Greve dos professores: Serra pediu ajuda a Lula e rasgou acordo

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse neste sábado (10), no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, que o pré-candidato do PSDB à presidência, José Serra, pediu sua ajuda quando ainda estava à frente do governo de São Paulo para debelar uma manifestação de professores grevistas, mas descumpriu o acordo. Serra teria se comprometido a receber pessoalmente os professores, mas mandou o secretário da Educação, Paulo Renato, como representante.

O pedido de ajuda ocorreu durante uma cerimônia de entrega de ambulâncias da qual ambos participaram em Tatuí, no interior paulista, em 25 de março. “Lá em Tatuí, fomos procurados pelo seu adversário que dizia para nós tentarmos ajudar na greve dos professores que iriam ao Palácio dos Bandeirantes em determinado dia”, disse Lula à pré-candidata do PT, Dilma Rousseff.

“Vim para cá, e o nosso querido companheiro Edinho (Silva, presidente do PT-SP) ligou para o governador Serra. Eu assumi o compromisso de conversar com a Apeoesp (sindicato que representa os professores estaduais)”, agregou Lula.

O presidente relatou ter conversado no mesmo dia durante o 2º Congresso da Mulher Metalúrgica, também no sindicato do ABC, com a presidente da Apeoesp, Maria Izabel Azevedo Noronha, a Bebel, e intermediado uma reunião entre os grevistas e o governador.

“Conversamos com a Bebel, o Edinho ligou para o Zé Serra — e eu havia dito para o Serra diretamente na conversa: ‘Serra, converse você diretamente com o sindicato. Não deixe o seu secretário da Educação conversar porque ele não conversava quando era ministro. Converse você, eles não querem muito e estão dispostos a fazer um acordo. Converse’”, afirmou o presidente.

Segundo Lula, Serra teria prometido ao presidente do PT paulista receber pessoalmente os professores. O iG apurou que o governador sugeriu a possibilidade de enviar o secretário da Casa Civil, Aloyzio Nunes Ferreira, já que a Apeoesp não aceitava negociar com Paulo Renato. “Cheguei aqui e o Edinho me comunicou: ‘Presidente, eu conversei com o Serra e ele vai conversar com os professores’”, disse Lula.

De acordo com Lula, Serra não teria cumprido o acordo. “Conclusão: eu fui embora tranquilo. Conversamos com a Bebel tranquilos de que o governador iria chamar os professores para conversar. Qual não foi minha surpresa quando no dia seguinte ele viajou, não conversou, e mandou um secretário seu conversar com os professores?”.

A assessoria de Serra, que poucas horas antes teve o nome lançado pelo PSDB em Brasília, foi procurada, mas não se manifestou. A repressão policial às manifestações dos professores foi explorada em vários discursos durante o encontro de Dilma com representantes da seis centrais sindicais, neste sábado. “Posso afirmar porque estive do lado de lá na eleição passada. O Serra não gosta de trabalhador”, disse o deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, presidente da Força Sindical e do PDT-SP.

Da Redação, com informações do Último Segundo

Rizzolo: Todos sabem e conhecem o caráter autoritário do governador Serra, porém o que ninguém apostava era na capacidade de descumprir um acordo. Ora se pediu ajuda, deveria no mínimo receber os professores, mas nada, mandou seu secretário da Educação, Paulo Renato, como representante. O mais interessante nesse fato, é que se nem os acordos de cavalheiros são cumpridos, imaginem então o compromisso de dar seqüencia aos programas de inclusão, e é isso que o povo já se deu conta, realmente o tucanato não é de confiança. Vejo isso com muita tristeza, sou professor universitário e conheço o conceito de educação do PSDB, uma tragédia, isso traduz em debandada como a que o Chalita se propôs a fazer, ir para o PSB.

Tucano acorda de madrugada para pagar mico em Washington

O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (PSDB-AM), acordou anteontem às 5h45 para um compromisso histórico: participar de um café com o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama. O encontro foi divulgado pela assessoria do tucano com ares de seleto evento: “Arthur Virgílio encontra-se esta semana com Obama e parlamentares americanos”. “Foi uma bobagem da minha assessoria”, admitiu o senador pelo telefone, direto de Washington.
Pompa ou não, o fato é que o tucano ficou a 50 metros de distância do governante americano em mais uma edição do tradicional National Prayer Breakfast(1).

