França cogita não encontrar explicações para acidente

PARIS – O diretor do escritório de investigação e análises de segurança aérea na França e maior autoridade europeia no assunto, Paul-Louis Arslanian, cogitou hoje a possibilidade de jamais encontrar explicações para o acidente com o Airbus da Air France, que desapareceu na rota Rio-Paris com 228 pessoas a bordo. “O trabalho é intenso de coleta de informações”, disse o diretor. “Uma etapa extremamente importante é a localização e, se possível, a recuperação das caixas-pretas. Porém, não podemos contar com elas, já que, até onde se sabe, o acidente aconteceu no meio do oceano, em uma região profunda em que a paisagem submarina se assemelha a uma região de montanha”, afirmou.

Segundo ele, o escritório já vem investigando o acidente com o Airbus A330-200 da Air France desde segunda-feira. Arslanian disse ainda que, por enquanto, tudo o que vem sendo dito é “mera suposição”. O diretor recomendou cautela em relação às informações sobre a tragédia que vêm sendo divulgadas pela imprensa. “Não escutem muito os que lhes dão explicações. Tudo o que eles falam é especulação. Nós estamos trabalhando.”

Arslanian disse que os dados da situação meteorológica, das mensagens automáticas recebidas do avião pela Air France e as informações da Airbus se somam às informações que vêm sendo fornecidas pelas autoridades brasileiras. Além disso, o diretor não descartou nenhuma hipótese para o acidente, incluindo as condições meteorológicas e a eventual despressurização da cabine.

agencia estado

Rizzolo: Como já comentei anteriormente, a imprensa estrangeira, conta com a hipótese de um atentado. Ontem em entrevista à Fox News um experiente piloto de Air Bus informou, que tempestades são monitoradas por radares, que permitem os pilotos reorganizar as rotas. Também afirmou, que as informações enviadas são incomuns em situações de tempestades e turbulências. No final perguntaram a sua opinião no que restaria ser a causa. Poderia ser uma bomba? perguntaram. E ele afinal respondeu o que ninguém até agora ousou fazer. Disse sim.

Na verdade ainda é tudo muito estranho mas concordo com o piloto. A hipótese pode ser válida, contudo ainda é cedo para conclusões. Por outro lado todos sabem que o rigor nos embarques em território brasileiro é bem menor do que na Europa e nos EUA, e isso poderia facilitar um ato terrorista. São hipóteses, mas não devem ser descartadas.

Lula: ‘Um país que acha petróleo a 6 mil metros pode achar avião a 2 mil’

‘Um país que acha petróleo a 6 mil metros pode achar avião a 2 mil’, disse.

Presidente está em viagem oficial à Guatemala.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva informou nesta terça (2), na Cidade da Guatemala, que conversou com o ministro da Defesa, Nelson Jobim, sobre as buscas na região do Oceano Atlântico onde desapareceu o Airbus da Air France.

Segundo Lula, o ministro manifestou esperança de que ainda se possa encontrar a caixa-preta da aeronave. “Um país que acha petróleo a 6 mil metros de profundidade pode achar um avião a 2 mil”, disse o presidente.

Embora ainda não se saiba oficialmente o que aconteceu com o voo 447 e seus 228 ocupantes, Lula declarou que o governo brasileiro fará “o possível e o impossível” para localizar os destroços do Airbus.

“O melhor que poderia acontecer é que se consiga chegar lá para que se possa entregar as pessoas às famílias”, afirmou.

Lula contou ter recebido de Jobim a informação de que, na madrugada desta terça (2), um avião Hércules da Força Aérea Brasileira (FAB) viu o que parecia ser uma mancha de óleo sobre a lâmina d’água, na região.

“Essas informações sobre as distâncias entre as coisas que estão sendo encontradas mostra que há na região uma corrente marítima que pode levar os destroços para vários pontos.”

Lula disse que continua sendo informado permanentemente pelas autoridades aeronáuticas brasileiras sobre as operações de busca pela aeronave.
Globo
Rizzolo: Bem, realmente não tem nada a ver uma coisa com a outra. Não foi uma comparação feliz do presidente. Buscar petróleo é uma coisa, destroços e caixa preta é outra vez que envolve correntes marítimas, e outras variáveis. As buscas continuam e na imprensa do exterior ainda surgem especulações sobre um eventual ataque terrorista.