Evo Morales teme fuga dos narcotraficantes do Rio para Bolívia

O presidente boliviano Evo Morales, está preocupado com a possível fuga de narcotraficantes brasileiros para o seu país após a ofensiva policial às favelas do Rio de Janeiro. Para evitar que os traficantes cheguem à Bolívia, as autoridades locais reforçaram os controles na fronteira com o Brasil. A Bolívia está trabalhando em conjunto com o Brasil, que defende a cooperação de toda América Latina no combate ao tráfico.

Recentemente, comprovou-se que o Comando Vermelho, uma das facções do crime organizado do Rio de Janeiro, operava na Bolívia. E os dois países compartilham mais de três mil quilômetros de fronteira. O Brasil é o principal destino da cocaína boliviana e da droga que vem do Peru. Uma parte é comercializada no Brasil e o volume maior segue para África e Europa. Outros mercados são Argentina, Chile e Paraguai. Apenas 1% dessa cocaína segue para os Estados Unidos.

Na segunda-feira (28), os ministros da Justiça do Brasil, Luiz Paulo Barreto, e de Governo da Bolívia, Sacha Llorenti, decidiram potencializar a cooperação bilateral na luta contra o narcotráfico e a lavagem de dinheiro. Além disso, os dois países acertaram reforçar a vigilância na fronteira com sistemas modernos de controle dos aeroportos; e a Polícia Federal brasileira participará do intercâmbio de experiências, capacitação de policiais e no cruzamento de informações relativas ao narcotráfico.

De acordo com Barreto, o Brasil deseja criar um plano sul-americano de enfrentamento ao crime organizado e já se reuniu com representantes de Argentina, Uruguai e Paraguai, que se mostraram receptivos à ideia. Em dezembro, o ministro deve conversar também com autoridades do Peru.

“A melhor maneira de se combater este tipo de crime é com integração entre os países da região. A fronteira deve ser um espaço que facilite o trânsito de pessoas, que garanta o ir e vir de cidadãos, não o de drogas e armas, que deve ter seu comércio coibido de forma dura”, disse o ministro brasileiro.

Fonte: Inforel

Serra insulta outro país amigo: a Bolívia

O pré-candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra, insultou a Bolívia e seu povo ao dizer que o país exporta 90% da cocaína consumida no Brasil e que o seu “governo é cúmplice”. “Você acha que a Bolívia iria exportar 90% da cocaína consumida no Brasil sem que o governo de lá fosse cúmplice? Impossível. O governo boliviano é cúmplice disto”, disse o tucano em entrevista à Rádio Globo, na quarta-feira.

Após a agressão, Serra tentou minimizar o ocorrido alegando que fez apenas “uma análise” da situação: “Não temo um incidente diplomático. A melhor coisa diplomática para o governo da Bolívia é passar a combater ativamente a entrada da cocaína no Brasil”. Justo a Bolívia, que acolheu o ingrato em sua Embaixada na manhã do dia 1º de abril de 1964.

O candidato do PSDB já tinha provocado a ira dos argentinos depois de declarar, durante reunião na Federação das Indústrias de Minas Gerais, que o Mercosul é uma “farsa”, que o bloco “só serve para atrapalhar” e é uma “barreira para o Brasil fazer acordos comerciais”. A Argentina é o principal parceiro comercial do Brasil no Mercosul.

Como se não bastasse atacar os países amigos do Brasil na América do Sul, o pré-candidato tucano está despejando números e informações falsas. Na sabatina com os presidenciáveis promovida pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), terça-feira (25), ele disse que a taxa de investimento em São Paulo triplicou em seu governo. Foi corrigido por Gustavo Patu, da sucursal da “Folha” em Brasília: “O tucano José Serra misturou dados enganosos e de consistência duvidosa ao atacar a escassez de obras públicas no Brasil e exaltar a expansão desses investimentos durante sua gestão no governo paulista. Diferentemente do que disse, a taxa de investimentos públicos – a participação deles na economia – não chegou a triplicar em São Paulo. Passou de 0,43% para 0,97% do PIB estadual”.

No mesmo evento, José Serra disse diante dos representantes da indústria que o Brasil tem a “maior carga tributária do mundo”. O tucano excluiu alguns países desse mundo. A carga tributária no Brasil corresponde a 35,8% do PIB, (ver matéria na página 11) e está atrás de outros países como a França (46,1%), a Alemanha (40,6%), a Itália (42,6%), a Bélgica (46,8%), a Dinamarca (50%), a Áustria (43,4%), a Finlândia (43,6%), segundo a OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico) – Revenue Statistics (2009). Como pode alguém que se incensa como “experiente” e “preparado” cometer um erro primário desse?
hora do povo

Rizzolo: Essa postura de Serra no que tange aos países irmãos da América Latina é lamentável. Não podemos condenar, tampouco acusar os países vizinhos de serem coniventes com o narcotráfico. O estranho nisso tudo é a tendência ao ódio expressado por Serra aos países que compõem o Mercosul. A grande pergunta é saber como um pré candidato à presidência pretende , se eleito, conviver com os demais países da América Latina com um discurso como este. O autoritarismo esta sempre presente no bojo dos discursos de Serra, e isso podemos inferir sem ter que utilizarmos de muita observação. O destempero verbal de Serra para com a Bolívia é também revelador do despreparo do ex-governador de São Paulo para conduzir uma política externa com serenidade.

Evo Morales volta a apontar espionagem da CIA na Bolívia

LA PAZ – O presidente da Bolívia, Evo Morales, reiterou na quinta-feira que a CIA está infiltrada em seu país, um dia depois de a embaixada norte-americana negar veementemente a denúncia. Este é o mais recente de uma série de enfrentamentos entre os dois países.

Repetindo o que disse na terça-feira, Morales afirmou que a CIA (sigla em inglês para a Agência Central de Inteligência dos EUA) infiltrou um agente na petrolífera estatal YPFB, com o objetivo de fazer fracassar o processo de nacionalização do setor de hidrocarbonetos, iniciado em 2006.

“Graças a alguns policiais patriotas, detectamos uma infiltração da CIA norte-americana em nossa estrutura de Estado”, disse Morales em um evento para comemorar o 72o aniversário da criação da Academia Nacional de Polícias.

“Se algum funcionário da embaixada dos Estados Unidos disse que não há nenhuma infiltração, então me diga publicamente quem é Francisco Martínez, um mexicano que entra e sai da Bolívia”, desafiou Morales.

O presidente disse que a CIA treinou, durante vários anos, um policial boliviano chamado Rodrigo Carrasco, que trabalhou como agente norte-americano no Iraque e chegou ao posto de gerente de comercialização da YPFB.

“Fiquei surpreendido depois de fazer uma pequena investigação sobre um ex-oficial da Polícia Nacional Rodrigo Carrasco, que, menos de seis meses depois de começar a servir a polícia, recebeu 21 cursos de preparação financiados pela embaixada dos Estados Unidos”, detalhou Morales.

“Tenho certeza de que nenhum general tem 21 cursos de capacitação.”

O novo imbróglio vem cinco meses depois de Morales expulsar o embaixador norte-americano de La Paz.

