Obama: Ahmadinejad deveria visitar campo de concentração

DRESDEN, Alemanha – O presidente dos EUA, Barack Obama, disse nesta sexta-feira, 5, que o presidente iraniano Mahmoud Ahmadinejad, que esta semana voltou a qualificar ao Holocausto como um grande engano, deveria visitar Buchenwald, um campo de concentração nazista da Segunda Guerra Mundial. Em uma entrevista na Alemanha ao programa NBC News, ele foi perguntado sobre o que o líder iraniano poderia aprender no lugar. “Ele deveria fazer sua própria visita’, disse. ‘Não tenho paciência com as pessoas que negam a história. E a história do Holocausto não é algo especulativo’.

Obama destacou que seu tio-avô ajudou a liberar o campo de concentração de Buchenwald durante a Segunda Guerra. O lugar, a leste da Alemanha, foi criado pelos nazistas e se estima que 56 mil pessoas, em sua maioria judeus, tenham sido mortas ali.

Obrigação de impedir novos genocídios

Em entrevista coletiva conjunta com a chanceler alemã, Angela Merkel, em Dresden, Alemanhã, Obama afirmou que a comunidade internacional tem a obrigação de impedir os genocídios, por mais inconveniente que seja tentar. Segundo ele, “é preciso atuar quando houver” esses casos.

O presidente americano, que esta tarde visitará o campo de concentração de Buchenwald, tinha sido perguntado sobre como se pode aplicar o lema “Nunca Mais” referente ao Holocausto aos eventos na região de Darfur, no Sudão, ou no norte do Sri Lanka.

Obama afirmou que seu Governo colabora ativamente para evitar o genocídio no Sudão, onde o presidente Omar Hassan al-Bashir expulsou as organizações humanitárias, e ele mesmo falou sobre a situação em Darfur na quinta-feira com o presidente egípcio, Hosni Mubarak, que conta com “sólidos laços diplomáticos” no país vizinho.

O presidente americano se encontra na Alemanha dentro de uma viagem pelo Oriente Médio e pela Europa que já o levou à Arábia Saudita e ao Egito. Amanhã, ele viaja para a França. Obama concluirá sua estadia na Alemanha com uma visita à base militar de Landstuhl, onde cumprimentará as tropas americanas no local e percorrerá o hospital onde são atendidos os feridos nas guerras do Iraque e do Afeganistão.

(Com informações da Efe e da Reuters)
Rizzolo: Obama tem pela frente uma missão difícil: agradar árabes e judeus. Na verdade pouco há que se fazer para conter o radicalismo de ambos os lados. A postura de quem é dócil e ao mesmo tempo enérgico, não se coadunam; prova disso são as críticas dos extremistas árabes, afirmando que Obama tenta dar lição ao islamismo. Ainda vamos sentir saudade de Bush..

Judeus alemães condenam perdão a bispo que nega Holocausto

BERLIM – A decisão do papa Bento XVI de reabilitar um bispo que nega a amplitude do Holocausto foi um duro golpe para a comunidade judaica, principalmente porque o papa é alemão, afirmou o Conselho Central de Judeus da Alemanha, nesta segunda-feira, 26.

“É um choque profundo”, disse Dieter Graunmann, vice-presidente do Conselho, à Reuters. “Não estou dizendo que o Vaticano ou o papa tenham más intenções, mas, de fato, isto é um tapa na cara da comunidade judaica”.

“É uma provocação e eu estou preocupado que o diálogo entre judeus e católicos fique agora congelado de alguma maneira, que o processo de reconciliação que avançou tanto nos últimos 50 anos seja interrompido, se não abortado”.

No sábado, 24, o papa Bento XVI reabilitou quatro bispos tradicionalistas que lideram a Sociedade de São Pio X (SSPX), que tem 600 mil membros de ultra-direita que rejeitam a doutrina e as crenças da Igreja Católica Apostólica Romana.

Richard Williamson, um dos quatro bispos, fez declarações nas quais negava a versão do Holocausto aceita pelos principais historiadores.

