Taxa de rejeição de Dilma é maior que a de Serra, diz pesquisa CNI/Ibope

Pesquisa CNI/Ibope divulgada nesta terça-feira mostra que o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), é o pré-candidato ao Palácio do Planalto com menor rejeição entre os eleitores. No total, 25% dos eleitores responderam que não votariam no tucano “de jeito nenhum” para a presidência, enquanto a rejeição à ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) chega a 34%.

O governador Aécio Neves aparece com 35% de rejeição, enquanto o deputado Ciro Gomes (PSB-CE), com 32%. A candidata com maior rejeição entre os eleitores é a ex-senadora Heloísa Helena (PSOL-AL), com 40% dos eleitores que responderam que não votariam na pré-candidata do PSOL “de jeito nenhum”.

Para o diretor de relações institucionais da CNI (Confederação Nacional da Indústria), Marco Antonio Guarita, a alta rejeição a Dilma e a outros pré-candidatos é consequência do desconhecimento da população a esses nomes.

“Há uma diferença muito grande de conhecimento dos pré-candidatos, o que aponta a rejeição. Candidatos menos conhecidos têm a probabilidade de ter uma rejeição maior, já que a rejeição ocorre em razão do desconhecimento”, afirmou.

Além de ter a menor rejeição entre os candidatos, Serra também aparece como o pré-candidato com maior aceitação junto à população brasileira. Segundo a pesquisa, 27% dos eleitores responderam que votariam “com certeza” no candidato tucano. Dilma aparece em segundo lugar, com 13% de aceitação, seguida pelo deputado Ciro Gomes, com 10%, o governador Aécio, com 8% e a ex-senadora Heloísa Helena, com 6%.

Entre os eleitores que poderiam votar nos pré-candidatos, sem ter a certeza, Serra e Ciro lideram empatados com 38%. Heloísa Helena aparece em segundo lugar, com 27%, seguida por Dilma, com 26%. Aécio aparece em último lugar com 21% dos eleitores que “poderiam votar” no tucano para o Palácio do Planalto.

Conhecimento

Segundo a pesquisa, o pré-candidato mais conhecido entre a população brasileira é Serra. No total, 31% dos eleitores responderam que “conhecem bem ou sabem muito” sobre o governador, enquanto a ministra Dilma é bem conhecida por somente 9 % dos eleitores.

Ciro Gomes, apontado como pré-candidato do PSB à presidência, aparece em segundo lugar sendo bastante conhecido por 13% dos eleitores, enquanto Aécio Neves é muito conhecido por somente 9% dos eleitores –empatado com Dilma e com a ex-senadora Heloísa Helena.

Serra também lidera quando a pesquisa questiona os eleitores se conhecem “mais ou menos” ou sabem alguma coisa sobre o pré-candidato. O tucano aparece com 45% das respostas, seguido por Ciro com 39%, Dilma e Heloísa Helena empatadas com 27% e Aécio com 20% das respostas.

Quando os eleitores foram questionados se “nunca ouviram falar” nos pré-candidatos, Aécio aparece em primeiro lugar com 21% das respostas, seguido por Dilma, com 15%. Em terceiro lugar aparece Heloísa Helena, com 11%, depois Ciro, com 4% e Serra com apenas 1% das respostas.
folha online

Rizzolo: Ainda é muito cedo para uma avaliação. É bem verdade que Dilma ainda é uma desconhecida para o povo brasileiro, mas o avanço da pré candidata, demonstra que sua popularidade pode crescer muito. Esta questão da transferência de votos de Lula, ainda é por demais controversa. Serra por sua vez, já foi ministro da saúde, e fez uma gestão impecável. Serra é um administrador, aliás mais administrador do que político, e isso, por vezes atrapalha. Só o fato de não estar no centro da mídia já o faz diferente.

Dilma Rousseff é mais afinada com um projeto de Brasil inclusivo, de uma presença mais forte do Estado, mas este componente pode facilmente se tornar nulo, se Serra em sua campanha abarcar os programas de Lula, neutralizando os possíveis receios da população pobre, que viu suas vidas melhorarem. O governador Serra precisa falar mais, aparecer mais, colocar suas idéias ao povo, e se tornar mais popular, como Aécio Neves, afinal, como diz o povo, quem não aparece não é lembrado.

Serra critica a demora do Copom para baixar taxa básica de juros

Ao participar do Exame Fórum, na última segunda-feira, em São Paulo, o governador José Serra (PSDB) criticou a lentidão do Banco Central na redução da taxa básica de juros (Selic) e afirmou que o Copom deveria ter aproveitado a crise para derrubar a taxa em 3 ou 4 pontos percentuais logo no início da crise, de uma só vez e sem avisar ninguém por antecedência.

