Londres, 25 fev (EFE).- Chegou hoje a Londres o bispo britânico ultraconservador Richard Williamson, que foi obrigado a abandonar a Argentina após receber a ameaça de expulsão do Governo argentino por suas declarações negando o Holocausto de 6 milhões de judeus.
Em meio à grande expectativa da imprensa, o bispo chegou ao aeroporto londrino de Heathrow em um voo procedente de Buenos Aires, mas não quis fazer declarações.
Williamson, que negou que as câmaras de gás nazista tivessem sido utilizadas para exterminar milhões de judeus, foi escoltado por numerosos agentes da Polícia a um automóvel que o esperava.
Os bispos católicos da Inglaterra e Gales condenaram as afirmações de Williamson, que classificaram como de “totalmente inaceitáveis”.
Um porta-voz da Conferência de bispos católicos na Inglaterra e Gales disse hoje que “não tem ideia” sobre onde o religioso ficará no Reino Unido.
Entre as pessoas que o esperavam em Heathrow estava o inglês judeu Mayer Gruver, que perdeu sete de seus 11 parentes durante o Holocausto e classificou de “escandalosas” as opiniões do bispo sobre o Holocausto.
O bispo, de quem o papa Bento XVI retirou a excomunhão emo janeiro, negou que as câmaras de gás nazistas tivessem sido utilizadas para exterminar a judeus e disse que no Holocausto não morreram 6 milhões de pessoas mas entre 300 mil e 400 mil.
Essa afirmação estava contida em entrevista gravada na Alemanha em novembro e transmtida em 21 de janeiro pela TV estatal sueca “Svt”.
Folha online
Rizzolo: Mas esse bispo nunca teve vocação religiosa mesmo. É impressionante seu comportamento, nega o holocausto, dá afirmações de cunho racista, quase agride jornalista; realmente um bispo ultra reacionário. Não sei até quando algumas pessoas que se dizem religiosas, vão continuar a pregar o mal, a submeter as minorias incitando o racismo, e contar com o apoio institucional dos dirigentes da Igreja, no caso a católica. Bem fez o governo argentino, que numa medida nobre expulsou o “bispo” Williamson, agora ele é problema da Inglaterra.