PT vai conversar com Sarney antes de decidir sobre licenciamento

Parlamentares decidiram marcar audiência com o presidente nesta quarta.
Só depois é que o partido deve resolver posição sobre afastamento.

Depois de passar o dia em silêncio sobre o licenciamento de José Sarney (PMDB-AP) da presidência do Senado, a bancada do PT decidiu anunciar apenas nesta quarta-feira (1) se vai apoiar o afastamento do presidente ou se vai defender a sua manutenção no comando da Casa.

Depois de duas horas de reunião, já no final da noite desta terça, o líder do PT, Aloizio Mercadante (SP), disse que os integrantes da bancada preferiram marcar uma audiência com Sarney nesta quarta, para apresentar um conjunto de propostas de reforma administrativa ao presidente. Dependendo do que for tratado nesse encontro, o PT irá anunciar a sua posição sobre o licenciamento de Sarney.

“Adotamos uma decisão coletiva de procurar o presidente Sarney para fazer recomendações e expor as angústias do partido. Só depois vamos nos pronunciar sobre a condição do presidente na Casa”, afirmou Mercadante.

Mercandante informou que o partido vai propor a Sarney a criação de uma comissão com representantes dos partidos e funcionários da Casa para coordenar uma ampla reforma administrativa. “Queremos promover uma Lei de Responsabilidade Fiscal no Senado para fazer uma reforma profunda da instituição”, disse o líder petista.

A posição de Sarney em relação a essa comissão poderá ser condicionante para a adesão petista à manutenção do presidente no cargo.

Na tarde desta terça-feira, pouco depois de a bancada do DEM confirmar o apoio ao licenciamento do presidente do Senado, a líder do governo no Congresso, senadora Ideli Salvatti (PT-SC), foi a primeira petista a sair em defesa do colega.

Discursando no plenário da Casa, a senadora condenou a personalização da crise do Senado. “O que está vindo a público é coisa que tem muito tempo, não é nada recente, é muito antigo. E tudo tem muitas mãos, tem a participação de muitos”, argumentou Ideli.

Ela defendeu Sarney alegando que o colega adotou todas as providências que foram propostas pelos outros parlamentares. “Eu vou defender na bancada que nenhuma medida pode ser adotada contra qualquer um dos senadores”, afirmou, referindo-se à reunião da bancada do PT que deve ocorrer por volta das 19h desta terça.

Ideli ainda criticou o que chamou de “tendência de se personalizar ou partidarizar” a crise no Senado. Para a senadora, uma abordagem que “personalize a crise, forçando-se para que determinada pessoa se afaste”, não resolverá o problema, além de ser “injusta”.

“Ninguém pode ser acusado, afastado, antes que as investigações sejam concluídas. Senão não vamos resolver nada. Continuaremos lendo essas matérias [de denúncias] até que o Senado se inviabilize”, declarou a petista.

Adotando o discurso utilizado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a senadora disse que as denúncias têm impedido que se debatam assuntos mais importantes para o país.

globo

Rizzolo: É vergonhosa a atitude do PT frente à crise do Senado onde o centro das denúncias envolve Sarney. Sair em defesa de Sarney por questões políticas visando o apoio do PMDB em 2010 denota a pouca vocação petista às causas que vã ao encontro à moralidade do Congresso, além disso essa turma petista que árduamente defende Sarney, não quer que em seu lugar assuma a oposição, e com isso fortaleça a instalação da CPI da Petrobrás. Quando próprios integrantes do partido já pedem seu afastamento, ainda alguns insistem em mante-lo e defende-lo sob a indignação do povo brasileiro, que já não suporta mais tanta corrupção. Pautados pela popularidade de Lula, infelizmente os petistas se acham acima dos desígnios morais do povo, e por interesses eleitoreiros defendem o indefensável. Politicamente esse país vai realmente mal, falta vergonha mesmo.

Publicado em 'A crise não é minha, Aécio Neves 2010, atos secretos, últimas notícias, blog da Petrobras, Blog do Rizzolo, Brasil, cotidiano, CPI da Petrobras, Crise do Senado e Sarney, crise moral atinge o Senado, crise moral no Congresso, economia, eleições 2010, General Augusto Heleno, geral, Jarbas Vasconcelos, Jarbas Vasconcelos (PE), licenciamento de Sarney, Lula defende Sarney, News, notícias, Petrobras em crise ?, Petrobras recua no blog, Política, Principal, PT defende Sarney. Tags: , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , . Leave a Comment »

O Blog da Petrobras e os discursos do presidente

Uma das características do Presidente Lula é a sua capacidade pessoal de falar com o povo à sua maneira: de forma simples e objetiva, o que facilita a compreensão da maior parte do povo brasileiro. Sua fala é quase um dialeto, enriquecido com exemplos populares, o que de certa forma, empresta ao seu discurso um colorido pessoal, familiar e popular.

As velhas formas intelectualizadas e reflexivas que fizeram dos presidentes anteriores, líderes mais distantes do povo, agora dão lugar a uma nova linguagem: a linguagem popular e descontraída. Difícil será aos demais candidatos aprenderem tal dialeto, que tem na sua formação e exegese , a vivência dos pobres do dia-a-dia, as expressões calcadas nos conflitos oriundos das relações empregado-empregador, e na espontaneidade das risadas no chão de fábrica, nas horas vagas dos operários.

Da mesma forma, os jovens se comunicam de modo específico; absorvem as notícias rápida e objetivamente e passam a maior parte do seu tempo disponível, na Internet. Nesse esteio de pensamento, unindo uma linguagem clara e dirigida ao público jovem com um instrumento aceito no meio digital – os blogs – a Petrobras decidiu publicar as perguntas que lhe são formuladas por escrito pela imprensa, bem como as respostas dadas.

A imprensa não gostou. Entende que tal atitude intimida jornais e jornalistas quebrando a confidencialidade que deve orientar a relação destes com suas fontes. Fica patente que em face aos fatos que legitimam o uso de novas tecnologias, a Petrobras agiu bem, contudo, há de se reconhecer que em função de uma CPI, subtrair ou desconsiderar o papel da imprensa e dos jornalistas de uma forma geral é desacreditar em profissionais categorizados, desqualificando os demais meios de comunicação que não sejam os próprios, uniformizando o noticiário e restringindo o debate.

Os jovens, o povo brasileiro e os leitores, devem obter nas notícias conteúdos de cunho crítico e reflexivo e isso, só a imprensa como um todo, pode oferecer. Os blogs, jornais, noticiários, devem, de forma conjunta, extrair o rico conteúdo das informações e processá-las de forma ampla, para que a linguagem seja cada vez mais acessível e apropriada a todos tipos de leitores, amplificando a essência crítica que é um dos pilares da democracia e transformando-a numa dialética do pensar, assememlhando-se, assim, assim aos discursos do Presidente: de fácil compreensão, rico em exemplos, abrangendo os pobres e os eruditos.

Fernando Rizzolo

Lula brinca com Chávez: ‘Com Dilma vou comandar a Petrobras’

SALVADOR – Sem saber que estavam sendo ouvidos pela imprensa, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e seu colega venezuelano Hugo Chávez discutiram nesta terça-feira o projeto de uma refinaria em Pernambuco, cujo modelo de construção conjunta ainda carece de acordo.

“Se eu conseguir eleger a Dilma (Rousseff, ministra da Casa Civil), vou ser o presidente da Petrobras e você (José Sérgio) Gabrielli vai ser meu assessor”, disse Lula, referindo-se ao atual presidente da estatal brasileira.