No 58º encontro, mais de 3 mil autoridades e personalidades de 160 países estiveram presentes ao luxuoso Hotel Hilton para celebrar as bênçãos de Deus. Com forte apelo religioso, o evento tem por objetivo valorizar as instituições norte-americanas. Desde a terça-feira até hoje, os inscritos participam de uma série de palestras, encontros e orações — muitas orações.

Arthur Virgílio e o presidente da Comissão de Relações Exteriores (CRE), o tucano Eduardo Azeredo (MG), convidados por um comitê do Congresso norte-americano, sentaram-se bem na frente. Ouviram atentamente o discurso de 15 minutos de Obama. O presidente dos EUA lamentou a “erosão da civilidade” no debate político na nação, para quem está crescendo um sentimento que “alguma coisa está se quebrando” em Washington.

“Alguns de nós em Washington não estão servindo às pessoas como deveríamos”, afirmou Obama, num ovacionado discurso. “Às vezes, parece que somos incapazes de escutar um ao outro, em vez de ter um debate sério e civilizado.” Ele conclamou os cidadãos a ajudar as vítimas da tragédia no Haiti. O líder do PSDB gostou do que ouviu. “Obama é carismático”, disse, ao ressalvar que lá “a oposição que os republicanos fazem é muito pior que o PT fazia quando era oposição ao governo Fernando Henrique Cardoso (1995-2002)”.

Apesar da suntuosidade do hotel, local onde o evento ocorre desde a década de 1980, os tucanos contentaram-se com um café frugal. Serviram-lhes torta, pão com requeijão, café e leite. Arthur voltará ao Brasil neste domingo (7).

Fonte: Correio Braziliense
Rizzolo:Comentário rápido como a viagem: esse é o PSDB, ir até lá para ouvir bobagens de Obama, um presidente já desacreditado, perdido, desaprovado . Ops…..ao invés de qualificá-lo presidente por lapso mencionei “candidato” e os tucanos acharam que com isso poderiam desqualificar meu cometário, denotando dessa forma, uma postura desesperatora ao se apegarem a qualquer coisa , até em atos falhos.

Michel Temer é reeleito presidente do PMDB

O presidente da Câmara dos Deputados, Michel Temer (SP), foi reeleito presidente do PMDB por aclamação da executiva nacional neste sábado (6), durante a convenção do partido, em Brasília. Temer, que ocupa o cargo desde 2001, foi o candidato da chapa única inscrita para o pleito.

De acordo com o PMDB, 570 filiados tinham direito a voto na escolha do diretório nacional. No entanto, como alguns membros têm direito a mais de um, o máximo de votos no pleito poderia ser de 797 votos. O diretório, composto por 119 pessoas, escolheu 24 membros da executiva nacional. Foi a executiva que aclamou Temer como presidente.

Um acordo interno definiu os outros cargos da executiva nacional. O senador Valdir Raupp (RO) será o primeiro vice-presidente; a deputada Íris de Araújo (GO), a segunda vice; e o senador Romero Jucá (RR), o terceiro vice. A primeira vice-presidência é um cargo estratégico, já que Temer está cotado para ser o candidato a vice-presidência da República na chapa da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff (PT). Assim, o vice poderá, em algum momento, assumir o cargo principal do partido.

O deputado paulista estava licenciado da presidência do partido, que era ocupada interinamente pela deputada Íris de Araújo, mas voltou ao cargo há duas semanas. A convenção nacional do partido estava marcada inicialmente para o dia 10 de março, mas foi antecipada por decisão do grupo que apoia Temer.

No início da convenção, Temer falou em “união” do PMDB. “Todos os estados brasileiros estão aqui. O Brasil inteiro está aqui numa tranquiliadade absoluta. Tranquilidade política e tranquilidade jurídica.”

Na noite desta sexta (5), o Tribunal de Justiça do DF havia cancelado a convenção, mas a decisão foi revertida pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).

O governador Sérgio Cabral (RJ) esteve na convenção. “A delegação do Rio de Janeiro defende que o projeto continue com uma aliança com Dilma e com a indicação de um nome do PMDB. Particularmente, defendo o Temer para vice [presidente, na chapa de Dilma]”, disse.

