Lula sanciona lei que autoriza Caixa a comprar construtoras

BRASÍLIA – A Caixa Econômica Federal poderá comprar participação acionária em construtoras ou empresas de qualquer outro setor, segundo prevê o texto da Lei 11.908, publicada no Diário Oficial. A medida contava com forte oposição do setor privado. A Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) enviou carta ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva pedindo o veto do artigo que abre essa possibilidade. Mesmo às vésperas do lançamento do pacote da habitação, o pedido não foi atendido.

A lei, proposta pelo governo no final do ano passado, quando a crise se agravou, tem como objetivo principal permitir que a Caixa e o Banco do Brasil comprem outras instituições financeiras em dificuldades. Originalmente, ela era a Medida Provisória 443, chamada “MP anticrise”.

“A Caixa, como tal, não poderá comprar construtoras. Mas, se ela estruturar uma empresa chamada Caixa Participações, prevista na lei, ela poderá entrar em qualquer empresa”, disse o deputado João Paulo (PT-SP), relator do texto.

As empresas do setor de construção querem ajuda do governo, mas com outro formato. Em vez de comprar participação nas empresas, como está na lei, elas propunham que a Caixa comprasse apenas cotas de empreendimentos. De fato, a nova lei abre essa possibilidade para o banco. Mas, ao mesmo tempo, permite a criação do braço investidor da Caixa – e, este sim, poderá comprar ações de qualquer companhia. O formato desejado pelo setor privado chegou a figurar no projeto de lei, quando este tramitou pelo Senado. Porém, ao chegar à Câmara, a redação foi modificada.

As empresas do ramo são contra a possibilidade de a Caixa comprar todo ou parte de construtoras, porque temem o surgimento de concorrentes desproporcionalmente mais fortes no mercado. Elas argumentam que o banco detém hoje domínio quase total sobre a aplicação do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), uma das principais fontes de recursos do setor. Além disso, estão concentrados na Caixa 30% do dinheiro aplicado em cadernetas de poupança, que também financiam as construtoras.

Uma construtora ligada à Caixa poderia ter vantagem na obtenção desse dinheiro. Outro risco seria essa empresa ser privilegiada com o acesso a informações estratégicas de suas concorrentes que solicitassem financiamento ao banco.

Lula vetou apenas um artigo da lei, o 8º. Ele autorizava a criação de uma comissão mista, no Congresso Nacional, para o acompanhamento da crise financeira internacional. Esta semana, o Senado criou uma comissão exclusiva para tratar do assunto. Segundo informações do gabinete do senador Francisco Dornelles, (PP-RJ), que preside a comissão do Senado, a comissão mista, incluída pelos parlamentares na época da votação da MP 443, foi vetada porque era “estranha” à lei.

agência estado

Rizzolo: Vejo com muito bons olhos essa iniciativa do governo através da Lei 11.908, publicada no Diário Oficial. Com efeito a possibilidade da Caixa comprar construtoras desde que estruture a Caixa Participações, prevista na lei – que na verdade seria o braço investidor do banco -, oferece ao povo brasileiro maior garantia na aquisição de um imóvel. O que ocorre hoje, é que com a crise financeira, as construtoras muitas com problemas de caixa continuam sendo uma ” caixa preta”, ao mesmo tempo em que lançam empreendimentos imobiliários muitos dos quais não oferecem a devida segurança ao comprador.

A grande verdade é que o mercado imobiliário é ” vaidoso” e não gosta de dar a transparência real da crise no setor, tampouco sua dimensão, deixando o investidor retraído e procurando outros ativos mais seguros. Já é hora do Estado assumir a responsabilidade na condução de alguns segmentos da economia, tendo maior participação e regulação, e esta lei vem de encontro a isso. É claro que o empresariado do setor não gosta, querem na verdade o recurso público ” correndo por fora”, e isso nós todos já aprendemos que não funciona e não vem de encontro aos interesses do povo brasileiro.

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Paulo Skaf: ”Bancos estão ganhando com a crise”

Empresário quer medidas mais duras do BC para impedir que os grandes bancos retenham dinheiro que deve ir para o crédito

Paulo Skaf, presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), diz que a sua “paciência está esgotada”. Durante as inúmeras reuniões com os dirigentes do Banco Central (BC) nas últimas semanas, ele ouviu insistentemente que era preciso paciência para que as medidas adotadas pela autoridade monetária surtissem efeito no restabelecimento do fluxo de crédito para as empresas. “Só que a paciência agora se esgotou, porque a situação está se agravando.” O que falta, na opinião de Skaf, para que a crise de crédito seja debelada é o BC punir os grandes bancos privados e públicos que estão “dormindo em cima do dinheiro e estão ganhando com a crise”. A seguir, os principais trechos da entrevista.