Apesar de frustrado com a falta de acerto entre a Petrobras e a estatal venezuelana de petróleo PDVSA em torno da refinaria de Abreu Lima (PE), Chávez ainda dizia que “esse acordo vai sair”.

Os dois presidentes estavam reunidos junto com ministros e assessores em um hotel de Salvador (BA) quando o som do sistema de tradução simultânea chegou até a área onde estavam os jornalistas. Pouco depois, o som foi corrigido.

As discussões sobre a refinaria foram prorrogadas por mais 90 dias.

agência estado

Rizzolo: E vocês acham que isso pode não acontecer ? É claro que foi uma brincadeira, com um bom fundo de verdade. Ademais se não há possibilidade de um terceiro mandato, existe coisa melhor: a Petrobrás. Acredito também que esse acordo vai sair, e muitos outros acordos sairão também até 2010.

Banco chinês concede à Petrobras maior crédito da China ao Brasil

Pequim, 19 mai (EFE).- A Petrobras assinou hoje um crédito com o Banco de Desenvolvimento da China (CDB, em inglês) pelo qual receberá US$ 10 bilhões durante dez anos, no maior empréstimo recebido do Brasil pela China, disse hoje o presidente da petrolífera, José Sérgio Gabrielli, em entrevista coletiva.

A quantia será utilizada pela Petrobras para financiar investimentos da firma, entre elas a compra de bens e serviços, com preferência de empresas chinesas, em uma concessão que será devolvida ao banco chinês com a receita por vendas do petróleo, disse Gabrielli.

Neste sentido, e como contrapartida ao crédito, a Petrobras aumentará seu fornecimento de petróleo à Unipec Asia, subsidiária da chinesa Sinopec, para 150 mil barris diários durante o próximo ano, e para 200 mil durante os nove anos seguintes.

Com este montante, os créditos recebidos pela Petrobras sobem este ano para US$ 30 bilhões, incluindo US$ 6 bilhões da Associação do Petróleo, US$ 2 bilhões do banco Exim chinês, US$ 10 bilhões do Banco Nacional e US$ 12 bilhões do BNDES.

“É a primeira vez que recebemos tanto crédito, e em um momento de crise”, ressaltou Gabrielli.

Nesta situação, o presidente da Petrobras prevê que o balanço para o próximo ano será “mais que suficiente”, calculando um preço de US$ 37 por barril, frente aos US$ 60 atuais.

O presidente da Petrobras se referiu também às acusações de corrupção sobre a empresa, acusada de evasão de impostos.

“Estamos preocupados”, reconheceu Gabrielli. “Vamos responder todas as perguntas com transparência. Temos uma reputação sólida e procedimentos bastante claros”, acrescentou.

Os acordos assinados hoje pela Petrobras na China se enquadram dentro dos 13 documentos assinados entre o Governo brasileiro e o chinês no segundo dia da visita de Estado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao país asiático, de onde partirá amanhã com destino à Turquia.
EFE

Rizzolo: Não resta dúvida que este crédito ao Brasil do Banco de Desenvolvimento da China (CDB, em inglês) pelo qual receberá US$ 10 bilhões durante dez anos, no maior empréstimo recebido do Brasil pela China, é uma ótima notícia. A China tem um grande problema no fornecimento de petróleo, ademais nos patamares das taxas de crescimento do País a sede por fontes de energia cresce a cada dia.

Os números em relação aos créditos recebidos pela Petrobras assustam; e como diz o texto sobem este ano para US$ 30 bilhões, incluindo US$ 6 bilhões da Associação do Petróleo, US$ 2 bilhões do banco Exim chinês, US$ 10 bilhões do Banco Nacional e US$ 12 bilhões do BNDES. Quanto a este último é classificado como o maior Banco de Desenvolvimento do mundo.

Ministro diz que a oposição quer privatizar a Petrobras

CURITIBA – O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, disse nesta segunda-feira, 18, em Curitiba, que a oposição, com a criação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar possíveis irregularidades na administração contábil da Petrobras, pretendem “desmoralizar” a empresa com o intuito de privatizá-la. “O que o PSDB gostaria mesmo é de privatizar a Petrobras e eles não conseguiram fazer isso no governo Fernando Henrique”, disse.

“Provavelmente vão querer desmoralizar a Petrobras para fazer isso no futuro, mas tenho certeza de que não vão conseguir.” Bernardo afirmou que o governo vai esclarecer todas as suspeitas levantadas contra a empresa. “E vamos continuar fazendo investimentos na área do pré-sal normalmente, mantendo a Petrobras com a grande empresa que é”, destacou. Segundo ele, o Brasil anda na contramão da tendência mundial. “Enquanto os grandes países desenvolvidos estão fazendo tudo para proteger suas empresas, nós fazemos alguma coisa para derrubar a maior empresa do continente sul-americano”, reclamou.

“A oposição, no seu afã de dificultar as coisas para o governo pode prejudicar uma empresa que é das maiores do mundo.” O ministro do Planejamento ressaltou, no entanto, que a instalação da CPI não conseguirá paralisar as atividades do governo. “Nós vamos fazer a disputa política, vamos acompanhar essa gritaria que estão fazendo, mas de forma alguma vamos deixar paralisar, nem as ações de investimento da Petrobras serão paralisadas, nem o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), nem o programa Minha Casa, Minha Vida. Vamos tocar tudo normalmente”, assegurou Bernardo.
agência estado

Rizzolo: Durante alguns dias tentei refletir sobre esta questão da CPI da Petrobras. Nunca fiquei tão à vontade para não tomar partido da oposição, tampouco defender o governo, senão vejamos: Denúncias existem, indícios de irregularidade não faltam, e o correto é instaurar uma CPI e se aprofundar nas investigações do ponto de vista técnico-jurídico, contudo o que está ocorrendo, é que a oposição tenta utilizar a CPI como cortina de fumaça para se resguardar também das denúncias de improbidade parlamentar no Congresso – pura manobra diversionista.

Ao mesmo tempo que, ao desmoralizar a Petrobras, pavimenta-se o terreno para um debate sobre uma eventual privatização, o que é abominável. A verdade é que vem a CPI numa hora errada, engendrada para servir a fins eleitoreiros. Mas como passarmos incólumes às denúncias? Não há como, o povo pedirá uma investigação.

E o pior a CPI não é só da Petrobras, é também da ANP Agência Nacional do Trabalho, há várias suspeitas sobre a ANP e foi isso que motivou a oposição a pedir a abertura da CPI. Entre elas, estão a suspeita de desvios na distribuição de royalties do petróleo e um estranho acordo feito pela agência com os usineiros.

A ANP pagou R$ 178 milhões a quatro sindicatos de usineiros que entraram na Justiça contra ela. Mas o caso só havia sido julgado em 1ª instância e caberia recurso. O normal seria defender os cofres públicos, levando o caso até o último tribunal, para só então pagar, caso perdesse. Bem, o circo para 2010 já está montado com todos os atores, bem-intecionados e mal – intecionados.

Haroldo defende nova estatal e modelo misto no pré-sal

BRASÍLIA – O diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Haroldo Lima, defendeu nesta quarta-feira a criação de uma empresa 100 por cento estatal para administrar parte das reservas de petróleo do pré-sal no Brasil.

Em audiência pública na Câmara dos Deputados, Lima, que integra a comissão que estuda novas regras do marco regulatório do setor, afirmou ser favorável à criação de um modelo misto para a exploração e produção de petróleo no Brasil, mantendo o esquema de concessões para áreas de maior risco e adotando um sistema de partilha de produção para os blocos do pré-sal, de baixo risco.

