Avaliação do governo federal e do presidente Lula bate novo recorde, diz CNT/Sensus

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o governo federal registraram em janeiro deste ano a melhor avaliação positiva na história da pesquisa CNT/Sensus, que começou a ser divulgada em 1998. Segundo o levantamento, o governo do petista recebeu avaliação positiva por 72,5% dos entrevistados, contra 5% que avaliam negativamente o governo. Entre os entrevistados, 21,7% avaliaram o governo Lula como regular.

A avaliação pessoal do presidente Lula também obteve a melhor avaliação histórica da pesquisa, subindo de 80,3% em dezembro de 2008 para 84% em janeiro. Somente 12,2% dos entrevistados desaprovaram o presidente, enquanto 3,9% não responderam.

Os índices de popularidade de Lula são superiores às avaliações de sua popularidade registradas em janeiro de 2003 –ano em que foi empossado no cargo–, quando obteve 83,6% de aprovação.

O presidente da CNT (Confederação Nacional dos transportes), Clésio Andrade, disse que a popularidade recorde do governo Lula é consequência do discurso adotado pelo presidente para tranquilizar a população em meio à crise econômica.

“Concluímos que há forte esperança centrada no discurso do presidente e nas medidas que o governo vem tomando. O discurso do presidente é muito forte, ele cria esperança, divide o ônus, o que é muito importante numa crise econômica”, afirmou.

Na última edição da pesquisa CNT/Sensus, em dezembro de 2008, a avaliação positiva do governo era de 71,1% –um crescimento de pouco mais de um ponto percentual. Desde fevereiro do ano passado o governo Lula vem obtendo recordes sucessivos de popularidade a cada edição da pesquisa.

Em janeiro de 2003, a avaliação do governo chegou a 56,6%, depois registrou queda. Mas voltou a crescer desde o início do ano passado, já em seu segundo mandato.

A pesquisa CNT/Sensus foi realizada entre os dias 26 e 30 de janeiro, em 136 municípios de 24 Estados. Foram ouvidas 2.000 pessoas, e a margem de erro é de três pontos percentuais, para mais ou menos.

Folha online

Rizzolo: Todos sabem que a crise não advém do governo Lula e sim de fatores externos à economia brasileira. Como já afirmei inúmeras vezes, Lula é um líder e sabe contornar os problemas na medida em que surgem. A política de inclusão social, aliada a um otimismo e um bom senso político fazem do presidente Lula figura inatingível do ponto de vista da popularidade e da aprovação de seu governo. Muitos não concordam comigo e não gostam deste comentário, mas contra fatos, não há argumentos. Isso com certeza turbina os anseios daqueles que apregoam um terceiro mandato, mas acho difícil.

Tenho certeza que vou fazer meu sucessor, diz Lula

COLINAS, Tocantins – Ao fechar um evento em que a ministra chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, já havia sido elogiada até pelo ex-presidente José Sarney, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou: “tenho certeza que vou fazer a minha sucessão”. Lula fez essa categórica previsão dirigindo-se a Sarney que, pouco antes, havia dito que desejava que Lula fizesse seu sucessor. “Queremos a continuidade da sua obra e que o senhor faça o seu sucessor; que ele pense como Vossa Excelência, que trabalhe como Vossa Excelência e que ande como Vossa Excelência”, disse Sarney em discurso antes de Lula.

Sarney, que foi o presidente idealizador da ferrovia Norte-Sul, participou nesta terça-feira, 9, junto com Lula e Dilma Rousseff, de cerimônia, em Colinas (TO), da inauguração de mais um trecho da obra. Ele fez diversos elogios a Dilma, tida nos bastidores como a favorita de Lula para sucedê-lo. “Ela é uma sacerdotisa do serviço público”, disse ele ao acrescentar: “Estive em praticamente todos os cargos da República e poucas vezes vi alguém tão dedicado à causa pública, tão estudioso dos problemas do Brasil quanto Dilma. Ela tem prestado bons serviços e vai prestar muitos mais”.

Na última segunda, pesquisa Datafolha apontou o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), como líder nas intenções de voto para a sucessão presidencial de 2010. Os porcentuais variam de 36% a 47%, de acordo com o cenário. Em outubro, o tucano apoiou o prefeito reeleito Gilberto Kassab (DEM) nas eleições municipais da capital paulista. Já a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, subiu cinco pontos porcentuais na comparação com a outra pesquisa e varia de 7% a 12%.