“Que alguém negue que este ex-capitão da polícia não é da CIA, que não haja infiltração da CIA na estrutura do Estado, é faltar com a verdade”, acrescentou.

agência estado

Rizzolo: Imaginem se a CIA e a embaixada dos EUA iriam propiciar 21 cursos de só vez a um agente secreto. Ora, é muita ingenuidade de Morales entender que dessa forma é que CIA funciona. Se isso ocorreu, com certeza este não é o agente, aliás, esta história de “agente da CIA infiltrado” é coisa da esquerda da América Latina para justificar os problemas e criar um “ente conspirador”. Achar que um cidadão que entra e saí da Bolívia é um agente da CIA, temos então inúmeros agentes por aqui que entram e saem do Paraguai, são ” agentes sacoleiros ” risos…

Empresários bolivianos lamentam restrições dos EUA

LA PAZ – A crise financeira internacional atingirá a Bolívia em dobro, após os Estados Unidos decidirem fechar seu mercado para os têxteis e manufaturas bolivianos, em meio à crise política do país sul-americano. O governo norte-americano iniciou um processo para suspender a Bolívia do Sistema de Preferências Tarifárias (ATPDEA), sob a alegação de que o governo boliviano não colabora na luta antidrogas. “É uma lástima que a Bolívia perca o ATPDEA, justamente quando devia assegurar o maior mercado do mundo, na ante-sala de uma crise financeira de escala mundial”, disse o presidente do Instituto Boliviano de Comércio Exterior (IBCE), Ernesto Antelo, ligado ao empresariado.

Há quase três semanas o presidente Evo Morales expulsou o embaixador dos EUA, Philip Goldberg, o que piorou a relação entre os países. Morales acusou o representante norte-americano de ingerência na política boliviana. O governo dos Estados Unidos, que nega a acusação, respondeu expulsando o embaixador boliviano de Washington.

La Paz minimizou a perda, prevista para começar no fim de outubro. Segundo o ministro de Relações Exteriores, David Choquehuanca, essas preferências responderam em 2007 por apenas 17% das vendas do país aos EUA. O ministro da Fazenda, Luis Alberto Arce, afirmou que a crise no sistema financeiro dos Estados Unidos terá efeito “mínimo” sobre a economia boliviana.
Agência Estado

Rizzolo: Engraçado, a turma do socialismo bolivariano, ” pinta e borda”, pincelam o ódio em relação aos EUA de todas as formas, expulsam o embaixador americano, gritam e xingam os EUA e ainda querem receber as benesses tarifárias. Os maiores prejudicados infelizmente, são os empresários exportadores. O governo boliviano, enfrentará dificuldades em relação a nova Constituição que o presidente Evo Morales pretende levar a referendo, haverá resistência por parte do empresariado.

O índio Morales, que de índio no meu entender nada tem, está se complicando cada vez mais. Aliás, por falar em índio, a moda de ” virar índio” pegou na América Latina, no Brasil por exemplo, muitos descobriram que virar índio é um bom negócio, o problema é que para tirar fotos eles precisam se vestir de “índio”, colocar aquele bermudão, e um penacho que geralmente é comprado na Rua 25 de março, em São Paulo. O que tem de “índio” comprando pena na Rua 25 de março não é brincadeira. Nada contra se vestir de “índio”, o problema é que no frio pode-se pegar pneumonia, principalmente na Raposa Serra do Sol. Nada contra os índios de verdade, só em relação aos ” covers”. Só um pouquinho de humor judaico, vai.. (risos..)

Venezuela expulsa chefe de ONG de direitos humanos

CARACAS – O governo venezuelano expulsou na noite de quinta-feira, 18, o diretor para as Américas da Human Rights Watch (HRW), José Miguel Vivanco, horas depois da apresentação em Caracas de um relatório do grupo com críticas ao Executivo do presidente Hugo Chávez, dizendo que ele investe contra a separação de poderes, a liberdade de imprensa e o direito à organização sindical, entre outras acusações.

Segundo a BBC, o relatório apresenta um balanço dos 10 anos de gestão de Chávez no qual afirma que o governo “debilitou as instituições democráticas e as garantias de direitos humanos” neste período. O Ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Nicolas Maduro, disse que Vivanco violou a Constituição do país. O documento foi divulgado uma semana após a expulsão do embaixador dos Estados Unidos na Venezuela.

Em nota, o ministério das Relações Exteriores da Venezuela disse que o chileno José Miguel Vivanco violou a Constituição do país ao “interferir ilegalmente nos assuntos internos” do país. “Com base nos valores constitucionais de defesa da soberania nacional e da dignidade do povo venezuelano, (o governo) decidiu expulsar do território venezuelano o referido cidadão”, diz a nota. O assistente de Vicanco e co-autor do relatório, o americano Daniel Wilkinson, também foi expulso.

“É política do Estado venezuelano, apegado aos valores da mais avançada e democrática constituição que tenha tido nosso país em sua história, fazer respeitar a soberania nacional e garantir às instituições e ao povo sua defesa frente a agressões de fatores internacionais”, diz a nota venezuelana. Essas “agressões de fatores internacionais” respondem “a interesses vinculados e financiados pelas agências do Governo dos Estados Unidos da América, que após a roupagem de defensores dos Direitos Humanos, desdobram uma estratégia de agressão inaceitável para nosso povo”.

No documento, intitulado “Intolerância política e oportunidades perdidas para o progresso dos direitos humanos na Venezuela”, a organização, que tem sede em Nova York, afirma que depois do fracassado golpe de Estado contra o presidente venezuelano, em 2002, Chávez teria “tomado” as instituições do Estado. Entre as principais áreas criticadas aparecem “o controle” do governo sobre o poder judiciário, “discriminação política aos opositores”, “limitações à liberdade de expressão e ao sindicalismo”.

Uma das principais críticas apresentadas no documento afirma que na Venezuela “não há separação de poderes” e utiliza como exemplo a ampliação do número de cadeiras no Tribunal Supremo de Justiça, de 20 para 32, em uma reforma realizada em 2004. Na avaliação da HRW, esse sistema teria sido implementado para que os magistrados favoráveis ao governo alcançassem maioria. Essa mudança foi qualificada pela HRW “como a mais grave violação do estado de direito”, desde o golpe de 2002.

“Existe uma ausência de controle judicial, o que tem sido aproveitado por Chávez para aplicar políticas discriminatórias que limitam o exercício da liberdade de expressão dos jornalistas, da liberdade sindical dos trabalhadores e da capacidade da sociedade civil de promover os direitos humanos”, afirmou José Miguel Vivanco, diretor da HRW, durante a apresentação do informe, nesta quinta-feira em Caracas.

Para German Sálton, representante do Estado venezuelano na Comissão Interamericana de Direitos Humanos, o informe é “incorreto” e não contempla aspectos que, a seu ver, são “conquistas” dos 10 anos de governo. “A realidade venezuelana mostra números diferentes deste informe: o governo erradicou o analfabetismo, levou saúde à população mais pobre, garante acesso ao trabalho, isso é respeito aos direitos humanos, não violação”, afirmou Sálton. “Quando houve o golpe de Estado e o canal estatal foi tirado do ar, esta organização não emitiu nenhuma frase condenando esta violação à liberdade de expressão, nem tampouco contra o golpe”, acrescentou.

Para Saul Ortega, deputado da Comissão de Relações Exteriores da Assembléia Nacional, a divulgação do informe está relacionada com a mais recente crise diplomática entre Venezuela e EUA. Na semana passada Chávez ordenou a expulsão do embaixador norte-americano de Caracas “em apoio à Bolívia” e recebeu uma idêntica resposta por parte da Casa Branca. “Não é por acaso que depois da expulsão do embaixador norte-americano os EUA começaram a nos atacar com os dois temas centrais para desqualificar um governo: narcotráfico e direitos humanos”, afirmou Ortega à BBC Brasil. Há dois dias, o governo dos EUA incluíram a Venezuela e Bolívia na lista de países que fracassaram na luta contra o tráfico de drogas no último ano.

