação de políticas públicas. “Nós vamos ter centro de geração de renda”, disse Moreno. “Esse parque é um parque de integração. Nós vamos buscar integrar e abrir. Você não tem mais muros, você abre e integra esse binário da Uranos com a Leopoldo Bulhões”, explica. “O parque vai ligar também com a Avenida Brasil, que hoje é longe”.

Na visita ao Rio de Janeiro, na semana passada, o presidente Lula destacou que “é na concentração de muita gente morando de forma inadequada, em condições inaceitáveis, com criança repartindo lugar com rato e barata, que se forma a cabeça de uma pessoa que nasceu para ser mulher e homem de bem. São essas condições de moradia que levam a descaminhos que não gostaríamos”. No Programa Café com o Presidente, dessa segunda-feira, Lula destacou a expectativa de investimentos proporcionada pelo PAC, e afirmou que “nós vamos colocar R$ 40 bilhões nos próximos três anos e meio na urbanização de favelas e em saneamento básico. A partir deste ano, começa a aparecer esse dinheiro na praça, começam a ser feitos os contratos com as empresas e começa a construção com a geração de emprego e com a distribuição de renda”.

Para o governador Sérgio Cabral, “estamos fazendo um programa social para ocupar meninos e meninas nas comunidades. Vamos começar pelo Complexo do Alemão em função de todo o enfrentamento que estamos tendo naquela região”. Cabral disse ainda que “temos uma parceria muito sólida com o presidente Lula, que vai se desdobrar para as comunidades do Rio em investimentos urbanísticos nunca feitos antes do Estado do Rio de Janeiro”.

JÚLIA CRUZ
Hora do Povo
Rizzolo: É atuando na inclusão social que o problema da criminalidade diminuirá, o tráfico existe porque não existe a presença do Estado, o investimento previsto pelo PAC de R$ 40 bilhões nos próximos três anos e meio na urbanização de favelas e em saneamento básico é um avanço enorme do governo Lula na direção da inclusão social. Agora pra elite, isso é gastar dinheiro à toa, ou então como eles gostam de dizer, ” precisamos ensinar a pescar ” ,” não fazer melhorias “, depois ficam fazendo passeatas a favor da paz etc. O que se precisa é inclusão social, distribuição de renda , e o resto você mesmo sabe o que é necessário, mudar o regime, né .