A Filarmônica, Villa-Lobos e os Negros

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O teatro não era grande, mas era espaçoso o suficiente para ser aconchegante naquela noite fria. Afinal, ouvir Villa-Lobos é quase um ato de oração ao Brasil. Com efeito, a grandeza da música erudita, quando tocada por uma boa filarmônica, nos leva a viajar na melodia, nos conduz à reflexão, arremessando-nos na seara da imaginação. Pois não há ninguém melhor que o grande compositor brasileiro Heitor Villa-Lobos, com sua música e ritmo, para desnudar de forma artística a essência do povo brasileiro.

Foi exatamente naquela noite, ao som das bachianas brasileiras, que descobri um Brasil que se transforma a cada dia. O público, na maioria oriundo de uma elite paulista, contava também com alguns ouvintes especiais. O que era raro anos atrás estava ocorrendo bem ali à minha frente. Alguns rapazes negros e de aparência humilde aplaudiam o concerto, sensibilizados pela beleza da música – pareciam acompanhar o ritmo cadente brasileiro, degustando a grandiosidade da melodia, embriagando-se de Brasil.

Ao observá-los, comecei a refletir sobre o papel dos negros na cultura, nas artes, na inclusão cultural, fruto de um trabalho social real do governo para finalmente levar a população negra e mais carente a compartilhar das diversas manifestações culturais do país. Não é por acaso que o Senado aprovou nesta quarta-feira o projeto que cria o Estatuto da Igualdade Racial, que segue agora para a sanção do presidente Lula.

Não há como pensarmos em igualdade racial sem tutelarmos as ações que visem à igualdade de oportunidades, principalmente no que tange ao mercado de trabalho. Temos que nos conscientizar de que houve, sim, uma defasagem cultural, de oportunidades, de inclusão social, resultado de toda sorte de injustiças que já perduram há 121 anos, desde a abolição da escravatura.

Talvez Heitor Villa-Lobos, ao fundir material folclórico brasileiro às formas pré-clássicas ao estilo de Bach, já estivesse prevendo que um dia sua música inspiraria mais que uma viagem à essência do povo brasileiro – inspiraria uma união racial que levaria suas composições eruditas a serem uma referência lógica; talvez previsse que o reflexo do gosto musical refinado por muitos teria por princípio a participação dos negros e da população excluída – que, de certa forma, serviu de inspiração e de sonho a este grande compositor brasileiro, que cantou um Brasil mais justo para todos nós.

Fernando Rizzolo

Dedico este texto à reflexão sobre a inserção do negro na sociedade brasileira.

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Esperando pelo Perdão

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Cena de Yom Kippur numa Sinagoga na época medieval

Neste domingo, ao final da tarde, se dará o início ao Yom Kipur. Portanto, retornarei nesta segunda-feira após 21 horas, pois ainda pretendo passar, após a quebra do jejum, na casa de um rabino amigo meu para tomar um “lechayim”, (geralmente vodka).

Como meu jejum é completo, sem água inclusive -iniciando-se domingo às 18:00 – espero novamente estar ao lado de vocês, bem disposto, após o horário referido (21:00 de segunda). A todos os meus leitores, que são meus amigos invisíveis, saibam da minha mais profunda admiração, carinho e respeito que tenho por todos, por este Brasil imenso.

Obrigado por me acompanharem nas minhas reflexões, nos meus pensamentos, no ano que passou. Continuem divulgando o Blog do Rizzolo, prestigiando este humilde espaço, minha mídia é apenas você, meu leitor e amigo, mais ninguém !

Tenho tentado nos meus escritos externar o que eu penso, sob uma visão ética, na defesa dos mais pobres, dos esquecidos, dos desvalidos, defendendo meu ponto de vista sem uma conotação ideológica marxista, ateista ultrapassada, mas numa visão humana, religiosa, firme e de bom senso. Até mais queridos amigos !

Fernando Rizzolo

Um pouco da história

O nome Yom Kipur – Dia do Perdão – nos informa de um aspecto apenas de sua significação. “Porque neste dia se fará expiação por vós para purificar-vos de todos os vossos pecados; Perante Ad-nai ficareis purificados (Lev.XVI,30).

Isso é Yom Kipur, perdão e purificação, esquecimento dos erros e extirpação das impurezas da alma. Nobres conceitos que se tomam em sua acepção mais ampla. Não se trata unicamente do perdão Divino, que se invoca mediante a confissão das faltas e as práticas de abstinência, mas, também, do perdão humano, que exige o desprendimento da vaidade e contribui para a elevação moral. Quando chega Yom Kipur, cada judeu deve estender ao seu inimigo uma mão de reconciliação, deve esquecer as ofensas recebidas e desculpar-se pelas feitas aos outros, pois, limpo de todas as suas escórias físicas e morais, deve comparecer perante o Tribunal de D`us.

Durante um dia inteiro ele permanece diante desse Tribunal numa ampla confissão de suas culpas, em humildade e arrependimento, não com o fim de rebaixar sua dignidade humana, mas para elevar-se acima de suas misérias morais e apagar toda sombra de pecado em seu interior. E assim, depurado, vislumbrar com mais claridade os caminhos do bem.