‘Discriminação’

No seu balanço sobre a gestão de Chávez, a HRW afirma que “a discriminação política” tem sido uma das características da atual Presidência. De acordo com o documento, houve “demissão de opositores políticos em algumas instituições estatais” e a criação de “sindicatos paralelos” aliados às políticas governamentais.

O deputado Saúl Ortega nega a existência de perseguição de trabalhadores opositores ao governo e disse que o Parlamento criou uma lei para coibir esta prática. “Há uma lei vigente que proíbe as demissões injustificadas, para, entre outras coisas, impedir este tipo de abuso de poder por motivações políticas”, afirmou. Entre outras considerações, Human Rights Watch “recomenda” ao governo o “reestabelecimento da credibilidade” do Tribunal Supremo de Justiça e a criação de um organismo autônomo que administre a freqüência de rádio e televisão.
Agência Estado

Rizzolo: O relatório do diretor para as Américas da Human Rights Watch (HRW), José Miguel Vivanco, confirma aquilo que sempre tenho dito neste Blog, e que os sonhadores do regime chavista, e de seu clone indígena Evo Morales, insistem em afirmar que nestes referidos países ” reina a democracia”. Com efeito, o relatório é preciso na aferição das funções do ponto de vista de autonomia dos institutos que norteiam o que podemos chamar de democracia. Chavez ampliou de forma manipulatória, o número de cadeiras no Tribunal Supremo de Justiça, de 20 para 32 para que com isso, os magistrados favoráveis ao governo alcançassem maioria, o que denota patente violação do Estado de Direito. Controlando o Judiciário, Chavez fica livre para a aplicabilidade das políticas discriminatórias que limitam o exercício da liberdade de expressão dos jornalistas, da liberdade sindical dos trabalhadores e da capacidade da sociedade civil de promover os direitos humanos.

Quanto as minhas críticas à ajuda do governo brasileiro à Bolívia, o cerne da questão esta na conceituação do que é uma verdadeira democracia. Vender caminhões ao exército boliviano, municiando -os com equipamentos, e ao mesmo tempo observarmos essas posturas manipulatórias do ponto de vista político, nas atitudes radicais de expulsão de entidades, embaixadores, interferindo na liberdade de expressão, entendo como não sendo proveitosa e correta. E isso podemos constatar quer no governo de Chavez ou de Morales.

Fica sim aos olhos da comunidade internacional, que o Brasil chancela tudo isso, e que participa desta visão torpe de democracia plebiscitária manipulada, o que é claro, não convém nem um pouco a nós. Mais uma vez, o “socialismo bolivariano” vem provando que gosta mesmo da democracia apenas quando possui o total controle, e quando não o tem, culpa o imperialismo, expulsa embaixadores e põe para fora as instituições não alinhadas. Mas parece que aqui no Brasil a resposta da esquerda é o silêncio, e a satisfação no suprimento de caminhões ao socorro dessa nova “democracia” que se instala na América Latina. E que o Human Rights, em seu documento intitulado “Intolerância política e oportunidades perdidas para o progresso dos direitos humanos na Venezuela” parece já ter identificado sua exegêse. Depois vem os esquerdistas dizer: ” Olha aí esse Rizzolo imperialista defendendo a Quarta Frota ” ! Como democrata vou defender o que? As manobras Russas com Chavez no Caribe ? Ora, faça-me o favor , não é ?

Obs. Leitores, agora temos um domínio próprio: http://www.blogdorizzolo.com.br

Lula sobre expulsão do embaixador: “O Evo está correto”

Nem pensar em ingerência brasileira na Bolívia; muito menos tropas”, disse Lula. Mas o Brasil vai auxiliar com a venda de caminhões e ônibus ao Exército Boliviano e com ajuda da Polícia Federal na fronteira. O presidente pediu aos ministros da Justiça, Tarso Genro, e da Defesa, Nelson Jobim, para entrar em contato com autoridades bolivianas a fim de tratar dessa colaboração. Na entrevista, Lula criticou a interferência de embaixadas dos EUA em assuntos internos de países da América do Sul em diversos momentos da história do continente, ao comentar a decisão de Evo Morales de expulsar da Bolívia o embaixador norte-americano.

Lula gravou a entrevista durante a manhã, nos jardins do Palácio da Alvorada. A íntegra da entrevista será exibida hoje, na estréia do programa 3 a 1, às 22h, na TV Brasil. O programa é apresentado pelo jornalista Luis Carlos Azedo e vai ao ar todas as quartas-feiras. Também participam da entrevista de hoje a diretora de jornalismo da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Helena Chagas, e o jornalista convidado Cristiano Romero, do jornal Valor Econômico. Muitas das perguntas foram coletadas nas ruas, feitas por telespectadores de várias capitais brasileiras.

A entrevista com o presidente Lula é a primeira de uma série com ex-presidentes e outras personalidades. Estão sendo convidados Fernando Henrique Cardoso, Itamar Franco, Fernando Collor e José Sarney. O entrevistado do 3 a 1 da semana que vem será o cineasta Bruno Barreto, que teve o filme Última Parada 174, indicado para concorrer ao Oscar de filme estrangeiro.

A seguir, o trecho da entrevista sobre a questão boliviana:

TV Brasil: A crise boliviana está exigindo uma mobilização dos países sul-americanos. O senhor vai realmente mandar o Ministério da Defesa, ajuda logística e tropas para o Evo Morales fazer frente aos grupos armados que estão tumultuando o país?
Luiz Inácio Lula da Silva: Nem pensar em ingerência brasileira na Bolívia; muito menos tropas. Ou seja, o que nós acertamos com o Evo Morales e foi uma coisa extremamente importante porque foi a primeira grande decisão da União Sul Americana de Nações, uma decisão na minha opinião histórica em que a gente baliza aquilo que a gente entende que deva ser a relação dos vizinhos com a Bolívia, na expectativa de que o povo boliviano, através de seu governo e de sua oposição, acate as orientações e a gente possa voltar à normalidade na Bolívia. O que é muito importante para os países vizinhos e para a Bolívia, que só vai se desenvolver se estiver em paz.

TV Brasil: Mas qual a ajuda brasileira para a Bolívia?

Lula: Qual a ajuda? Veja, o Evo Morales pediu para a gente ver se pode vender caminhões para as tropas dele. Nós vamos tratar de ver se a indústria automobilística brasileira pode produzir, e com uma certa rapidez, alguns caminhões para a Bolívia. E ele pediu também, e o ministro Tarso Genro disse que a polícia já estava lá; pedir para o Tarso ligar para o ministro da Justiça do Evo Morales para tentar estabelecer uma ação conjunta da Polícia Federal na fronteira para evitar trânsito de pessoas, de gente com armas, evitar contrabando, evitar o narcotráfico. E, ao mesmo tempo, vou pedir para o Jobim também falar com o ministro da Defesa da Bolívia para ver essa coisa da ajuda com caminhões, ônibus, que eles estão precisando também.

Ou seja, no fundo, no fundo, o Brasil precisa fazer um esforço muito grande porque nós temos mais de 3 mil quilômetros de fronteira com a Bolívia e nós queremos que ela esteja em paz porque em paz ela vai crescer; em guerra não.

TV Brasil: Esse tipo de ajuda não pode ser encarado como uma interferência do Brasil em assuntos de um país vizinho?

