As Reservas Minerais e o Futuro dos Jovens

Não faz mais do que dois anos quando numa tarde de domingo li um artigo interessante no jornal Folha de São Paulo, e que me levou a refletir sobre o potencial do Brasil em termos de recursos naturais.

Escondida sob a vegetação seca e os mandacarus da caatinga do sertão do Ceará, encontra-se a jazida de Itatiaia, localizado em um distrito distante da sede de Santa Quitéria (212 km de Fortaleza), hoje considerada a maior reserva de urânio do país. Esta área, com grande índice de desertificação e miséria, está também associada a outro minério, o fosfato.

Os moradores das comunidades vizinhas, por certo, mal sabiam do que se tratava tal mineral; apenas estranhavam o solo, montanhoso e cheio de pedras avermelhadas, bem como a movimentação – provavelmente de geólogos – desde 1976, quando foi descoberta a jazida. O que mais me intrigou no artigo foi exatamente o fato de que os habitantes da pobre comunidade, muito embora vivessem sobre um solo extremamente rico, eram essencialmente pobres, fazendo com que a injustiça social fosse ressaltada, envolta num cenário “surrealista econômico” e incoerente, entre a riqueza de um solo e a triste constatação da falta de oportunidade, de emprego, fazendo do destino de ser brasileiro, uma perpetuação alienada entre as riquezas do país e a condição de pobreza imposta pela política oportunista e pelos interesses nada nacionalistas, que sempre permearam nossa política.

Portanto, não há como discordarmos das posturas de defesa dos nossos recursos naturais e da postulação da aplicação de tais dividendos no combate à miséria, no investimento na educação e na saúde, sob pena de nos transformarmos em modelos de subdesenvolvimento como alguns países árabes, detentores de potencial petrolífero, cuja população permanece no desalento, muito embora sobre um solo rico.

Por bem, o governo Lula – na elaboração das regras para exploração da camada pré-sal, enviado ao Congresso – propôs que os recursos do Pré-Sal, irão compor um fundo denominando Fundo de Desenvolvimento Social, sendo que uma parte será investida em títulos públicos, ações e projetos de infra-estrutura e outra deverá ser aplicada na saúde, educação e no combate à pobreza. Com efeito, só podemos conceber uma democracia de qualidade quando exercida por uma sociedade instruída, dotada de conceitos críticos e refratária aos argumentos populista; a instrumentação para isso é o investimento na educação dos jovens.

Assim sendo, nada mais justo do que apresentar um modelo onde a receita dos recursos naturais, quer sejam eles advindos das reservas de urânio ou do petróleo, incidam sobre a preparação intelectual dos jovens do nosso país. Nada justifica termos um solo rico, onde a distribuição desta riqueza não reverta no combate sistemático da miséria, do analfabetismo, na formação profissional e na saúde da população. Principalmente dos jovens, segmento da sociedade preterido pelos modelos econômicos anteriores cuja predominância era de um viés financeiro.

Viver sobre um solo rico num Estado Democrático e de Direito é cada vez mais, fazer valer o “deitar em berço esplêndido” no avançar do desenvolvimento social, na busca de uma sociedade mais justa, fazendo dos seus filhos o reflexo da generosidade natural divina, estendendo e permeando seus frutos na construção de uma sociedade virtuosa e mais justa, onde o ator principal é o jovem de um Brasil próspero, democrático e acima de tudo, ético.

Fernando Rizzolo

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Zelaya diz que pedirá destituição de golpistas em 24 horas

SAN JOSÉ – O presidente deposto de Honduras, José Manuel Zelaya, chegou na noite desta quarta-feira, 8, à Costa Rica, para iniciar, na quinta, um diálogo junto ao líder de facto de seu país, Roberto Micheletti, mediado pelo presidente Oscar Arias, com o objetivo de pôr fim à crise política na nação. O líder destituído adiantou que pedirá a remoção do governo interino em 24 horas.