Yom Kipur é data de jejum absoluto que se interpreta não somente como uma evasão do terreno, mas como uma prova de nossa força de vontade sobre os apetites materiais que tantas vezes conduzem ao pecado. Por último, o jejum nos faz sentir na própria carne os padecimentos de tantos seres humanos que, por falta de meios, sofrem fome, sede, fraqueza, vítimas da mais profunda miséria.

por Isaac Dahan

Veja Também: Silvio Santos fala sobre o Yom Kippur

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Lula usa manual de esquerda em encontro de alunos do Prouni e se emociona

Com citações à revolução bolchevique de 1917 e conversas com o ex-ditador cubano Fidel Castro, em meio a comentários sobre sua experiência como sindicalista, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva discursou em um cada vez mais raro tom esquerdista nesta quinta-feira a alunos do 1º encontro nacional de estudantes do Prouni – Programa Universidade para Todos, do governo federal.

Acompanhado de nove ministros, entre eles Dilma Rousseff (Casa Civil), cotada para disputar a Presidência da República em 2010, Lula, que no passado rejeitou a pecha de esquerdista, definindo-se como “torneiro-mecânico”, foi aplaudido de pé por universitários presentes no 51º Congresso da UNE (União Nacional dos Estudantes).

Depois de agradecer à entidade estudantil pelo apoio ao longo do seu governo, o presidente se emocionou por duas vezes e ficou com os olhos mareados: a primeira vez ao comentar sobre a política de cotas para negros em universidades públicas e a segunda quando se recordou de uma visita à Bahia na qual visitou uma mulher atendida pelo programa Luz para Todos.

“Tinha vontade que a UNE sentisse o drama das pessoas que iam para as escolas particulares. Mas essa falta de debate sobre as universidades privadas não era culpa de ninguém (do movimento estudantil), a não ser de sucessivos governos que priorizaram a irresponsabilidade com educação para que ela fosse privatizada”, afirmou Lula durante seu discurso.

O mote da privatização também é de saudosa lembrança para a UNE, que promoveu diversos protestos no país ao longo do governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB) por conta da venda da mineradora Vale do Rio Doce e de outras empresas estatais.

Lições

Em seguida, Lula afirmou no evento da entidade sob gestão de membros do PCdoB que “quem mais ganhou com a revolução de 17 foi a Europa Ocidental, porque com o medo do comunismo criou o Estado do bem-estar social”, referindo-se à derrubada dos governantes da Rússia para instituição de um governo comunista. Palmas menos efusivas da platéia.

No fim do discurso, em uma demonstração de visão prática da política, o presidente afirmou que “uma pessoa pobre ter uma caixa de lápis é mais importante do que uma revolução”.

“Na revolução, as pessoas não sabem o que vão fazer depois. Uma pessoa pobre sabe como usar o lápis”, ensinou. Lula defendeu o sistema de cotas para negros em universidades públicas, o qual chamou de “pequeno reparo” devido “às gerações perdidas pelos africanos” que se tornaram escravos no Brasil.
Uol

Rizzolo: Bem eu entendo houve por parte da matéria uma versão tendenciosa. Pelo texto pode-se inferir que o presidente usou o ” manual da esquerda” apenas para justificar o avanço social da Europa Ocidental. Agora, em relação à dívida da sociedade brasileira com os negros, o presidente está correntíssimo. Temos uma enorme dívida para com os negros neste país.

Como afirma Lula, as cotas significam ” pequenos reparos” face “às gerações perdidas pelos africanos” que se tornaram escravos no Brasil. Sempre defendi o sistema de cotas para negros em universidades públicas, e ainda acho pouco. Desta vez quem exagerou foi a imprensa, isso não é esquerdismo, e o presidente está correto.

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Ao menos 1 morre em confrontos em protesto no Irã

TEERÃ – A televisão estatal iraniana informou que houve disparos de tiros durante um grande protesto nesta segunda-feira, 15, em apoio ao candidato derrotado à presidência Mir Hussein Mousavi em Teerã. Testemunhas afirmam que uma pessoa morreu e várias foram feridas em estado grave.

Nesta segunda-feira, milhares de pessoas saíram às ruas de Teerã para protestar contra a vitória de Ahmadinejad, desafiando uma proibição do Ministério do Interior. Mousavi esteve no protesto, em sua primeira aparição pública desde o resultado eleitoral. Apesar da proibição, as forças de segurança não tomaram nenhuma atitude contra os manifestantes.

Enquanto caminhavam pelas ruas de Teerã com cartazes com os dizeres “onde está o meu voto?” e gritando “morte ao ditador”, em referência a Ahmadinejad, os opositores encontraram dezenas de simpatizantes do governo. Vários membros da milícia basij, subordinados a Khamenei e vinculados a Ahmadinejad, abriram fogo contra os manifestantes. Várias pessoas ficaram feridas nos confrontos.
agência estado

Rizzolo: Esta é a democracia de Ahmadinejad, e esta democracia que é aplaudida pelo governo brasileiro. Fiquei indignado com as afirmações de Lula a favor de Ahmadinejad. Quando o mundo preconiza distância deste cidadão, quando os EUA na figura de Barack Obama diz que o Irã é um perigo ao mundo, quando o Huamn Rights condena o Brasil, o governo brasileiro entende que lá existe democracia, que está tudo bem, e que vai visitá-lo em breve. Preocupante.