Como o sr. avalia o impacto da crise financeira na indústria?

Até setembro a atividade da indústria foi absolutamente normal, com setores batendo recordes de faturamento e de rentabilidade. Mas, a partir da primeira quinzena de outubro, começamos a sentir a falta de crédito, primeiro nos setores dependentes de financiamento. Na segunda quinzena, notamos que outros setores não dependentes diretamente de crédito começaram a se ressentir.

A crise atual de crédito é a pior dos últimos tempos?

O crédito no Brasil nunca foi farto. O que assistimos agora foi a redução repentina e um aumento de custo muito grande. Não me lembro que tenho ocorrido algo parecido nos últimos 20 anos.

Por que ninguém quer emprestar?

É uma boa pergunta para ser feita aos bancos. Certamente eles devem estar numa situação cômoda porque têm como aplicar em títulos do Tesouro com taxa Selic, obviamente uma taxa mais baixa do que pegariam no mercado, mas com segurança absoluta.

O que falta para irrigar o mercado de crédito?

O que está faltando é o Banco Central pressionar o setor financeiro, principalmente os grandes bancos. Não posso culpar os pequenos bancos porque eles não estão com recursos disponíveis. Por isso, uma saída seria uma forte redução na taxa Selic, não a manutenção da taxa em 13,75% ao ano, como ocorreu na reunião da semana passada. Com isso, a remuneração ficaria pouco atrativa. Outra alternativa seria o governo penalizar o banco que não estiver emprestando no mercado. Vai custar caro essa atitude de o setor financeiro não emprestar e continuar nessa situação cômoda, dormindo em cima do dinheiro, emprestando dinheiro para o governo e o governo aceitando essa situação. É hora de o BC reagir fortemente, pressionando os grandes bancos. Quando falo em grandes bancos incluo o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a emprestarem a custos razoáveis. O Banco do Brasil está cheio de dinheiro, a Caixa Econômica Federal está cheia de dinheiro, grandes bancos particulares estão cheios de dinheiro e o mercado, não só a indústria, está com muita dificuldade de obter crédito, sejam empresas grandes ou pequenas.

Os bancos estão em situação melhor na crise?

Nesse momento eu diria que os grandes bancos só estão ganhando.

O BC acaba de editar uma medida que pune os bancos que não comprarem a carteira de instituições menores. Isso resolve?

Isso não irriga o mercado, só ajuda o banco pequeno. É uma medida para preservar o sistema financeiro e algum banco pequeno que esteja desencaixado. Os recursos não chegam à indústria, ao comércio e ao consumidor. Esse mesmo espírito de penalidade deveria ser usado pelo BC para obrigar os grandes bancos a emprestarem. É hora de o BC reagir fortemente. Faz três semanas que tivemos várias reuniões com o BC e inúmeras vezes eu disse que não adiantava somente as medidas serem tomadas se os recursos não fossem repassados às empresas. O que eu ouvi nessas reuniões era que tivéssemos paciência, porque as medidas eram muito novas e havia necessidade de alguns dias para que elas fossem efetivadas e virassem realidade. Só que a paciência agora se esgotou porque a situação está se agravando.

Como o sr. avalia a intenção de 57% da indústria de cortar investimento em 2009?

Se houver crédito, será possível atenuar a redução dos investimentos.
Agência Estado

Rizzolo: Paulo Skaf, presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), está coberto de razão. A relação do governo petista com os Bancos, privilegiando-os sob todos os aspectos, é algo que este Blog há muito vem afirmando. O que não podíamos esperar, é que num momento de crise, a passividade e a submissão aos interesses dos banqueiros fosse atingir este patamar.

É evidente que os bancos mais uma vez estão muito mais interessados em preservar sua liquidez, do que irrigar o crédito principalmente à pequena ou a média indústria, preferem eles como afirma Skaf, aplicar em títulos do Tesouro com taxa Selic – muito embora a uma taxa mais baixa – e passar pela crise tranquilos e incólumes.