Em sua chegada a San José, Zelaya afirmou disse esperar uma “resposta clara da contraparte golpista que rompeu o processo democrático”. Mais cedo, o presidente deposto chamou Micheletti, nomeado em seu lugar após o golpe do último dia 28, de “gorila” e assegurou que o novo chefe de Estado hondurenho deverá “pagar” por sua traição.

“A traição é um crime que não prescreve”, afirmou Zelaya em declarações a um canal chileno de televisão, nas quais também reiterou que não negociará com os “golpistas” nas reuniões desta quinta. Segundo Zelaya, Roberto Micheletti representa um regime que deu um golpe de Estado com armas e que cometeu crimes como “assassinatos, violações aos direitos humanos e especialmente a traição.”

O presidente deposto negou ter violado a Constituição e as leis, como disseram os novos governantes de Honduras para justificar o golpe contra seu governo. “Se meu crime é lutar pela justiça, me declaro culpado”, disse Zelaya.

A missão de Arias será mediar um plano para que presidente deposto volte a seu posto, com o compromisso de não tentar se reeleger. Na terça-feira, Micheletti disse estar muito feliz com a escolha do presidente costa-riquenho e afirmou estar “aberto para o diálogo”. Em seguida ele recuou, dizendo que não iria à Costa Rica “negociar, mas conversar.”

A crise em Honduras começou no primeiro semestre, quando Zelaya desafiava o Congresso hondurenho, a Suprema Corte e o Exército do país ao pressionar por um plebiscito para obter apoio a uma mudança na Constituição que permitiria ao presidente se reeleger além do mandato único de quatro anos. Antes que ele pudesse realizar a votação, em 28 de junho o Exército de Honduras o prendeu quando o chefe de Estado ainda estava de pijamas e o levou à Costa Rica

agência estado

Rizzolo: Já comentei anteriormente meu ponto de vista em relação a Zelaya. Mas poderíamos de forma breve fazer uma reflexão, sobre o uso da democracia plebiscitária como instrumento da autocracia. É exatamente nessa esfera que os aproveitadores do “seculo 21” atuam, promovendo sucessivas consultas populares sob a égide da legitimidade democrática, para que num golpe rápido e rasteiro, solaparem as instituições e por último rasgarem a Constituição do país. Talvez a nova forma de golpe branco, como costumo classificar, seria uma “interpretação estelionatária” da essência da democracia, de forma a levar o povo a incorrer em erro ideológico, ensejando uma visão de legitimidade popular, com um claro propósito de chancelar uma verdadeira autocracia, esta, a favor da linhagem esquerdista implantada na América Latina. Uma verdadeira inversão de valores, que apenas impressiona os incautos e o pobre povo inculto.

O Brasil e o Topa Tudo por Dinheiro

Quem não se lembra do programa Topa Tudo Por Dinheiro? Era um programa de televisão do Brasil, veiculado pelo SBT e apresentado pelo empresário e comunicador Sílvio Santos. “Quem quer dinheiro?” foi um bordão muito utilizado, nas décadas de 80 e 90, quando o programa foi transmitido. Era exibido aos domingos.

Na verdade, a brincadeira consistia em esconder uma câmera num lugar público. Então, um dos atores colocava os transeuntes em situações bizarras. Mas, por que lembrar e associar o Brasil e o povo brasileiro a este antigo programa que fazia das suas supostas “vítimas” motivo de risos e deboches?

Ao observarmos a posição do governo em relação à crise moral do Congresso, às denúncias de corrupção, aos atos secretos, e à defesa dos velhos políticos já há muito conhecidos do povo brasileiro, constatamos que o Presidente Lula sempre minimiza o fator ético do Congresso, expondo como argumento legítimo e preponderante aos valores morais, a questão econômica, comercial e financeira do país.

Com efeito, não éde bom alvitre concitar o povo brasileiro a valorizar questões de ordem material, sobrepondo-as às de valores mínimos de ética e conduta, mormente, em se tratando de assuntos que envolvam o erário público. Todos sabem que o Congresso Nacional passa por uma crise extremamente séria envolvendo corrupção, mordomias, escândalos e, jamais, questões de ordem econômica poderão justificar o injustificável, no âmbito ético e moral.

