“Senador escravocrata causa revolta ao povo brasileiro”

“Eles sempre falaram que a culpa da escravidão é dos próprios negros. É como se um erro justificasse outro”, declarou o professor Eduardo de Oliveira, poeta, presidente do Congresso Nacional Afro-Brasileiro (CNAB) e militante do movimento negro há mais de 60 anos, sobre as declarações do senador Demóstenes Torres (Dem), durante audiência pública no Supremo Tribunal Federal (STF), dias 3 e 4 de março, para debater a política de cotas no ensino superior.

Autor do Hino à Negritude e um dos maiores defensores das cotas para os negros nas universidades, o professor Eduardo condenou as declarações de Demóstenes que “tenta reverter toda a História dizendo que os negros eram culpados pela escravidão e as mulheres se entregavam aos senhores prazerosamente”. “Ele disse que as mulheres foram as responsáveis por serem violentadas. Que quem tinha prazer em servir os senhores eram as mulheres negras”.

Para o professor Eduardo, “o que o Demóstenes acabou fazendo é uma coisa horrível” e mereceu o repúdio de todos os que presenciaram aquele vexame. O presidente do CNAB se solidarizou “com as mulheres que estavam presentes à audiência no STF e redigiram um documento de protesto contra as palavras do senador”. “A atitude tomada por ele nessa audiência pública revoltou muito as mulheres”, declarou ao HP o autor de 10 livros publicados, entre os quais a enciclopédia “Quem é Quem na Negritude Brasileira”.

Eduardo Oliveira disse que os inimigos das cotas estão na contramão do momento em que o país vive, de “expressivas conquistas para a negritude, onde o governo Lula reconheceu a necessidade de compensar os afrodescendentes, com a criação das cotas e com a nomeação de negros para o primeiro escalão da administração pública nacional”.

As posições retrógradas do senador dos Demos provocaram reações indignadas de inúmeras lideranças negras e de várias personalidades. Segundo Demóstenes, “todos nós sabemos que a África subsaariana forneceu escravos para o mundo antigo, para o mundo islâmico, para a Europa e para a América” e “até o princípio do século 20, o escravo era o principal item de exportação da pauta econômica africana”. O professor Eduardo rebateu: “O que ocorria na época eram problemas de guerras tribais. Quem perdia era condenado à morte ou à escravidão”.

O líder negro assinalou que a política de cotas nas universidades “vem no sentido de corrigir uma injustiça histórica que privilegia a condição social e econômica de poucos em detrimento da grande maioria do povo brasileiro de origem afro-descendente”, mas ressalta que “temos ainda muito a conquistar”. Ele destacou, contudo, que “não podemos esquecer as inúmeras vitórias dos afro-brasileiros, fruto de um esforço hercúleo, como a definição do racismo como crime inafiançável, o reconhecimento do direito dos quilombolas às suas terras, a proliferação de conselhos afrodescendentes que hoje atuam em vários estados, a oficialização do Hino à Negritude e a criação da Secretaria Especial de Políticas da Promoção da Igualdade Racial”.

ANDRÉ AUGUSTO
Hora do Povo

Rizzolo: Conheço pessoalmente o professor Eduardo de Oliveira, que hoje é um dos expoentes na luta contra as injustiças cometida contra os negros neste país durante nossa história. É repudiável o discurso de Demóstenes que nos remete a uma época em que o Brasil se encharcava de ódio e preconceito. A luta dos negros deve continuar para que possam restabelecer seu lugar com dignidade junto à nação brasileira.

Intolerância e os Jardineiros do Futuro

Muitas são as situações que ainda subsistem, em que a demonstração de intolerância nos leva a uma reflexão de que pouco evoluímos desde a época da libertação dos escravos no Brasil, datada de 1888. A notícia de que jovens foram suspeitos de açoitar um jardineiro negro no interior de São Paulo, agredindo-o verbalmente, demonstra que, neste país, o negro ainda é visto como cidadão de segunda classe. No entanto, o mais interessante nestes episódios de intolerância, é que os atores desses crimes de racismo compõem substancialmente um cenário que é alvo de discussões, que vão desde o papel do negro na sociedade até ações afirmativas e políticas de afirmação do negro no Brasil.

Enquanto a imensa maioria negra é impedida de frequentar determinados cursos superiores como uma faculdade de medicina, particular ou pública, quer pelo alto valor das mensalidades, quer pela concorrência daqueles que dispõem de mais tempo para se preparar, a agressão, o desprezo e o ódio surgem diante de nós promovidos por representantes de uma elite branca jovem, economicamente privilegiada, que, de forma emblemática, como numa cena cinematográfica de violência, acaba traduzindo toda a questão maior que envolve a discussão daqueles que sempre serão os jardineiros e a dos destinados a um lugar de destaque na sociedade, desde a época da escravidão.

Na visualização dos conceitos de dignidade humana, é mister levarmos aos jovens de todas as classes sociais e origens os conceitos de direitos humanos, de civilidade e de humanidade, tão imperiosos quanto a educação, a cultura e as oportunidades que os programas de inclusão destacam. É preciso impregnarmos nossa sociedade com os valores de igualdade racial e de cidadania, para que nos próximos anos sintamos que efetivamente estamos longe da triste e trágica época escravagista, despertando nas novas gerações um verdadeiro senso de justiça e de igualdade de oportunidades, fazendo com que os estudantes de amanhã respeitem as minorias, os negros e os jardineiros do futuro.

Fernando Rizzolo

Número de mortos em tiroteio em base militar no Texas sobe a 12

Pelo menos 12 pessoas morreram e 31 ficaram feridas nesta quinta-feira (5) em um tiroteio na base militar de Fort Hood, em Kileen, no estado americano do Texas, segundo Bob Cone, porta-voz da base. Boletim anterior falava de 9 mortos.

O atirador, um militar, está entre os mortos. Ele teria sido identificado como o major Hassan Malik, de cerca de 40 anos, mas ainda não há confirmação oficial.

Dois outros soldados foram presos como suspeitos, segundo o Pentágono.

O incidente ocorreu às 13h30 locais (17h30 de Brasília), cerca de meia hora antes de uma cerimônia de graduação de militares que iria ocorrer em um auditório da base, usado geralmente para dar “briefings” aos soldados.

Os ataques ocorreram em dois pontos próximo ao Centro de Processamento de Prontidão dos Soldados e ao Teatro Howze. O centro é o local onde os militares que são mandados para missões fora do pais fazem um último checkup médico.

“O atirador foi morto. Ele era um soldado. Desde então, nós detivemos dois outros soldados como suspeitos. Há testemunhas oculares de que pode ter havido mais de um atirador”, disse Cone.

Fort Hood fica entre as cidades de Austin e Waco, a cerca de 97 km de distância de cada uma delas.A base é uma das maiores dos EUA, abrigando cerca de 65 mil militares, e é usada para treinar militares que são mandados para os fronts antiterrorismo no Afeganistão e no Iraque. Cerca de 35 mil militares estavam na base na hora do ataque.

A base está fechada, segundo o seu site oficial -que saiu do ar pouco depois dos ataques. O espaço aéreo na região também está bloqueado, de acordo com a agência federal de aviação dos EUA.