Lula diz que não há prova de fraude no Irã e pretende visitar o país

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta segunda-feira em Genebra que “não há provas” de que tenha havido fraude nas eleições iranianas e afirmou que pretende definir uma data para visitar o país no ano que vem.

“Veja, o presidente (iraniano Mahmoud Ahmadinejad) teve uma votaçao de 61, 62%. É uma votação muito grande para a gente imaginar que possa ter havido fraude”, disse Lula em entrevista coletiva.

“Eu não conheço ninguém, a não ser a oposição, que tenha discordado da eleição do Irã. Não tem número, não tem prova. Por enquanto, é apenas, sabe, uma coisa entre flamenguistas e vascaínos”, afirmou o presidente.

Lula afirmou ainda que a polêmica em torno da reeleição de Ahmadinejad não muda os planos de visitas entre representantes dos dois países. Ahmadinejad cancelou uma visita ao Brasil marcada para maio deste ano, afirmando que queria esperar o fim do processo eleitoral no seu país.

“Ele viria, pediu para esperar o processo eleitoral, mas pode vir na hora que quiser, eu recebo do mesmo jeito”, disse Lula.

Questionado se pretende ir ao Irã, o presidente também foi assertivo.

“Eu pretendo ir ao Irã. Eu pretendo arrumar uma data para o ano que vem e fazer uma visita ao Irã porque nós temos interesses em construir parcerias com o Irã, em trocas comerciais com o Irã”, afirmou.

“O Brasil vai fazer todas as incursões que precisarem ser feitas para estabelecer as melhores relações com todos os países do mundo, e o Irã é um deles.”
BBC

Rizzolo: É uma pena que o presidente Lula e o governo ainda não se deram conta que o regime do Irã é perigoso. A intolerância, os discursos que lembrar Hitler, a reprovação da comunidade internacional, o perigo das armas de destruição em massa, o desrespeito aos Direitos Humanos, nada disso conta para o governo brasileiro.

O único país confiável, um exemplo de democracia que é os EUA, já deram suficientes sinais de que o Irã é perigoso. Temos que nos relacionarmos com países democráticos do ponto de vista humano, digno, que nos leva à construção de um país tolerante e com preceitos de paz. Mas o Brasil optou pelo pior, e mais, sem demonstrar ao Brasil e ao mundo nenhum constrangimento, afirma ainda o presidente, que quer visita-lo. Preocupante isso, hein !

Opositor ao governo do Irã, Moussavi está preso, afirma jornal israelense

Candidato à presidência, ele disse que eleições foram fraudadas.
Jornal ‘Haaretz’ diz que governo está dificultando comunicação em Teerã.

O candidato à presidência do Irã, Mir Hossein Moussavi teria sido preso neste sábado (13), informou o jornal israelense “Haaretz”. Ele é o principal opositor ao presidente Mahmoud Ahmadinejad, reeleito em pleito conturbado nesta sexta-feira (12).

Moussavi, que obteve 33,75% dos votos, acusou o governo do Irã de fraudar as eleições. De acordo com uma ONG que defende os direitos humanos no país, ele foi preso a caminho da casa do líder supremo do país, aiatolá Ali Khamenei.

Segundo o “Haaretz”, os jornalistas estrangeiros que estão no Irã têm dificuldades para saber o paradeiro do candidato derrotado, pois o governo estaria criando dificuldades para a comunicação.

Neste sábado, autoridades iranianas bloquearam o site de relacionamento Facebook, que seria utilizado por Moussavi para reportar fraudes nas eleições. Os telefones celulares também deixaram de funcionar em alguns momentos na sexta-feira e no sábado.

Após o anúncio da vitória de Ahmadinejad, milhares de eleitores de Moussavi se reuniram no centro de Teerã para pedir a anulação das eleições. O clima na capital ficou tenso, e houve confrontos com eleitores do presidente reeleito, segundo a agência Reuters.
globo

Rizzolo: Era de se esperar que a tirania continuasse sob os auspícios de Ahmadinejad. Infelizmente por meios fraudulentos, segundo informações, o cerceamento à democracia continua com o maior inimigo do mundo ocidental. Os próprios iranianos já não mais suportam a linha férrea do governo que isolou o Irã do mundo, com suas ameaças. A notícia de que o opositor Moussavi está preso corrobora o estado de exceção que vive o Irã. O pior é a política de países como o Brasil que apóiam o regime de Ahmadinejad, e ainda o convidam para uma visita de “cunho comercial”. Com certeza o povo iraniano saberá dar a devida resposta a estas arbitrariedades deste regime perigoso. Bela democracia, prende-se o opositor e ponto final.