Lima citou o modelo utilizado na Rússia como exemplo do que poderia, na sua opinião, ser criado no Brasil.

Ele voltou a afirmar que as reservas do pré-sal são de cerca de 50 bilhões de barris de óleo equivalente (boe), volume ainda não confirmado pelas empresas que exploram blocos nessa faixa ao longo do litoral brasileiro.

“Teremos uma reserva de mais ou menos 60 bilhões (de boe), com os 10 atuais, o que coloca o Brasil entre as 10 maiores reservas do mundo”, afirmou ele aos parlamentares.

O executivo ressaltou que antes a discussão dentro do governo era sobre como atingir e manter a autossuficiência de petróleo, e agora as conversas giram em torno do destino que será dado ao óleo, “se vai exportar petróleo, derivados, se vai construir refinarias”, disse Lima.

O governo brasileiro avalia mudanças no marco regulatório do petróleo para permitir que o Estado eleve os ganhos na exploração das grandes reservas no pré-sal, uma faixa ultra-profunda que se estende por cerca de 800 quilômetros ao longo do litoral, do Espírito Santo a Santa Catarina, cujo potencial de óleo foi descoberto pela Petrobras e seus parceiros em 2007.

Um primeiro Teste de Longa Duração (TLD) está sendo realizado no campo de Tupi, na bacia de Santos, e a partir de 2010 um projeto piloto vai produzir cerca de 100 mil barris diários de óleo equivalente.

Segundo Lima, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve convocar uma reunião com os representantes das várias áreas do governo que debateram o assunto assim que o preço do petróleo se estabilizar.

Depois de atingir quase 150 dólares o barril em meados de 2008, o petróleo é negociado atualmente perto dos 60 dólares.

PLATAFORMA CONTINENTAL

O diretor-geral da ANP disse acreditar que a posse do presidente norte-americano Barack Obama elevou as chances de o Brasil e outros países aumentarem a área de soberania em seus litorais. Segundo Lima, as negociações, que ocorrem no âmbito da Organização das Nações Unidas (ONU), estão travadas devido à resistência dos Estados Unidos.

O Brasil quer estender sua soberania das 200 milhas contadas a partir do continente que determinam a extensão do mar territorial nacional para as 350 milhas da plataforma continental do país, o que aumentaria a área de potencial exploração do pré-sal sob o domínio do governo brasileiro.

“Já se sente um pouco uma flexibilidade dos EUA no tratamento dessa questão”, comentou.
agência estado

Rizzolo: A verdade é que existe no governo e na ANP a firme disposição de defender sempre o desenvolvimento com soberania. Um dos exemplos foi a retirada de 41 blocos às vésperas da 9ª rodada de licitação da ANP, em 2007. A Petrobras descobriu que nestes blocos havia potencial de 5 a 8 bilhões de barris de petróleo na camada do pré-sal e, convocada pelo presidente Lula, o CNPE, seguindo sugestão apresentada por Haroldo Lima, decidiu retirar os blocos daquela 9ª rodada de licitação, destinando-os à Petrobras. Agora é uma questão controversa, existem outras opções mas devemos atualmente priorizar aspectos da soberania nacional.

Obama quer petróleo de Lula, diz ‘El País’

O Brasil e os Estados Unidos estariam mantendo contatos informais com o objetivo de fechar um acordo para aumentar a exportação de petróleo e derivados brasileiros para o território americano, segundo informa, nesta segunda-feira, o jornal espanhol El País.

Segundo o diário, o governo de Barack Obama quer pôr fim à sua dependência energética da Venezuela.

“Se o pacto comercial se concretizar – algo que hoje depende unicamente do Brasil – a consequência mais direta será o deslocamento da Venezuela do mercado energético americano, onde atualmente consegue colocar entre 40% e 70% de sua produção petrolífera”, afirma o El País.

O jornal diz que recebeu de fontes diplomáticas e governamentais de Brasília a confirmação de que o governo de Luiz Inácio Lula da Silva tem interesse em aumentar a presença brasileira no mercado americano de hidrocarbonetos, “mesmo que isso implique em uma colisão frontal com os interesses venezuelanos”.

“Tudo dependerá da quantidade que petróleo que a Petrobras consiga bombear nos próximos anos dos poços perfurados nos litorais de Rio e São Paulo, assim como do marco jurídico que Washington e Brasília assinem”, diz o jornal.

Mercado interno

O El País afirma que suas fontes em Brasília insistem em que o primeiro objetivo do governo Lula com os recém-descobertos campos de pré-sal é abastecer totalmente o mercado interno e deixar de depender das importações. “Uma vez atingida esta meta, a Petrobas entrará na rinha pelos mercados mundiais de hidrocarbonetos e derivados. Por causa da proximidade geográfica e da fluidez do diálogo político que já estabeleceu com o novo presidente, os Estados Unidos se convertem no grande comprador natural do ‘ouro negro’ brasileiro.”

O jornal lembra que 11% das importações americanas de petróleo vêm da Venezuela, mas que o governo dos Estados Unidos já está “de olho” há meses nos novos campos de petróleo encontrados no Brasil, tendo, inclusive, reativado sua frota para a América do Sul e o Caribe, composta de 11 embarcações.

“Ainda que não se conheça as reservas exatas, sabe-se que o petróleo encontrado no litoral brasileiro é abundante: se forem cumpridas as previsões, o Brasil passará a ser o oitavo ou o nono produtor do planeta”, diz o diário espanhol. “A previsão é que haja petróleo para exportar não só para os Estados Unidos, como também a outros países que já se mostraram interessados, como a China e o Japão.”

Mas o El País afirma que o Brasil teria um interesse maior em vender derivados, como a gasolina, “o que é mais rentável do que a venda de barris de petróleo cru”.

“Isso explica por que Lula decidiu apostar em uma grande injeção de capital na Petrobras, para a construção de quatro novas refinarias e na ampliação de outras tantas já existentes”, diz o jornal. “O negócio já está andando.”

BBC

Rizzolo:Com o devido acerto, o presidente Lula decidiu investir maciçamente na Petrobras, independente de crise. Os EUA não gostam e não querem ficar dependentes da Venezuela e à mercê dos caprichos de Chavez que não é de confiança do ponto de vista político. Talvez a tão sonhada irmandade da América Latina, apregoada pela esquerda, ficará prejudicada quando os EUA decidirem trocar a Venezuela pelo Brasil no fornecimento de petróleo. Chavez e Lula são bons no discurso e nos abraços, agora quando se fala em dinheiro e mercado a coisa vai mudar.

Governo estuda punição a empresa que demitir por causa da crise

O crescimento das demissões no setor privado tornou-se a maior preocupação do governo. O ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, criticou ontem as empresas que estão demitindo e defendeu contrapartidas sociais – como a preservação dos empregos – daquelas que forem beneficiadas com as ações do governo, como desoneração de impostos e liberação de recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) e do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). À noite, depois de se reunir com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Lupi disse que o governo pode aumentar em mais duas parcelas o seguro-desemprego para trabalhadores dos setores mais afetados pelas demissões.