O congressista republicano pelo Texas John Carter disse que a base acolhe alguns soldados que voltaram do Iraque e do Afeganistão com transtorno do estresse pós-traumático.

FBI

Pelo menos três agentes do FBI (a polícia federal dos EUA) foram mandados de Austin para a base. Eles devem determinar que recursos serão necessários para a investigação. O FBI descartou inicialmente a hipótese de terrorismo.

O FBI só tem jurisdição no caso se os envolvidos forem civis.
Globo

Rizzolo: O importante é entender que para se manter como uma potência internacional, um país precisa ter um potencial militar de relevo para atuar em locais onde existe insustentabilidade política. As grandes potências, e não apenas os EUA, procuram ter sua influência militar em locais ou regiões onde ainda estão em desvantagens, isso explica a tentativa da China e da Rússia em ter uma maior presença na América Latina. Obama com seu populismo barato, não sabe mais como lidar com o binômio paz e influência militar. É claro que isso influencia na moral da tropa americana, na forma de se sentirem militares, e acaba muitas vezes em tragédia dado às condições em que os EUA se encontram. Há que se averiguar com cuidado as causas desse ataque, mas uma coisa é certa, o péssimo governo Obama contribuiu para tudo isso.

Americanos exigem do governo ação contra abusos dos bancos

Manifestação no centro de Chicago com delegações de 20 estados na terça-feira, 27, exigiu medidas do governo contra os abusos dos bancos com recursos do bailout, e contra os despejos em massa e o corte dos empréstimos para atividades produtivas

Com faixas, cartazes e bandeiras, milhares de sindicalistas e ativistas de 20 estados dos EUA tomaram na terça-feira dia 27 o centro de Chicago, onde se realizava a reunião anual da Associação de Banqueiros Americanos, para cobrar do governo uma ação firme contra os abusos dos bancos com o dinheiro do bailout, os bônus astronômicos, os despejos em massa, o corte dos empréstimos à produção e o desemprego. Manifestantes empunhavam, também, fotos em tamanho natural de executivos dos maiores bancos, como James Dimon, do JP Morgan Chase, o ex do Bank of America, Ken Lewis, e John Stumpf, do Wells Fargo, com os dizeres “banqueiro-ladrão de Wall Street”.

Convocada para ser uma “anti-convenção dos banqueiros”, a manifestação teve sua repercussão ampliada com a indignação que grassou no país inteiro, com o anúncio na semana passada, pelos grandes bancos salvos pelo dinheiro público, de bônus recorde de US$ 140 bilhões, quando é notório de que só não faliram porque houve o bailout. Além da terça-feira, houve atos na véspera e no domingo.

Repudiando o cinismo do “grande-demais-para-quebrar”, os manifestantes bradaram em sua caminhada: “Deixem os grandes bancos falir”. “Nada de bônus”; “bailout para os trabalhadores, não para os bancos”, eles exigiram. Na segunda-feira, a sede de Chicago do Goldman Sachs, o campeão de lucros inflados e bônus obscenos, foi invadida aos brados de “Tome vergonha!” Em meio à multidão, podia-se se ver senhoras com placas: “despejada”.

A manifestação cobrou, ainda, que sejam aprovadas leis para deter a especulação e medidas efetivas de proteção aos cidadãos e ao setor produtivo. Entre os principais oradores, o líder da luta pelos direitos civis, reverendo Jesse Jackson; o presidente da central AFL-CIO; Richard Trumka; a presidente da federação sindical “Vença Agora”, Anna Burger, e a diretora da entidade “Aja Agora”, Denise Dixon.

No primeiro dia, os manifestantes ouviram, também, o senador democrata Dick Durbin e a presidente do órgão federal de garantia às contas bancárias, FDIC, Sheila Bair. O “Showdown in Chicago” foi convocado pela Coalizão Nacional do Povo e pelo Sindicato dos Trabalhadores em Serviços. “O governo precisa mudar suas políticas”, advertiu o reverendo Jackson: “não se trata só dos banqueiros mas das políticas governamentais”. É preciso “dar prioridade aos trabalhadores e aos mutuários, não aos bancos”.

O presidente da AFL-CIO e ex-presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Minas, Trumka, denunciou que “os banqueiros transformaram a economia americana no seu próprio cassino privado”. “Nos levaram à beira da segunda grande depressão, e então esticaram a mão para serem salvos com o dinheiro dos contribuintes”, acrescentou. Ele advertiu aos sanguessugas que “não pusemos vocês de volta aos negócios para que embolsassem bilhões em bônus. Os bônus têm de parar, e é preciso alívio para as hipotecas”.

“A cada 13 segundos” – assinalou Denise – “outra casa vai à execução”, acrescentando que os bancos devem prestar contas “pela destruição que causaram em nossas comunidades”. Após advertir que são esperados mais de 4 milhões de despejos e execuções de hipotecas até 2012, ela afirmou que tamanha devastação “faz do furacão Katrina uma brisa de primavera”.

Muito aplaudido, o presidente do sindicato local dos eletricistas, Armando Robles, que liderou a ocupação da fábrica de portas e janelas República, que garantiu os direitos dos trabalhadores e dobrou a sabotagem do Bank of América. Ele se disse “muito orgulhoso” de seus companheiros de luta, e conclamou: “todos têm de agir, pela dignidade, por respeito, pelas nossas famílias – pela classe trabalhadora”.

Um coro de “Nãos” sucessivos respondeu à indagação da presidente da federação sindical “Mudar para Vencer”, Anna Burger, se os bancos tinham “renego-ciado as hipotecas em atraso”, “emprestado dinheiro às pequenas empresas” ou “financiado a geração de empregos”. Acompanhada por milhares de vozes, ela exigiu: “Basta!”.

A ganância e a desfaçatez com que os banqueiros de Wall Street e sua coorte de executivos estão assaltando o dinheiro público, que supostamente deveria ir para retomar empréstimos e reativar produção e empregos, já preocupa até especuladores do calibre de George Soros. Milhões de desempregados, milhões de famílias sem casa, milhões de aposentados vendo suas poupanças em ações virar fumaça enquanto a ordem na corte é arrebentar a boca do balão. Inflaram a bolsa, retomaram os derivativos, pisaram no acelerador no “carry trade”. Não surpreende que na própria convenção da Associação dos Banqueiros Americanos, onde preponderam pequenos bancos e bancos comunitários, surgiram declarações de que o povo “tem motivos” para estar indignado, e que os pequenos bancos estão bem longe de Wall Street.

ANTONIO PIMENTA
Hora do Povo

Rizzolo: Não resta a menor dúvida que o povo americano não suporta mais o assistencialismo financeiro aos bancos, as medidas do governo contra os abusos dos bancos com recursos do bailout, e contra os despejos em massa e o corte dos empréstimos para atividades produtivas unem o povo americano que pede forma uníssona uma ação decisiva por parte do governo. Para quem nunca regulamentou o mercado financeiro, se ver pressionado dessa forma é algo inesperado.

