O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta segunda-feira em discurso no Palácio da Alvorada, em Brasília, que a parceria estratégica com a França na área militar tem “um valor extraordinário” e disse que fazer investimento na área de defesa é “cuidar do nosso território e da nossa soberania”.
Ele ainda citou a descoberta do pré-sal para justificar a parceira militar.
O governo brasileiro confirmou hoje a intenção de comprar o caça francês GIE Rafale, da empresa francesa Dassault, que competia em uma acirrada licitação com o Gripen da sueca Saab e o F/A18 Super Hornet da americana Boeing por um contrato de US$ 4 bilhões.
Segundo o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, não há um contrato assinado para o Rafale, mas “uma decisão de iniciar as negociações com um fornecedor, o que não há com os outros dois”.
Amorim disse também que a negociação não envolve apenas a Dassault, porque há um compromisso do governo francês na negociação, e informou que a parceria começa dentro de um compromisso por preço competitivo e condições de financiamento.
O presidente brasileiro ressaltou que a parceria com a França não é simplesmente comercial. “A França não quer só vender para o Brasil e o Brasil para a França. Queremos pensar juntos, criar juntos, construir juntos e, se for possível, vender juntos. Por isso, essa parceria, sobretudo na área de defesa, é muito importante”, falou.
“Deve sempre passar pela nossa cabeça a ideia de que o petróleo já foi motivo de muita guerra e muito conflito e nós não queremos isso. Estamos trabalhando com a possibilidade de, nos próximos 15, 20 anos, o Brasil se transformar uma grande potência mundial”, declarou Lula durante a coletiva.
Lula disse ainda que o Brasil é um país que “prima pela paz”, mas lembrou que tem uma grande área na Amazônia a ser preservada e uma nova riqueza a ser defendida: o pré-sal.
O presidente Nicolas Sarkozy, que acompanhou pela manhã o desfile de 7 de Setembro como convidado de honra da Presidência da República, ratificou a ideia de trabalho conjunto: “Queremos desenvolver uma grande indústria aeronáutica, desenvolver aviões juntos”.
Para o presidente francês, “a segurança do Brasil é também a segurança mundial e da Europa”.
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Rizzolo: O presidente Lula nem precisaria justificar a parceria militar com a França em função do pré-sal. Isso é uma bobagem, com todo o respeito ao presidente. Quis talvez ele, insinuar, que os EUA, e outros estão “de olho no pré-sal” e que “a quarta frota já está pronta para atacar”. Um delírio típico da esquerda brasileira. Se assim fosse o comportamente bélico dos EUA em relação às riquezas minerais de outros países, há muito já tinham invadido a Arabia Saudita e outros países produtores. Já a parceria militar com a França, é válida somente se realmente houver uma transferência de tecnologia, o que pessoalmente eu duvido muito.
O Brasil precisa sim ser uma potência militar, como apregoa o presidente, mas não em função do pré -sal, até porque nem se sabe o potencial pleno dessas reservas. Necessita sim ser uma potência militar, em função da extensão do nosso território, da nossa imensa Amazônia, que envolve inclusive a chamada Amazônia Azul. Precisa ser uma potência militar, em função dos nossos vizinhos chavistas, bolivarianos, comunistas, que acolhem as intenções da Rússia na nossa região, das parcerias dos vizinhos com o terrível Irã, e do namoro destes com a perigosa Coréia do Norte.
Quem acompanha este Blog sabe que há muito tempo defendo um investimento maciço nas Forças Armadas, muito antes dessa história toda do pré-sal, motivos, razões para se investir em armas, sempre existiu, independente dessa justificativa. Agora optar pela França por estar ela disposta a “transferir tecnologia”, eu duvido. Não sou militar, não sou do ramo, mas conheço muito a Europa, os franceses e os EUA, alem disso, além de brasileiro, sou cidadão europeu, sei como pensam, e só um ingênuo poderia acreditar que a França nos daria tudo de “mão beijada”. Enfim, com a palavra, os patriotas militares que conhecem bem a matéria. Aliás será que eles participaram disso tudo, ou apenas os civis Nelson Jobin e Lula se puseram a decidir esta questão ?