Além dele, passaram pela convenção o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles (GO) –também cotado para vice na chapa da ministra da Casa Civil-, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão (MA), e o ministro das Cidades, Geddel Vieira Lima (BA). O ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, chegou no final da convenção.
Globo

Rizzolo: A convenção estava ameaçada de não acontecer até o fim da noite de ontem, por causa de uma liminar do Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJ-DF) que havia sido solicitada pelos diretórios do partido em São Paulo, Pernambuco, Paraná e Santa Catarina. No entanto, outra liminar, que suspendeu a primeira, permitiu sua realização, com isso a candadatura de Dilma acaba sendo reforçada e estabelece uma nova condição da oposição já debilitada e perdida.

FHC teme consequências ao PSDB de mensalão no DF

CURITIBA – O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso disse hoje, em Curitiba, esperar que o episódio envolvendo o governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (DEM), não afete o PSDB. No entanto, deixou escapar que pode resultar alguns respingos para o partido na relação que tem com o Distrito Federal, visto que faz parte do governo.

“Eu não sei qual vai ser a decisão lá em Brasília”, disse o ex-presidente, que esteve em Curitiba para uma palestra a empresários no Fórum de Marketing, realizado no Teatro da Universidade Positivo. “Agora é um fato importante, tem consequências.”

Fernando Henrique ressaltou que não queria se antecipar a qualquer desdobramento do caso no Distrito Federal e muito menos sobre qual deve ser a decisão do DEM. “Isso não afeta a relação do PSDB com o DEM, mas afeta a relação do DEM com o Distrito Federal e, por consequência, também a nossa, não há dúvida”, afirmou.

Sobre as eleições no Distrito Federal, o ex-presidente disse que não sabe quais serão os candidatos. “Mas em função do que aconteceu serão outros. O governador era um candidato forte. Vai continuar sendo? Quem será o candidato? Haverá outros candidatos? Qual será a posição dos outros? Consequências vão ter”, ressaltou.

Sucessão presidencial

Questionado sobre a urgência ou não de o PSDB definir seu candidato a presidente, Fernando Henrique disse que a questão foi precipitada pela “insistência” do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, “em lançar um (candidato) por antecipação e colocou o carro adiante dos bois”.

De acordo com o ex-presidente, nem mesmo a pessoa indicada “reiteradamente” pelo presidente (a ministra Dilma Rousseff) assumiu a candidatura. “Não tem nenhum candidato, não só do PSDB, não tem nenhum”, afirmou. “É estranho que peçam ao PSDB para assumir. Ninguém assumiu. Não tem nenhum candidato posto, assumido”, reforçou FHC.
agencia estado

Rizzolo:É claro que o fato irá atingir o PSDB, as relações do partido com o DEM são estreitas e ideologicamente próximas. Com efeito o cenário político nas próximas eleições pode se alterar em vários Estados. Apesar de ser prematuro afirmar, a eventual candidatura Serra poderá ficar fragilizada. FHC sabe que os respingos ocorrerão, agora o pior é a situação da oposição desmoralizada, o que isso irá render nas eleições em 2010…

Dirceu critica PT e diz que partido deveria ir à Justiça por trocas de legenda

O ex-ministro da Casa Civil José Dirceu (PT) criticou o PT nesta terça-feira, em seu blog, pelas trocas dos filiados. “O partido devia ir à Justiça reivindicar os mandatos de quem trocou de legenda até 3 de outubro (sábado último), data limite para a troca de partido por aqueles que pretendem disputar eleição ou reeleição no ano que vem”.

O petista também defendeu a decisão do PSDB de requerer o mantato do vereador Gabriel Chalita à Justiça Eleitoral. “O PSDB paulistano está certo ao decidir pedir de volta o mandato de Gabriel Chalita, o vereador da capital mais votado no Brasil (mais de 102 mil votos) e que deixou o tucanato e filiou-se ao PSB para ser candidato a senador no ano que vem”, afirmou na internet.

Chalita deixou na semana passada o PSDB, disparando críticas ao governador do Estado, o tucano José Serra, que também pretende concorrer ao Planalto no ano que vem.