A Filarmônica, Villa-Lobos e os Negros

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O teatro não era grande, mas era espaçoso o suficiente para ser aconchegante naquela noite fria. Afinal, ouvir Villa-Lobos é quase um ato de oração ao Brasil. Com efeito, a grandeza da música erudita, quando tocada por uma boa filarmônica, nos leva a viajar na melodia, nos conduz à reflexão, arremessando-nos na seara da imaginação. Pois não há ninguém melhor que o grande compositor brasileiro Heitor Villa-Lobos, com sua música e ritmo, para desnudar de forma artística a essência do povo brasileiro.

Foi exatamente naquela noite, ao som das bachianas brasileiras, que descobri um Brasil que se transforma a cada dia. O público, na maioria oriundo de uma elite paulista, contava também com alguns ouvintes especiais. O que era raro anos atrás estava ocorrendo bem ali à minha frente. Alguns rapazes negros e de aparência humilde aplaudiam o concerto, sensibilizados pela beleza da música – pareciam acompanhar o ritmo cadente brasileiro, degustando a grandiosidade da melodia, embriagando-se de Brasil.

Ao observá-los, comecei a refletir sobre o papel dos negros na cultura, nas artes, na inclusão cultural, fruto de um trabalho social real do governo para finalmente levar a população negra e mais carente a compartilhar das diversas manifestações culturais do país. Não é por acaso que o Senado aprovou nesta quarta-feira o projeto que cria o Estatuto da Igualdade Racial, que segue agora para a sanção do presidente Lula.

Não há como pensarmos em igualdade racial sem tutelarmos as ações que visem à igualdade de oportunidades, principalmente no que tange ao mercado de trabalho. Temos que nos conscientizar de que houve, sim, uma defasagem cultural, de oportunidades, de inclusão social, resultado de toda sorte de injustiças que já perduram há 121 anos, desde a abolição da escravatura.

Talvez Heitor Villa-Lobos, ao fundir material folclórico brasileiro às formas pré-clássicas ao estilo de Bach, já estivesse prevendo que um dia sua música inspiraria mais que uma viagem à essência do povo brasileiro – inspiraria uma união racial que levaria suas composições eruditas a serem uma referência lógica; talvez previsse que o reflexo do gosto musical refinado por muitos teria por princípio a participação dos negros e da população excluída – que, de certa forma, serviu de inspiração e de sonho a este grande compositor brasileiro, que cantou um Brasil mais justo para todos nós.

Fernando Rizzolo

Dedico este texto à reflexão sobre a inserção do negro na sociedade brasileira.

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Aprovação de Obama fica abaixo dos 60% pela 1ª vez

WASHINGTON – O índice de aprovação do presidente americano, Barack Obama, atingiu uma marca abaixo dos 60% pela primeira vez desde que assumiu o cargo no EUA, em janeiro deste ano, de acordo com uma pesquisa realizada pelo jornal Washington Post e pelo canal ABC News publicada nesta segunda-feira ,20. O levantamento foi realizado por telefone entre 15 e 18 de julho com 1.001 entrevistados. A margem de erro é de 3,5%.

A aprovação de Obama em assuntos como economia e o déficit no orçamento federal decaíram desde a última pesquisa. Pouco menos da metade dos entrevistados aprova a maneira como o presidente está lidando com o problema do desemprego, que já supera os 10% em 15 estados americanos e na capital Washington.

No índice geral, Obama tem 59% de opiniões positivas e 37% de desaprovações. Essa é a primeira vez a aprovação do presidente atingiu uma marca menor que 60%. Os 59% registrados no atual levantamento estão seis pontos percentuais abaixo da marca de um mês atrás.

Outra questão que contribuiu com a queda na aprovação de Obama foi sua política em relação ao sistema de saúde americano, que lhe conferiu 49% de aprovação e 44% de reprovação – há um mês, esses índices eram de 57% e 29% respectivamente.
agencia estado

Rizzolo: Obama é um presidente fraco. Os radicais do planeta já se deram conta disso, e estão à vontade para ameaçar o mundo com suas armas de destruição em massa. Este Blog sempre afirmou que o discurso populista de Obama só impressionava os incautos. Esta aí. Sua popularidade caindo e os radicais sorrindo. Uma potência militar não pode ter um presidente dócil, com medo de magoar; muito pelo contrário, deve ser ágil, firme, e enfrentar os bandidos do mundo. Vamos sentir falta dos republicanos.

Lula usa manual de esquerda em encontro de alunos do Prouni e se emociona

Com citações à revolução bolchevique de 1917 e conversas com o ex-ditador cubano Fidel Castro, em meio a comentários sobre sua experiência como sindicalista, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva discursou em um cada vez mais raro tom esquerdista nesta quinta-feira a alunos do 1º encontro nacional de estudantes do Prouni – Programa Universidade para Todos, do governo federal.

Acompanhado de nove ministros, entre eles Dilma Rousseff (Casa Civil), cotada para disputar a Presidência da República em 2010, Lula, que no passado rejeitou a pecha de esquerdista, definindo-se como “torneiro-mecânico”, foi aplaudido de pé por universitários presentes no 51º Congresso da UNE (União Nacional dos Estudantes).

Depois de agradecer à entidade estudantil pelo apoio ao longo do seu governo, o presidente se emocionou por duas vezes e ficou com os olhos mareados: a primeira vez ao comentar sobre a política de cotas para negros em universidades públicas e a segunda quando se recordou de uma visita à Bahia na qual visitou uma mulher atendida pelo programa Luz para Todos.

“Tinha vontade que a UNE sentisse o drama das pessoas que iam para as escolas particulares. Mas essa falta de debate sobre as universidades privadas não era culpa de ninguém (do movimento estudantil), a não ser de sucessivos governos que priorizaram a irresponsabilidade com educação para que ela fosse privatizada”, afirmou Lula durante seu discurso.

O mote da privatização também é de saudosa lembrança para a UNE, que promoveu diversos protestos no país ao longo do governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB) por conta da venda da mineradora Vale do Rio Doce e de outras empresas estatais.

Lições

Em seguida, Lula afirmou no evento da entidade sob gestão de membros do PCdoB que “quem mais ganhou com a revolução de 17 foi a Europa Ocidental, porque com o medo do comunismo criou o Estado do bem-estar social”, referindo-se à derrubada dos governantes da Rússia para instituição de um governo comunista. Palmas menos efusivas da platéia.

No fim do discurso, em uma demonstração de visão prática da política, o presidente afirmou que “uma pessoa pobre ter uma caixa de lápis é mais importante do que uma revolução”.

“Na revolução, as pessoas não sabem o que vão fazer depois. Uma pessoa pobre sabe como usar o lápis”, ensinou. Lula defendeu o sistema de cotas para negros em universidades públicas, o qual chamou de “pequeno reparo” devido “às gerações perdidas pelos africanos” que se tornaram escravos no Brasil.
Uol

Rizzolo: Bem eu entendo houve por parte da matéria uma versão tendenciosa. Pelo texto pode-se inferir que o presidente usou o ” manual da esquerda” apenas para justificar o avanço social da Europa Ocidental. Agora, em relação à dívida da sociedade brasileira com os negros, o presidente está correntíssimo. Temos uma enorme dívida para com os negros neste país.