O ministro foi convocado por Lula, que queria informações sobre os dados de dezembro do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), que abrange o mercado formal de trabalho. “O presidente está muito preocupado com a questão do emprego, porque isso é o coração da economia”, afirmou Lupi. A decisão de ampliar o seguro-desemprego, que hoje paga de três a cinco parcelas, dependerá da análise desses dados, que serão levados a Lula na próxima segunda-feira. Segundo Lupi, informações preliminares apontam para um crescimento expressivo das demissões. “Em cima dos dados de dezembro, teremos um radiografia por setores para que o presidente possa decidir que medidas a mais serão tomadas.”

O ministro disse que não tratou com o presidente da exigência de contrapartidas das empresas. Mas reafirmou as declarações que havia feito à tarde, após receber dirigentes da central sindical União Geral dos Trabalhadores (UGT). “Não pode o governo brasileiro investir bilhões, colocar dinheiro público para ajudar as empresas a saírem das dificuldades, e elas continuarem demitindo.”

Os sindicalistas procuraram o ministro para sugerir medidas contra as demissões e reclamar da decisão da GM de dispensar 744 temporários, mesmo após a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) de automóveis.

Lupi concordou com os sindicalistas e anunciou a criação de um comitê tripartite (governo, empresários e trabalhadores) para monitorar as liberações de recursos do FAT e do FGTS. “Ou essas empresas assumem o compromisso de não demitir ou o governo brasileiro terá de refazer essas linhas de financiamento”, disse Lupi.

Ele não adiantou as medidas em estudo, mas entre as alternativas está a suspensão de crédito dos bancos oficiais para empresas que se beneficiam de ações do governo e demitem empregados. Na semana passada, Lupi também defendeu maior estabilidade para trabalhadores que tiverem os contratos de trabalho suspensos.

ILUSÃO

O ministro de Relações Institucionais, José Múcio Monteiro, disse ontem que é ilusório achar que não haverá demissões na economia brasileira. Depois de participar da reunião de Lula com ministros da coordenação política, ele observou que o principal objetivo, neste momento, é evitar o desemprego e, por isso, o governo tem tomado medidas para estimular a produção e o consumo.

agencia estado

Rizzolo: Ah! Mas isso só pode ser uma piada, não é? Regular uma economia de mercado na base da “mão pesada” não funciona. Ao invés de discutir punição deveriam estar preocupados com o patamar dos juros neste País; nada mais recessivo do que falta de crédito e juros altos. Não há quem já não se tenha manifestado contra esta política macroeconômica, só o PT e a sua turma xiita insistem em culpar todos menos, eles mesmos. A demora nas decisões é que leva o País para uma viagem sem volta.

Publicado em últimas notícias, Banco Central, Bancos não emprestam dinheiro, Brasil, construtoras dão notebook, construtoras dão notebook e som, construtoras e o " efeito Incol", construtoras em crise, Crise, Crise Financeira, crise imobiliária no Brasil, crise na China, crise no Brasil, crise nos bancos brasileiros, demissões em massa, economia, FHC: crise vai crescer de forma exponencial, Fiesp, geral, LUla e a popularidade, News, notícias, Paulo Skaf, Petrobras em crise ?, Política, Principal. Tags: , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , . Leave a Comment »

Funcionários da GM param em protesto contra demissões

Os funcionários do primeiro turno da General Motors (GM) de São José dos Campos, no Vale do Paraíba, pararam as atividades na manhã desta terça-feira, 13, em protesto às 802 demissões anunciadas pela montadora nos últimos dias.

De acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, os trabalhadores pararam a produção entre 5h50 e 6h50 tanto no setor do MVA, onde são fabricados carros como o Corsa, quanto na S-10, numa atividade que é a primeira de uma denominada “escalada de mobilizações” contra as demissões.

Ainda segundo o sindicato, na assembleia, os metalúrgicos aprovaram por unanimidade a exigência de que a empresa readmita os trabalhadores dispensados e conceda estabilidade no emprego a todos. Os trabalhadores ainda reivindicaram a atuação dos governos federal, estadual e municipal contra as demissões e em favor dos empregos dos metalúrgicos.

O sindicato buscará negociar com a empresa o mais rápido possível. Uma nova assembleia com os trabalhadores do segundo turno está marcada para às 14 horas desta terça, no pátio da S-10 (portão 4).

agência estado

Rizzolo: Um mês após a decisão do governo de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) de automóveis para estimular as vendas no mercado interno, eis o resultado. O governo demorou muito para agir achando que a crise no Brasil não passava de uma ” marolinha” ademais ao invés de nas últimas semanas agir com mais firmeza, o presidente apenas apregoava um otimismo infantil . Esse efeito demissionário poderá se alastrar entre o empresariado em virtude da fragilidade do cenário econômico mundial e interno, bem como a inércia perceptível na tomada de decisões.

Há de se promover uma suspensão do pagamento de tributos e também segurança jurídica para os acordos trabalhistas setoriais que estão sendo firmados entre empresas e trabalhadores para evitar demissões. O difícil é conter a inércia na tomada de decisões por aprte do governo.

Publicado em últimas notícias, Banco Central, Bancos não emprestam dinheiro, Brasil, construtoras dão notebook, construtoras dão notebook e som, construtoras e o " efeito Incol", construtoras em crise, cotidiano, Crise, Crise Financeira, crise imobiliária no Brasil, crise na China, crise no Brasil, crise nos bancos brasileiros, demissões em massa, economia, FHC: crise vai crescer de forma exponencial, Fiesp, geral, greve na GM, Lula, News, notícias, Paulo Skaf, Petrobras em crise ?, Política, política internacional. Tags: , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , . Leave a Comment »

Para ‘Economist’, crise deixa Lula na defensiva em 2009

A última edição da revista britânica The Economist afirma que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva terá de governar na defensiva neste ano, apesar de seus altos índices de popularidade. Um dos principais motivos para isso seria a crise econômica.

No artigo, intitulado “Lula’s last lap” (“A última volta de Lula”), a publicação afirma que os altos índices de popularidade do presidente – classificados como “espantosos” para um segundo mandato – podem dar uma aparência de “onipotência” a Lula, mas que ela é apenas “ilusória”.

“Até as eleições (presidenciais, do ano que vem), a maior parte das energias de Lula deve ser gasta no gerenciamento da crise”, diz a revista. O texto afirma que muitos brasileiros que esperam que 2009 seja melhor que 2008 devem se “decepcionar”, já que a economia apenas começou a sentir os “solavancos” da crise.

Para a Economist, a tarefa de gerenciamento da turbulência econômica deve ser complicada, já que o espaço para lançar estímulos fiscais no Brasil é “limitado”.

A revista compara a situação do país com a do Chile, que anunciou nesta semana um plano de estímulo de US$ 4 bilhões e que pode facilmente administrar o déficit fiscal resultante, por ter acumulado reservas quando o preço do cobre – seu maior produto de exportação – estava alto.

“Mas o governo brasileiro, que tem uma dívida pública muito maior, precisa preservar o seu superávit fiscal para reter a confiança dos proprietários de títulos.” A revista ainda afirma que a arrecadação de impostos deve diminuir com a retração da economia.

Para a publicação, se a inflação continuar preocupante, o que fará com que o Banco Central evite cortes na taxa de juros, o governo vai começar a ser pressionado – “especialmente pelo PT” – para encontrar outras maneiras de estimular o crescimento econômico, o que pode incluir mais crédito para a agricultura e empreiteiras.