Lula: Não pode. Se fosse assim, você não poderia vender nada para ninguém. Nós estamos fazendo uma relação comercial, o Evo estava na reunião e depois que eu ouvi alguns discursos de alguns presidentes, quando chegou minha vez de falar, eu falei à presidenta do Chile: “Eu, ao invés de falar, eu queria perguntar ao Evo Morales o que ele acha que nós precisamos falar para ajudá-lo, ele é quem tem que dizer”.

TV Brasil: O Evo Morales acusa o governo dos Estados Unidos de interferir na vida interna na Bolívia, de estimular essa rebelião em Santa Cruz e em outras províncias da região. O Brasil tem boas relações com os Estados Unidos, o senhor inclusive tem excelente relação com o presidente Bush; o senhor chegou a conversar com as autoridades americanas ou com o Bush sobre esse problema na Bolívia?

Lula: Eu conversei várias vezes com o Bush, até a pedido do Evo Morales para que os Estados Unidos aprovassem rapidamente as tarifas especiais para determinados produtos bolivianos e está para ser aprovada agora, mas como houve essa expulsão do embaixador; eu penso que agora essas coisas podem ficar paralisadas. Se for verdade que o embaixador dos Estados Unidos fazia reunião com a oposição do Evo Morales, o Evo está correto de mandá-lo embora. O papel de embaixador não é fazer política dentro do país, não. Ele está como representante do seu país, numa relação de Estado com Estado, ele representa o Estado.

Aqui no Brasil, uma vez, uma embaixadora americana, em um jornal brasileiro, respondeu uma crítica que eu tinha feito ao Bush: eu mandei o Celso Amorim chamá-la e dizer que não era admissível ela dar palpite sobre a entrevista do presidente da República. E também não é de hoje, é famosa a interferência das embaixadas americanas em vários momentos da história do continente americano. Então, eu acho que houve um incidente diplomático, se o embaixador estava tendo ingerência na política lá, o Evo está correto.

TV Brasil: O senhor acha que ainda existe risco de uma divisão na Bolívia ou essa reunião da Unasul estancou completamente essa possibilidade?

Lula: Peço a Deus que tenha estancado, peço a Deus que todo mundo compreenda o que é melhor para a Bolívia. Nem sempre a decisão de uma multilateral, de uma instância como a Unasul e tantas outras da ONU são tomadas e as pessoas não cumprem. Nesse caso, nós esperamos que cumpra, porque eu acho que as pessoas estão percebendo que nós estamos bem-intencionados com a Bolívia. Todo mundo quer ajudar a Bolívia, agora é preciso que a Bolívia queira ser ajudada.
Site do PC do B

Rizzolo: Começa que essa notícia do site de esquerda está meio tendenciosa. Quando Lula afirma que, se porventura o embaixador estivesse interferindo na política interna Boliviana teria sim Morales justificativa para a expulsão. Nada de ” Evo está correto “. Estaria correto se houvesse provas. Mas esse pessoal não tem provas de absolutamente nada, é discurso sobre os fatos sem provas, é a vontade incontrolável de redigir a dialética anti americana, a velha teoria conspiratória. Vou mais longe, todo mundo sabe que essa história de União Sul Americana de Nações, essa “entidade”, foi inspirada para ser um ” front” contra os EUA, foi com certeza uma manobra sob os auspícios do chavismo, para conglomerar toda a esquerda da América Latina para que de forma uníssona, fizessem uma oposição aos EUA a potência militar democrática, agora, em relação as manobras da Rússia, ao Irã, a China, o silêncio é total. Isso eles nem comentam. Imaginem !

Agora essa ajuda do governo brasileiro à Bolívia, entendo não apropriada, venda de caminhões, e municiar o exército boliviano é ajuda sim, essa ” relação comercial momentânea” é ajudar sim um País que sem prova alguma expulsa um diplomata americano, baseado apenas nos chavões anti americanos, aquela coisa antiga de ” american go home “, faz me o favor. E mais, entendo nada política a atitude de Lula ao afirmar que certa ocasião ” tirou satisfações do governo americano, via embaixada, sobre uma observação de uma embaixadora americana”. Para que estas afirmações? Para agradar a esquerda latino americana? Nada político, ruim para o Brasil, uma contramão na forma de enxergar o que realmente ocorre. Não devemos tomar partido de absolutamente nada, não nos cabe interferirmos, afinal se o governo brasileiro não aceita nem simples opiniões de embaixadores não faz sentido interferir na soberania de outros países. Ah! Mas o chavismo cobra, viu ! O presidente já voltou outro. Voltou ou não voltou ? Aí com certeza a esquerda vai dizer. Ah! Mas esse judeu aí defende os EUA, esta aí a mando sei lá de quem… Estou a mando da minha consciência, amor ao Brasil e à democracia, esse caminho entendo como errado, falem o que quiser, tenho meu ponto de vista e ninguém é compilado a entrar neste Blog.

Obs. Leitor agora temos o próprio domínio: http://www.blogdorizzolo.com.br

Brasil quer que texto da Unasul não cite EUA, diz jornal

LA PAZ – O jornal chileno El Mercúrio publicou uma reportagem nesta segunda-feira, 15, na qual afirma que o governo brasileiro está defendendo cautela na reunião da União Sul-americana de Nações (Unasul) sobre situação na Bolívia. O encontro na capital chilena, Santiago, reúne nesta segunda vários líderes regionais para buscar uma saída para a crise política boliviana.

Segundo o jornal, o chanceler chileno, Alejandro Foxley, teria conversado com o seu homólogo brasileiro, Celso Amorim – que se recupera de uma cirurgia. Amorim teria pedido que a declaração final do encontro fosse “neutra e cuidadosa”.

O chanceler brasileiro teria afirmado que no rascunho da declaração, que está sendo elaborado pelo governo do Chile, não deveria constar qualquer alusão ao conflito entre a Bolívia, Venezuela e Estados Unidos. “Conselhos que teriam sido acolhidos pela chancelaria chilena durante a elaboração do rascunho”, escreveu o jornal.

Visões conflitantes

A influência ou não dos EUA na crise boliviana deve ser um dos temas mais polêmicos do encontro no Chile. Enquanto o Brasil defende uma postura neutra em relação ao possível papel americano, a própria Bolívia e a Venezuela culpam, ao menos em parte, os americanos pela atual crise.

Na quinta-feira os governos da Bolívia e Venezuela expulsaram os embaixadores norte-americanos de seus países. Ao chegar a Santiago de Chile, na tarde desta segunda-feira, Chávez voltou a acusar os EUA de terem participação na crise boliviana.

“Na Bolívia há uma conspiração dirigida pelo império norte-americano para derrocar a Evo Morales”. Outro ponto delicado no debate deve ser sobre o papel dos países vizinhos no conflito interno da Bolívia. No domingo, Chávez voltou a dizer que não ficará “de braços cruzados” diante de um golpe de Estado na Bolívia e advertiu que poderia ajudar a uma “insurreição armada” para “restabelecer o governo de Morales.”

Já no Chile, ele disse que os países da Unasul devem tomar uma decisão para “defender a democracia e a paz na Bolívia”. Essa posição também vai de encontro à posição brasileira, que é de não ingerência nos assuntos internos de outras nações.

Além da anfitriã Bachelet, participarão do encontro nove presidentes da região, entre eles Lula, Cristina Kirchner(Argentina), Hugo Chávez (Venezuela), Álvaro Uribe (Colômbia) e Rafael Correa (Equador). O presidente da Bolívia, Evo Morales, também confirmou sua presença.