Como afirma Lula, as cotas significam ” pequenos reparos” face “às gerações perdidas pelos africanos” que se tornaram escravos no Brasil. Sempre defendi o sistema de cotas para negros em universidades públicas, e ainda acho pouco. Desta vez quem exagerou foi a imprensa, isso não é esquerdismo, e o presidente está correto.

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Uso da Internet deve dominar debate sobre reforma eleitoral

BRASÍLIA – A utilização da Internet na campanha eleitoral será um dos temas mais polêmicos na votação da proposta da reforma eleitoral que deve acontecer nesta semana na Câmara dos Deputados. O projeto, se sancionado antes de setembro, será válido para todos os candidatos na eleição de 2010.

A controvérsia, segundo o coordenador da elaboração do projeto, deputado Flávio Dino (PCdoB-MA), não tocará na liberação da Internet para a propaganda no pleito, mas no nível desta liberação.

O projeto, feito por um grupo de líderes de partidos, é fruto da consolidação de diversas propostas que tramitavam na Câmara. A proposta também ganhou sugestões dos partidos e de bancadas da Casa. A tramitação, no entanto, é longa, passando por debates na Câmara e depois no Senado, que enfrenta crise em função de uma sequência de denúncias sobre a gestão da Casa.

“Há quem considere o projeto muito restritivo”, afirmou Dino à Reuters. Ele cita como um exemplo do que poderá gerar discordâncias a proibição de propaganda paga pelos candidatos a meios de comunicação privados da rede.

O sucesso da campanha eleitoral virtual do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, no ano passado, alertou os deputados para o uso da Internet como meio de aproximar o candidato do eleitor.

Com a nova regra, candidatos e apoiadores poderiam fazer campanha de forma espontânea e gratuita para o candidato que tiver preferência em, por exemplo, sites de relacionamento como o Orkut e o Twitter ou até mesmo em blogs. De acordo com a legislação vigente, a conduta não é permitida.

Mesmo antes da aprovação desta regulamentação e apesar de regras do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) bem mais restritivas, vários políticos usam o Twitter e outros têm páginas de apoiadores no Orkut. O governador de São Paulo, José Serra (PSDB), por exemplo, usa o Twitter que é um blog atualizado com frases de até 140 caracteres.

O líder do PSDB na Câmara, deputado José Aníbal (PSDB-SP), defende a ampliação do uso da rede mundial de computadores e julga que o instrumento é “poderosíssimo” para a participação do cidadão no processo eleitoral.

“Acho que tem que permitir o uso da Internet na campanha pelo cidadão (…) como um instrumento para a cidadania”, afirmou, destacando o direito do eleitor de manifestar a sua preferência de candidato na rede.

Entre outros pontos, a proposta permite doações em dinheiro para candidatos pela Internet e também define outros critérios para a propaganda eleitoral antecipada e o horário eleitoral gratuito de rádio e televisão.

Para Dino, além do uso da Internet, outros pontos que poderão ser polêmicos para a regulamentação da campanha eleitoral são a volta do uso do outdoor, a implementação de um teto para gastos de candidatos e algumas sugestões da bancada feminina.

Uma delas é a doação obrigatória de 10 por cento do fundo partidário para o estímulo da participação política feminina.

“Há quem ache que isso é muito dinheiro. Vai ter um destaque (proposta de mudança) contra isso”, diz Dino. O texto também prevê que 20 por cento do tempo de rádio e TV na campanha sejam destinados às candidatas.

Para o deputado Antonio Carlos Magalhães Neto (DEM-BA), designado pelo seu partido para representar a legenda no grupo que elaborou a reforma eleitoral, tais questões devem ser definidas pelo próprio partido e a sociedade faria a fiscalização.

“A minha proposta é que todo partido fosse obrigado a definir um limite mínimo (do fundo para as mulheres) e o controle social se incumbiria de fazer o juízo que o partido definiu”, afirmou o deputado no site do partido.

O projeto de reforma eleitoral muda dispositivos da Lei dos Partidos Políticos (1995) e da Lei das Eleições (1997) além de regulamentar resoluções da Justiça Eleitoral.

(Edição de Carmen Munari)

Agência Estado

Rizzolo: Não há dúvida que o uso da Internet deverá dominar o debate político sobre a reforma eleitoral. Pessoalmente entendo que a liberação do uso da Internet não deveria ser restrito e sim mais amplo. Imaginem se nos EUA não houvesse a possibilidade da política fazer uso da Internet. Obama é um exemplo clássico do que o instrumento digital é capaz de realizar.

A grande diferença na campanha pautada também na Internet, é que Blogs, Sites, e Twitters independentes, farão a diferença. A imparcialidade dos Blogs independentes é determinante na formação da opinião, afinal Blogs como o nosso não tem o “compromisso político com ninguém” a não ser com a essência da democracia.

Nós aqui lutamos para que a democracia não seja destruída pela “democracia pilantra” que faz uso contínuo de plebiscitos para impor uma autocracia, tipo Hugo Chave, Morales, e de Manuel Zelaya de Honduras. Aqui não, se depender de nós aviões como os de Zelaya não aterrizam.

Irã detém funcionários de embaixada britânica

CAIRO – Oito funcionários da Embaixada britânica em Teerã foram detidos por seu suposto papel nas manifestações de rua que se seguiram à reeleição do presidente do país, Mahmoud Ahmadinejad, há duas semanas, informou hoje a mídia iraniana. A Embaixada tem mais de 100 funcionários, incluindo cerca de 70 iranianos.

O gesto foi descrito pelo chanceler britânico, David Miliband, como “perseguição e intimidação de um tipo inaceitável”. Miliband, que está na ilha grega de Corfu para uma reunião de chanceleres, disse que as detenções ocorreram ontem.

O líder da oposição iraniana, Mir Hossein Mousavi, alega que a eleição de 12 de junho foi fraudada e que ele é o legítimo vencedor do pleito. O governo vem desde então reprimindo protestos que contestam o resultado da eleição.

Na rede estatal iraniana de TV, o líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, fez um apelo neste domingo pela união nacional e pediu a líderes de ambos os lados da disputa para “não atiçarem as emoções dos jovens”. Khamenei rejeitou o apelo de Mousavi para uma recontagem de votos. Em contrapartida, o líder reformista Mousavi recusou a proposta do Conselho dos Guardiães de participar de uma comissão especial que examinaria os polêmicos resultados da votação. Em carta ao conselho, Mousavi sugere a criação de outro comitê, porém independente.

O Conselho dos Guardiães, que supervisiona o processo eleitoral, reconheceu que houve irregularidades e propõe a recontagem de 10% dos votos.

agência estado

Rizzolo: Observem a violência deste regime. Não há nenhuma seqüela de democracia, são arbitrariedades e mais arbitrariedades. Agora, será que o governo brasileiro ainda defende este regime após ele ter demonstrado as violações de direitos humanos e seu caráter antidemocrático? Será que aquele tal ” convitezinho” para o presidente do Irã vir ao Brasil ainda existe? Se insistirem nesse agrado, será a triste imagem da democracia brasileira, que aliás patina no mar de corrupção.

Irã ataca Ocidente e volta a intimidar imprensa

Teerã, 21 jun (EFE).- O Irã começou hoje a mirar sua pontaria para os países ocidentais, enquanto prosseguem os protestos contra o Governo, especialmente em Teerã, onde cerca de 20 pessoas morreram e mais de cem ficaram feridas nos confrontos entre a Polícia e manifestantes.