“Mesmo em setembro, com a crise nas ruas, o Banco Central subiu juros. É evidente que, nesse contexto, a crise de crédito atingiu as empresas. O BC tem agido corretamente agora ao reduzir taxas e expectativa futura, mas o fato é que, no auge da crise, demorou para resolver esse problema”, disse.

Segundo Serra, “foi um erro da política econômica, insuficiente conhecimento da economia, não é má fé. Eu acho que é problema estritamente de conhecimento e de receios. Nunca tem de se subestimar que o responsável não quer cometer erros. Mas às vezes, por não querer cometer erros, acaba cometendo”, disse.

O governador também disse temer que os primeiros sinais de estabilização da economia mundial façam o BC parar de baixar os juros. “Não vejo motivo nenhum para o BC não baixar os juros em 1 a 1,5 ponto em junho”.

Hora do Povo

Rizzolo: O governador está coberto de razão, o pior na demora na queda da taxa básica de juros é que nesse nível ainda atrai uma enxurrada de dólares para o País de especuladores que visam se beneficiar das altas taxas, fazendo com que o real fique valorizado, prejudicando nossas exportações, principalmente a de manufaturados. Acredito que não há na realidade uma má-fé, mas sim um enorme receio em relação às tomadas de decisão do ponto de vista macroeconômico.

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Kassab diz que tem ‘sonho de ver Serra presidente’

SÃO PAULO – O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), disse hoje que sonha em ver seu mentor, o governador José Serra (PSDB), presidente da República. Questionado sobre quem gostaria que o sucedesse na Prefeitura em 2012, Kassab foi reticente no âmbito municipal, mas incisivo no federal. “No momento adequado, definiremos os candidatos liderados pelo nosso comandante político na cidade, o governador José Serra. Eu tenho um sonho: que Serra seja presidente da República.”

Apesar de ausente na inauguração de um trecho do Expresso Tiradentes, na zona leste da capital paulista, o governador de São Paulo foi uma constante nos discursos de vereadores, de Kassab e do vice-governador Alberto Goldman (PSDB), que representava o tucano. Virtual candidato do PSDB à Presidência em 2010, Serra foi aclamado como o autor da reformulação do projeto do corredor de ônibus. A ideia do grande corredor surgiu na gestão do ex-prefeito Celso Pitta, mas teve atrasos e alterações e ainda não foi concluído.

“O povo acreditou no Fura-Fila de Pitta, mas nós sabíamos que era inviável. Durante anos, tivemos palitos suspensos por parte da cidade, atrapalhando o trânsito, sem servir para nada”, criticou Goldman. “Serra e Kassab remodelaram o projeto para atingir Cidade Tiradentes.”

O vice-governador de São Paulo fez questão de citar investimentos do governo do Estado no Metrô e na Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), e a parceria entre município e administração estadual. “Mostramos ao País como trabalhar integradamente com o interesse público acima de qualquer interesse político eleitoral ou partidário”, disse Goldman, reproduzindo um discurso de Serra.

Aécio

Sem citar o governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), Goldman rebateu as declarações do mineiro de que haveria uma tentativa de decidir o candidato tucano a 2010 a partir da Avenida Paulista, em referência implícita a Serra. Ontem, Aécio havia dito que “não se constrói um projeto para o País de alguns gabinetes da Avenida Paulista, mas caminhando pelo País”.

O vice-governador paulista respondeu: “O futuro do País é sempre decidido pelo povo na urna. Serra ainda tem dois anos de mandato e tem de trabalhar para administrar São Paulo. Até o momento em que a legislação, eventualmente, obrigue algum de nós a deixar o cargo para ser candidato, faremos isso.”

agência estado

Rizzolo: É claro que o sonho de Kassab – que é o pesadelo de Dilma e Aécio – seja de que Serra se torne presidente. O PSDB precisa antes de tudo definir quem será o candidato, a demora os questionamentos, as insinuações internas partidárias só servem a oposição tucana. Kassab desponta como um grande nome na política paulista, e seu apoio é essencial. Aécio traz consigo um sentimento mineiro mal resolvido com a morte de Tancredo Neves, Minas ainda não se refez da perda do presidente. A disputa interna no PSDB faz com que as prévias tão defendidas por Aécio seja sim uma extraordinária oportunidade para o PSDB voltar a mobilizar suas bases e falar à sociedade; demais segundo o candidato mineiro “se perder, apoiará Serra, incondicionalmente”. Vamos ver.

Lula critica viagens de Serra em reunião da base aliada

BRASÍLIA – Um dia depois de pedir paz à oposição, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu a chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, do bombardeio dos adversários e pôs na berlinda as viagens do governador de São Paulo, José Serra (PSDB). Na primeira reunião do ano com o Conselho Político – formado por representantes de 14 partidos da base aliada -, Lula questionou a ida de Serra a Cascavel (PR), na última sexta-feira, onde o tucano participou de um show rural. A oposição critica Dilma porque ela vai a inaugurações de obras. E o que Serra estava fazendo em Cascavel? Que obra o Estado de São Paulo tem lá??, perguntou o presidente, com uma pitada de ironia. Dilma é pré-candidata do PT à sucessão de Lula e deve enfrentar Serra, que pleiteia a indicação do PSDB.