“Principalmente vindo de um papa alemão, eu esperava mais compreensão e sensibilidade”, disse Graunmann.
Agência Estado

Rizzolo: Olha, realmente negar o Holocausto com a morte de milhões de judeus, e outras minorias pela Alemanha nazista é algo inconcebível. O mundo deve caminhar para um entendimento sobre todas as questões conflitantes, afirmar algo desse tipo, só gera e aumenta a tensão entre grupos, e perdoa-lo é pior ainda. Para que ? Eu não vejo e nunca vi nenhum protestante, evangélico ou cristão que não seja a Igreja Católica, insistir em polêmicas que podem ser interpretadas de cunho antissemita, ainda mais numa condição como esta, em que o papa é um alemão.

Livro revela planos para ‘colônia nazista amazônica’ em 1935

FRANKFURT – Um livro alemão revela que, pouco antes da Segunda Guerra, militares nazistas planejavam estabelecer uma colônia no meio da selva amazônica.

Segundo o livro Das Guayana-Projekt (O Projeto Guiana, na tradução livre) expedições de cientistas alemães à Amazônia entre 1935 e 1937 levaram à idéia de criar uma “área nazista” na região.

O autor Jens Glüsing, correspondente da revista alemã Der Spiegel no Brasil, cita planos nazistas para invadir o Suriname e a Guiana Francesa com tropas que desembarcariam na Amazônia brasileira.

A área seria “perfeita para ser colonizada pela raça nórdica ariana”, disse o autor da idéia, o alemão Otto Schulz-Kampfhenkel, em uma carta ao então todo-poderoso general nazista Heinrich Himmler.

Influência

Os nazistas chegaram a se interessar pelo plano mirabolante, já que segundo Schulz-Kampfhenkel “uma base no norte da América do Sul diminuiria a influência dos Estados Unidos na região”.

“Se trata de um dos capítulos mais estranhos da era nazista”, diz Glüsing, que para seu livro fez pesquisas na Alemanha e no Brasil.

A obra foi publicada na Alemanha este ano e está tendo bastante repercussão depois que a revista Der Spiegel pôs trechos do livro em seu portal de história na internet, einestages.de, nesta semana.

Segundo o autor, o plano não foi adiante porque os nazistas tinham outros projetos mais importantes a realizar e a Guiana Francesa estava sob o comando do regime de Vichy, na França, que era uma marionete dos nazistas.

Submarinos alemães usaram a Guiana Francesa como base para atacar navios que trafegavam na região, diz Glüsing.

O diretor do Parque Nacional Montanhas do Tumucumaque, o alemão Christoph Jaster, organizou uma expedição três anos atrás para localizar pistas das expedições nazistas.

Em seu livro, Jens Glüsing diz que “tudo que ele encontrou foi o túmulo de um colega de Schulz-Kampfhenkel.” A cruz de madeira no meio da floresta ilustra a capa do livro.

BBC Brasil/ Agência Estado

Rizzolo: Observem que desde a época da Segunda Guerra, interesses internacionais já rondavam a nossa Amazônia. Desde aquela época, por sorte, contávamos com a determinação e a proteção por parte dos EUA . A esquerda brasileira ainda não se deu conta disso, ou se deu, está “apreciando” situação diversa. Hoje não mais são os nazistas que interessados estão na Amazônia, mas sim os flertes dos países pouco democráticos como Rússia, China, Irã, que com ajuda de seus aliados latino americanos, para melhor dizer Hugo Chaves e a sua turma, cobiçam nossa imensa Amazônia.

É claro que seria ingenuidade de minha parte, não entender que outros países mais democráticos também não pretendem fazer o mesmo; mas o caráter pouco democrático, ditatorial, manipulador e perigoso dos amigos de Chavez, é que nos faz pensar que com as nossas Forças Armadas debilitadas, abandonadas por falta de investimento, não nos resta outra alternativa, a não ser contar apenas com os EUA.

Aliás, aquela represália que o presidente Lula afirmou, que faria à Chavez sobre as manobras conjuntas com a Rússia, jamais ocorreu, pelo menos até agora. Como já afirmei anteriormente, aos olhos petistas, a Rússia pode. Não é ? O problema para a esquerda em geral, é outro, é a Quarta Frota americana, justamente quem eles deveriam agradecer. Isso a esquerda odeia ouvir. Mas eu falo mesmo, alto e em bom tom.