De manhã, o presidente Mahmoud Ahmadinejad, cuja reeleição foi o estopim da revolta no país, exigiu que Estados Unidos e Reino Unido parem de interferir nos assuntos internos do país.

“Com estas opiniões prematuras, tirarei-os com toda certeza do círculo de amigos do Irã. Portando, aconselho corrigirem esta postura intervencionista”, disse o chefe de Estado.

Segundo Ahmadinejad, acusado pela oposição de fraudar as eleições, EUA e Reino Unido não conhecem o povo iraniano e se equivocam ao julgarem “estes eventos que elevam ainda mais a importância da República Islâmica do Irã”.

Horas depois, o Governo ordenou a expulsão do correspondente permanente da “BBC” em Teerã, John Leyne, acusado de dar “informações falsas”, “não manter a objetividade”, “estimular os distúrbios” e desrespeitar o código de ética da profissão.

Leyne, assim como os outros repórteres estrangeiros que ainda estão em Teerã, desde terça-feira está proibido de sair às ruas para cobrir as manifestações da oposição, consideradas ilegais pelo regime.

O ataque verbal contra os países estrangeiros foi iniciado pelo ministro de Assuntos Exteriores, Manouchehr Mottaki, quem numa reunião com o corpo diplomático credenciado no país acusou França, Alemanha e Reino Unido de aproveitarem as eleições presidenciais para tentar derrubar o regime.

“Os políticos de certos países fizeram declarações intrusivas e irresponsáveis (…). Eles deveriam pensar duas vezes antes de questionar o processo democrático das últimas eleições”, afirmou.

Mottaki foi especialmente duro com a Chancelaria britânica, que, segundo disse, perturba a paz no Oriente médio para “proteger o Estado sionista (Israel)”.

Além disso, pediu à França que se desculpe pelas declarações do presidente Nicolas Sarkozy, que disse ter certeza de que são verdadeiras as denúncias de fraude nas eleições.

O presidente do Parlamento, Ali Larijani, foi além e disse que os legisladores do país deveriam reconsiderar as relações diplomáticas com todos estes países.

Segundo a rádio oficial, Larijani classificou como “vergonhosa” a postura adotada pelas três potências europeias e pelos Estados Unidos. Em resposta, sugeriu à Comissão de Assuntos Exteriores do Parlamento que “repense os laços com os três países europeus”.

Há uma semana, o Irã é palco de protestos e confrontos diários entre a oposição e a Polícia, esta última apoiada por integrantes da milícia islâmica Basij.

A situação na capital Teerã se agravou ontem, depois que pelo menos 13 pessoas morreram vítimas da repressão policial contra mais uma manifestação convocada pela oposição em protesto contra o resultado do pleito do último dia 12.

Hoje, a TV estatal classificou como “terroristas” os que enfrentam a Polícia. Disse ainda que a Polícia deteve várias pessoas relacionadas ao grupo opositor armado Mujahedin Khalq.

Enquanto a militarização cresce nas ruas, o líder da oposição, Mir Hussein Moussavi, disse que é preciso “limpar as mentiras e as atitudes desonestas” que ameaçam destruir o sistema.

Num texto publicado em seu site, o ex-primeiro-ministro disse que as autoridades da República Islâmica devem permitir os protestos ou enfrentar as consequências.

As palavras de Moussavi representaram um claro desafio ao líder supremo da Revolução iraniana, o aiatolá Ali Khamenei, que na sexta-feira negou as denúncias de fraude eleitoral e exigiu um fim nos protestos.

“Não nos opomos ao sistema islâmico e a suas leis, mas às mentiras e às ideias desviadas. Só buscamos uma reforma”, afirmou Moussavi.

“O povo espera de seus governantes honestidade e decência, porque muitos de nossos problemas se devem às mentiras. A revolução islâmica deve ser o caminho”, acrescentou. EFE

Rizzolo: Bem, como podemos observar, todo regime tirano quando é de certa forma desnudado, aponta suas ameaças sem constrangimento a seus inimigos. Intimidar a imprensa, vociferar contra países democráticos do Ocidente, é tudo que este Blog já previa quando os EUA se enfraqueceu com a vitória e o discurso dócil de Obama. Foi justamente quando os radicais do mundo descobriram a fragilidade ideológica de Obama, seu discurso populista, bobo, sem sentido, é que como bactérias oportunistas, aproveitaram para enrijecer suas disposições contra a democracia, a liberdade de imprensa, e a livre expressão do pensamento.

Agora o pior, o Brasil neste cenário, bate palmas e aplaude Mahmoud Ahmadinejad, convida-o para visitar o país, promete “estreitar os laços”, faz “vista grossa” para as armas de destruição em massa desenvolvidas no Irã e falta de direitos humanos, e se encantam com os discursos bobos de Mahmoud Ahmadinejad. O presidente de Israel, Shimon Peres, disse neste domingo, 21, que espera que o presidente iraniano Mahmoud Ahmadinejad seja derrubado “Não sabemos o que desaparecerá antes no Irã: o programa de enriquecimento de urânio ou o miserável governo (de Ahmadinejad). Esperamos que seja o governo”, disse Peres numa reunião da Agência Judaica em Jerusalém. É isso ai.

Sábado violento no Irã deixa mais de 20 mortos, diz TV

TEERÃ – Pelo menos 19 pessoas teriam morrido nos protestos que ocorreram hoje em Teerã, contra a reeleição do presidente Mahmoud Ahmadinejad. A informação é da rede de televisão “CNN”, que citou fontes dos hospitais. Também neste sábado, uma explosão suicida deixou pelo menos dois mortos e oito feridos, segundo a emissora de TV estatal. O atentado ocorreu no mausoléu do líder da revolução islâmica, Aiatolá Ruhollah Khomeini. Dados não confirmados colocam o número de mortos em até 150 em uma semana de conflitos após as eleições; fontes do governo afirmam que 400 policiais ficaram feridos nesse período.

Os manifestantes apoiam Mir Hossein Moussavi, candidato derrotado no pleito, e afirmam que houve fraude eleitoral. O líder supremo da nação, Aiatolá Ali Khamenei, disse ontem que responsabilizará Moussavi caso os confrontos continuem, o que fez com que o oposicionista declarasse que estava pronto para o “martírio”, segundo a “CNN”. A rede de televisão norte-americana também informou que os helicópteros do governo que foram vistos despejando água sobre os manifestantes poderiam ter utilizado na verdade água fervente ou até mesmo ácido, segundo testemunhas.

Em Washington, o presidente dos EUA, Barack Obama, pediu que as autoridades iranianas interrompam “toda a violência e ações injustas contra seu próprio povo”. Obama havia se oferecido para abrir negociações com o Irã, o que poderia aproximar os dois países depois de um congelamento diplomático de quase 30 anos, mas o aumento da violência pode prejudicar essa tentativa de distensão.
agência estado

Rizzolo: A situação esta se complicando no Irã. Os manifestantes apóiam Mir Hossein Moussavi, não se conformam, e com razão promovem as devidas manifestações de cunho democrático, enfrentando as milícias. Um governo que não respeita os direitos humanos, merece uma manifestação à altura. Os radicais do regime de Mahmoud Ahmadinejad com o apoio dos religiosos extremistas, faz com que o Irã se torne uma preocupação para o mundo, e a violência faz parte deste cardápio de horror promovido pelo louco Ahmadinejad. A imprensa estrangeira é coibida de seu exercício, e está proibida manifestações. Agora, o que eu não entendo é um país como o Brasil, democrático, aplaudir este regime estreitando os laços com essa gente, com o “pretexto comercial”.