A afirmação do Presidente de que “o aumento de mais de cem mil empregos é uma coisa (positiva), mas a manchete é o emprego no Senado. É uma perda de valor”, denota a inversão de valores propugnada pelo Presidente. Topar tudo por dinheiro, não é uma vocação brasileira, tampouco, o povo deve ser achincalhado pelo Congresso que, revisitando as câmeras do antigo programa, faz o Brasil vivenciar o drama do constrangimento e da vergonha.

Subtrair a essência da moral e dignidade do povo, dando-lhe uma nova roupagem de licenciosidade permissiva afrouxando os valores éticos, é, no mínimo, um ato reprovável. Soube que o antigo programa durou dez anos, tempo suficiente para fazer o povo dar muitas risadas, na época. Contudo, nossa nova fase de tudo por dinheiro não deverá durar.

A resposta à crise do Congresso deverá ser dada por meio do voto; mas, enquanto os valores de um povo estiverem à margem do aceitável, minimizados e preteridos numa onda de inversão, prevalecerá a máxima :“Quem quer dinheiro?” e todos se reelegerão permanecendo num ciclo, nada virtuoso, para o povo brasileiro.

Fernando Rizzolo

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Jereissati pede demissão de toda diretoria do Senado

BRASÍLIA – O senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) apresentou hoje, no plenário do Senado, um conjunto de oito sugestões para o enfrentamento da crise pela qual passa a instituição. Entre as oito medidas está a demissão imediata do atual diretor-geral do Senado, Alexandre Gazineo, e de toda a diretoria da Casa. O tucano também pede a indicação, em uma semana, do novo diretor que deverá ser sabatinado pelos parlamentares. Tasso apresenta um plano para a reestruturação administrativa do Senado.

As medidas apresentadas por Jereissati foram discutidas em reunião de nove parlamentares que se intitulam independentes, realizada hoje no gabinete do senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE). As propostas foram anunciadas um dia após o presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP), fazer um discurso na tribuna sobre acusação de práticas de nepotismo e de outras irregularidades. O peemedebista é acusado de autorizar atos secretos na Mesa Diretora para uma série de contratações, inclusive de parentes, conforme reportagens publicadas pelo jornal O Estado de S.Paulo.
agência estado

Rizzolo: O grande problema não está em si na demissão de toda a diretoria do Senado. As demissões, seriam bem-vindas é claro, contudo o cerne da questão está muito além de tais medidas. Hoje o Congresso Nacional sofre de um mal cujo sintoma é a falta de ética, de probidade, o que acaba corroendo a credibilidade da instituição.

A maioria dos parlamentares não tem nível intelectual à altura do cargo, não possuem uma base de ética estruturada, tampouco uma base religiosa, que de certa forma, sempre empresta uma moral ilibada. O povo brasileiro, por conseguinte, ainda não sabe diferenciar um candidato idôneo e um oportunista.

Só com uma reforma eleitoral, acabando com o financiamento privado perverso, é que poderemos demitir todos os parlamentares corruptos via eleitoral, e promovendo e outorgando mandatos a novos políticos que passariam pelo crivo da idoneidade, sepultando as velhas raposas que visam os próprios interesses. Pobre povo brasileiro.

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No Cazaquistão, Lula defende Sarney e diz que investigação é necessária

Ele criticou ‘processo de denúncias’ que ‘não tem fim’ e nada acontece.
‘Essa história tem que ser mais bem explicada’, disse o presidente.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva comentou, nesta quarta-feira (17), em Astana, no Cazaquistão, a crise do Senado e o pronunciamento do presidente da Casa, José Sarney, realizado na terça-feira.

Lula disse que considera Sarney uma pessoa séria e criticou o denuncismo da imprensa. Ele disse que não leu reportagens sobre Sarney, mas que pensa que ele tem “história suficiente” para não ser tratado como “uma pessoa comum”, de acordo com a Agência Brasil.