BBC/ Agência Estado

Rizzolo: Evidentemente essa reunião da União Sul-americana de Nações (Unasul) vai servir de palco para Evo Morales , Hugo Chavez, e Correa todos munidos com o antigo discurso anti imperialismo, do qual o Brasil faz por bem não participar e não chancelar essa política de afago às esquerdas da América Latina. Com muita propriedade e cautela, o governo brasileiro se antecipou e de certa forma deu o “tom” da reunião. Essa “conversa mole” de dizer como uma matraca que os EUA conspiram contra os países de governo de esquerda, é algo que só sensibiliza os incautos, os ingênuos que ainda acreditam na teoria conspiratória. Agora é como eu sempre digo, essa Unasul já foi constituída para ” malhar os EUA”, não venham me dizer que ela tem sim ” espírito nobre ” qual nada, foi sim elaborada para ser uma frente anti americana, e por tal bem faz o governo Lula de sair pela tangente, aliás Lula já deve estar cansado dessa turma, só não tem coragem de falar. Nesse ponto entendo ele, viu !! Essa “Coisa latino americana esquerdista grudenta” deve ser duro de aguentar.

Expulso, embaixador dos EUA fala em ‘conseqüências’

LA PAZ – O embaixador dos Estados Unidos na Bolívia, Philip Goldberg, disse hoje que a decisão do presidente Evo Morales de expulsá-lo teria “sérias conseqüências”. Segundo comunicado divulgado pela embaixada dos EUA em La Paz pouco antes da partida de Goldberg, aparentemente o governo boliviano “não avaliou corretamente” os possíveis desdobramentos do ato.

Evo acusou o diplomata de conspirar e promover a divisão boliviana. O funcionário e o governo norte-americano negam qualquer ação nesse sentido.

Goldberg mencionou o problema do comércio de cocaína na Bolívia. Segundo eles, esse é um problema possível de combater em conjunto. “Mas sem cooperação, nós fracassaremos.”

A Bolívia é o terceiro maior produtor de cocaína no mundo, atrás de Colômbia e Peru. Washington destina US$ 100 milhões anuais à Bolívia para a erradicação de cultivos de coca e fábricas de refino da droga.

Em retaliação ao ato de Evo, os EUA também expulsaram o embaixador boliviano. Além disso, o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, também expulsou o embaixador dos EUA, em solidariedade ao colega sul-americano. Também Honduras adiou o recebimento das credenciais de um novo embaixador americano, e o presidente da Nicarágua, Daniel Ortega, descartou ir a um evento no qual estaria o presidente dos EUA, George W. Bush. As informações são da Dow Jones.

Agência Estado

Rizzolo: Uma atitude deste tipo, de expulsão sem um motivo claro, concreto e óbvio, na leva a pensar que algo muito além da questão política em relação ao governo existe. Com efeito, Washington destina US$ 100 milhões anuais à Bolívia para a erradicação de cultivos de coca e fábricas de refino da droga. Esse tipo de operação dos EUA desagrada a muitos, que de certa forma, apóiam o governo de Evo Morales. Nada justifica uma atitude de expulsão, quer da Bolívia ou da Venezuela; se analisarmos os envolvimentos de forma velada desses países com as Farc, poderemos fazer uma análise até que ponto questões que não se referem à situação política real da Bolívia precipitaram essa absurda postura de expulsão. E a esquerda brasileira, qual a posição a respeito disso? Silêncio, apenas um profundo silêncio, afinal estamos falando de Evo Morales e Chavez os guardiões do ” socialismo bolivariano”. Bom mesmo é o presidente Lula ficar longe desta turma.

Lula diz que reunião deve respeitar interesses da Bolívia

PETRÓPOLIS – Em sua primeira manifestação pública sobre os conflitos na Bolívia, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarou que aceita ir à reunião dos presidentes amigos da Bolívia, no Chile, mas ressalvou que este encontro será inócuo se ele não for feito com a concordância do governo e da oposição daquele país, que são os principais interessados e estão se enfrentando. “Nós não temos o direito de tomar nenhuma decisão, sem que haja concordância do governo boliviano e da oposição. São eles que têm de nos dar o paradigma da nossa participação, porque, senão, será ingerência de um país, na soberania de outro e isso o Brasil não fará em hipótese alguma”, afirmou Lula, após inaugurar o Centro de Ensino Tecnológico (Cefet) de Petrópolis (RJ).

Lula salientou que, desde quinta-feira tem conversado com os presidentes Evo Morales, da Bolívia, Cristina Kirchner, da Argentina, Hugo Chávez, da Venezuela, e Michelle Bachelet, do Chile, com quem ia falar novamente para discutir sobre esta reunião dos presidentes dos países amigos da Bolívia. O presidente Lula avisou que, se tiver a reunião no Chile, comparecerá, mas reiterou que é importante que todos os presidentes tenham em mente que a Bolívia precisa dizer se quer a interferência dos países.

“Nós vamos reunir um conjunto de presidentes, pra que? Nós não podemos tomar decisão pela Bolívia. É preciso que a Bolívia nos dê os parâmetros. Nós vamos nos reunir para decidir alguma coisa, desde que esta coisa interesse à Bolívia. Por isso a gente precisa saber o que a Bolívia deseja que a gente faça.”

Lula fez ainda um apelo a todos os setores da Bolívia para que se entendam. “A melhor solução para resolver um conflito é a negociação por isso eu queria fazer um apelo ao povo boliviano, aos empresários, aos trabalhadores, ao governo e à oposição, que permitam que a Bolívia encontre o seu próprio destino, fortalecendo a sua democracia, suas instituições, e se desenvolvendo porque a Bolívia precisa disso”, comentou o presidente.

“Se sentem em torno de uma mesa e vão perceber que é muito mais fácil encontrar uma solução negociada do que permitir que o povo fique se enfrentando nas ruas”, prosseguiu Lula citando que já há mais de dez mortos. E emendou: “Eu apelo aos meus amigos bolivianos, pelo amor de Deus, se com paz já é difícil a gente desenvolver e crescer, com conflito é muito pior.”

Crítica

Ao mesmo tempo em que chama todos para o diálogo, Lula criticou a oposição boliviana, que disse estar prejudicando o maior bem do país: a produção de gás. “Entendo que a oposição precisa fazer as manifestações que quiserem fazer. Mas, não é possível aceitar a violência, não é possível aceitar práticas de quebrar o gasoduto, prejudicando os seus parceiros como Brasil e Argentina”, desabafou.

“O que eu acho é que é um equívoco tremendo (os ataques aos gasodutos) porque é uma das grandes fontes de riqueza da Bolívia e, portanto, a Bolívia precisa vender o gás para melhorar a vida do seu povo”. Lula reiterou que Evo Morales foi eleito democraticamente pelo povo e referendado recentemente. “A oposição tem direito de fazer oposição, mas tudo tem limite, porque se extrapolar o limite, todo mundo perde”.

O presidente Lula advertiu que os contratos de fornecimento de gás precisam ser respeitados e que entende que Morales está mandando o Exército garantir o funcionamento das usinas. “Temos contratos, que precisam ser respeitados e eu já ouvi pronunciamentos do presidente Evo dizendo que colocou o Exército lá porque não vai permitir que o patrimônio público seja danificado”, disse. Para Lula, “não é prudente destruir o pouco que você tem que permite desenvolver o país, você danificar o seu patrimônio”.