Presidente do Supremo é vaiado ao deixar Comissão do Senado

BRASÍLIA – O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Gilmar Mendes, foi surpreendido com vaias e gritos de “Fora Gilmar” ao deixar a audiência pública da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado. A manifestação foi organizada por estudantes do movimento “Saia às Ruas”, criado depois que o ministro Joaquim Barbosa, em uma discussão com Gilmar Mendes, no plenário do STF, afirmou que ele deveria ir às ruas para ouvir a opinião pública.

A manifestação surpreendeu o presidente do Supremo e, também, a Polícia Legislativa do Senado, que retirou os estudantes das dependências do Senado. Gilmar Mendes disse não se incomodar com a manifestação.

Momento depois, antes de entrar no elevador privativo, o presidente do STF parou para uma rápida entrevista, que foi interrompida por novos gritos de “Fora Gilmar”. Desta vez, a manifestação partiu de representantes da Confederação Nacional das Associações de Servidores do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).

“O Gilmar não está honrando com as obrigações que tem como presidente do Supremo Tribunal Federal. Ele tem agido de forma parcial e isso extrapola prerrogativas de qualquer magistrado”, afirmou José Vaz Parente, diretor da confederação.

Ainda na audiência pública, que debateu o projeto de lei que cria mecanismos de repressão contra o crime organizado, Gilmar Mendes comentou a necessidade de isenção das autoridades responsáveis pela formulação e julgamento das leis.

“Estamos em uma democracia representativa. Vocês [senadores] têm que aprovar leis, que contrariam a opinião pública. Alguns imaginam que fazer jus é atender às ruas, é atender a determinados segmentos. Temos uma jurisprudência que diz que o clamor da opinião pública não justifica prisão preventiva”, disse Gilmar Mendes.
agência estado

Rizzolo: Para vocês verem como são as coisas. Num domingo ensolarado, resolvi ir à feira de Antiguidades em São Paulo que fica em baixo do Masp na Avenida Paulista. Eu que sempre de certa forma entendi que Gilmar Mendes deveria se expor mais às ruas, como Barbosa costumeiramente faz no Rio, de repente num momento em que estava eu apreciando uma peça de antiguidade numa das barracas, ao meu lado surgiu um senhor chamado Gilmar Mendes.

A reação minha foi tão natural, que comecei a comentar a peça com ele, e realmente fui surpreendido com sua simpatia, atenção, e desprendimento do cargo que possui. Conversamos sobre a peça, sobre a feira de antiguidades, e finalmente entreguei meu cartão. Nem parecia esse Gilmar Mendes que todos atacam, que foge do povo. Muito antes de conhecê-lo, sempre defendi e entendi que aquela discussão no Supremo, com Joaquim Barbosa, era algo que faz parte da dinâmica do Direito, da democracia, do confronto das idéias; e o que está ocorrendo no momento, é uma injusta demonização da figura do presidente do Supremo. Isso não é saudável.

Se por hora a intelectualidade negra grita numa discussão justa do ponto de vista jurídico, e deve ser ouvida, demonizar politicamente alguém para se obter um ganho eleitoral pobre, de nada leva a não ser ao radicalismo. O confronto de idéias é a essência da democracia, andar em público, poder falar o que pensa, escrever o que quer, é um direito de cada cidadão, agora propaganda sistemática e execração pública é o artífice preferido dos autoritários que desconhecem e desrespeitam a opinião alheia.

A esquerda entende que Gilmar Mendes por ter uma visão formalista do ponto de vista jurídico, o faz pequeno, mas esquecem que o Judicário vive do debate, do confronto das idéias. Isso é o Direito. Agora eu não vou me justificar diante dos ” inocentes úteis subproduto da esquerda infantil “.
Veja artigo meu na impresa: A Justiça, O Povo e o Futebol

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Um Olhar Enviesado

Vivemos no Brasil um momento em que a discussão sobre o papel do negro na sociedade é levado ao debate de uma forma a torná-lo confuso, polêmico, e até certo ponto complicado. Mistura-se a observação julgadora daqueles que legitimamente estão incumbidos desta função nas universidades, com injustiças aos demais não negros, causando de certa forma uma polêmica racial que tem por objetivo culminar com a extinção dos direitos à inclusão do negro na sociedade brasileira.

O que poderia numa análise perfunctória ser simples, torna-se complicada pois ao invés de se centrar na questão do negro, pontua-se com maior relevância os métodos de admissibilidade e reconhecimento da condição de ser ou não negro. Com efeito a análise ou os métodos não devem por si só, serem alvo das críticas, que pretensamente invalidam a luta na inserção do negro à sociedade, e animam os conservadores a uma cruzada à favor da manutenção do negro na condição de submissão na mantendo-o refém de seu próprio destino histórico.

Um olhar enviesado, uma distância nas relações pessoais, o preterimento na escolha de candidatos negros, a pronta relação vinculatória entre o negro e a pobreza, a pouca abertura ao ingresso de negros nos cargos públicos de nível, já seria por demais o suficiente para que a libertação do negro se desse de forma interior, vez que de nada adianta uma libertação exterior ou laboral como se deu na libertação da escravidão, se na alma os negros continuam acorrentados, humilhados, constrangidos, vítimas do contumaz olhar enviesado daqueles que se nutrem da enraizada intolerância histórica.

Fernando Rizzolo

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IBGE: desemprego é mais elevado para negros que para brancos

RIO – O IBGE divulgou nesta quarta-feira, 13, levantamento que mostra que o desemprego em março deste ano era mais elevado para os pretos ou pardos do que para os brancos. Além disso, o rendimento médio de pretos ou pardos, de acordo com o instituto, era quase a metade do recebido pelos brancos. Os números foram contabilizados a partir de dados da Pesquisa Mensal de Emprego (PME) referente a março de 2009.

A taxa de desocupação dos pretos ou pardos (10,1%) era mais alta que a dos brancos (8,2%). Além disso, entre a população em idade ativa (10 anos de idade ou mais) nas mesmas seis principais regiões metropolitanas do País, os brancos tinham, em média, 9,1 anos de estudo, enquanto os pretos ou pardos tinham 7,6 anos. Já o rendimento médio habitual dos trabalhadores pretos ou pardos (R$ 847,71) é “praticamente a metade” do que recebem os brancos (R$ 1.663,88).

Os técnicos da pesquisa destacam no documento de divulgação que, embora a diferença no desemprego ainda persista por cor ou raça, diminuiu nos últimos anos. Em 2003, a taxa de desocupação dos que se declararam pretos ou pardos era 14,4% e a dos brancos de 10,6%.