Silvio Santos relata que é judeu e fala sobre caridade

Silvio Santos nos dá um exemplo do que é a caridade, ser judeu, e ajudar ao próximo. Parabéns ao apresentador pelas palavras e por admitir sua religião e seu amor à Deus. Em suas palavras ouve-se uma doce melodia de esperança, solidariedade, e amor aos pobres. Tudo que falta na visão egoista de alguns, que na política, viram suas costas aos humildes e necessitados.

Fernando Rizzolo

“Chega de corrupção e rolo, para deputado federal Fernando Rizzolo – PMN 3318”

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Um Olhar Enviesado

Vivemos no Brasil um momento em que a discussão sobre o papel do negro na sociedade é levado ao debate de uma forma a torná-lo confuso, polêmico, e até certo ponto complicado. Mistura-se a observação julgadora daqueles que legitimamente estão incumbidos desta função nas universidades, com injustiças aos demais não negros, causando de certa forma uma polêmica racial que tem por objetivo culminar com a extinção dos direitos à inclusão do negro na sociedade brasileira.

O que poderia numa análise perfunctória ser simples, torna-se complicada pois ao invés de se centrar na questão do negro, pontua-se com maior relevância os métodos de admissibilidade e reconhecimento da condição de ser ou não negro. Com efeito a análise ou os métodos não devem por si só, serem alvo das críticas, que pretensamente invalidam a luta na inserção do negro à sociedade, e animam os conservadores a uma cruzada à favor da manutenção do negro na condição de submissão na mantendo-o refém de seu próprio destino histórico.

Um olhar enviesado, uma distância nas relações pessoais, o preterimento na escolha de candidatos negros, a pronta relação vinculatória entre o negro e a pobreza, a pouca abertura ao ingresso de negros nos cargos públicos de nível, já seria por demais o suficiente para que a libertação do negro se desse de forma interior, vez que de nada adianta uma libertação exterior ou laboral como se deu na libertação da escravidão, se na alma os negros continuam acorrentados, humilhados, constrangidos, vítimas do contumaz olhar enviesado daqueles que se nutrem da enraizada intolerância histórica.

Fernando Rizzolo

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Celso Amorim defende visita de presidente iraniano ao Brasil

O ministro Celso Amorim (Relações Exteriores) rebateu nesta quinta-feira as críticas do governo de Israel à visita do presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, ao Brasil. Amorim disse que o Brasil é soberano para receber chefes de Estado e representantes de outros países, além do Irã ser um importante parceiro comercial brasileiro.

“Não deveria haver [críticas] porque na realidade nós temos relações com o Irã. O Irã é um grande país, que indiscutivelmente tem papel no Oriente Médio e é um parceiro. Não deixamos de dar nossas opiniões, publicamente o fizemos recentemente, de modo que não vejo preocupação. E, se com cada país com que discordamos de alguma coisa, não pudermos aceitar visitante aqui, vai ficar muito difícil, não vamos receber ninguém”, afirmou.

Reportagem da Folha publicada nesta terça-feira afirma que governo israelense convocou o embaixador do Brasil em Tel Aviv para protestar contra a visita de Ahmadinejad a Brasília, marcada para quarta-feira. O embaixador Pedro Motta, um dos mais graduados diplomatas brasileiros em exercício, foi recebido na última segunda-feira (27), na sede da Chancelaria de Jerusalém, por Dorit Shavit, chefe da diplomacia israelense para a América Latina.

Shavit deixou clara a insatisfação de seu governo com a decisão do Brasil de receber Ahmadinejad, que questiona o Holocausto e defende varrer do mapa o Estado judaico.

A diplomata israelense argumentou que o Irã é visto como uma ameaça não somente por Israel, mas por quase todos os países árabes, pelos Estados Unidos e pela União Europeia.

Urgência

Na tentativa de impedir a visita do presidente do Irã ao Brasil, o deputado Marcelo Itagiba (PMDB-RJ) pediu esta semana à Câmara urgência na votação do projeto de lei de sua autoria que criminaliza o Holocausto. “O Holocausto é um fato público que esse canalha [Ahmadinejad] insiste em negar. Ele promete promover o segundo Holocausto. É inconcebível que o Brasil receba um chefe de Estado que nega a existência de um massacre contra mais de 6 milhões de judeus”, disse o deputado.

Israel, que possui armas atômicas, acusa o Irã de desenvolver secretamente um arsenal nuclear. Teerã, submetida a sanções econômicas, nega e argumenta ter direito ao enriquecimento de urânio sob o Tratado de Não-Proliferação.

Israel afirma que o governo iraniano está reforçando sua presença diplomática na América Latina como forma de romper seu isolamento.
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Rizzolo: Primeiramente, e antes de me adentrar à questão comercial em si ente o Brasil e o Irã, tão apregoada e enaltecida pelo ministro Celso Amorim (Relações Exteriores), a tal ponto que – de forma a “legitimar” a visita – dispensa uma análise sobre os valores democráticos pouco prestigiados e exercidos no Irã, gostaria de discorrer um pouco sobre este presidente de nome complicado.