Não podemos esquecer que o BC e Meirelles sempre estiveram comprometidos com o sistema financeiro, com os Bancos, e nada mais óbvio que manter a política macroeconômica de juros altos, tornando as aplicações financeiras mais atraentes do que os investimentos na produção. Falta coragem para o governo petista, face ao seu comprometimento político com os bancos, em punir e agir com severidade com o setor, para que os recursos cheguem ao comércio à indústria e ao consumidor.

As alegações dos bancos, de que ” temos que ter paciência”, são contempladas com a passividade do governo, que nada faz no sentido de punir os banqueiros, que por interesses próprios, não emprestam os recursos e estrangulam o pobre empresariado já em dificuldades, dado à retração do mercado internacional. São vozes como de as de Paulo Skaf que fazem a diferença em momentos de crise.

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Abyara vende ativos para fazer caixa

Em um ano, ações da empresa já caíram 95% na Bovespa

PATRÍCIA CANÇADO e CHIARA QUINTÃO

A Abyara Planejamento Imobiliário anunciou ontem que vai se desfazer de alguns terrenos e sair de parte dos empreendimentos em que atuava em parceria com outras incorporadoras, como a Agra e a Bueno Netto. A empresa, que até agosto acumulava uma dívida de R$ 378,5 milhões, enfrenta dificuldades financeiras. Sem crédito disponível, ela tem pressa em levantar capital para continuar tocando seus projetos. Em nota, a Abyara informou que a decisão foi tomada para “recompor sua situação de caixa e, dessa forma, preservar a saúde financeira da companhia”.

Em meados de agosto, a Abyara divulgou que sua necessidade de caixa até 2009 era de R$ 231 milhões. A maior parte refere-se está relacionada a vencimentos de dívidas.

Essa não é a primeira empresa imobiliária com ações listadas na Bovespa a tomar essa atitude. Em agosto, a InPar decidiu vender parte de seus ativos para fazer caixa para comprar terrenos. As duas empresas são consideradas por analistas as mais fragilizadas do setor. Elas estabeleceram metas arrojadas para seu tamanho e não conseguiram cumprir os planos por falta de crédito.

Na sexta-feira, as ações da Abyara estavam cotadas a R$ 1,55. Em um ano, a desvalorização já chegou a 95%, o pior desempenho entre as empresas imobiliárias. “Todo o mercado está precificando que elas estão quebradas. O erro delas foi acreditar num cenário de muito otimismo”, afirma o analista do Fator, Eduardo Silveira. “No caso da Abyara, vejo um erro de planejamento. Ela fez um IPO pequeno porque era apenas uma corretora. Mas, no meio do caminho, decidiu incorporar, o que exige muito mais capital.”

Em agosto, a Abyara vendeu sua corretora para a BR Brokers por R$ 250 milhões. Na ocasião, o Morgan Stanley, principal acionista da companhia, mostrou-se disposto a colocar mais dinheiro no negócio, caso fosse necessário. Fontes próximas à companhia não acreditam que isso ocorra, já que o fundo imobiliário do banco, um dos maiores do mundo dedicado ao setor, já perdeu muito dinheiro com a crise financeira internacional.
Agência Estado

Rizzolo: A crise imobiliária no mercado brasileiro é um fato irrefutável, a notícia de que empresas do setor já estão de desfazendo de seus ativos, vem corroborar o que este Blog vem afirmando desde o início: o momento é de extrema cautela. A situação se complica quando este segmento, que é movido por publicidade cara, e está diretamente interligado ao fator confiança, começa a enfrentar problemas de caixa como o caso descrito.

Na realidade o mês de outubro dá uma idéia do que vem pela frente: o Ibovespa parou os negócios nos dias 6 (duas paralisações), 10, 15 e 22. O índice caiu 24,8%, saindo de 49.541 pontos do fechamento do dia 30 de setembro, para 37.256 pontos, no fechamento de hoje. E chegou a operar abaixo dos 30 mil pontos esta semana.

Várias economias importantes divulgaram retração no PIB, entre eles EUA (-0,3%); Inglaterra (-0,5%). O petróleo teve a maior queda mensal da história: mais de 35%. Cotado a US$ 100,64 no dia 30 de setembro, operava hoje em torno de US$ 67,00.