Em março de 2009, ainda de acordo com o levantamento do IBGE, a população composta pelas pessoas que se declararam pretas ou pardas representava, 42,8% das 40,7 milhões de pessoas com 10 anos ou mais de idade nas seis regiões metropolitanas investigadas pela PME. A Região Metropolitana de Salvador apresentou a maior proporção de pretos e pardos (82,7%) e Porto Alegre a menor (12,6%).
agência estado

Rizzolo: E ainda existem pessoas que entendem que a sociedade nada deve aos negros e pardos, contestam as cotas, argumentam contra as iniciativas de inclusão, desprezam a imposição histórica de submeter os negros há anos de escravidão, ou seja, pessoas desprovidas do mínimo senso de justiça social e que lutam para a preservação da condição humilde dos negros do Brasil.

Tenho sempre dito neste blog que a sociedade brasileira deve sim ser responsável e reconhecer a defasagem intelectual imposta aos negros pela exclusão e pela miséria, poucos são os negros de destaque neste País e quando surgem, não são devidamente prestigiados, um exemplo clássico é ministro do STF Joaquim Barbosa, o primeiro negro a tomar posse como ministro do STF (Supremo Tribunal Federal).

A Justiça, o povo e o futebol

Uma das causas que contribuiu para o crescimento do número de evangélicos no Brasil, deveu-se ao fato de que, ao contrário dos métodos litúrgicos tradicionais católicos, os pastores cobravam de Deus os milagres de forma clara, com veemência, como que estivessem num tribunal.

Ainda me lembro certa vez quando numa reportagem, um determinado bispo dizia que tínhamos que cobrar de Deus com rigor, discutindo com o Senhor de forma enfática, e até argumentando de igual para igual – em sentido figurado – nossas demandas; que só assim ele nos ouviria.

Talvez através desta visão de aprovação ao amor ao debate com o criador, e a forma de cobrá-lo, fez com que um novo gênero de prece surgisse em forma de pleito, e com teor argumentativo. Discutir com Deus e com os homens, faz parte da convivência espiritual e humana, e não devemos encarar as discussões -quando bem encaminhadas e com urbanidade, – como algo menor, mas sim enriquecedor ao debate. De forma que as idéias se tornam passionais, na exaltação da defesa dos pontos de vista cada um.

Por bem entendeu o presente Lula enxergar o bate-boca entre entre os ministros Gilmar Mendes e Joaquim Barbosa no plenário do STF, como um simples desentendimento, tão comum quanto os que ocorrem no futebol. Muito embora à primeira vista possa parecer uma visão simplista do presidente, tem seu quinhão de verdade comprovado no dia-a-dia de cada um de nós.

Os desentendimentos ocorrem entre as pessoas, e não há lugar imune a eles tampouco num tribunal, onde o amor ao debate transcende o controle das emoções. Apesar de não estarmos acostumados a presencia-los no Judiciário, de forma alguma estes embates comprometem a estrutura e o respeito que o povo brasileiro possui em relação à Nobre Corte brasileira.

Cada vez mais o povo brasileiro participa da vida política do País, e o ocorrido denota apenas uma efervescência saudável, na defesa dos pontos de vista de cada um; assim como na vida, no futebol e nas discussões que aprendemos a ter com Deus. Discutir de forma saudável também faz bem, induz à reconciliação, acalenta os ânimos e às vezes faz até milagres como no caso dos pastores.

Fernando Rizzolo

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Joaquim Barbosa bate-boca com Mendes no STF

BRASÍLIA – O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa radicalizou hoje sua postura e transformou-se em personagem de um bate-boca sem precedentes na história da Corte. Em 13 minutos, das 17h40 às 17h53, quando a sessão do tribunal caminhava para o encerramento, Barbosa transformou uma cobrança de informações do presidente do STF, Gilmar Mendes, em uma agressão verbal que levou os demais ministros a fazer uma reunião extraordinária para tratar do bate-boca – Barbosa foi embora do tribunal e não participou.

O confronto começou quando o STF analisava recursos em que era discutido se as decisões, sobre benefícios da Previdência do Paraná e sobre foro privilegiado, tinham ou não efeito retroativo. Essas decisões haviam sido tomadas em sessões em que Barbosa faltou aos julgamentos – ele estava de licença. O ministro Barbosa disse que a tese de Mendes deveria ter sido exposta “em pratos limpos”. Mendes respondeu: “Ela foi exposta em pratos limpos. Eu não sonego informações. Vossa Excelência me respeite”, e lembrou que o ministro faltara à sessão em que o recurso começou a ser decidido.

Quando Mendes disse que o ministro não tinha “condições de dar lição a ninguém”, Barbosa partiu para o ataque pessoal ao presidente do STF. “Vossa Excelência está destruindo a Justiça deste País e vem agora dar lição de moral em mim? Saia à rua, ministro Gilmar. Saia à rua, faz o que eu faço”, afirmou Barbosa. Em seguida, depois de Mendes dizer que estava na rua, Barbosa acrescentou: “Vossa Excelência não está na rua não. Vossa Excelência está na mídia, destruindo a credibilidade do Judiciário brasileiro.”

Outro ministro, Carlos Ayres Britto, tentou acalmar os ânimos. “Ministro Joaquim, vamos ponderar.” Mas de nada adiantou. “Vossa Excelência quando se dirige a mim, não está falando com os seus capangas do Mato Grosso, ministro Gilmar. Respeite”, reagiu Barbosa. O presidente do STF nasceu em Diamantino, cidade do Estado de Mato Grosso.
agência estado

Rizzolo: Há muito tempo este blog tem denunciado a pouca importância, para não dizer um certo desprezo, que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa tem enfrentado nos meios jurídicos e pelos meios de comunicação, exatamente por ser negro. É claro que é uma opinião pessoal, mas fruto de observação e muita reflexão. Quem acompanha este blog sabe da minha indignação com os meios jurídicos em geral, em não dar o devido destaque em relação à capacidade técnica, profissional, e acima de tudo humana e corajosa de Joaquim Barbosa.

Não me alongarei em determinar em quais setores dos meios a que refiro ou da imprensa onde ocorre isto, a grande verdade é que Joaquim Barbosa não gerou um bate-boca com Mendes, mas exigiu o devido respeito quando se sentiu ofendido, ou preterido. E mais, pela primeira vez observei Gilmar Mendes constrangido, acuado e de certa forma desmoralizado. É a voz de um negro no Supremo apontando os prováveis exageros do presidente da casa. Seja de que forma for, a exteriorização de sua indignação nos leva a refletir sobre o novo papel dos negros deste País, que já não aceitam um papel submisso na nossa sociedade, fora ou dentro do Judiciário.

No final Mendes ouviu de um ministro negro tudo aquilo que nenhum jurista ou cidadão brasileiro ousou dizer ao presidente da casa. Muito embora não tomo partido, tampouco endosso, as palavras de Barbosa, o que nos devemos ater, é sobre a postura de um ministro que representa a intelectualidade dos negros no Brasil. Agora foi uma cena muito feia, hein !

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Lula será ‘advogado’ da Venezuela junto a Obama, diz Amorim

O ministro de Relações Exteriores, Celso Amorim, afirmou nesta quarta-feira que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva poderá atuar como uma espécie de “advogado” da Venezuela na conversa que terá no sábado com o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama.

