Lula diz que não há prova de fraude no Irã e pretende visitar o país

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta segunda-feira em Genebra que “não há provas” de que tenha havido fraude nas eleições iranianas e afirmou que pretende definir uma data para visitar o país no ano que vem.

“Veja, o presidente (iraniano Mahmoud Ahmadinejad) teve uma votaçao de 61, 62%. É uma votação muito grande para a gente imaginar que possa ter havido fraude”, disse Lula em entrevista coletiva.

“Eu não conheço ninguém, a não ser a oposição, que tenha discordado da eleição do Irã. Não tem número, não tem prova. Por enquanto, é apenas, sabe, uma coisa entre flamenguistas e vascaínos”, afirmou o presidente.

Lula afirmou ainda que a polêmica em torno da reeleição de Ahmadinejad não muda os planos de visitas entre representantes dos dois países. Ahmadinejad cancelou uma visita ao Brasil marcada para maio deste ano, afirmando que queria esperar o fim do processo eleitoral no seu país.

“Ele viria, pediu para esperar o processo eleitoral, mas pode vir na hora que quiser, eu recebo do mesmo jeito”, disse Lula.

Questionado se pretende ir ao Irã, o presidente também foi assertivo.

“Eu pretendo ir ao Irã. Eu pretendo arrumar uma data para o ano que vem e fazer uma visita ao Irã porque nós temos interesses em construir parcerias com o Irã, em trocas comerciais com o Irã”, afirmou.

“O Brasil vai fazer todas as incursões que precisarem ser feitas para estabelecer as melhores relações com todos os países do mundo, e o Irã é um deles.”
BBC

Rizzolo: É uma pena que o presidente Lula e o governo ainda não se deram conta que o regime do Irã é perigoso. A intolerância, os discursos que lembrar Hitler, a reprovação da comunidade internacional, o perigo das armas de destruição em massa, o desrespeito aos Direitos Humanos, nada disso conta para o governo brasileiro.

O único país confiável, um exemplo de democracia que é os EUA, já deram suficientes sinais de que o Irã é perigoso. Temos que nos relacionarmos com países democráticos do ponto de vista humano, digno, que nos leva à construção de um país tolerante e com preceitos de paz. Mas o Brasil optou pelo pior, e mais, sem demonstrar ao Brasil e ao mundo nenhum constrangimento, afirma ainda o presidente, que quer visita-lo. Preocupante isso, hein !

ONGs criticam apoio do Brasil a violadores dos direitos humanos

Genebra, 15 jun (EFE).- As ONGs Human Rights Watch (HRW) e Conectas Direitos Humanos lamentaram hoje o fato de o Brasil apoiar países que sistematicamente cometem abusos no Conselho de Direitos Humanos da ONU.

“O apoio do Brasil a Governos abusivos está enfraquecendo o trabalho do Conselho. Em vez de falar pelas vítimas, o Brasil frequentemente argumenta que os Governos precisam de uma chance e que a soberania das nações é mais importante que os direitos humanos”, afirmou Julie de Rivero, diretora da HRW em Genebra.

“O fracasso do Brasil em se opor ao desvio dos objetivos do Conselho e, às vezes, sua própria cumplicidade no processo são alarmantes”, disse, por sua vez, a ONG brasileira Conectas Direitos Humanos.

Esses comentários são parte dos comunicados que as duas ONGs distribuíram hoje por ocasião da visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Conselho.

“A posição do Brasil no Conselho está marcada por ambiguidades, particularmente em relação a casos graves e persistentes de abusos em países específicos”, acrescentou a Conectas.

Ambas as ONGs lembraram que o Brasil se absteve nas resoluções sobre a Coreia do Norte, que condenavam as violações dos direitos humanos no país, e na da República Democrática do Congo (RDC), que buscava o reforço do papel dos investigadores das Nações Unidas e condenava o uso da violência sexual e o recrutamento infantil.

“Durante a sessão especial sobre a situação no Sri Lanka, o Brasil foi copromotor de uma resolução que afirma o desacreditado princípio da não ingerência em assuntos internos. Essa resolução ignorou as afirmações da própria alta comissária dos Direitos Humanos, Navi Pillay, de que no conflito cingalês tinham sido cometidos crimes de guerra”, lamentou a HRW.

“Com sua posição, o Brasil retrocedeu seis anos ao enaltecer o princípio de não interferência”, acrescentou a Conectas.

A ONG brasileira lembrou que, nesta semana, o Conselho deve decidir se renova ou não o mandato do especialista independente da ONU para supervisionar a situação dos direitos humanos no Sudão.

“Em outras ocasiões, o Governo brasileiro, alegando a cooperação e o apoio regional, apoiou resoluções frágeis que não se comprometiam com as vítimas do Sudão. Esta semana, o Brasil terá a oportunidade de mudar esta tendência e demonstrar uma liderança real com as milhares de vítimas, sem levar em conta outros interesses”, afirmou a Conectas em sua nota. EFE
globo

Rizzolo: Há tempos que este Blog vem afirmando que o governo brasileiro trabalha na contramão dos conceitos de Direitos Humanos apoiando países que sistematicamente cometem abusos no Conselho de Direitos Humanos da ONU.

Não é possível o Brasil se solidarizar com o presidente do Irã, de se calar frente às loucuras da Coréia do Norte, de dar abrigo as idéias de grupos extremistas islâmicos como o fez no caso da Faixa de Gaza, provocando uma indignação na comunidade judaica mundial.