Agência Estado

Rizzolo: Bem a certeza que o presidente Lula tem, muito se deve a experiência ao apoiar Marta Suplicy, ao que parece, o presidente ainda acredita nessa ilusão. A verdade é que na hora do voto é outra coisa. Sarney tenta se aproximar de Dilma e já se posiciona politicamente em relação a 2010. Não acredito que Lula faça seu sucessor; já está mais que provado que ele não transfere votos, e Dilma não tem dnsidade eleitoral. O resto é perfumaria, e discurso. Por falar nisso, pode ser impressão minha, mas sinto que o povo já não se empolga com tanta gesticulação e o modo Lula de discursar, parece que esta forma de discurso já está um pouco desgastada. Pode ser impressão minha, mas o povo vibrava mais, inclusive eu.

Lula diz que Dilma ‘é o nome do PT’ para sucedê-lo em 2010

BRASÍLIA – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta quarta-feira, 11, durante um almoço com o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), que a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, é “o nome do PT” em 2010. “Ela é o nome do PT”, afirmou o presidente conforme o relato de um dos participantes do almoço. Lula aproveitou a ocasião para desqualificar a advogada Denise Abreu, ex-diretora da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), que presta depoimento à Comissão de Infra-estrutura do Senado nesta quarta.

“Ela (Denise) era uma pessoa muito criticada num momento difícil e agora tentam mostrá-la como heroína”, disse o presidente, segundo relato de quem participou do almoço. Lula comentou que o processo de venda da Varig está sendo questionado por Denise Abreu foi acompanhado pela Justiça do Rio de Janeiro. “(as denúncias) não fazem sentido.

Ainda de acordo com o relato de um dos participantes do almoço, na conversa com Sérgio Cabral, Lula fez ainda comentários sobre a política no Estado e o processo de disputa para a prefeitura do Rio. Ele teria manifestado a intenção de um acordo entre PT e PCdoB que incluísse as candidaturas no Rio de Janeiro e em São Paulo. Também durante o almoço, realizado no Palácio da Alvorada, Lula e Sérgio Cabral discutiram a candidatura brasileira às olimpíadas de 2016.

Agência Estado

Rizzolo: Muito complicado a meu ver, as afirmações do presidente Lula em defesa de Dilma Rousseff face as acusações que recaem a ela e seu compadre Dr. Roberto Teixeira. No mínimo o presidente deveria manter-se distante e não chancelar com veemência uma defesa em algo em fase de investigação. Não é possível que estamos perdendo a noção do que é ético nessa proporção; com todo o respeito, o presidente Lula é um Chefe de Estado, e o melhor que poderia fazer é manter-se distante de Dilma Roussef nesta fase conturbada, muito embora como sempre, não há nada comprovado ainda.

Não é aceitável também, que em nome da popularidade, o governo faz o quer e diz o que quer, numa postura que nem ao menos questiona condutas estranhas como o ocorrido na VarigLog. Uma tristeza isso, até porque 2010 ainda está longe. Mas como sempre digo , o pobrezinho que ganha salário mínimo, que acorda cedo, nem sabe o que é VarigLog, e vibra ao saber que agora lhe resta um pouquinho mais de dinheiro no bolso no final do mês graças à Lula.

Serra e Aécio vão às previas tucanas em igualdade

A dois anos e meio da sucessão de 2010, José Serra figura em todas as pesquisas eleitorais como franco favorito. Aécio Neves amarga uma constrangedora terceira colocação. Na queda-de-braço que travam pelo controle da máquina do PSDB, porém, os dois ostentam uma igualdade que contrasta com a sondagem pública.

Dissemina-se pelo tucanato a impressão de que não são negligenciáveis as chances de que, numa eleição prévia, o azarão Aécio prevaleça sobre Serra. Atento ao risco, o governador de São Paulo abriu janelas em sua agenda para correr os Estados. Algo que Aécio já vinha fazendo desde 2007 e que intensificou neste ano.

Serra arrosta dificuldades mesmo no diretório de São Paulo, Estado que governa. Ali, embora majoritário, Serra vê o pedaço do partido fiel a Geraldo Alckmin bandear-se para o lado de Aécio. A secção mineira, em contraposição, devota fidelidade canina a Aécio.

Estrategistas do partido começaram a mapear a disputa que se avizinha. Na extremidade inferior do mapa, verifica-se que, se a disputa fosse hoje, Aécio bateria Serra no Rio Grande do Sul, perderia em Santa Catarina e dividiria ao meio o Paraná. No outro extremo do país, Serra tem dificuldades de entrar.