A mesma coisa aconteceu com a cesta de commodities medida pelo índice CRB, que despencou quase 25%. O dólar disparou frente outras moedas, e a valorização sobre o real chegou a 30%, com a moeda passando de R$ 2,50. O BC brasileiro foi obrigado a intervir no mercado, trazendo a cotação para R$ 2,16, hoje, o que significa uma alta do dólar de 13,6% para a cotação de R$ 1,90 do dia 30 de setembro. O risco-país também subiu, 35%, passando dos 305 pontos ao fim de setembro para 412 hoje. Face a este cenário, é claro que o setor imobiliário cujo investimento é de baixa liquidez, e nesta fase crítica enfrenta os juros altos e escassos, sofre um forte impacto. Como sempre tenho afirmado, o momento é de apenas observar, não de comprar ou assumir compromissos, e o investidor cauteloso sabe disso.

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Crise financeira mundial ‘esfria’ a febre da casa própria no Brasil

Grandes bancos elevaram taxas de juros para financiamento.
Crise de crédito também afeta a capitalização de construtoras

Ainda não é o fim da festa, mas os brigadeiros em cima da mesa podem estar escasseando. Em 2007, o financiamento imobiliário com recursos da poupança cresceu quase 100% frente ao ano anterior, levando o setor à sua maior expansão em décadas. Agora, a crise financeira mundial ameaça transformar esses bons ventos em brisa.

O responsável pela piora no cenário é o aperto no crédito que o país tem começado a sentir: com o dinheiro em falta lá fora, os bancos tendem a proteger mais seus próprios recursos.

Nessa tendência, três grandes bancos brasileiros aumentaram no início do mês a taxa de juros para o financiamento da casa própria. O Bradesco mudou a taxa de 9% para 10,5% ao ano para imóveis até R$ 120 mil. O Itaú reajustou o teto dos juros cobrados para 12%. No Unibanco, a taxa passou de 11% para 12%.

“Isso é o teto. Se o banco fazia (o financiamento) a 9%, não quer dizer que vai fazer a 12%, mas que se sente livre para variar mais as taxas. Agora eles vão estudar muito bem quem são os tomadores de crédito e dar taxas melhores àqueles clientes em que têm mais confiança”, diz João Crestana, Secovi-SP, sindicato do setor imobiliário.

No bolso do consumidor

Para o consumidor, a mudança se traduz em mais gastos. Em um financiamento em 20 anos, o preço final do imóvel pode ficar até 29% mais caro, segundo um levantamento da Associação Nacional dos Executivos de Finanças (Anefac).

Segundo o autor do estudo, Miguel de Oliveira, antes da alta dos juros o consumidor pagava por um imóvel de R$ 120 mil, em média, 240 prestações de R$ 966,74, em um total de R$ 232.017,60. Agora, o valor final soma R$ 299.455,20.

“Com o aumento dos juros, você afeta a prestação. E a prestação aumentando, começa a criar problemas no bolso de uma fatia dos potenciais compradores. Em determinado segmento, pode até inviabilizar a compra”, avalia Luiz Paulo Pompéia, presidente da Empresa Brasileira de Estudos do Patrimônio (Embraesp).

Brasil X EUA

Embora seja reflexo da crise no exterior, a restrição do crédito no Brasil tem natureza diferente da que ocorre lá fora. Nos Estados Unidos e na Europa, os bancos vêm sofrendo prejuízos enormes, que têm origem no não pagamento de hipotecas imobiliárias. Sem recursos, o crédito some.

Já os bancos brasileiros estão em situação diferente: sem créditos podres em carteira, gozam de boa saúde financeira. Ocorre que muitos deles se financiam com recursos do exterior – e com o dinheiro lá fora escasso, evitam correr riscos, já que não teriam a quem recorrer em caso de problemas.

Efeitos para as construtoras

Essa restrição de crédito também afeta as construtoras. “Os bancos estão pedindo mais garantias e vão injetar menos dinheiro no setor. Alguns segmentos podem sentir, por não conseguirem produzir com um custo tão elevado. O reflexo é que alguns empreendedores vão reduzir seu ritmo de lançamentos. Não há uma suspensão, mas uma redução do ritmo alucinado de montagem de estandes de venda que era no passado”, diz Pompéia, da Embraesp.

“É a hora da seletividade. Em vez de fazer 20 empreendimentos, (a empresa) vai fazer 16, e quatro vai deixar na gaveta para 2010, 2011”, acrescenta Crestana, do Secovi.

As construtoras e incorporadoras também estão entre as que mais sofrem com o “tombo” das bolsas de valores nas últimas semanas. De olho nos problemas do setor, o governo federal autorizou, nesta semana, a Caixa Econômica Federal a comprar participação acionária em construtoras.

Segundo o ministro da Fazenda, Guido Mantega, o objetivo é evitar que haja uma interrupção dos projetos por falta de recursos. “É uma resposta para dar continuidade aos projetos de construção habitacional”, disse ele.