“Eu sempre fico preocupado quando começa no Brasil esse processo de denúncias porque ele não tem fim e depois não acontece nada”, disse o presidente antes de embarcar para Brasília.

O presidente disse esperar que a série de denúncias sobre o Senado seja investigada. “Essa história tem que ser mais bem explicada. Não sei a quem interessa enfraquecer o Poder Legislativo no Brasil. Mas penso o seguinte: quando tivemos o Congresso Nacional desmoralizado e fechado foi muito pior para o Brasil, portanto é importante pensar na preservação das instituições e separar o joio do trigo. Se tiver coisa errada, que se faça uma investigação correta.”

Economia

Nesta quarta, Lula também fez comentários sobre economia edisse que a crise tornou os países mais iguais, abalou certezas e abriu espaço para a construção de uma nova ordem global. “Antes da crise, tínhamos países que sabiam mais do que os outros. Antes da crise, o Estado não tinha nenhum papel relevante. Depois da crise, todos nós ficamos mais iguais”.

“Já não existe mais ninguém no mundo com certeza absoluta do que faz”, disse o presidente durante a visita ao palácio presidencial de Akora, sede do governo cazaque.

“Por isso, existe uma possibilidade enorme de trabalho para a nova ordem financeira mundial. Para isso, temos que reformar as Nações Unidas e fortalecer e reformar as instituições financeiras internacionais, sobretudo o FMI e o Banco Mundial”, acrescentou Lula ao lado do presidente cazaque Nursultan Nazarbayev.
Ex-líder do país durante o regime soviético, Nazarbayev foi eleito presidente em 1991, ano em que a União Soviética se desintegrou, e reeleito em 1999 e 2005, estando no poder há mais de 20 anos.
Globo

Rizzolo: É realmente intrigante como o conceito de moral neste país está deturpado. Quando todos sabem que o nome de Sarney está envolvo a questões de ordem moral propostos e divulgados por toda imprensa, o presidente ao revés de se aglutinar aqueles que lutam pela moralidade, se firma em coro com as figuras acusadas de atos secretos amorais . Não seria por demais, analisarmos e configurarmos uma reflexão em relação ao que se tornou a democracia no Brasil. Que democracia é esta em que não há repúdio ao reprovável? O presidente Lula não deveria chancelar e ir na contramão às denúncias da imprensa, e sim manter distância.

É uma pena o caminho que a democracia brasileira está tomando, os pobres, os aposentados, os negros, os desvalidos, os empresários, assistem a tudo isso indignados e de certa forma atados. A resposta deverá ser dada nas urnas, mas para isso seria necessário educação e informação sobre os políticos no Brasil, quem são, o que fazem, e a que propósitos representam o povo no Congresso, e isso ainda está distante do povo da mesma forma que a ética está por demais distante do Congresso.

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‘A crise não é minha, é do Senado’, diz Sarney em sua defesa

BRASÍLIA – “A crise não é minha, é do Senado”, afirmou o presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP), ao se defender no plenário nesta terça-feira, 16, sobre as denúncias dos atos secretos da Casa revelados em reportagens de O Estado de S. Paulo. Ele disse que recorre à História para iniciar suas palavras. “Visconde de Rio Branco, quando no Senado Federal, veio se defender das questões do Prata, disse: ‘Defender-se não é fraqueza’. Joaquim Nabuco também. quando ele foi defender o ministério João Alfredo da abolição também teve a mesma expressão.

“Há um mês, mais de um mês, eu tive na faculdade FMU em São Paulo com mais de 3 mil estudantes falando sobre o Senado, sobre o que representava o Senado e sua história desde o seu nome e tempos antigos até o Senado brasileiro. Este Senado que tem uma importância extraordinária na História do Brasil. Não é a primeira vez que digo isso. A instituição é maior que todos nós somados. Recebemos assim e temos de transmitir isso. Somos todos transitórios”, afirmou em discurso.