Entendo que o grande problema é o perigo do radicalismo na pessoa de Mahmoud Ahmadinejad, que já manifestou o desejo de “varrer Israel do mapa” e negou a existência do Holocausto, provocando a comunidade internacional. Na verdade, sua atuação não representa uma ameaça apenas a Israel, mas a todas as nações comprometidas com a democracia. E mais, observem que entre outras coisas, Teerã já ignora três rodadas de sanções aprovadas pelo Conselho de Segurança da ONU e leva adiante suas ambições atômicas.

Agora se o Brasil aceita qualquer regime e chancela qualquer aproximação em nome ” das oportunidades de negócios”, nós estamos muito mal. E o presidente Lula, que é um democrata e amante da paz, acredito eu, sabe disso. Receber um presidente que semeia o ódio, propaga o antissemitismo, ignora a ONU, sob um pretexto comercial não é nada ético. Seria conceituar como aceitável, transações comerciais com pessoas ou empresas que cometem ilicitudes; e a pior ilicitude é aquela que provém da seara do ódio e da intolerância. Os formuladores de nossa política externa devem fazer uma reflexão.

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A Justiça, o povo e o futebol

Uma das causas que contribuiu para o crescimento do número de evangélicos no Brasil, deveu-se ao fato de que, ao contrário dos métodos litúrgicos tradicionais católicos, os pastores cobravam de Deus os milagres de forma clara, com veemência, como que estivessem num tribunal.

Ainda me lembro certa vez quando numa reportagem, um determinado bispo dizia que tínhamos que cobrar de Deus com rigor, discutindo com o Senhor de forma enfática, e até argumentando de igual para igual – em sentido figurado – nossas demandas; que só assim ele nos ouviria.

Talvez através desta visão de aprovação ao amor ao debate com o criador, e a forma de cobrá-lo, fez com que um novo gênero de prece surgisse em forma de pleito, e com teor argumentativo. Discutir com Deus e com os homens, faz parte da convivência espiritual e humana, e não devemos encarar as discussões -quando bem encaminhadas e com urbanidade, – como algo menor, mas sim enriquecedor ao debate. De forma que as idéias se tornam passionais, na exaltação da defesa dos pontos de vista cada um.

Por bem entendeu o presente Lula enxergar o bate-boca entre entre os ministros Gilmar Mendes e Joaquim Barbosa no plenário do STF, como um simples desentendimento, tão comum quanto os que ocorrem no futebol. Muito embora à primeira vista possa parecer uma visão simplista do presidente, tem seu quinhão de verdade comprovado no dia-a-dia de cada um de nós.

Os desentendimentos ocorrem entre as pessoas, e não há lugar imune a eles tampouco num tribunal, onde o amor ao debate transcende o controle das emoções. Apesar de não estarmos acostumados a presencia-los no Judiciário, de forma alguma estes embates comprometem a estrutura e o respeito que o povo brasileiro possui em relação à Nobre Corte brasileira.

Cada vez mais o povo brasileiro participa da vida política do País, e o ocorrido denota apenas uma efervescência saudável, na defesa dos pontos de vista de cada um; assim como na vida, no futebol e nas discussões que aprendemos a ter com Deus. Discutir de forma saudável também faz bem, induz à reconciliação, acalenta os ânimos e às vezes faz até milagres como no caso dos pastores.

Fernando Rizzolo

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Crianças e o Holocausto

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crianças judias de uma escola dutch portando suas estrelas amarelas

* por Rabino Chefe da Inglaterra, Professor Jonathan Sacks

Depoimento

A morte de uma criança é difícil de entender. O assassinato de uma criança é ainda mais difícil. O assassinato de um milhão e meio de crianças é impossível de compreender. E mesmo assim os líderes nazistas decretaram que, juntamente com todos os judeus adultos, as crianças judias também deveriam ser exterminadas.

A aniquilação foi quase completa: menos de dez por cento das crianças judias sobreviveram na Europa ocupada pelos nazistas. Os filhos não foram poupados do sofrimento e tortura imposto aos pais. Pelo contrário, como não podiam obedecer ordens e trabalhar, eram tratados ainda mais duramente.

Por exemplo, quando eram feitas as rondas, as crianças eram atiradas pelas janelas ou arrastadas pelos cabelos para serem jogadas nos caminhões. As crianças não foram poupadas da segregação, estigmatização, uso da estrela, superlotação, esconderijo, rondas, fuzilamento, deportação, trabalho escravo, campos de concentração, tortura, experimentos médicos, humilhação e assassinato. Muitas morreram através de inanição deliberadamente induzida, frio e doenças.

As experiências com crianças judias (menores de 13 anos) na Europa durante o Holocausto foram variadas. O mais comum, no entanto, era a constante e avassaladora sensação de medo que aquelas crianças enfrentavam diariamente. Nos primeiros anos, enfrentavam as mesmas humilhações pelas quais seus pais passavam; discriminação racial e abuso por parte dos colegas (e adultos, com o apoio do Estado), segregação da sociedade, expulsão das escolas e de toda a vida pública.

Algumas crianças judias eram escondidas dos nazistas. Eram dadas para amigos ou vizinhos não-judeus que fingiam ser os verdadeiros pais. Algumas vezes esses não-judeus escondiam as crianças por consciência ou caridade; outras vezes (com freqüência) exigiam pagamento para fazer isso. Alguns abusavam das crianças judias aos seus cuidados, verbal, física ou sexualmente.