Esse esquerdismo fora de moda, que aplaude discursos populistas como os de Mahmoud Ahmadinejad que silencia frente à esquizofrenia de Kim Jong-il é lamentável, dá nisso aí, repúdio internacional em relação aos Direitos Humanos. Segundo a Human Rights, “o Brasil alega solidariedade mas essa solidariedade acaba sendo com governos que cometem abusos, e não com as vítimas”. Em linguagem simples, ” isso está pegando muito mal ao Brasil”.

Coreanos homenageiam o líder Kim II Sung, fundador da República Popular Democrática

No 13º aniversário do falecimento do presidente da República Popular Democrática da Coréia, Kim Il Sung, no dia 8 de junho, a população de Pyongyang e de toda a nação homenageia o grande líder, lembrado como uma das maiores figuras da história da Humanidade. Dedicou cada instante de sua vida desde os 13 anos de idade à Coréia Socialista.

O Patriarca da nação coreana, nascido em 15 de abril de 1912, foi o líder que comandou a heróica luta pela independência do país, dirigiu a revolução que expulsou os invasores – japoneses e depois ianques, detentores de duas poderosas máquinas de guerra – e comandou a construção do socialismo até 1994, ano de seu falecimento.

Kim II Sung comandou a revolução que derrotou os invasores japoneses depois de um duro embate iniciado com ações de guerrilha a partir da região ao redor do monte Bektu e prosseguiu com a grandiosa “Árdua Marcha”. A Coréia conquistou essa gigantesca vitória quando seu líder tinha apenas 33 anos. Fortalecido e com o povo coreano organizado e consciente, Kim II Sung liderou a luta contra a agressão norte-americana, que se seguiu imediatamente à expulsão dos japoneses e durou de 25 de junho de 1950 a 27 de julho de 1953.

Mobilizando milhões de coreanos para combater o invasor, numa atuação precisa e firme, o Exército Popular repeliu as tropas ianques até o extremo sul da península, obrigando-os a assinar um acordo de armistício com a Coréia.

Após derrotar todas as tentativas norte-americanas e japonesas de submeter a Coréia Popular aos seus ditames, Kim II Sung construiu, junto com o bravo povo coreano, uma poderosa e pujante economia, superando a penúria que os invasores – que queriam saquear as riquezas da Coréia – haviam deixado.

REUNIFICAÇÃO DA CORÉIA

O líder coreano legou ao seu povo os princípios do seu anseio mais profundo, superar a divisão causada pela guerra e garantir a reunificação da Pátria, hoje firmemente defendida pelo dirigente Kim Jong II e pelo partido do Trabalho de Coréia, enfrentando a política imperial de Bush. A questão militar foi outro fundamental aspecto que Kim II Sung resolveu na RPDC. Quando a revolução coreana atravessava duras provas, o dirigente levantou a bandeira do Songun que determina a importância decisiva das Forças Armadas para defender a soberania.

O Exército Popular, criado em 1942, e comandado pelo grande líder político e militar, cresceu, se integrou com o povo e é a garantia do desenvolvimento da Nação quando a quadrilha belicista que ocupa a Casa Branca ameaça os povos que não se submetem aos seus interesses.

A RPDC tornou-se um país soberano, independente e culto. Desenvolveu uma poderosa tecnologia e a ciência. Siderurgia, máquinas-ferramentas, robótica, computadores, locomotivas, navios, veículos, eletroeletrônica, aviões, tecnologia nuclear para fins pacíficos e para dissuadir as ameaças do Império, química e aços finos, metalurgia não ferrosa, biotecnologia. Assim é a moderna economia norte-coreana.

Há mais de cinco décadas a linha mestra que vem sendo aplicada sob comando de Kim II Sung e, depois de sua morte, de Kim Jong II, é a do desenvolvimento auto-sustentado, com domínio da técnica mais avançada, em beneficio de seu povo e integrado com a manutenção da indispensável capacidade de defesa do país, aplicando. Saiu da condição de um país escravizado pela ocupação japonesa para se tornar soberano, auto-suficiente e pujante.

VITÓRIAS HISTÓRICAS

Teria sido impossível ao povo coreano ter enfrentado os agressores e alcançado as históricas vitórias contra os imperialistas japoneses e norte-americanos, sem que tivesse posto como principal a conquista da independência ideológica. O amor pela Pátria, pelos seres humanos, é, ao mesmo tempo, a fonte e o resultado dessa consciência.

Numa frase, poderia se dizer que a contribuição de Kim II Sung à Humanidade foi sublinhar, como ninguém antes dele, o papel decisivo e imprescindível da consciência e da unidade na luta pela libertação do jugo imperialista, contribuição que ele deu com seus escritos teóricos, desenvolvidos depois por Kim Jong II – seu filho e sucessor -, e com sua vida, encabeçando o combate vitorioso contra os ocupantes da sua Pátria; como governante, dirigente do Partido do Trabalho da Coréia e fundador da República Socialista na Coréia.

Hora do Povo

Rizzolo: Essa é a trajetória de um povo com determinação que não se deixou abater, expulsou os invasores – japoneses e depois os americanos; da condição de um país escravizado pela ocupação japonesa para se tornar soberano, auto-suficiente. Pena que o regime de transformou numa ditadura da pior espécie.