Lula tirou o caráter eleitoral das viagens e afirmou que Dilma, por ser a coordenadora do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), tem a obrigação de verificar o andamento das obras. Ao negar que o governo esteja antecipando a campanha de 2010, ele garantiu que o Planalto não se intimidará com as queixas do PSDB e do DEM. Contrariado com as críticas, Lula afirmou que não vai deixar de governar nem de levar Dilma a tiracolo nas viagens por causa da eleição de 2010. Foi nesse momento que citou Serra.

Na sexta-feira, questionada sobre os ataques da oposição, que a acusa de pôr o PAC no palanque, a ministra mostrou que tem recebido treinamento político para escapar das polêmicas. Fui para a cozinha fazer o prato e é natural que esteja presente na hora de servir, reagiu a chefe da Casa Civil. Estou no palanque desde o dia em que lancei o PAC, em janeiro de 2007, pois minha atividade no palanque é intrínseca à minha função. Este governo tem a mania de falar com o povo. Tem gente que não gosta. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Rizzolo: A verdade é que a campanha para 2010 já começou, tanto o PT quanto o PSDB – este ainda tímido já se articulam e vendem as imagens dos candidatos. O problema é que o PT já tem candidato definido, e o PSDB como sempre, ainda vive a ” síndrome da divisão interna”, aliás parece que existes dois ” PSDBs”, o do Serra e o do Aécio.

Os argumentos Lula são válidos, ou seja, questões de “cunho interpretativo”. Já o governador de São Paulo, José Serra, informou aos dois principais dirigentes do PSDB que aceita medir forças com o governador de Minas, Aécio Neves, numa eleição prévia para 2010. É bom resolver logo isso, Dilma já está na frente, pelo menos na campanha.

Serra propõe reajuste de 12,2% para o salário mínimo paulista

O governador José Serra propôs elevação de 12,22% no salário mínimo estadual. O projeto foi encaminhado à Assembleia Legislativa e, caso seja aprovado, o mínimo no Estado passa de R$ 450,00 para R$ 505,00. O aumento é ligeiramente superior à elevação concedida pelo governo federal ao piso nacional. Com aumento de 12,05% desde fevereiro, o mínimo federal atual é de R$ 465,00. A ideia é que o novo valor estadual entre em vigor em 2 de abril. A medida precisa passar pela Assembleia.

O governo estima que os reajustes vão beneficiar cerca de 1 milhão de trabalhadores do setor privado. Os pisos são aplicados aos trabalhadores da iniciativa privada que não possuem piso salarial definido por lei federal, convenção ou acordo coletivo de trabalho.

Serra propõe reajuste para três faixas salariais. Além do piso de R$ 450,00 que deve passar a R$ 505,00, também haverá elevação em outras duas faixas de piso, mas com nível de reajuste menor. Pela proposta de Serra, também terão aumento as faixas com pisos atuais de R$ 475,00 e R$ 505,00. O projeto eleva os valores para R$ 530,00 e R$ 545,00, com reajustes de 11,58% e 7,92%, respectivamente. Os novos valores foram propostos com base na lei que permite o salário mínimo regional.

Cada uma das três faixas que deverão ter reajuste estabelece o piso para diferentes ocupações. A faixa de maior reajuste será a que passará a R$ 505,00 e que é aplicada para trabalhadores domésticos, de serviços de limpeza e conservação, auxiliares de serviços gerais de escritório, empregados não-especializados do comércio e da indústria e ” motoboys ” , entre outros. A estimativa do governo é que boa parte dos beneficiados esteja nessa faixa

Na segunda faixa, que deverá ter novo piso de R$ 530,00, estão várias ocupações da indústria, como operadores de máquinas e implementos agrícolas e florestais, de máquinas da construção civil, trabalhadores de preparação de alimentos e bebidas, entre outros.

Valor online

Rizzolo: Muito boa esta iniciativa do governador Serra. Na realidade existe um contingente de trabalhadores da iniciativa privada que não possuem piso salarial definido por lei federal, convenção ou acordo coletivo de trabalho. A medida é extrema importância pois vai atingir 1 milhão dos 12 milhões de trabalhadores paulistas, alem disso, representa uma injeção de 40 milhões de reais por mês na economia de São Paulo. A medida foi bem recebida no meio sindical, basta agora saber qual será o impacto no empresariado se o projeto for aprovado; espero que isso não sirva em momentos de crise como pretexto de demissão, até porque o valor é irrisório.