Agência Estado

Rizzolo: Lula está coberto de razão, o maior interessado é o governo Boliviano. Ora, se não há de forma expressa a intenção deste governo, em reunir todos os países membros no sentido de avançar no diálogo com a oposição, se reunir para que? Tenho observado sempre que a postura do presidente Lula em questões de política externa, quando não possuem conteúdo ideológico partidário, geralmente são muito boas, haja vista quando surgiu a crise em relação à estatizações por parte de Morales. O que existe no governo Lula é claro, os petistas do mal estão sempre tentando atrapalhar a gestão, vez que as propostas estão sempre recheadas de conteúdo ideológico; já os petistas do bem lutam internamente para dar coerência ao partido, às posturas de Lula. O melhor para Lula, como sempre digo, é distância destes petistas do mal. Quem são? Um dia lhes direi.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu que vai participar na segunda-feira, 15, da reunião emergencial da União das Nações Sul-Americanas (Unasul), convocada pela presidente do Chile, Michelle Bachelet, para discutir a situação na Bolívia. A decisão do presidente foi comunicada por assessores do Palácio do Planalto aos demais países que integram o grupo. Só acho que os abraços e afagos a Chavez devem ser comedidos, manter distância deste cidadão é bom para o Brasil e aos brasileiros, o problema é que Chavez é grudendo e cobra ” coisas”..

Hugo Chávez expulsa embaixador americano da Venezuela

CARACAS – O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, deu 72 horas para o embaixador americano em Caracas deixar o país, em um ato que disse ser em solidariedade ao governo da Bolívia, cujo representante foi expulso de Washington nesta quinta-feira, 11. “Já basta de tanta merda de vocês, ianques de merda”, declarou o líder venezuelano, em um ato político no Estado de Carabobo.

“Na Venezuela, os povos do mundo têm um país solidário. Há milhões de nós dispostos a lutar pela Bolívia”, continuou. Mais cedo, Chávez disse que se presidente boliviano, Evo Morales, fosse “derrubado” ou “morto” durante os protestos da oposição que agitam a Bolívia, haveria “sinal verde para apoiar qualquer movimento armado” no país.

O líder venezuelano destacou que seu governo “quer a paz”, mas está disposto a “exigir respeito” para os governos e líderes legítimos da América Latina. Na quarta-feira, Evo pediu a expulsão do embaixador americano em La Paz, Philip Goldberg, acusando-o de incentivar o separatismo em seu país.

Nesta quinta, Washington respondeu que a medida foi um “erro grave”, e também expulsou o representante boliviano do país.

A Bolívia vive nesta quinta o terceiro dia consecutivo de violência em várias regiões do país, todas controladas por opositores autonomistas que exigem a restituição de um imposto sobre o gás e o petróleo que antes era repassado para os governos dos departamentos bolivianos e são contra a nova proposta constitucional do governo.

Até agora, o Exército boliviano não interveio na crise, mas Evo alertou que sua “paciência tem limite.”

Agência Estado

Rizzolo:Bem agora eu pergunto: Até quando a esquerda brasileira, muito bem representada no governo do presidente Lula, pode continuar apoiando Chavez nos seus destemperos? Como o Brasil pode se igualar a esse tipo de conduta política marginal, ao embarcar nas propostas de Chavez, no falso conceito de ” solidariedade latino americana “. O Brasil precisa se diferenciar destas posturas, não podemos compactuar e chancelar essa violência ideológica gratuita contra os EUA. Observem o nível de discussão política argumentativa de Chavez para legitimar a expulsão do embaixador. Observem também o silêncio da esquerda, com certeza no fundo estão aplaudindo esse teatro de baixo nível do “socialismo do século 21″. Eu conheço a Venezuela, estive nas favelas de lá, sei que o povo não aprova isso. Ah! Mas o Rizzolo é mal agradecido, foi para lá de graça, a convite e ainda reclama, malha.

Fui, agradeci o convite, tive a oportunidade de conhecer ministros do governo Chavez, apoiei até certo ponto. Mas soube ter bom senso e parar, tive dignidade e reconheci que o caminho estava errado, e acertei, está aí a prova. Pior são aqueles que nunca foram, se consideram da esquerda, e apóiam o que nem sequer conhecem. Terão que pagar a passagem, para reconhecerem que estão errados, porque uma coisa Chavez sabe fazer, não gasta vela boa com defuntos ruins. – obs. o pessoal da esquerda deve estar falando ” que judeu pretencioso, hein ! “…(risos..)

Governo Morales diz que Bolívia está no limite de um golpe de Estado

O Governo de Evo Morales advertiu hoje que a Bolívia está no “limite de um verdadeiro golpe de Estado contra a ordem constitucional” para derrubá-lo, e atribuiu o plano aos governadores regionais opositores de regiões autonomista.

O ministro da Presidência, Juan Ramón Quintana, se referiu ao suposto complô em declarações realizadas à rádio estatal “Patria Nueva”, na cidade de amazônica de Trinidad, no departamento de Beni.

Quintana, o braço direito de Morales no Governo, disse que esta ação está sendo gerida “ao típico estilo das ditaduras que antecederam a recuperação da democracia em 1982”.

Segundo o ministro, a ação dos chefes regionais é um ato “de sedição, de desacato e organização de forças ilegais, paramilitares para atentar contra todas as liberdades públicas”.

A denúncia de Quintana ocorre a quatro dias do referendo que será realizado no próximo domingo para que os cidadãos se pronunciem sobre a revogação ou continuidade dos mandatos de Morales, seu vice-presidente e oito governadores regionais do país.

Morales, em um ato em Cochabamba para celebrar o aniversário das Forças Armadas, lamentou hoje que alguns grupos “faltem o respeito ao povo boliviano e apliquem uma espécie de ditadura civil, atentando contra a democracia”.

Segundo o presidente, na Bolívia, as ditaduras dos anos 60 e 70 foram substituídas pela ação de grupos que “tomam aeroportos, tomam cortes departamentais eleitorais e baleiam carros de ministros”.

Nos últimos dias, se intensificaram em diversos pontos do país os protestos contra Morales e seu Governo, como o caso da região de Tarija na terça-feira passada, onde uma manifestação de opositores provocou a suspensão da visita dos presidentes da Argentina, Cristina Fernández de Kirchner, e da Venezuela, Hugo Chávez.

Folha online

Rizzolo: Morales não é o tipo de sujeito que gosta de oposição. Bem ao estilo chavista, só gosta da democracia quando esta ganhando ou quando tem o poder nas mãos. As alegações de golpe por parte dos opositores, são superficiais, evidentemente a oposição vê com certa desconfiança e não aprovação dos governos populistas de Chavez, Kirchner, e principalmente o dele. Morales como Chavez, vê o desprestígio tomar conta do seu governo e ataca grupos da oposição de golpe. É o velho discurso de sempre, daqui a pouco começará a culpar os EUA.

Contra fatos, não há argumentos

A intenção do Brasil de investir até U$ 1 bilhão na Bolívia, em acordos celebrados entre os dois países, vem de encontro a uma política honesta de integração entre os demais membros da América Latina. Na verdade, existe uma ressaca das diretrizes neoliberais que foram implementadas durante muitos anos nesses países, patrocinadas pelos governos dos EUA. Nada existe de mágico, ou de conspiratório, como muitos alegam a solidariedade latina ao povo Boliviano, e ao governo de Evo Morales, por conseqüencia. Se tomarmos como exemplo a Bolívia, em 1996, os 20% mais ricos ficavam com 56% da renda nacional; em 2001, ficavam com 58%. Nas mesmas datas a porção da renda destinada aos 20 % mais pobres caiu de 4,2% para somente 3,2 %.