Algumas das crianças escondidas dessa maneira tinham permissão de se misturar na sociedade não-judaica, embora naturalmente disfarçadas de cristãos. Como os meninos judeus eram circuncidados, estavam sempre em perigo porque era fácil conferir sua identidade religiosa. Para proteger seus filhos, algumas mães judias disfarçavam os filhos de meninas, ensinando-os a sentar para usar o toilete em caso de alguém suspeitar que eram meninos.

Nestes casos, porém, a criança tinha de manter a fachada de não-judeu, adotar um novo nome, aprender preces cristãs, e assim por diante. Ao final da guerra, algumas dessas crianças tinham esquecido quem eram suas famílias originais e até seus verdadeiros nomes.

Outras crianças foram escondidas durante toda a guerra. Sobreviveram em sótãos, porões, celeiros e outros esconderijos, às vezes com o conhecimento dos donos daqueles locais, outras sem que os proprietários soubessem. Algumas crianças não viram a luz nem tiveram refeições adequadas, e tiveram de procurar ou mendigar bocados de comida durante anos.

“Como crianças podem lidar com algo tão horrível?” perguntei a minha prima israelense anos depois enquanto tomávamos um café num terraço ensolarado com vista para o Mediterrâneo. “Naqueles tempos, as crianças não eram crianças,” disse ela baixinho. “Deixamos de ser crianças para enfrentar a morte.”

Fonte: site do Beit Chabad

Tenha um sábado feliz e uma semana de paz !

Fernando Rizzolo

Obama orgazina jantar de Pessach na Casa Branca

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O presidente dos EUA, Barack Obama, recebeu amigos, familiares e funcionários de seu governo para celebrar um Seder de Pessach – cerimônia que foi realizada pela primeira vez na Casa Branca. No cardápio, matzá e pratos típicos da festa judaica. Durante o jantar também fez-se a leitura da Hagadá. Cerca de 2% da população americana é judia. O porta-voz da Casa Branca, Robert Gibbs, explicou que a idéia do Seder nasceu durante a campanha eleitoral de 2008, quando Obama e sua equipe realizaram a cerimônia em um salão do Hotel de Harrisburg, na Pensilvânia. “Eu não fui, mas me contaram que, nesse evento, disseram: ‘no ano que vem, vamos comemorá-lo na Casa Branca’. E aqui estamos”, contou.
fonte Jornal Alef

Rizzolo: Chag Sameach Obama, no ano que vem esperamos participar do Seder do presidente Lula em Brasília. Agora não vi a Kipá de Obama, aonde está ? Valeu a intenção. Pessach é a pascoa judaica. Que Deus abençoe seu mandato Obama. Para quem não conhece, a leitura da Hagadá é a narração da saída dos judeus do Egito na condição de escravos. Muito bom, achei uma atitude muito bonita do presidente americano. Uma deferência ao povo judeu.

Pêssach: a importância da liberdade

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Família comemorando pessach na época medieval (óleo sobre tela)

Esta noite, dia 29 de março 2010, judeus de todo o mundo dão início a uma festa especial : a comemoração da saída do Egito, narrado no Velho Testamento. Comemoraram a passagem de um estado de escravidão, a um estado de liberdade. Através dos anos o conceito de libertação narrado na Bíblia, que se resumia apenas à libertação de um povo, deu também interpretação maior, a toda forma de liberdade, quer do ponto de vista pessoal ou social.

Todos os dias estamos tentando nos libertar dos “Egitos” existentes nas nossas vidas e na sociedade. Quantas são as vezes, que nos escravizamos e nos deixamos escravizar por meio das desigualdades, das tiranias, das doenças, das limitações, ou das humilhações.

Toda liberdade é fruto da conquista. Moisés tentou convencer o faraó a libertar o povo judeu, através da intelectualidade, da argumentação ao mesmo tempo em que contava com a ajuda de Deus. É é assim na vida, precisamos nos educar, nos preparar intelectualmente, estudar, para mudarmos o mundo, e como parceiros de Deus, podermos tentar libertam também o próximo com nosso talento.

Liberdade se conquista através da educação, e da igualdade de oportunidades, instrumentos que servem de ponte à turva travessia entre o obscurantismo escravizante ao brilho da liberdade redentora. Que hoje seja um dia de reflexão para que possamos nos libertar do ” Egitos” que habitam nossas vidas, brindando a passagem com os ideais da solidariedade, da justiça e da ética no nosso País. Leia também artigo meu: Inclusão Social e Liberdade

Fernando Rizzolo

Inclusão social e a Liberdade

Existe um significado especial a saída do povo judeu do Egito, narrado no Velho Testamento. Na verdade o levante dos escravos indubitavelmente legitimou as lutas posteriores e atuais contra a opressão e pelos Direitos Humanos.

Contudo, sob a ótica de um racionalismo que tenta obstruir um caráter religioso em minhas reflexões, exercito aqui um tipo de “razoabilidade religiosa”, refletindo um pouco sobre a questão da liberdade, sob um ponto vista maior, amplo em seus efeitos no âmbito da sociedade.