Sarney é acusado de autorizar atos secretos na Mesa Diretora do Senado para uma série de contratações. Sarney, segundo nova reportagem publicada nesta terça no Estado, pretende “sacrificar” o atual diretor-geral da Casa, Alexandre Gazineo, para garantir sua sobrevivência no cargo.

Um pouco antes, o líder do PSDB, Arthur Virgílio (AM), pediu que o discurso de Sarney fizesse com que o Senado “voltasse à decência” e que houvesse um rumo.
agência estado

Rizzolo: De nada adianta Sarney fazer alusão a figuras do passado para justificar sua defesa, alegando que ” nada tem com a crise”. É lógico que, se em todos os casos de improbidade as notícias trazem seu nome a reboque, discursos prolixos, defesas indefensáveis, não acodem quem como ele permanece no centro das atenções.

A grande verdade deste país é que a classe política se porta de forma indecente. A grande maioria é desprovida do dever cívico, e lá estão no Congresso, atendendo aos interesses daqueles que financiaram sim suas campanhas, ou seja, grandes empresas, grandes lobbies, grandes corporações.

Já o pobre povo brasileiro, os negros, os pobres, os aposentados, os desvalidos, órfãos na sua representatividade parlamentar, vêem seus interesses desaparecerem nas mãos sórdidas daqueles que não saciam sua sede de poder, visando sempre seus próprios interesses.

Um “Transtorno Ético -Social”

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Segundo a psicologia, a personalidade é definida pela totalidade dos traços emocionais e de comportamento de um indivíduo (caráter). Pode-se dizer que é o “jeitão” de ser da pessoa, o modo de sentir as emoções ou o “jeitão” de agir. Um transtorno de personalidade aparece quando esses traços são muito inflexíveis e mal-ajustados, ou seja, prejudicam a adaptação do indivíduo às situações que enfrenta, causando a ele próprio, ou mais comumente aos que lhe estão próximos, sofrimento e incomodação.

Estamos vivendo no Brasil um tipo de transtorno social, algo que passaria pela personalidade pródiga dos políticos, e que por ser por demais contagiosa – com características de ” pandemia” – acabaria por contaminar até o discurso do presidente da república, que já não sabe mais “separar o público do privado” ao afirmar que, a discussão sobre o uso indiscriminado da cota de passagens aéreas recebidas pelos deputados federais é “hipócrita”, e que nada vê de reprovável em “dar passagens aéreas para dirigentes de sindicatos”.

Todos sabem que o dinheiro público não deve ser utilizado para pagar passagens de terceiros, tampouco ético é, apregoar que isso deva ser tratado como “algo normal” e dentro das expectativas da atual” ética no Brasil”, minimizando dessa forma, atos reprováveis cometidos por parlamentares. Blindar o Congresso Nacional através de um discurso presidencial que esbarra nos conceitos da probidade administrativa, é dar de ombros à moralidade cobrada pela sociedade na sua indignação com o mau uso do Erário Público.

Mas o que afinal ocorre com o mundo político brasileiro? De um lado estão os 261 deputados, eleitos pelo povo, que usaram a cota da passagem aérea de forma moral indevida, nos 1885 vôos internacionais entre janeiro de 2007 e outubro de 2008 – e que custaram à Nação custaram R$ 4,765 milhões. De outro, o pobre povo brasileiro que ouve resignado o presidente afirmar que tudo isso não é tão grave assim, numa apaixonante defesa dos atos desmedidos dos membros do Congresso.

Talvez estaríamos diante de um caso de TES. Um “Transtorno Ético -Social”, ainda não descrito pela medicina e psicologia, tão contagioso quanto a gripe suína, mas pouco alertado em seus aspectos profiláticos. Como se trata de um transtorno da personalidade política, cabe ao povo indignar-se, reagir e criar anticorpos, ou então sucumbirá na depressão democrática brasileira, – já imunodeprimida – numa doença da moral ainda não diagnosticada pelos estudiosos da mente, mas que infelizmente se propaga pelos ares de Brasília.

Fernando Rizzolo

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