“Nos últimos anos, todas as vezes em que a economia apresentava problemas, os políticos brasileiros acalmaram os mercados demonstrando seu compromisso com a ortodoxia econômica. Alguns analistas se preocupam que este compromisso pode ser débil. Mas, neste ano, com governos ao redor do mundo intervindo nos mercados, os investidores devem ficar seguros se o Brasil fizer o mesmo – até certo ponto”, diz a revista. BBC Brasil – Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

Agência Estado

Rizzolo; É bem verdade que a popularidade de Lula está diretamente ligada às condições econômicas do País, porem a medida que a crise avança nas camadas mais pobres, a popularidade do presidente Lula ficará comprometida. A administração da crise ao governo petista não vai ser fácil vez que o empresariado cada vez mais encontra dificuldade no cédito e enfrenta a alta dos juros. O resultado da produção industrial denota isso, os números de novembro são muito ruins. Na comparação com outubro, houve retração em todas as 14 regiões pesquisadas, com destaque de baixa para o Espírito Santo (-22%) e Minas Gerais (-13,4%). Na comparação com novembro de 2007, só ocorreram altas no Paraná (5,7%) e no Pará (4%).

Publicado em últimas notícias, Banco Central, Bancos não emprestam dinheiro, Brasil, comportamento, construtoras dão notebook, construtoras dão notebook e som, construtoras e o " efeito Incol", construtoras em crise, cotidiano, Crise, Crise Financeira, crise imobiliária no Brasil, crise no Brasil, crise nos bancos brasileiros, economia, FHC: crise vai crescer de forma exponencial, geral, imóveis, Judaismo, Lula, LUla e a popularidade, mercado imobiliário em crise, mundo, News, notícias, Petrobras em crise ?, Política, política internacional, Principal. Tags: , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , . Leave a Comment »

Alta do gás vai provocar demissões, afirma Fiesp

A Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) afirma que o reajuste extraordinário de até 19,55% do preço do gás canalizado no Estado vai provocar demissões e inflação de preços em setores dependentes desse insumo para o processo de produção, como a indústria cerâmica, do vidro, de fertilizantes e têxtil.

Conforme a Folha antecipou no domingo, a Arsesp (Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo) anunciou ontem reajuste no preço do gás natural canalizado distribuído pela Gás Natural São Paulo Sul e pela Comgás, a maior distribuidora do país.

Os reajustes passaram a vigorar desde o dia 20. As companhias alegavam desequilíbrio econômico-financeiro do contrato devido à disparada do dólar e ao custo de aquisição do gás natural junto à Petrobras.

A Fiesp agora cobra compensações: “Com a queda no preço do barril de petróleo de US$ 150 para menos de US$ 40, deveria haver boa vontade da Petrobrás, criando condições que evitassem a necessidade de aumento neste momento tão inoportuno. É lamentável. Agora precisamos de medidas compensatórias”, disse o presidente da Fiesp, Paulo Skaf.

Segundo Antônio Carlos Cavalcante, diretor de infra-estrutura da federação, a Fiesp quer agora medidas compensatórias para os setores atingidos pelo aumento, como linhas de crédito em condições diferenciadas da Nossa Caixa (enquanto não for repassada ao Banco do Brasil), alongamento de prazo para o pagamento do ICMS e uma ampla negociação para indústrias com problemas de pagamento do gás.

‘Esse ainda não é um problema generalizado, mas já existem, mesmo antes do reajuste, indústrias com dificuldades para pagar a conta do gás. Imagine o que poderá acontecer agora com esse aumento’, disse Cavalcante. Ele explicou que esses pedidos já foram apresentados verbalmente ao governo de São Paulo.

A idéia, disse ele, é que isso seja feito formalmente no início de janeiro. Ele voltou a dizer que o reajuste poderia ter sido evitado se houvesse uma postura menos intransigente da Petrobras. Procurada pela Folha, a direção de gás e energia da estatal preferiu não comentar a acusação.

O aumento

Os mercados mais afetado pela decisão da Arsesp foram o industrial, o comercial e o veicular. A agência informou, em nota, que o aumento atingirá 10 mil consumidores comerciais e mais 1,3 mil indústrias abastecidos pelas duas concessionárias. A Arsesp afirmou que os consumidores residenciais foram poupados da medida devido à pouca participação no desequilíbrio do contrato das concessionárias, motivo do repasse extraordinário.

Os clientes industriais da Comgás receberão repasses de 10,25% a 17,56%, dependendo do volume consumido. Entre os consumidores comerciais, a alta irá variar entre 6,29% a 7,76%. O repasse aos postos de GNV será de 22,17%, o que deve representar aumento de 14% a 15% na bomba.

Na região atendida pela Gás Natural São Paulo Sul, a indústria pagará entre 11,36% a 19,55% de reajuste, conforme o consumo. O gás para o mercado comercial sofrerá alta de 7,35% e 8,42%. O aumento para os postos de GNV será de 24,8%, o que deve significar alta de 16% a 17% na bomba.

Folha online

Rizzolo: Realmente é um absurdo numa época de contenção, a Petrobras aumentar substancialmente o preço do gás. Essa medida atingirá 10 mil consumidores comerciais e mais 1,3 mil indústrias abastecidos pelas duas concessionárias. É impressionante a falta de sensibilidade da empresa. Justa é a crítica de Paulo Skaf em relação a essa questão, e procedente é pedido de medidas compensatórias.

Fiesp: indústria de SP demite 34 mil em novembro

SÃO PAULO – O nível de emprego da indústria paulista caiu 0,19% em novembro ante outubro, com ajustes sazonais, segundo dados divulgados hoje pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Sem ajuste, o indicador registrou queda de 1,46%, o segundo pior para meses de outubro desde 2003. No mês passado, a indústria paulista dispensou 34 mil trabalhadores, ante uma redução de 10 mil vagas em outubro.

Na comparação com novembro de 2007, o emprego teve alta de 2,16%, com a criação de 47 mil novas vagas. No acumulado do ano de janeiro a novembro, o indicador acumula expansão de 5,66%, o que significa a criação de 123 mil postos de trabalho.

Setores

Dos 21 setores que compõem o levantamento da indústria, 14 demitiram, cinco contrataram e dois mantiveram seus quadros estáveis. O setor que mais demitiu foi o de calçados e couro, seguido por borracha e plástico e produtos de metal.

Máquinas de escritório e equipamentos de informática; produtos químicos; indústria do álcool; papel e celulose e o segmento nomeado “outros equipamentos de transporte” contrataram no mês passado.

Pessimismo

As expectativas dos empresários paulistas nunca estiveram tão deterioradas como na primeira quinzena de dezembro. O sensor Fiesp ficou em 34,2 pontos nos primeiros quinze dias deste mês, o pior resultado da série histórica da pesquisa iniciada em junho de 2006. Foi também a primeira vez que o sensor ficou abaixo dos 40 pontos – o indicador varia de 0 a 100 pontos, sendo que números acima de 50 indicam otimismo e notas abaixo desse nível demonstram expectativas negativas.

Todos os itens que compõem o sensor apresentaram reduções. O nível relacionado às expectativas em relação ao mercado em que as empresas atuam ficou em 33 pontos. Em relação às expectativas para os estoques, o nível estava em 34,5 pontos. Investimentos ficaram com 32,6 pontos. O melhor resultado entre os itens ficou com o emprego, com 41,4, e o pior, com vendas, com 29,6 pontos.

Crédito

A Fiesp perguntou também aos empresários como avaliavam o acesso ao crédito no período. Para 64%, ele ficou mais difícil; para 9%, muito mais difícil e para 27%, igual. O custo do crédito subiu para 82% dos consultados; para 14%, ficou muito mais caro e para 5% permaneceu igual.