Com todas as diferenças, que são significativas, Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Equador, Nicarágua, Uruguai e Venezuela tomam rumos que os distanciam das diretrizes norte-americanas e criam vínculos de integração, de relações comerciais, energéticos, e financeiros como o Banco do Sul. O que ocorreu na Bolívia, foi que a imensa população indígena sempre fora esquecida, discriminada, viviam numa exclusão social e política imensurável; o que Evo Morales trouxe ao povo boliviano, foi a auto estima, e a interpretação real de que as riquezas minerais, os hidrocarbonetos, riqueza esta existente na terra boliviana, pertence aos bolivianos. Ora, num país paupérrimo, onde a exploração das riquezas sempre foram feitas e costuradas nas relações sombrias entre a elite e o capital internacional, nada mais natural, que, ao ressurgir com força a democracia participativa, os povos indígenas encontrassem o direito justo e nobre de serem os protagonistas dos desígnios de seu país e de suas riquezas. Costumo dizer que antes tudo ia bem, mas esqueceram os neoliberais do mais importante, da maioria indígena, e este foi o grande erro.

Muito embora a direita raivosa brasileira, que fala muito, mas absolutamente sem base, sem conhecimento, sem dados, abomine a idéia de uma integração entre os países latino americanos, ela caminha com vigor, da direção da inclusão das 230 milhões de pessoas que vivem na linha da pobreza. Os enfrentamentos com as elites quer no Brasil, como nos demais países acontecerão, mas numa visão otimista, faltará, como sempre, na contra argumentação destes separatistas, a cultura, o estudo, o aprofundamento, e o senso crítico discernitivo, e isso a direita no Brasil não tem, haja vista, os blogs de direita financiados pela elite, desprovidos de conteúdo argumentativo, de dados, confusos , aproximando-os mais a um formato das revistas “Caras” e “Quem”. E aqui, não estou acusando ninguem, contudo, contra fatos , não há argumentos, como se diz em bom Direito.

Fernando Rizzolo

Publicado em Política. Tags: , , . Leave a Comment »

“Não vai faltar nem gás nem energia”

Lula: “vamos garantir toda a energia que for necessária”

Presidente repeliu aqueles que alardeiam uma suposta crise energética e disse que “estamos investindo muito na produção de energia”

O presidente Lula repeliu na quarta-feira, em discurso na cerimônia de abertura do 5º Encontro Nacional do Programa de Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e Gás Natural – Prominp, as previsões dos apologistas da crise no setor energético. “Este país hoje está sólido e não vai ter crise energética nenhuma”. “As indústrias podem crescer que nós garantimos toda a energia que for necessária”, frisou.

Sobre a “iminência da suposta crise”, alardeada diariamente por parte da mídia, ávida por atingir seu governo, Lula respondeu que “não falta, na verdade, é gente para botar defeito, o que não falta é gente para dizer: ‘não vai dar certo’”. “Mas podem ficar tranquilos, não vai faltar gás e nem energia neste país”, reafirmou.

GÁS

Sobre o fornecimento de gás para as distribuidoras do Rio de Janeiro e São Paulo, reduzidas na semana passada, Lula ironizou os alarmistas de plantão: “Aconteceu um probleminha de gás no Rio de Janeiro: ‘Ah, acabou a energia do mundo’”. “Não acabou, não. Este país já tem energia garantida até 2012”. “Vamos descobrir os gases que precisamos descobrir ou vamos comprar o gás que precisar comprar”, enfatizou.

Lula falou sobre a viagem à Bolívia do presidente da Petrobrás, Sérgio Gabrielli, para discutir a ampliação do fornecimento de gás para o Brasil. Ele mostrou também outras iniciativas do governo para garantir a energia que será “mais do que suficiente para o desenvolvimento do país”. “Estamos investindo muito na produção de energia. Estamos construindo Madeira. Estamos discutindo o projeto do gasoduto com a Venezuela”. “Estamos fazendo aquilo que precisa ser feito para garantir que o Brasil tenha tranqüilidade energética num futuro, eu diria, bastante longo”.

Reforçando as palavras do presidente da República, Sérgio Gabrielli, de volta da viagem à Bolívia onde acertou com as autoridades locais a ampliação dos investimentos na produção de gás, disse que a Petrobrás “não deixou e não vai vai deixar de fornecer o gás necessário para o país”. “A Petrobrás em nenhum momento deixou de abastecer as distribuidoras nos níveis contratuais”, declarou (ver matéria ampliada na página 2). A estatal vinha fornecendo gás para as distribuidoras numa quantidade acima do contratado. No momento em que foi necessário ampliar a produção das usinas termoelétricas, a Petrobrás reduziu o fornecimento, mas sempre mantendo uma quantidade de gás acima do contratado com as distribuidoras.

O presidente Lula convocou os empresários a ampliarem os seus investimentos e criticou os que só criticam sem “nada contribuir” para o desenvolvimento. “Parece que introjetaram na nossa cabeça uma doutrina de que é pecado confiarmos em nós, acreditarmos em nós”, destacou. “Os descrentes pareciam ser maioria no Brasil, porque houve um período no Brasil que, não sei porque cargas d’água, desde o final dos anos 80 começou um processo de se desacreditar no Brasil”. “Eu não acredito que seja possível, nenhum clube de futebol, nenhuma associação de bairro e muito menos um país ir para a frente se as pessoas daquele país não acreditam em si próprias”, disse.

“Ainda em 2002, quando falávamos da necessidade de revitalizar as indústrias brasileiras, sobretudo a indústria naval e a indústria de petróleo, com a construção de plataformas aqui, nós fomos achincalhados”, lembrou. “Hoje eu estou vendo a economia brasileira consolidada, a indústria brasileira se consolidando, se fortalecendo. É por isso que nós estamos hoje, eu pelo menos, com muita alegria, alguns com tristeza, porque eles torcem para que as coisas dêem errado”, ressaltou.

Ele aproveitou para rebater os que defendem que a Petrobrás deva pensar apenas nos lucros. “Se imaginarmos apenas o lucro entre a Petrobrás e outra empresa de petróleo do porte da Petrobrás, que pode comprar uma plataforma, em algum país, algumas centenas de dólares mais barata que a que nós fazemos aqui, se pensar assim, estaremos matematicamente pensando certo e politicamente pensando equivocadamente”, disse. “Temos que ver que a recuperação da indústria brasileira, para a indústria do petróleo, significa uma distribuição de riqueza a que a gente estava desacostumado, significa geração de milhares de empregos”, frisou.

“A Petrobrás”, disse Lula, “já poderia ter se transformado numa das maiores ou na maior empresa de petróleo do mundo. Ela não se transformou e não aproveitou outras décadas porque os seus dirigentes possivelmente pensaram pequeno”.

“A Petrobrás agora está descobrindo que ela pode competir, ela está descobrindo que os trabalhadores brasileiros podem produzir, até porque ninguém melhor do que a Petrobrás pode descobrir isso pela qualidade de excelência que é a sua mão-de-obra”.

DESCRENÇA

Continuando a crítica aos propagandistas do caos e do apagão, Lula disse que “não há espaço neste país para descrença”. “O Brasil vai muito bem. O Brasil não estaria nessa situação se não fosse bem gerenciado”, argumentou o presidente. “Este país não exportava porque asfixiava o mercado interno. Não crescia o mercado interno porque asfixiava as exportações. Hoje, tudo isso nós desmentimos. Pode crescer o mercado interno e pode crescer o mercado externo”, avaliou.

“Imagine”, disse Lula, “algum tempo atrás, se tivesse havido a crise imobiliária que teve nos Estados Unidos, quantas vezes o ministro da Fazenda e o ministro do Planejamento já teriam viajado para Nova Iorque ou para Washington para pedir dinheiro para o FMI?”.

