Estrangeiros compram “seis Mônacos” de terra no país por dia, mostra pesquisa

Fazendeiros e investidores estrangeiros têm comprado 12 km² de terras por dia no Brasil, o equivalente a seis vezes a área de Mônaco ou sete parques Ibirapuera, informa reportagem de Eduardo Scolese publicada na Folha (íntegra disponível para assinantes do UOL e do jornal).

O ritmo da “estrangeirização” de terras foi medido a partir de dados do Cadastro Rural de novembro de 2007 a maio deste ano. Nesse período, estrangeiros adquiriram pelo menos 1.523 imóveis rurais no país, em uma área que soma 2.269,2 km².

O levantamento não leva em conta a compra de empresas nacionais de capital estrangeiro e os que se utilizam de “laranjas” brasileiros para passar despercebidos pelos cartórios.

De acordo com o levantamento, a compra de terras é puxada pela soja e pela pecuária, pelos incentivos oficiais à produção de etanol e biodiesel e pelo avanço do preço da terra.

À Folha, Eugênio Peron, apontado pelos produtores sul-mato-grossenses como o principal corretor de imóveis rurais do Estado, afirma que nos últimos meses têm “aumentado muito” a procura de terras por estrangeiros (íntegra disponível para assinantes).

Segundo ele, que trabalha na área há 16 anos, a maioria dos interessados são representantes de fundos de investimento em busca de negócios com soja, álcool, gado e biodiesel.

Cerco a estrangeiros

A investida ocorre no momento em que o governo busca mecanismos legais para frear a entrada de estrangeiros em terras do país. Hoje a aquisição de terras é permitida a pessoas físicas de outra nacionalidade residentes no país e a pessoas jurídicas estrangeiras autorizadas a atuar no Brasil.

Levantamento inédito do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) revela que estrangeiros detêm 5,5 milhões de hectares em todo o Brasil. Com 1.377 propriedades espalhadas numa área de 754,7 mil hectares, Mato Grosso é o Estado que tem a maior área de terras em nome de empresas e pessoas de outros países.

São Paulo é o campeão em número de propriedades em nome de pessoas de outras nacionalidades. São 11.424 terrenos, que, somados, representam 504,7 mil hectares do território paulista.

O governo federal anunciou que vai fechar o cerco à “invasão estrangeira”, com objetivo de dificultar a compra de terras por empresas brasileiras controladas por capital externo. Um parecer da AGU (Advocacia Geral da União) vai fixar limites para essa aquisição.

A decisão surgiu depois que um estudo mostrou que estrangeiros detêm 5,5 milhões de hectares no país –55% na Amazônia.

No mês passado, o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) no Amazonas multou em R$ 450 milhões a madeireira Gethal, pertencente ao empresário sueco-britânico Johan Eliasch, por comércio e transporte de madeira sem seguir a legislação ambiental brasileira.

O Incra estuda pedir o cancelamento de registros de terras na Amazônia supostamente adquiridas pelo empresário sueco.
Folha onine

Rizzolo: Eu fico impressionado como brasileiro, como cidadão, ao ler notícias como estas e ver a que ponto chegamos. Enquanto o Congresso Nacional e seus representantes estão em termos de instituição em último lugar e no ranking da credibilidade do povo brasileiro, pouco o governo tem feito no sentido de coibir essa internacionalização das terras brasileiras. Não à toa que vozes como as do general Heleno, e muitas outras, alertam para o absurdo da passividade e até certo ponto negligência no tocante as questões de soberania nacional.

Há muito tempo já se sabe a respeito dessa ” invasão branca”, mas nada praticamente foi feito até hoje para coibir esse fato, agora é que existe uma tímida movimentação em coibir esse entreguismo. O que se observou nesse governo, em termos de soberania nacional, foi exatamente ao contrário, promoveu-se o apregoamento, na demarcação contínua das “terras indígenas”, tudo bem organizado pelas ONGS internacionais com a aquiescência de grupos dentro do governo, apreciadores em dividir o Brasil em ” etnias”. O pior, o pobre povo brasileiro, a grande massa, desconhece esse problema, pois não tem acesso a essas informações e estão sim preocupados com sua própria sobrevivência, Bolsa Família, etc.; ficando esta responsabilidade, a nós mais esclarecidos. Da forma que as coisas andam vamos precisar de muitos “generais Helenos”, gritando em nome da nossa Pátria. Uma vergonha !