Sabemos que é tênue a diferença entre Liberdade e Liberalidade, e muitas vezes suas interpretações nos confundem. Um dos pilares da democracia é sem dúvida a liberdade; propagada como um bem maior e sagrado, costuma ser suprimida nos regimes autoritários e de exceção. Tiranias dela se apossam sob a égide das torpes ideologias, paralisando mentes e idéias, escravizando povos e culturas. Verdade é que democracia e liberdade se conquistam, e um dos maiores instrumentos na eficácia desta conquista, é a educação através da inclusão social.

Por bem o governo do presidente Lula, ao vivenciar um crescimento econômico no País, pôs-se em direção aos grandes projetos de inclusão social, como o Bolsa Família, que atende a 11,1 milhões de famílias em todos os municípios brasileiros, contribuindo de forma significativa para a redução da extrema pobreza e da desigualdade.

Esse direcionamento econômico e cultural às camadas de baixa renda, faz com que o exercício da cidadania, possua um papel nobre dentro do desenvolvimento do País e do mercado interno, o que conduz a um ciclo virtuoso que esbarra na erradicação do analfabetismo, nas desigualdades sociais, e numa melhor compreensão dos valores da liberdade dentro de um contexto democrático.

De nada adianta um regime democrático, a um povo escravizado pelo obscurantismo intelectual, manipulado pelo debate tendencioso ou populista, refém das falsas profecias e do assistencialismo eleitoreiro. Incluir é educar, é investir em cursos profissionalizantes, é combater o analfabetismo em suas diversas formas, inclusive a digital. É também ter um Estado Ético, capaz de promover o desenvolvimento econômico e cultural.

Desenvolver o potencial crítico do povo brasileiro, é dar um aval para o florescer de uma democracia cada vez mais representativa, justa e participativa. Não existe liberdade sem inclusão social. Sem cultura pode se ter democracia, mas na sua essência frágil, é passiva e presa ingênua do populismo oportunista, que é gênero do autoritarismo, tornando o povo escravo dos caudilhos. Quando penso em liberdade, lembro de L.Borne, escritor alemão que afirmava ” É possível substituir uma idéia por outra, menos a da liberdade “.

Hoje, mais do que nunca, precisamos nos libertar dos “Egitos” que ainda insistem em escravizar o Brasil. As ferramentas desta conquista chamam-se: educação e inclusão social, instrumentos que fortalecem a democracia, libertam um povo da ignorância, os ensina a cobrar e fiscalizar os membros do Congresso, e os conduzem a uma liberdade semelhante àquela liderada pelo profeta Moisés.

Fernando Rizzolo

Neguinho da Beija Flor e as crianças da Hope

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Ontem participei de um ato de solidariedade muito bonito. Estive com o Neguinho da Beija-flor quando da visita dele às crianças com câncer da Casa Hope. Neguinho da Beija-flor conversou muito com a Cláudia Bonfigiloli presidente da instituição, e participou da entrega de alimentos a instituição. Neguinho está muito bem de sáude, se recuperando. No próximo carnaval já combinamos com ele, eu e a Cláudia sairemos na Beija Flor ! Será que a gente leva jeito?

Obrigado Neguinho !

Centro judaico acusa PT de apoiar terrorismo após crítica a ofensiva

O Centro Simon Wiesenthal expressou nesta quarta-feira seu protesto contra o Partido dos Trabalhadores (PT), que divulgou uma nota em que classificou de “terrorismo de Estado” a ofensiva israelense contra o Hamas em Gaza.

Desde o início do ataque israelense a Gaza, no dia 27, mais de 600 palestinos morreram, informam fontes médicas que atuam no território. Ao menos um quarto das vítimas palestinas seria de civis. Sete soldados israelenses morreram na ofensiva, quatro deles em episódios de “fogo-amigo”, e quatro civis foram mortos em ataques de foguetes lançados pelo Hamas contra as cidades do sul de Israel. Israel diz que a ofensiva tem por objetivo dar um fim aos ataques com foguetes, que se intensificaram após o fim, no dia 19 de dezembro, de uma trégua de seis meses com o Hamas.

No comunicado divulgado nesta quarta-feira pelo PT, o partido criticou a ofensiva de Israel na faixa de Gaza e declarou o seu “integral apoio à causa palestina”. “Não aceitamos a “justificativa’ apresentada pelo governo israelense, de que estaria agindo em defesa própria e reagindo a ataques. Atentados não podem ser respondidos através de ações contra civis. A retaliação contra civis é uma prática típica do exército nazista”, afirma a nota, assinada pelo presidente do PT nacional, Ricardo Berzoini.

O Centro Wiesenthal rejeitou a nota do PT “devido à declaração na qual acusa Israel de praticar ‘terrorismo de Estado’, negando seu direito à auto-defesa e chamando sua reação aos ataques terroristas do Hamas como ‘prática nazista'”, indica um comunicado do centro, divulgado por sua sede regional para a América Latina, em Buenos Aires.

A entidade se dedica à busca de criminosos de guerra nazistas em todo o mundo.