De acordo com Dirceu, um balanço apontou que trocaram de partido 31 parlamentares – 27 deputados e quatro senadores -, “indiferentes à fidelidade partidária, ainda que imposta pelo Tribunal Superior Eleitoral, quando deveria ter vindo por decisão do Congresso”.

Dirceu comentou ainda a posição do líder do PT na Câmara, Cândido Vaccarezza. O deputado defendeu a devolução do mandato ao partido, mas disse que não tomará providências porque os parlamentares que trocaram de legenda serão julgados pelo povo na eleição do ano que vem.

“Ele está certo quando advoga que quem deixa o partido tem que devolver o mandato; mas erra – e a legenda petista também – quando não defende que o PT vá à justiça reinvidicar o mandato que é do partido. Com isso, com esse comportamento, estimulamos a infidelidade como regra geral”, completou.
último segundo

Rizzolo: Dirceu está correto em parte. Esta postura de troca de partido sem uma contrapartida em se socorrer da tutela jurisdicional, provoca de certa forma um incentivo à infidelidade partidária. Por outro lado, não podemos ficar reféns de partidos que não dão o suficiente espaço político para aqueles que possuem densidade eleitoral, como é o caso de Chalita. Acabou-se o tempo de que os donos dos partidos mantinham as legendas a seu favor e de seus asseclas.

Aécio reitera que vai ‘lutar até o fim’ por prévias

BELO HORIZONTE – Ao lançar o Programa de Fortalecimento e Revitalização das Associações Microrregionais, o governador de Minas Gerais, Aécio Neves, reiterou que irá “lutar pelas prévias até o fim”, para que o PSDB defina quem será o candidato à Presidência da República. “As prévias partidárias são hoje o melhor instrumento que o PSDB tem para definir qual será o seu candidato. Não sou dono do partido, mas continuarei a insistir que o partido realiza a partir de janeiro as prévias”, afirmou. O governador disse ainda que pretende manter suas viagens aos Estados do Norte e Nordeste e espera que em dezembro o partido anuncie a data de realização das prévias para escolha do candidato à Presidência.
agencia estado

Rizzolo: Concordo com Aécio, as prévias são realmente válidas. Ademais, já não há mais a sensação de embate político entre Serra e Aécio e isso, para a desgraça do PT surgiu numa hora errada. Dilma Rousseff ainda não decolou, muito embora ainda é cedo para previsões. A grande preocupação não é saber propriamente quem será o próximo presidente, mas sim se este continuará com uma política desenvolvimentista como a que se desenhando nos últimos anos. Vamos ver.

Aécio e Serra selam aliança, afinam discurso e criticam Lula

SÃO PAULO – Entre caipirinhas de cachaça mineira e pães de queijo, os dois principais pré-candidatos do PSDB sacramentaram nesta segunda-feira, 14, em São Paulo, a promessa de estarem juntos nas eleições de 2010, independentemente de quem for o cabeça de chapa. Demonstrando afinação, os dois criticaram o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O governador de Minas Gerais, Aécio Neves, jurou que fará campanha para o governador de São Paulo, José Serra, caso o paulista seja escolhido pelo partido para concorrer à Presidência. Serra comprometeu-se a fazer o mesmo pelo mineiro.

A promessa foi feita durante a cerimônia de inauguração do Espaço Minas Gerais, centro de negócios do governo mineiro na capital paulista, na tarde desta segunda-feira. O espaço está estrategicamente localizado na esquina da Rua Minas Gerais com a Avenida Paulista.

“Se a decisão do PSDB for em torno do governador José Serra, eu serei o primeiro a levantar a mão e me colocar à disposição para com ele percorrer o Brasil”, disse Aécio, ao que Serra respondeu de pronto: “Se for o Aécio, eu serei o primeiro a lhe levantar as mãos e estar nas ruas fazendo sua campanha, porque isso será muito bom para o Brasil.”

Os governadores se esforçaram em mostrar sintonia no discurso de crítica ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do PT. Serra voltou a atacar a “volúpia centralizadora federal”, em referência ao apetite da União na arrecadação de impostos. Aécio tomou o termo emprestado e acusou a “volúpia arrecadatória” do presidente Lula. O líder tucano e ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso, que participou do evento, fez coro aos dois: “Hoje parece que o Brasil depende de um homem só. Não dá. Tem de ser uma coisa mais democrática.”