Na primeira quinzena de novembro, 50% responderam que o acesso ao crédito estava mais difícil, enquanto para 56%, o custo esta mais elevado.
Agência Estado

Rizzolo: Muito embora a popularidade do presidente esteja em alta, os efeitos corrosivos do desemprego já mostram o que teremos pela frente. Não basta o presidente apregoar que comprem, pois de nada resolve comprar se depois o consumidor por perder o emprego não terá condições de cumprir seus compromissos. Teremos então um mar de inadimplentes, e este é o grande perigo da investida do governo. Os dados são preocupantes, mas como a crise ainda não atingiu seu patamar mais alto a população ainda não sente seus efeitos na pele.

Decisão do Copom frustra empresários e trabalhadores

SÃO PAULO E BRASÍLIA – Embora esperada pelo mercado, a manutenção pelo Banco Central da taxa básica de juros (Selic) em 13,75% ao ano recebeu críticas do empresariado e de sindicalistas, que ainda tinham esperanças de que a redução poderia ter início neste mês, para diminuir os impactos da crise internacional. A decisão, na visão deles, frustra as expectativas de mudança do cenário para o início de 2009.

Para Armando Monteiro Neto, presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), a crise seria amenizada se o Copom tivesse optado por um corte na taxa de juros em vez de mantê-la inalterada. ” perda de intensidade da atividade econômica, em virtude dos efeitos da crise financeira internacional e das dificuldades do mercado de crédito, justificaria plenamente uma ação nesse sentido.”

Na opinião do dirigente, um corte na taxa de juros “acompanharia inclusive a política monetária de diversos países nesse momento de necessidade de ações coordenadas em escala internacional”. Para o presidente da CNI, um juro menor amenizaria os efeitos da crise global sobre o nível de atividade e emprego domésticos, sem prejuízo do controle inflacionário. Além disso, daria consistência aos esforços de preservar as condições de liquidez e de acesso das empresas ao crédito.

O presidente da Ford, Marcos de Oliveira, gostaria que os juros tivessem diminuído, mas acredita que em janeiro isso deve ocorrer. “Se não cair, será um erro estratégico do Banco Central que pode ter impacto no crescimento da economia em 2009. No mundo inteiro as taxas estão caindo. No Brasil, a preocupação com a inflação não existe mais, diante da retração do mercado.”

Abram Szajman, presidente da Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomércio) considerou a decisão como ?dissociada da realidade econômica mundial?. Em sua avaliação, mesmo parada, a Selic subiu até 2% nos últimos meses, na comparação com os juros cobrados nos EUA e na Europa. “Enquanto isso, o nosso BC ignora o risco do contágio pela recessão mundial e se preocupa com o perigo mais imaginário do que real da inflação.”

“O Brasil perdeu uma oportunidade de dar uma injeção de ânimo e de sinalizar que está preocupado com a desaceleração da economia”, afirmou o consultor do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi), Julio Sérgio Gomes de Almeida. “O BC contempla a economia no padrão do terceiro trimestre, de um glorioso 6,8%. Mas a economia já transitou para a desaceleração e está beirando a recessão.”

Na opinião de Almeida, com a manutenção da taxa de juros, o governo terá de tentar estimular a economia com mais gastos públicos. “O Brasil vai ter de fazer política fiscal e tomara que faça gastos de melhor qualidade, que é o investimento.”

O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, Miguel Torres, chamou de desastrosa a decisão do Copom. “Lamentamos a decisão, que só serve para impedir o acesso ao crédito, permitir que os bancos continuem alimentando-se de taxas abusivas, aumentando seus lucros, enquanto a produção segue com o freio de mão puxado diante das incertezas geradas por uma política econômica distante da realidade e das necessidades do País.” As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Rizzolo: Realmente é frustrante a decisão do Copom, e não existe uma lógica econômica plausível para a manutenção da taxa de juros neste patamar. Com efeito, esta decisão vem na contramão das medidas econômicas adotadas pela maioria dos países. O corte nas taxas de juros, é medida de protocolo no manejo das conseqüências da crise que se aproxima com maior rigor no próximo ano. Bem verdade é o fato, de que a brusca desvalorização do real, teria um efeito no componente inflacionário, contudo isso é compensado pela escassez de crédito e pela diminuição dos preços das commodities.

Muito se tem falado na estranha lógica macroeconômica das decisões do Copom, mas acredito que à parte as ilações de conteúdo ideológico, que com certeza não deixam de ter suas argumentações acolhidas, havia espaço para um corte nas taxas, até porque o efeito da medida é lento e surtiria seus efeitos só nos próximos meses, que poderão ser tenebrosos.

O interessante a observar na reunião de ontem, foi a demora do comitê para a divulgação do resultado, sinalizando que houve muita discussão apesar da decisão unânime. É uma pena que o BC acolha sempre os interesses dos especuladores e banqueiros de plantão, aliás são eles que na sua maioria compõem e influenciam as decisões do Copom. Já o presidente Lula, como sempre terá a desculpa da autonomia do BC. E assim caminhamos..

Dólar descola de cenário externo e fecha em alta

SÃO PAULO (Reuters) – O dólar fechou em alta de quase 1 por cento frente ao real nesta segunda-feira, mesmo com um leilão do Banco Central e o cenário mais otimista nos mercados globais.

A moeda norte-americana fechou na cotação máxima do dia, de 2,50 reais, com avanço de 0,81 por cento.

Nos primeiros negócios, o dólar chegou a cair quase 2 por cento seguindo o otimismo disseminado pelos mercados a partir da expectativa de um pacote de investimento do governo dos Estados Unidos em infra-estrutura e de ajuda a montadoras.

Na segunda parte da sessão, entretanto, o mercado de câmbio reverteu a tendência, dando margem para a realização de um leilão de venda de dólares pelo Banco Central.

“Acho que o mercado estava chamando o BC”, afirmou o diretor de câmbio de uma corretora em São Paulo que preferiu não ser identificado.

Analistas têm apontado como principal causa da forte volatilidade apresentada pelo mercado de câmbio nos últimos dias uma espécie de “disputa” entre investidores e BC, num contexto de saída de recursos.

“Tem um componente bastante forte: os investidores estrangeiros, que apresentam uma posição muito elevada apostando no dólar pressionado”, observou Hélio Ozaki, gerente de câmbio do banco Rendimento.

Segundo os dados mais recentes atualizados pela BM&F, os investidores estrangeiros sustentavam mais de 13 bilhões de dólares em posições compradas no mercado futuro de dólar. Na prática, essa exposição significa uma aposta na alta da moeda norte-americana.

Ainda nesta segunda-feira, o Banco Central realiza uma pesquisa de demanda para a realização de um eventual leilão de contratos de swap cambial na terça-feira, com o objetivo de rolar um lote de contratos que expira no início de janeiro.

Folha online

Rizzolo: O governo não está conseguindo controlar o alta do dólar. Em relação à flutuação cambial, não é verdadeira a idéia de que, em qualquer circunstância, um país pode ter vantagens com o câmbio flutuante. A China, por exemplo, que teoricamente sofreria mais com a crise internacional que o Brasil, pois sua economia depende mais das exportações, tem a vantagem de sua moeda não ter sido desvalorizada frente ao dólar nesta crise. Foi a única moeda dos países emergentes. A crise atual está colocando em xeque o próprio sistema de câmbio flutuante adotado pelo Brasil. O problema não é a flutuação, mas a forte volatilidade que está ocorrendo.