Além do comunicado, o Centro Wiesenthal enviou uma carta ao presidente do PT, Ricardo Berzoini, e ao secretário de Relações Internacionais do partido, Valter Pomar.

Na carta, assinada por Shimon Samuels, diretor de Relações Internacionais, e Sergio Widder, representante para a América Latina, o Centro Wiesenthal afirma que “o comunicado do PT é escandaloso, mas não de todo surpreendente, dado seu acordo de cooperação com o Partido Baath Árabe Socialista da Síria”.

“Lembremos que, sob o regime do Baath, a Síria deu abrigo ao criminoso nazista Alois Brunner, além do lugar-tenente de Adolf Eichmann na implementação da ‘Solução Final’ (de aniquilamento dos judeus na Segunda Guerra Mundial). Isso sim é cumplicidade com o nazismo”, destacou.

Além disso, a nota exige que o PT, partido presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condene “o antissemitismo do Hamas”, e “a chuva de foguetes que essa organização dispara contra civis israelenses, além de seu abuso contra os civis palestinos, aos utilizá-los como escudos humanos”.

A entidade conclui afirmando que, com a postura adotada, o PT “demonstra solidariedade com o antissemitismo e o terrorismo”.

A nota do PT já tinha sido alvo de crítica do presidente da Confederação Israelita do Brasil (Conib), Cláudio Luiz Lottenberg.

Folha online

Rizzolo: O acordo de cooperação do PT com o Partido Baath Árabe Socialista da Síria é a prova cabal da solidariedade ao antissemitismo, como afirma o texto. As pitadas de posturas antiamericanas, o apoio a Chavez assim como os laços com o Irã dão o verniz comprobatorio e ratificam as denúncias do Centro Wiesenthal. Até agora não vi nenhuma crítica em relação ao Hamas, mas uma vez reina a esquerdofrenia retrógada apoiando o terrorismo, gritando contra os EUA, e aplaudindo as manobras russas no Caribe. Este é o PT, levando a imagem do Brasil como sendo um País que compactua com a intolerância. Veja o site nos EUA Simon Wiesenthal Center

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Negros são maioria dos que recebem Bolsa Família, diz pesquisa

Quase 70% dos domicílios que recebem Bolsa Família são chefiados por negros, afirma pesquisa lançada nesta terça-feira (16) pela SPM (Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres), Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e Unifem (Fundo de Desenvolvimento das Nações Unidas para a Mulher). O levantamento foi realizado com dados de 1996 a 2007.

Conforme a pesquisa, o número apenas confirma que os negros são grande maioria entre os mais pobres, estão nas posições mais precárias do mercado de trabalho e possuem os menores índices de educação formal. Assim, os institutos defendem respostas imediatas à discriminação e a adoção de medidas que visem à valorização e promoção de igualdade racial nas ações públicas.

Segundo o estudo, 69% dos domicílios que recebem Bolsa Família, 60% dos que recebem Benefício de Prestação Continuada e 68% do que participam do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil são chefiados por negros.

Com relação às condições dos lares brasileiros, a pesquisa afirma que a proporção de domicílios localizados em favelas praticamente não se alterou, passando de 3,2% para 3,6%. A maioria, porém, ainda pertence a famílias chefiadas por negros. São 40,1% das famílias com chefes homens e negros, 26% chefiados por mulheres negras, 21,3% por homens brancos e 11,7% por mulheres brancas.

O acesso a bens como fogão, máquina de lavar e geladeira também demonstra desigualdade entre brancos e negros. Enquanto 0,6% dos domicílios chefiados por brancos não possuía fogão em 2007, o percentual era mais de duas vezes superior entre os negros, 1,4%. Já com relação à geladeira, chega a 38% a porcentagem de negros sem o utensílio, contra uma média nacional de 9,2%.

Negros estão ainda em maior proporção abaixo da linha da pobreza, 41,7% contra 20% da população branca. Três vezes mais negros recebem menos de ¼ de salário mínimo, o que representa 9,5 milhões de indigentes negros a mais do que de brancos.

Folha online

Rizzolo: Os negros sempre foram esquecidos pela nação brasileira, quem conhece este Blog sabe da minha luta incansável na defesa dos programas de inclusão da população negra, dos jovens, e das mulheres. O Brasil tem uma dívida para com os negros, e a maior prova disso é o resultado desta pesquisa. À medida que os cargos se tornam mais qualificados, os negros perdem espaço para a população não negra; uma prova disso é o papel do negro no judiciário que ainda é muito pequeno, há muito poucos juízes negros no Brasil. O governo brasileiro deve continuar atuando para que os negros sejam cada vez mais incluídos, implementando programas específicos nesse sentido.

A verdade é que há poucos médicos negros, poucos juízes negros, poucos ministros negros. Por outro lado o Brasil possui uma população negra imensa. Fui dos poucos na área jurídica a ressaltar o fato de que o negro ainda tem pouco papel no Judiciário brasileiro, também sempre afirmei que poucos são os médicos negros no Brasil. Precisamos reverter esse quadro e dar mais oportunidade à população negra, não apenas o Bolsa Família, mas muito mais.