Defensor contumaz das prévias para a escolha do candidato tucano a presidente, Aécio as classificou apenas como “um instrumento importante de mobilização partidária”. Para Serra, as prévias são “um instrumento, como há outros também”.

Observado de perto por FHC, Aécio foi comedido ao falar da possibilidade de uma chapa puro-sangue. “Temos um quadro partidário extremamente plural no Brasil. É natural que as alianças entre partidos se reflitam na composição de chapa”, disse. “O governador Serra e eu estaremos juntos em 2010. Em que posição, o tempo vai dizer.”

Apesar do clima de cordialidade, os dois governadores esquivaram-se de responder se aceitariam concorrer como vice um do outro. “Essa questão não está posta”, frisou Serra. FHC aplaudiu a moderação: “Não é o momento ainda de saber quem vai ser vice ou se vai ter prévia. O importante é que o partido está unido.”
agencia estado

Café com leite

Debaixo de um grande toldo transparente para abrigar da chuva um público de 400 convidados, Aécio fez questão de negar qualquer caráter eleitoral na cerimônia: “Aqui não é um comitê de campanha.” Em seguida completou, em tom de mistério: “Só se for para que o Brasil possa melhorar muito a partir do ano que vem.”

Serra relembrou as ligações históricas entre os dois Estados. “Minas Gerais e São Paulo nunca deixaram de estar juntos, estão juntos e vão estar juntos.”

Aécio e Serra dividiram palco com líderes tucanos e com representantes de partidos que devem formar a base aliada do PSDB nas próximas eleições, como o ex-governador Orestes Quércia, presidente do PMDB paulista, e o prefeito da Capital, Gilberto Kassab, do DEM, afilhado político de Serra.

Habitué do mundo das celebridades, Aécio Neves levou ao evento ídolos do esporte, como o jogador do Corinthians, Ronaldo, e o técnico da seleção brasileira de vôlei, Bernardinho. Tucano de carteirinha, o humorista Tom Cavalcanti também marcou presença.

Enquanto esperava a chegada de Serra, que atrasou 30 minutos, Aécio assistiu ao lado do ex-governador e secretário de Desenvolvimento paulista, Geraldo Alckmin, e de FHC a apresentação de um grupo de dança e percussão. Na calçada em frente ao casarão, artesãs desenharam com areia colorida, lado a lado, as bandeiras de São Paulo e de Minas Gerais. Para encerrar a festa, foi servido caipirinha de cachaça mineira, espumante e pão de queijo.
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Rizzolo: O PSDB parece afinado. Isso é bom, do ponto de vista democrático. Agora esta observação do FHC de que hoje parece que todos nós dependemos de um só homem, expressa a pura realidade. E isso com certeza não é nada bom para a nossa democracia. A política café com leite sempre foi baseada em entendimentos, e Serra com Aécio unidos se complementam, dando ao PSDB maior densidade eleitoral. Muito boa essa possível aliança.

CNT/Sensus: Serra lidera todas simulações para 2010

BRASÍLIA – O governador de São Paulo, José Serra, lidera a corrida eleitoral para as presidenciais de 2010 em todos os cenários de primeiro turno na pesquisa CNT/Sensus divulgada nesta terça-feira, 8.

Na primeira simulação, composta por Serra, candidato do PSBD, pela ministra chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, do PT, pela ex-senadora Heloísa Helena, do PSOL, e pela senadora e ex-ministra Marina Silva, agora no PV, o tucano lidera com 39,5%. Na sequência, vêm Dilma, com 19%, Heloisa Helena, com 9,7% e Marina Silva, com 4,8%. Sem a candidata do PSOL, Serra teria 40,1%, Dilma, 19,9% e Marina, 9,5%.

Em cenário com Ciro Gomes (PSB-CE) no lugar de Dilma, Serra teria 40,5%, Heloísa Helena, 10,7%, Ciro, 8,7% e Marina, 7,1%.

Em outra simulação, com o deputado federal Antonio Palocci (PT-SP) no lugar de Dilma e Ciro como candidato da base do governo, Serra teria 42,2%, Heloísa Helena, 10,8%, Marina Silva, 7,4% e Palocci, 7,0%.