Nossa carga tributária é inferior à da Itália, Alemanha, Inglaterra, França, Holanda, etc…

Exagerado é o juro, mas sovinas que não querem pagar a CSS torcem para que ele continue subindo

Quem mais chora é quem menos paga

Na terça-feira, alguns jornais saíram com a notícia de que a “carga tributária” no Brasil havia se elevado a um nível “recorde” no primeiro trimestre deste ano, em relação ao primeiro trimestre de 2007. Naturalmente, a intenção era passar que o governo Lula está extorquindo dinheiro da população – portanto, é preciso acabar com esses impostos, deixar o Estado em inanição, e o resto os sonegadores, digo, o “mercado”, resolvem. Em suma, não são contra que o povo continue a pagar impostos e que eles embolsem o dinheiro através dos juros da dívida pública. Mas acham que, em compensação pelo sacrifício de locupletar-se com o dinheiro dos impostos, não devem pagá-los. Assim, acusa-se o governo de extorsão meramente porque eles, monopólios financeiros sobretudo externos, com seus porta-vozes na mídia, é que querem arrancar o couro do povo – e sem pagar impostos.

ARRECADAÇÃO

O próprio termo “carga tributária” é um subproduto dessa cruzada de sonegadores e achacadores, confeccionado sob medida para passar a idéia de que os impostos são um fardo insuportável e não uma contribuição necessária para a coletividade. Internacionalmente, usa-se a expressão “arrecadação como percentagem do PIB” (“tax revenue as percentage of GDP”). Nem os americanos usam o correspondente inglês a “carga tributária” (“tax burden”), exceto alguns neoliberais alucinados.

Note-se que a arrecadação do conjunto dos tributos brasileiros (federais, estaduais e municipais), traduzido em percentagem do Produto Interno Bruto (PIB), é 36,08%. É essa a “carga” que provoca faniquitos em sonegadores e próceres da mídia monopolista. Pois, a da França é 44,5%; a da Suécia, 51,1%; a da Holanda, 39,5%; a da Inglaterra, 37,4%; a da Dinamarca, 49%; a da Itália, 42,7%; a da Áustria, 42%; a da Alemanha, 38,8%; e a da Bélgica, 45,5% (dados da OCDE – Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico – e do EUROSTAT – Statistical Office of the European Communities – 2005 e 2006). Somente a “carga” dos EUA, entre os principais países do mundo, é menor que a nossa (27,3%), mas isso porque Bush depredou os serviços públicos e concedeu isenções a magnatas e seus monopólios. O resultado é que Nova Orleãs, depois de três anos da passagem do Katrina, continua em ruínas.

Portanto, a “carga” dos nossos impostos está longe de ser uma aberração. O problema é outro: há uma casta neste país que não quer pagar impostos.

Na história da “carga tributária recorde”, omitia-se que no primeiro trimestre deste ano as empresas tiveram lucros – estes, sim, recordes – em relação ao mesmo período do ano passado. As 200 maiores empresas que têm ações na Bolsa de São Paulo tiveram um aumento médio de 10% na receita líquida e de 4% nos lucros. Este último número, como acontece com certas médias, mais esconde do que revela a verdadeira situação: as três maiores companhias foram excluídas desse cálculo, exatamente as três mais lucrativas, a Petrobrás, a Eletrobrás e a Vale do Rio Doce, e, mesmo assim, os resultados em alguns setores foram exponenciais: a indústria da construção teve um aumento de 193% nos lucros. Os cinco maiores bancos aumentaram os seus – que já eram enormes – em 10,4%. A política de crescimento do presidente Lula impulsionou os lucros – e observemos que estamos falando do lucro oficialmente declarado nos balanços dessas empresas.

Portanto, é evidente que a arrecadação do primeiro trimestre teria que aumentar, inclusive em relação ao PIB, pois o principal imposto recolhido nesse período é o Imposto de Renda (IR), que incide sobre os lucros. Aliás, nada há de estranho que num período de crescimento a arrecadação de impostos aumente. Só pode sentir alguma estranheza nisso quem não quer pagar impostos, ou, o que é a mesma coisa, quem acha que somente o povo deve pagar impostos. Em relação ao primeiro trimestre do ano passado, a arrecadação do Imposto de Renda, devido a esse aumento de lucros, e ao combate à sonegação, cresceu 32,39%. A arrecadação do IPI aumentou 25,35%. A do ICMS, 17,68%. E o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), desde que o governo taxou com ele uma série de operações especulativas que eram isentas, aumentou sua arrecadação em 153,11% – o que, na verdade, é pouco, pois significou um aumento de irrisórios R$ 1 bilhão e 770 milhões para apenas R$ 4 bilhões e 480 milhões, revelando que bancos e especuladores ainda pagam muito pouco imposto, quando pagam.