No Amazonas, maior Estado da região Norte, Serra é praguejado como inimigo da Zona Franca de Manaus. Ali, Aécio tende a disputar votos não com seu rival número um, mas com o amazonense Arthur Virgílio, líder tucano no Senado, que declara-se disposto a disputar a vaga presidencial. Não há aferição confiável nos demais Estados da região. Mas imagina-se que não estejam alheios ao discurso anti-São Paulo que impregna o Amazonas.

No Nordeste, verifica-se flagrante equilíbrio entre os dois principais contendores tucanos. No diretório do Ceará, protegido por barricadas erguidas pelo senador Tasso Jereissati, Aécio anula Serra. Na Bahia, dá-se o oposto. Ajudado pelo deputado Jutahy Magalhães Jr., um amigo de décadas, Serra é favorito.

O Rio Grande do Norte pende para Serra. Pernambuco, para Aécio. A Paraíba é uma incógnita. Em 2006, o governador tucano Cássio Cunha Lima ficou ao lado da candidatura presidencial de Alckmin, contra Serra. Agora, não se sabe que posição irá adotar. Na dúvida, os dois candidatos fazem-lhe a corte.

A engrenagem partidária da Paraíba, de Alagoas, e de Sergipe está dividida entre Serra e Aécio. A posição do Piauí é, por ora, ignorada. Mais ao centro, Serra é majoritário em Mato Grosso do Sul. Há uma divisão na máquina do partido em Mato Grosso. Goiás aguarda por uma definição do senador Marconi Perilo, mandachuva do tucanato local.

Conhecido como um partido de cúpula, o PSDB parece decidido a democratizar a escolha de seu candidato às eleições de 2010. A realização de prévias foi aprovada pela Executiva nacional tucana, ainda sob a presidência de Tasso Jereissati (CE), o inimigo cordial de Serra. Sérgio Guerra (PE), substituto de Tasso, toma agora as providências para que a consulta ocorra.

Entre a saída de Tasso e a chegada de Guerra, sobreveio a decisão de Arthur Virgílio de submeter seu nome a teste. Aécio soltou fogos. Com três candidatos, diz ele, a prévia, antes apenas conveniente, passou a ser imprescindível. Na semana passada, Virgílio foi aos EUA especialmente para testemunhar a disputa dos democratas Barack Obama e Hillary Clinton na prévia da Pensilvânia.

Nas pesquisas que captam a intenção de voto de todo eleitorado, a vantagem de Serra é devastadora. Na última sondagem do Datafolha, divulgada em 31 de março, o governador paulista lidera em todos os cenários. Seus percentuais oscilam entre 36% e 38%. Aécio balança entre 11% e 14%. Fica atrás de Ciro Gomes (PSB) e até de Heloisa Helena (PSOL).

É curioso que, submetido a tais indicadores, Aécio consiga ombrear com Serra na disputa interna. Fica a impressão de que o discurso anti-São Paulo e a propalada antipatia de Serra, quando confrontadas com o também lendário jeitinho mineiro de fazer política, encontra eco nas engrenagens do partido.

Atento aos fenômenos, Serra resolveu se mexer. Nos últimos três meses, esteve no Ceará, em Pernambuco, no Rio Grande do Norte e na Bahia. Prepara nova visita a Pernambuco. Move-se como se estivesse decidido a encurtar a distância que separa a curva das pesquisas externas dos gráficos que medem os votos internos. Tempo não lhe falta. A eleição ainda é um ponto longínquo no calendário. O problema é que Aécio não está e não vai ficar imóvel.

Blog do Josias

Rizzolo: Não podemos subestimar as possibilidades do governador de Minas Aécio Neves. O governador de Minas já está se articulando há um bom tempo e muito bem em todo o Brasil. Sua aproximação com o PT, a insatisfação do eleitorado mineiro que há tempos não elege um presidente da república – o último, Tancredo Neves tornou-se uma relação de poder mal resolvida face à sua morte -e tendo o segundo maior colégio eleitoral em suas mãos, o faz um candidato de peso.

Não há dúvidas que a forma de Aécio fazer política, é agregadora, conciliatória, bem ao estilo mineiro. Serra por sua vez, enfrenta alguns problemas no próprio Estado de São Paulo. Estrategicamente do ponto de vista físico ou geográfico, Aécio tem a sua disposição duas bandas bem definidas de atuação, ao norte de Minas e ao sul de Minas. Quanto ao PT com sua maneira péssima no tocante à capacidade de fazer alianças, entende ser um partido hegemônico, não precisam de ninguém, se bastam com Lula. Cuidado, isso é no mínimo um ledo engano. Precisamos saber qual a capacidade de Lula na transferência de votos.