De acordo com o chanceler brasileiro, a expectativa do governo é que Obama endosse o discurso de “mudança” que tem feito e esqueça “problemas do passado” que ocorreram entre Estados Unidos e países latino-americanos.

“O presidente Lula quer mostrar o mesmo sentimento que ele tem em relação a outros países mais pobres da América do Sul. Acho que é possível (que o presidente advogue pela Venezuela e pela Bolívia). No caso da Venezuela, o próprio presidente (Hugo) Chávez se encarregou de dizer que tem toda a confiança no que o presidente Lula puder dizer”, destacou Amorim. “De certa maneira é um endosso para que isso ocorra por parte da Venezuela. A mensagem é de diálogo, de compreensão e para evitar (pensar no presente levando em conta) problemas do passado, e (sim) disposição para cooperar e entender.”

“Acho que não é tanto uma questão de simplesmente fazer com que o presidente Obama olhe para cá. Creio que ele fará isso, mas (…) que com modéstia e humildade olhe para cá, (olhe) com ótica certa. Ele tem que levar em conta as mudanças que ocorreram na América Latina e no Caribe”, opinou Amorim. “Creio que o presidente Lula terá ocasião de levar sua visão de como tem sido esse processo de mudança na América do Sul e na América Latina, sem a pretensão de dar conselho.”

Na avaliação do ministro, a postura de respeito dos Estados Unidos diante do referendo na Venezuela, que abriu a possibilidade para que o presidente Hugo Chávez pudesse se candidatar e se reeleger indefinidamente, por exemplo, foi “muito equilibrada” e permite antever um novo perfil de relação entre os países.

“É preciso compreender e ver que na Venezuela houve vários referendos, todos com (acompanhamento) internacional. Em todos esses casos, indiscutivelmente, houve uma votação que deixou claro o sentido geral da opinião na Venezuela (de apoio à possibilidade de reeleições indefinidas)”, completou. “Creio que o presidente Obama estará aberto.”

Defensor do fim do embargo comercial à Cuba, o presidente Lula deverá, na conversa com Obama no sábado pela manhã, ressaltar a importância e o simbolismo da ilha para a América Latina.

“No contexto de tratar da região, é inevitável tratar do tema Cuba. A situação de Cuba hoje em dia é uma relação anômala em relação ao resto do continente, não há duvida que é”, comentou Celso Amorim, evitando polemizar sobre as críticas ao regime de governo cubano. “Cuba é muito simbólica na América Latina, para a maneira como os Estados Unidos olham para a América Latina. Não escolhemos os regimes dos outros países.”

Crise financeira

Além de discutir questões regionais e de interesse da América Latina, ressaltou Amorim, o presidente Lula deve opinar junto a Obama sobre possíveis “remédios para a crise financeira”, incluindo uma exposição sobre o sistema bancário brasileiro e o reforço de que o protecionismo não ajuda em nada a sair das turbulências econômicas mundiais.

Redação Terra

Rizzolo: O ministro de Relações Exteriores Celso Amorim, gosta nas suas declarações de insinuar que o presidente Lula ” está com Chávez e não abre “. A palavra ” Advogado da Venezuela “, muito embora no sentido figurado, denota uma afinidade inconteste ao regime bolivariano. Contudo não será – pelo menos por parte de Chávez- a postura causídica que Chávez adotará, quando os EUA adotar o Brasil, um dia, como um fornecedor de petróleo maior do que a Venezuela . Chávez irá bravejar, e destituirá seu advogado. Chávez é imprevisível, entendo este papel de Lula um pouco mediador, um aproximador muito embora poderá ser mal interpretado e não contará com o apoio de grande parte dos americanos. Lula deve ressaltar o papel de liderança do Brasil na América Latina, dissocia-lo do viés esquerdista catanho dos países da América Latina. Agora um ” Advogado da Venezuela ” é demais. Que tal Lula se portar como um Advogado dos interesses brasileiros apenas, e um mero e discreto mediador do regime bolivariano. Entendo que ganharíamos mais.

Chávez autoriza Lula a falar sobre Venezuela com Obama

CARACAS – O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, disse na quarta-feira que autorizou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva a falar sobre seu país com o líder norte-americano, Barack Obama, durante o encontro que ambos têm previsto para meados de março.

Chávez acusa Washington de liderar um capitalismo que acabará com a vida sobre o planeta e foi uma das principais vozes antiamericanas durante o governo de George W. Bush. O presidente venezuelano afirmou que Obama segue os passos de seu antecessor.

“Obama o convidou a conversar. Ele (Lula) fez contato conosco e disse que ele quer, se eu estiver de acordo, falar sobre o tema da Venezuela. Eu lhe disse que fale. Como eu falaria também se fosse o Brasil”, disse.

Chávez, que tem encontro previsto com Lula no final de maio, não detalhou os assuntos que Lula tratará com Obama.

Washington e Caracas mantêm relações diplomáticas conflituosas que atingiram um ápice no ano passado quando Chávez expulsou o embaixador norte-americano. O presidente venezuelano na ocasião acusou o “império” de intrometer-se na política de sua aliada Bolívia. Em resposta, os EUA também expulsaram o embaixador venezuelano em Washington.

Caracas suspendeu um acordo com a agência de combate ao tráfico de drogas dos EUA (DEA), enquanto Washington proíbe há anos a venda de sua tecnologia militar ao país sul-americano. As vendas de petróleo venezuelano aos EUA, porém, continuam.

Chávez irritou-se recentemente com um informe norte-americano que acusa seu governo de não lutar o bastante contra o narcotráfico.

“Eu me perguntava ontem (…): será que há um novo governo na Casa Branca? Ou seria, ou será, que enviaram Obama para lá para que despache, mas Bush segue mandando no salão… como se chama? Oval?”, disse ele durante reunião de conselho de ministros transmitida pela TV oficial.

O presidente venezuelano, que considera Fidel Castro como seu pai político, sugeriu que os Estados Unidos se ocupem da crise econômica mundial em vez de agredir seu país com “a mentira e o cinismo”.

agência estado

Rizzolo: Só o fato de Chavez ter autorizado Lula a falar sobre a Venezuela, já denota a boa intenção de Chavez num diálogo com a Casa Branca. Realmente, não vejo nada de reprovável por parte de Lula neste papel de intermediação. A maturidade política tarda mas acaba vindo aos líderes da América Latina, Chavez tem melhorado. Observem que até o ex- presidente Collor melhorou, está mais maduro, mais sofrido, muito embora seu temperamento continue o mesmo, mas isso, é a personalidade do político.

Chavez e Collor estão melhorando, quem sabe terão muito que aprender ainda com Lula, que construiu uma personalidade única e descolada do PT. Muitos discordam da minha visão dinâmica de enxergar o cenário político, talvez porque ao contrário de muitos, não tenho compromisso com ninguém, sou fruto de um descuido midiático, fujo da mídia convencional, alguns já disseram ” esse Advogado Rizzolo está muito solto ” Ele é de quem? Eu respondo: de ninguém …falo o que eu quero…sou livre..Só para terminar: Collor ainda é uma figura que pode surpreender. Tomem nota…