Lula estuda limitar autonomia do BC sobre juros

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva aguardará a decisão do Banco Central nesta semana sobre a taxa de juros para tomar uma decisão mais importante. Lula estuda agora uma eventual interferência política pública e assumida para forçar uma queda da taxa básica de juros caso o BC insista em manter os juros no atual patamar ou não sinalize que vai baixar a taxa no ano que vem.

A Selic está hoje em 13,75% ao ano. O Copom (Comitê de Política Monetária), órgão do BC que se reúne a cada 45 dias para fixar os juros, terá o último encontro deste ano nestas terça e quarta-feiras.

Lula avalia estabelecer limites à autonomia formal concedida ao BC desde quando o petista chegou ao poder, em 2003. De lá para cá, houve embates entre Lula e o BC, mas o presidente nunca questionou a autonomia da instituição. Engoliu decisões das quais discordava.

Recentemente, Lula fez fortes pressões nos bastidores e deu duas declarações públicas dizendo que acha que os juros precisam cair. Falou que estavam acima do que indicava o bom senso e também disse que era hora de reduzir juros e preços.

Lula deseja uma queda de 0,25 ponto percentual da taxa de juros, como sinal de que será iniciado um processo que ajudaria a animar os agentes econômicos. Lula vende otimismo em relação ao desempenho da economia no ano que vem e acha que uma sinalização do BC de queda dos juros o ajudaria nessa tarefa. Alguns auxiliares falam até em viés de baixa: o BC manteria a Selic em 13,75%, mas deixaria claro que poderia reduzir a taxa a qualquer hora antes da próxima reunião do Copom.

Não seria correto manter a Selic em 13,75% ao ano e ponto final, pensam conselheiros econômicos do Palácio do Planalto. Lula enfrenta uma enorme crise econômica internacional sem precedentes em seu tempo de governo. Uma crise que poderá desidratar conquistas econômicas e sociais dos seus quase seis anos de administração. Lula ainda tem muito tempo de poder, dois anos. No entanto, esse é um espaço de tempo curto para tomar decisões econômicas e vê-las surtir resultados.

Conselheiros do presidente na área de economia são unânimes: o BC já perdeu o timing para reduzir os juros. O modelo econométrico que os diretores do BC julgam um oráculo não faria mais sentido porque haveria uma outra economia no planeta de meados de setembro para cá. Não valeriam grande coisa os dados cumulativos que são analisados a cada reunião do Copom e que são cruzados com mais recentes para se chegar a um diagnóstico econômico e fixar a política monetária.

Bancos centrais de países mais desenvolvidos, países que têm como amenizar impactos sociais negativos decorrentes de uma crise econômica, já saíram na frente. Derrubaram suas taxas de juros a porretadas.

No Brasil, o BC sinaliza que talvez não reduza os juros, que ainda é preciso ver se a inflação realmente está domada, que ainda não dá para saber se a economia desacelerou mesmo neste final de ano.

Lula tem uma decisão difícil e solitária pela frente. O presidente faz as seguintes reflexões. É ele quem foi eleito em 2006. É ele quem tem 70% de aprovação (índice bom e ótimo) no Datafolha. É ele quem será cobrado pelo desempenho da autonomia. Como foi ele quem concedeu a autonomia formal ao BC, seria a hora de limitá-la, retirá-la ou confirmá-la?

por Kennedy Alencar /Folha online

Rizzolo: A autonomia do BC sempre serviu ao planalto como desculpa para sua não interferência na questão das taxas de juros. Com efeito existe uma autonomia do BC, porém esta autonomia deve ser questionada quando existe uma ameaça eminente de crise, e não se vê uma visão desenvolvimentista econômica por parte do BC. A postura do presidente de limitar a autonomia do BC é de bom alvitre, e vem de encontro ao inconformismo de várias correntes dentro e fora do governo em diminuir as taxas de juros para evitar um mal maior diante a crise. Leia também: Natal triste poderá sensibilizar Meirelles

Sindicato estima 100 mil demissões na construção civil

São Paulo – Os últimos três meses do ano não serão de boas notícias para os trabalhadores da construção civil. O Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil de São Paulo (Sintracon-SP), calcula que 100 mil funcionários do setor devem perder o emprego.

Em entrevista hoje (3) à Agência Brasil, o presidente da entidade, Antonio de Souza Ramalho, afirmou que cálculos feitos pelos técnicos do sindicato revelam que construtoras e outras empresas do ramo, que empregavam até o mês de outubro 2,1 milhões de pessoas, devem chegar ao fim do ano tendo dispensado 4,7% dos seus trabalhadores.

“Notamos um aumento muito grande no número de demissões homologadas pelo sindicato desde a segunda semana de outubro”, afirmou Ramalho, citando que o número de homologações de demissão realizadas pelo sindicato praticamente triplicou desde a segunda quinzena de outubro.

De acordo com ele, o final do ano, tradicionalmente, é um período de demissões devido a maior freqüência de chuva com a conseqüente redução no ritmo de execução das obras. Este ano, contudo, a crise financeira tem levado ao cancelamento de novos projetos e motivado a dispensa, principalmente, de trabalhadores da administração e projetos.

“O pessoal da obra não sofre tanto, pois há muita coisa para acabar”, complementou. “Porém o pessoal que trabalha com os projetos está com o emprego mais comprometido,” disse Ramalho.

Em entrevista coletiva concedida também hoje, o diretor econômico do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (Sinduscon-SP), Eduardo Zaidan, confirmou o período sazonal de demissões, porém preferiu não fazer estimativas de quantos trabalhadores serão dispensados.

“Posso falar sobre a tendência [de demissões], mas não posso falar de números”, disse ele, quando questionado sobre a quantidade de dispensas.

Zaidan disse, entretanto, que o setor – maior gerador de emprego do país em 2008 – deve retomar seu nível de emprego no início do ano que vem, com a normalização do trabalho nas obras. “As obras que já foram iniciadas terão de ser entregues e vamos precisar de mão-de-obra para isso.

Jornal da Mídia

Rizzolo: O grande problema no mercado imobiliário é a escassez de crédito e a confiabilidade do investidor nas construtoras, sem dizer a falta de liquidez que o ativo representa. Fica patente que se as grandes constriutoras sofrem com problemas de liquidez, imagem as médias e pequenas. A melhor forma de aferir a crise na construção civil, são os dados do sindicato, e como podemos inferir são péssimos.

Só para se ter uma idéia, um grupo de aproximadamente 500 operários que trabalham na obra do Complexo Parque Cidade Jardim, às margens da Marginal Pinheiros, interditaram dia 27 de novembro, as duas faixas da pista local, nas proximidades da Ponte Ary Torres, em São Paulo. Os trabalhadores exigem o pagamento da 1ª parcela do 13º salário e o pagamento de pendências no café da manhã, vale-refeição e cesta básica. A administradora negou os problemas.

Ou seja, no meio de uma crise como a que estamos passando, o investidor acaba colocando os imóveis como na lanterninha dos investimentos, afinal, tudo começou nos EUA, com as subprimes neste segmento, e com certeza, muito embora a natureza da crise imobiliária no Brasil seja de crédito, e liquidez, não é aconselhável investir por hora neste mercado, que está no ” olho do furacão”. No passado o povo brasileiro já teve experiências trágicas com construtoras como a Incol, com graves lesões patrimoniais, a diferença agora é que provavelmente o perigo é maior. Uma sugestão: guarde seu dinheiro, e durma tranquilo.

