Marina critica plano de banda larga do governo federal

SÃO PAULO – A pré-candidata do PV à Presidência da Republica, Marina Silva, criticou, durante encontro com blogueiros na noite desta segunda-feira, o Plano Nacional de Banda Larga do governo federal, que será coordenado pela estatal Telebrás.

– Não teve discussão (sobre o modelo para expandir a banda larga no país). A participação da sociedade é muito importante. Também acho que é um assunto que não precisaria ser tratado nesse período difícil de disputa eleitoral. Poderia ficar para 2011 ou ter sido feito em 2009. A necessidade de banda larga é inegável. Temos que pensar em um sistema misto. O Estado tem que suprir onde a iniciativa privada não tem capacidade para suprir, mas não tem sentido o estado entrar onde a iniciativa privada tem interesse.

O governo planeja levar o programa a 100 cidades do país neste ano. Durante a conversa, Marina também afirmou que planejava usar a internet para criar ferramentas de transparência para sua campanha e para ajudar na arrecadação de recursos.

– Queremos muitos contribuindo com pouco, não queremos ficar no enquadre de poucos contribuindo com muito.

Para a pré-candidata verde, a transparência das ações governamentais com o uso da internet pode ser uma forma de inibir a corrupção.

Marina respondeu às perguntas de um grupo de 23 blogueiros e representantes de mídias sociais por uma hora e meia. O encontro aconteceu no seu escritório de campanha em São Paulo e teve transmissão pela internet. Cerca de duas mil pessoas acompanharam a conversa.

A pré-candidata do PV afirmou ainda que na era da internet a questão do direito autoral precisa ser discutida.
globo

Rizzolo: Bem pelo menos nem perdi meu tempo, aliás como sabem que apoio a Dilma, nem sequer fui convidado. Mas vale uma reflexeção sobre a candidatura da Marina, que como todos sabem só existe para tentar atrapalhar a candidatura do PT, pura manobra da direita encabeçada pelo PSDB e pelas forças conservadoras. Ora, tudo mundo sabe que pelo discurso do PV, o desafio é a transferência de votos PT para PSDB segundo turno , se houver. Portanto nem vou levar em consideração as elucubrações privatistas de Marina que disse adeus ao seu passado e se jogou nos braços dos poderosos.

Nova entidade une empresas e empreendedores da mídia alternativa

Empresários, empreendedores individuais, estudantes, professores e ativistas da área da comunicação criaram sábado (27), em São Paulo, a Altercom — Associação Brasileira de Empresas e Empreendedores da Comunicação.
Conforme ficou definido no encontro realizado durante todo o dia de sábado, a entidade terá como objetivo central defender os interesses políticos e econômicos das empresas e empreendedores de comunicação comprometidos com os princípios da democratização do acesso à comunicação, da pluralidade e da liberdade de expressão. Não a liberdade apenas para uns poucos grandes grupos midiáticos, como ocorre hoje — mas, sim, para a maioria da população que não tem respeitado hoje o direito a uma informação de qualidade.

Quanto mais proprietários e empreendimentos de comunicação houver no país, maior será a liberdade de expressão. Essa é uma das ideias que anima a criação da entidade: a garantia da expressão coletiva, a universalização do direito à liberdade de expressão. Por meio de uma intervenção coletiva organizada e articulada em todo o país, a Altercom pretende propor e disputar políticas públicas, além de regulamentações que democratizem o acesso aos meios e aos recursos de comunicação no Brasil.

Outro objetivo da entidade é dar visibilidade às novas experiências midiáticas e comunicacionais que vêm se expandindo pelo país. Uma Carta de Princípios, que será divulgada nos próximos dias, sistematizará esses princípios e objetivos que orientarão o funcionamento da associação.

A ideia de criar a nova entidade surgiu no processo de debates preparatórios para a 1ª Conferência Nacional de Comunicação (Confecom), realizada em dezembro, em Brasília. De lá para cá ocorreram uma série de reuniões preparatórias, em São Paulo e em Porto Alegre, que culminaram no seminário realizado sábado na capital paulista.

Além de debater os princípios e objetivos da nova entidade, o encontro também tratou de temas como liberdade de imprensa e liberdade de expressão, formas de associação, imprensa alternativa e independente e construção coletiva de uma comunicação contra-hegemônica. A mesa redonda que discutiu esses temas foi coordenada por Flavio Aguiar e reuniu os professores Bernardo Kucinski, Venício Lima, Laurindo Leal Filho e Denis de Oliveira.

Como resumiu Rodrigo Vianna, do blog Escrevinhador, a Altercom deverá reunir editoras, sites, produtoras de vídeo, de rádio, revistas, jornais, blogueiros, agências de comunicação e tantos outros que não se sentem representados pelo condomínio comandado por Abril/Globo/Folha/Estadão, nem tem peso econômico para atuar junto às grandes teles.

Defender as posições políticas desse setor significa participar do debate nacional. Rodrigo Vianna dá um exemplo: se a Abert (que representa a Globo) ou a Aner (que representa a Abril, basicamente) divulgam uma carta criticando a Confecom por, supostamente, atentar contra a “liberdade de expressão”, a Altercom fará o contraponto em nome dos empresários e empreendedores que não se alinham com o grande capital.

No terreno econômico, a associação defenderá, entre outras coisas, uma regulamentação mais justa e clara das verbas públicas de publicidade, de modo a estimular a diversidade de opiniões existente na sociedade brasileira. Além disso, procurará articular pequenos e médios empresários e empreendedores do setor para disputar também parte da verba dos anunciantes privados.

A Altercom pretende ainda abrir espaço para centenas de empreendedores individuais — a maioria deles blogueiros — que surgiram nos últimos anos no Brasil. Nomes como Luiz Carlos Azenha (Vi o Mundo), Rodrigo Vianna (Escrevinhador), Marcelo Salles (Fazendo Media), Eduardo Guimarães (Cidadania.com) e Marco Aurélio Weissheimer (RS Urgente). Blogueiros de todo o país serão convidados a participar da entidade.

Fonte: Carta Maior

Rizzolo: É de suma importância o fortalecimento de empreendedores da mídia alternativa, não é possível se falar em democracia quando temos apenas algumas famílias controlando a mídia do país. A Altercom poderá fortalecer centenas de empresadores individuais que se sentem sufocados pelo monopólio da informação. Parabéns pela iniciativa.