Hora do Povo

Rizzolo: Uma das características da diplomacia brasileira no atual governo foi, sem dúvida, não ter dado “ouvidos” aqueles que queriam “medidas duras” contra Evo Morales quando da nacionalização dos hidrocarbonetos, em maio de 2006. Quantas bravatas foram proferidas, por aqueles que na ânsia de amaldiçoar as medidas protecionistas e justas em nome da soberania do povo boliviano, apregoavam que Lula deveria se indispor e ser “duro”. Ora, todos sabemos que não há como desrespeitar decisões de países vizinhos, e a via diplomática é a melhor opção. Não resta dúvida, que a crise energética, esta sendo exagerada, e justamente pela boa diplomacia, é que estamos reativando os investimentos na Bolívia, no sentido de nos precavermos em termo de energia no futuro. O que mais falta, na elite brasileira, é inteligência política emocional, o resto é besteira.

Publicado em Política. Tags: . Leave a Comment »

Lula nega risco, mas articula “flerte” com a Bolívia para evitar falta de gás

Depois do racionamento temporário na distribuição de gás nas cidades do Rio de Janeiro e São Paulo na semana passada para garantir a não interrupção da produção de energia em usinas termoelétricas, a Petrobras e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva apelaram para a Bolívia para tentar evitar novos cortes e também a falta do combustível no Brasil.

Em entrevista coletiva no Palácio do Planalto, Lula admitiu que o país não tem condições de atender à demanda com a produção interna e agendou dois encontros com o presidente boliviano Evo Morales para tentar solucionar o problema e fechar acordos para incentivar o processo de industrialização do gás boliviano. A primeira reunião entre os dois presidentes está agendada para acontecer no Chile, sexta ou sábado desta semana, durante a 17ª Cúpula Ibero-Americana.

O presidente brasileiro pretende ainda viajar para a Bolívia no dia 12 de dezembro com uma comitiva de empresários. Lula telefonou para Morales nesta segunda. O presidente da Petrobras, Sérgio Gabrielli, já viajou para a Bolívia para tratar do assunto. Há a possibilidade de a Petrobras ampliar os investimentos no país vizinho, que foram afetados depois que Morales decretou a nacionalização do gás boliviano.

Apesar da aparente preocupação com a falta de gás, Lula descartou a possibilidade de desabastecimento.

“Não corre risco [de desabastecimento]. Obviamente temos que ter prioridade para alguma coisa. À medida que o Brasil não tem gás dentro de seu território, nós temos de importar. O Brasil vai ter que garantir o funcionamento das termelétricas para produzir energia para sociedade brasileira”, disse.

“Eu marquei com Evo Morales uma viagem no dia 12 e vai acontecer aquilo que nós queremos que aconteça. Que o Brasil fique tranqüilo em sua relação com a Bolívia, e a Bolívia fique tranqüila com o Brasil”, afirmou o presidente.

Lula lembrou ainda que o país negocia a construção de um gasoduto com a Venezuela para buscar medidas de abastecimento a longo prazo.

“Ninguém colocou um tamborzinho de gás no seu carro porque quis. Houve um incentivo para que se fizesse aquilo. Portanto, para as pessoas que já têm, nós vamos garantir a tranqüilidade. Vamos ter que trabalhar para importar mais gás. É preciso encontrar navios, e a Petrobras vem investindo muito”.

(com informações da Folha Online)

Rizzolo: O fato de Lula recorrer a Bolívia para dar prosseguimento as negociações com intuito de incentivar o processo de industrialização do gás boliviano, é muito proveitoso. Na verdade, a importância do dialogo visando o comercio bilateral entre os dois países é fundamental, respeitando, evidentemente, a condução política e ideológica de cada um. Não há duvida que diante de Morales, o presidente Lula é um neoliberal com “embalagem de socialista”, e isso todo mundo sabe, apenas o “coitadinho” que lhe confiou o voto e que não lê jornal, ainda não descobriu. O empresário nacional, esse esquecido e tímido na própria casa, sente na pele o descaso, e a todos saltam aos olhos os privilégios que as transnacionais aqui possuem. Não é o caso da Bolívia de Morales, é claro, e a partir do momento que Morales e Chavez sabem que Lula é apenas uma “embalagem socialista” muito embora a simpatia entre eles reine, no fundo pensam que “todo cuidado é pouco”. A esquerda da América Latina tem Lula como sendo aquele que fala com os pobres e defende os banqueiros, Bolsa Família só não é o suficiente, hein! Temos que fazer o Brasil crescer e a indústria nacional ser prestigiada.

Publicado em Política. Tags: , , . Leave a Comment »

Ahmadinejad procura na Bolívia urânio?

ec28_p_mundo1.jpg

O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, terminou ontem (27) sua visita à Bolívia no marco da abertura das relações diplomáticas e o fechamento de um acordo económico –comercial e energético de 1,1 bilhão de dólares .

Segundo este acordo na primeira etapa Irã investirá à Bolívia 100 milhões de dólares para os objetivos de execução dos projetos conjuntos no âmbito da economia. Logo, em prazo de cinco anos , se prevê dotar outros 900 milhões de dólares para realização dos planos de construção de plantas nos setores energético, industrial e agrícola, segundo RIA-Novosti.

“É com muito respeito e carinho que recebemos esta visita para a partir desta data trabalharmos de maneira conjunta por nossos povos e pela humanidade”, disse Evo Morales.

Morales e Ahmadinejad reconheceram “ o direito dos países em desenvolvimento de energia nuclear com objetivos políticos no âmbito do tratado sobre a não proliferação de armas nucleares, como um meio que pode contribuir significativamente ao desenvolvimento económico e tecnológico de seus povos”

A visita do dirigente do Irã provocou uma polêmica na Bolívia. Assim, o deputado, Arturo Murillo, e senador, Fernando Rodríguez , ambos opositores anunciaram que O congresso bloqueará o acordo billionário se este prevê a exportação de urânio na Bolívia. Bolívia conta com jazidas de urânio ao sul de País .

No sábado o embaixador dos EUA em La Paz , Philip Goldberg, se reuniu com Morales e lhe reiterou a política oficial de Washington de condenar o programa nuclear de Teerão. Mas a Bolívia é um pais soberano e tem direito de estabelecer relações diplomáticas e acordos comerciais com quem quer e não necessita a licença dos Estados Unidos para fazê-lo.

Por Lyuba Lulko
Pravda. Ru

Rizzolo: O Presidente do Irã Ahmadinejad visitou os EUA esta semana, para falar na Assembléia das Nações Unidas o que se tornou um grande circo. A imprensa americana focou o debate se ele tinha permissão para falar na Universidade de Columbia, ou se seu requerimento a ir visitar o Ground Zero, o local das Torres Gêmeas, do ataque de 11 de setembro em Manhattam, poderia ser aceito. É claro que foi rejeitado. Muito embora os EUA dizem que ele não passa de um terrorista, e anti-semita, ele nega tudo, diz ele nunca ter massacrado nenhum cidadão israelense, e ainda permitiu 20,000 judeus a ter representação no Parlamento.

Na verdade, é uma figura controversa nos EUA, sua personalidade exótica e popular, provoca sérias preocupações na política externa americana, seus avanços e seu arrojado modo de ser, intimida segmentos dos EUA de que o Irã avance sua influência e seu poder na região desafiando a influência dos EUA e Israel. De qualquer forma nos EUA principalmente para os republicanos, ele não é “boa bisca” como se diz na linguagem popular. Agora, a Bolívia é soberana, para promover sua política externa, e os EUA nos seus “recadinhos” se desprestigia a cada dia.