Nos cenários em que o governador de Minas Gerais, Aécio Neves, assume o lugar de José Serra como candidato do PSDB, os tucanos têm a vantagem reduzida e até perdem a liderança contra Dilma. Contra Aécio Neves, a ministra Dilma Rousseff lidera as intenções de voto, com 23,3%, seguida pelo tucano, com 16,8%, Heloísa Helena, 13,5%, e Marina Silva, com 8,1%.

Em cenário construído apenas com Dilma, Aécio e Marina, a petista teria 25,6%, o tucano, 19,5% e a senadora verde, 11,2%.

Sem a presença de Dilma, Aécio lidera a disputa, tanto com Ciro Gomes quanto com Palocci como candidatos governistas. No primeiro caso, Aécio teria 17,6%, Heloísa Helena, 16,1%, Ciro Gomes, 12% e Marina Silva, 9,3%. Na simulação com Palocci, Aécio teria 18%, ficando empatado com Heloísa Helena (18%), Marina teria 9,8% e Palocci, 8,5%.

Segundo Turno

Nas simulações para um possível segundo turno, Serra ampliou a vantagem que tinha sobre Dilma desde a última pesquisa, divulgada em maio. O tucano teve 49,9% das intenções de voto ante 25% da ministra, enquanto na pesquisa anterior registravam índices de 49,7% e 28,7% respectivamente.

Na disputa com Aécio Neves, a ministra teve 35,8% das intenções enquanto o tucano, 26%. Na pesquisa anterior, Dilma tinha 39,4% e Aécio, 25,9%.

O diretor da Sensus, Ricardo Guedes, supõe que a que a queda de Dilma nas duas simulações, com Serra e com Aécio, seja decorrente do efeito Lina Vieira, a ex-secretária da Receita Federal, que disse ter tido uma reunião com a ministra em que Dilma teria pedido para ela “agilizar” a investigação contra o filho do presidente do Senado, José Sarney.

A pesquisa perguntou aos entrevistados se eles ouviram falar do episódio. Do universo pesquisado, 52% disseram que não acompanharam ou não ouviram falar do assunto, enquanto 24% disseram que acompanharam e 17,5% que ouviram falar. Entre as pessoas que acompanharam ou ouviram falar do assunto, 35,9% disseram acreditar que Lina está dizendo a verdade e 23,6% afirmaram que Dilma está dizendo a verdade. O restante informou não saber ou não quiseram responder.

Nas simulações de segundo turno com Ciro Gomes no lugar de Dilma, o governador José Serra aparece com 51,5% das intenções de voto, enquanto Ciro tem 16,7%. Na pesquisa anterior, Serra tinha 51,8% e Ciro, 19,9%.

Num eventual cenário em que disputam Ciro e Aécio, o candidato governista tem 30,1% das intenções e o tucano, 24,2%. Na anterior, Ciro tinha 34,1% e Aécio 27,9%. No cenário em que Palocci é o candidato governista, Serra teria no segundo turno 54,8% e Palocci, 11,3%. Com Aécio, Palocci teria 17,5% contra 31,4% do governador mineiro.

A pesquisa CNT/Sensus foi feita com dois mil entrevistados em 136 municípios de 24 Estados das cinco regiões do País. A margem de erro é de até 3 pontos porcentuais.
agencia estado

Rizzolo: Se o governador Serra for o candidato de escolha do PSDB, as chances são boas. Contudo, como não acredito muito em pesquisa, entendo que Aécio é um candidato forte principalmente no nordeste. Agora em relação a Dilma, a eventual candidata realmente não tem a menor chance. Já era a esta altura do campeonato para seu nome ter decolado, mas como diz o texto, o efeito Lina Vieira a prejudicou. Esse é o problema do PT atualmente, de tanto se armar para projetar um nome fraco, acaba se envolvendo em verdadeiras ” frias”. Já comentei várias vezes que a candidatura de Dilma é um erro político de Lula, com esta insistência nesse devaneio, e nessa ” ficção eleitoral “, levará ele o PT à derrota. Esta aí já os números, e contra fatos não há argumentos.