Mas há, realmente, algo de estranho. Como advertiu a Receita Federal, não há sentido em calcular a “carga tributária” (ou “carga fiscal”) de um trimestre. O motivo é que a coleta de impostos não é uniforme ao longo do ano. Por isso, a “carga tributária” é, por definição, anual. Calculá-la usando apenas um trimestre é uma distorção – a rigor, uma manipulação. Sobretudo quando o trimestre é aquele no qual os contribuintes pagam o Imposto de Renda, o IPVA e o IPTU, além de serem recolhidos o ICMS, a Cofins e o PIS do último mês do trimestre anterior. Para que fique mais claro, um exemplo: por esse critério, a “carga tributária” do primeiro trimestre do ano passado seria 37,03%. Mas, ao final de 2007, a carga tributária do ano foi menor (36,08%). A diferença se dá por causa da concentração da arrecadação no primeiro trimestre do ano, em especial o IR.

A suposta notícia passava por cima dessas questões elementares para dizer que a “carga fiscal” havia atingido 38,9% do PIB no primeiro trimestre, um aumento de 16,75% (o que, no caso, equivale a um aumento de 1,87 pontos percentuais – de 37,03% para 38,9%). Com essa comparação entre dois primeiros trimestres, tentava-se eludir a incongruência de se calcular a “carga tributária” com base em apenas um trimestre, passando nela uma tinta de suposta lógica. A fonte do cálculo é uma entidade privada, o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT), com sede em Curitiba.

O próprio IBPT, tomando como base não o trimestre, mas os últimos 12 meses (abril de 2007 a março de 2008), chegou à conclusão que, em relação ao PIB desse mesmo período, a “carga tributária” seria de 36,58%, quase igual a do ano passado (cf. a publicação emitida pelo IBPT em 16/06/2008). Entretanto, o mais importante é que essa comparação do primeiro trimestre deste ano com o primeiro trimestre do ano passado só superficialmente parece lógica. No essencial, ela é uma comparação de alhos com bugalhos.

VARIAÇÃO

No primeiro trimestre deste ano o PIB cresceu 5,8% em relação ao primeiro trimestre de 2007. Em valores monetários nominais, cresceu R$ 66 bilhões e 68 milhões (de R$ 598 bilhões e 85 bilhões para R$ 665 bilhões e 53 milhões). Houve, portanto, um crescimento da economia, e, em função desse crescimento, um aumento maior na arrecadação dos impostos. Portanto, as condições econômicas que existiam no primeiro trimestre de 2007 não são as mesmas do primeiro trimestre de 2008. Os lucros aumentaram e, como conseqüência, aumentou a arrecadação. A variação da última foi maior do que a variação do PIB não apenas porque o principal imposto incidiu sobre os lucros, mas também em virtude do combate à sonegação.

Esse é um dos motivos da arenga sobre uma suposta “carga tributária recorde”. O outro é dar um fim nessas veleidades do governo Lula de atender os mais pobres e fazer o país crescer – é assim que eles gostam de combater os “gastos públicos”: ficando com as verbas dos programas sociais e ao PAC.

CARLOS LOPES
Hora do Povo

Rizzolo: É claro que os profetas da anti tributação, que apenas pensam naquele ” mundinho” onde apenas prevalece o lucro, e que por natureza não ” apreciam” de pagar impostos, apregoam um discurso distorcidos elaborado de forma numérica tendenciosa, do que vem a ser carga tributária. Fazem-o até porque são pagos para esse fim. É evidente que se analisarmos apenas um trimestre, e levando-se em consideração os lucros auferidos no período, chega-se a um valor que ainda longe está de ser uma carga tributária aceitável para um País pobre como o Brasil. Observem o gráfico, e constatem. Não podemos nos deixam levar, por aqueles que de uma forma ou de outra, manipulam os números em nome da ” nobre ” causa própria: não pagar impostos.

Preferem eles que o pobre trabalhador brasileiro pague por eles na injusta relação tributária do maior imposto arrecadatório, o Imposto de Renda, onde os pobres acabam pagando proporcionalmente muito mais. Aliás esse discurso sobre a ” alta carga tributária no Brasil”, só sensibiliza os incautos,e os desinformados, estão aí os números para quem quiser ver.

” Chega de corrupção e rolo, para Deputado Federal Fernando Rizzolo, PMN 3318 “