Publicado em últimas notícias, Bancos não emprestam dinheiro, Brasil, construtoras dão notebook, construtoras dão notebook e som, construtoras e o " efeito Incol", construtoras em crise, cotidiano, Crise, Crise Financeira, crise imobiliária no Brasil, crise na China, crise no Brasil, crise nos bancos brasileiros, Direito Internacional, economia, estatização dos bancos no Brasil, FHC: crise vai crescer de forma exponencial, Fiesp, geral, imóveis, investidores fogem dos Brics, mercado imobiliário em crise, mundo, News, Nossa Caixa Desenvolvimento, notícias, Parque Cidade Jardim, Petrobras em crise ?, Política, residencial Parque Cidade Jardim. Tags: , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , . Leave a Comment »

Empréstimo à Petrobras tira dinheiro de empresas, diz Lula

BRASÍLIA – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reconheceu nesta quarta-feira, 3, que o empréstimo concedido pela Caixa Econômica Federal à Petrobras tirou dinheiro de pequenas empresas. “Vamos ser francos: acho que a Petrobras é tão poderosa que, obviamente, se ela for à Caixa pegar dinheiro, vai tirar dinheiro de uma pequena empresa, de uma consultoria, de uma pequena empresa de construção civil”, afirmou. A declaração do presidente foi feita durante abertura do 3º Congresso Mundial de Engenheiros no Centro de Convenções de Brasília.

Lula disse, porém, que não vê ilegalidade na operação. “Às vezes, fico ouvindo que a Petrobras tomou dinheiro emprestado na Caixa. Ora, qualquer um de nós vai tomar dinheiro onde tem. O que você não pode é pedir para mim”, disse. A Caixa Econômica Federal concedeu empréstimo de R$ 2 bilhões no dia 31 de outubro à Petrobras. A operação foi questionada pelo senador tucano Tasso Jereissati (CE).

No seu discurso, Lula afirmou ainda que é preciso um acordo para se permitir que bancos estrangeiros também possam financiar grandes projetos de infra-estrutura no País. Ele disse que a Petrobras terá R$ 112 bilhões para investir até 2012.

O presidente chegou ao evento com 1h40 de atraso. A platéia, de mais de dois mil engenheiros, chegou a vaiar quando o locutor do evento citou o nome do presidente, mas não houve vaias quando Lula chegou.

agência estado

Rizzolo: A simplicidade de enxergar os fatos do presidente às vezes nos assusta. É claro que se uma empresa como a Petrobras necessita de um empréstimo de R$ 2 bilhões, alguma coisa não está correto, essa naturalidade já proposital, denota que os empréstimos poderão se tornar uma rotina aos olhos do povo brasileiro. A oposição deve ir a fundo e ver o que está ocorrendo; o mais provável é o “inchaço” com pessoal, é a velha história da vocação petista no descontrole dos gastos públicos.

Indústria cresce 0,8% em outubro sobre um ano antes e fica abaixo do esperado

A produção industrial brasileira cresceu 0,8% em outubro, em relação ao mesmo mês do ano passado, informou nesta terça-feira o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

É a menor taxa desde dezembro de 2003, quando a expansão havia sido de 0,3%. Na comparação com setembro, a atividade caiu 1,7%.

Os números estão aquém do esperado por economistas, segundo pesquisa feita pela agência Reuters de informações. Analistas ouvidos pela empresa previam expansão de 2,7% em relação a outubro do ano passado e queda de 0,3% em comparação com setembro.

De janeiro a outubro, a produção teve crescimento de 5,8%; nos últimos 12 meses, de 5,9%.

Ainda, o IBGE revisou para baixo os dados de agosto e setembro. No oitavo mês do ano, a produção industrial caiu 1,5% ante julho, e não 1,2%, como informado anteriormente. Em setembro, houve aumento de 1,5% sobre agosto, em vez de 1,7%.

Bens duráveis caem mais

De setembro para outubro, a queda foi liderada pelo setor de bens de consumo duráveis, que registrou uma retração de 4,7%. Este era um dos segmentos que mais vinham crescendo ao longo de 2008. Mesmo com a queda em outubro, a alta acumulada no ano é de 10,5%.

Os bens intermediários foram o segundo item com maior recuo entre setembro e outubro (de 3%). Os bens de consumo semiduráveis e não duráveis tiveram retração de 2,2%.

Os bens de capital – aqueles usados para produção de outros bens – foram os que menos sofreram na passagem de setembro para outubro, com um recuo de apenas 0,5%. Esse item, no acumulado do ano, está disparado na frente dos demais, com crescimento de 18,4%, bem acima da média geral da indústria (5,8%).

Na comparação entre outubro de 2008 e o mesmo mês de 2007, os bens de capital registraram taxa de crescimento de dois dígitos, de 15,8%. Os bens de consumo duráveis declinaram 1,5%, menor taxa desde fevereiro de 2007 (-2,6%), mas os semi e não-duráveis subiram 0,6%. Bens intermediários apresentaram queda de 2,4% perante outubro do ano passado.

Setores
Conforme o levantamento do IBGE, 15 dos 27 ramos analisados registraram queda na produção na passagem de setembro para o mês seguinte. As categorias mais prejudicadas foram “produtos químicos” (-11,6%), “refino de petróleo e produção de álcool” (-9%) e “máquinas e equipamentos” (-5,2%).

Perante outubro de 2007, quando a atividade da indústria brasileira avançou 0,8%, 12 dos 27 segmentos estudados tiveram crescimento. Chamaram atenção “equipamentos de transporte”, com elevação de 63%, “indústria farmacêutica”, que teve expansão de 28,2%, e “máquinas e equipamentos”, com ampliação de 6,3%.

(Com informações de Reuters e Valor Online)

Rizzolo: Na realidade o que houve no mês de outubro foram muitos cancelamentos de pedidos, e a indústria naturalmente, foi obrigada a reduzir a produção. A questão da escassez de crédito atingiu a todos os segmentos. O setor de bens de capital caiu 4,7%, por exemplo. Este, é o setor justamente mais sensível às variações do dólar e ao estancamento do crédito. São bens de maior valor agregado. Quem tinha produção mensal constante foi obrigado a parar. Acredito que em novembro haverá nova retração da produção industrial, dessa feita, em escala maior.

A notícia de que os EUA estão oficialmente em recessão, contribui para que o cenário brasileiro piore. O número mais relevante de ontem nos EUA foi um indicador de que a crise talvez dure outro ano: o ISM industrial, o índice que dá a tendência de produção nas fábricas, a partir de uma pesquisa entre os encarregados de compras despencou a 36%, o pior desde 1982, final da feia recessão.

Dados mostram que a recuperação dos EUA se dará apenas no segundo semestre de 2010. Nós aqui no País da ” marolinha”, estamos nos preparando para tomar um “caldo” de uma grande que se aproxima. E tem gente que ainda acredita que não houve nada de errado no caixa da Petrobras, para ter que recorrer ao empréstimo da Caixa, uma estatal ” inchada” onde a gestão é baseada no empreguismo e no descontrole financeiro.

Publicado em últimas notícias, Bancos não emprestam dinheiro, biocombustíveis, Brasil, construtoras dão notebook, construtoras dão notebook e som, construtoras e o " efeito Incol", construtoras em crise, cotidiano, Crise, Crise Financeira, crise imobiliária no Brasil, crise no Brasil, crise nos bancos brasileiros, Direito Internacional, economia, estatização dos bancos no Brasil, Fiesp, geral, mercado imobiliário em crise, mundo, News, notícias, O agronegócio, Petrobras em crise ?, Política, política internacional, Principal. Tags: , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , . Leave a Comment »