Cuidados na hora da compra

Para o consumidor, a recomendação dos especialistas é redobrar a prudência na hora da compra. Embora alguns bancos tenham elevado as taxas de juros, outros ainda mantêm a cobrança no mesmo patamar.

“Quem pretende financiar um imóvel pode procurar um dos bancos em que é cliente e negociar para manter a taxa. Para quem é bom cliente, o banco pode manter (a taxa antiga)”, diz Crestana. “Mas o comprador vai ser um pouco mais cauteloso agora, vai selecionar os melhores juros, não vai querer comprometer tanto da renda.”

“A recomendação é prudência, paciência e pechinchar muito. E, se puder esperar, para evitar riscos desnecessários. Eu acredito que em três ou quatro meses já vamos estar com uma situação mais estável, mais clara”, afirma Pompéia.

Para uma fatia dos compradores, no entanto, a recomendação do presidente da Embraesp é diferente: “Quem tem aqueles contratos já prontos, com a situação de antes da crise, é bom aproveitar. Porque dificilmente voltaremos a uma situação tão privilegiada quanto a de seis meses atrás.”
G1 Globo

Rizzolo: A crise que atingiu o mercado imobiliário brasileiro, mais precisamente as construtoras, é sério e podemos estar vivenciando no futuro um “efeito Incol”. O pacote do governo muda um pouca a participação da Caixa Econômica Federal que sempre financiou a construção imobiliária. Para salvar o mercado, agora a construtora poderá pegar adiantadamente na caixa as prestações que os compradores vão pagar no futuro, os chamados recebíveis.

Se houver calote quem paga é o Tesouro. Mas é claro, se a quebradeira for grande, será isso acontecerá? Hoje o mercado imobiliário, como todos os outros segmentos, vive um problema de confiança, e especificamente, o imobiliário, pela pouca liquidez que oferece, e pelas taxas exorbitantes de financiamento, é um investimento não aconselhável, por hora. Para se ter um idéia do problema, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou nesta quinta-feira que o governo federal editará uma medida provisória (MP) para socorrer o setor da construção civil.

Durante audiência na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), ele afirmou que a MP tem o objetivo de viabilizar parte das medidas divulgadas na quarta-feira, as quais, por sua vez, visam fornecer capital de giro às empresas do setor. Ou seja, aquele que pretende comprar um imóvel deve pensar muito antes da decisão, e em momentos de crise o melhor é apenas observar, não comprar.

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Mantega: crise é sistêmica, ninguém escapa dessa crise

BRASÍLIA – O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou hoje que a atual crise financeira internacional, diferentemente das vivenciadas na década de 90, tem caráter sistêmico, porque atinge os países desenvolvidos. “Esta é uma crise sistêmica. Ninguém escapa desta crise. Mas os países avançados são mais atingidos”, afirmou Mantega, na audiência pública da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado.

O ministro voltou a dizer que essa crise é, provavelmente, a maior que sua geração já assistiu e destacou que envolve trilhões de dólares, ao contrário das vivenciadas na década de 90, em que as perdas eram de dezenas de bilhões de dólares.

Mantega destacou que os países avançados estão com mais problemas, “porque não têm fundamentos tão sólidos quanto os nossos”. Ele citou os Estados Unidos, especificamente, que têm déficits fiscal e comercial e ainda convivem com inflação. “É verdade que eles têm a maquininha de fazer dinheiro, mas eles têm a fragilidade fiscal e a inflação em alta”, disse Mantega, lembrando ainda que as instituições financeiras mais atingidas pela crise são as dos países desenvolvidos.

De outro lado, Mantega destacou que os emergentes dinâmicos, ou seja, que têm maior crescimento econômico, são menos atingidos pela crise, porque têm fundamentos mais sólidos, como reservas internacionais elevadas e o sistema financeiro foi pouco atingido. No caso do Brasil, ele disse que o mercado financeiro não tem problemas com os ativos tóxicos americanos. Ele destacou que é importante ter um crescimento maior para enfrentar a atual crise internacional.

Pacto

O presidente da CAE do Senado, Aloizio Mercadante (PT-SP), defendeu o entendimento maduro e um pacto do Congresso Nacional para minimizar os efeitos da crise financeira internacional na economia brasileira.

Ao abrir a audiência pública da CAE, o senador disse que a crise é sem precedentes e, por isso, vai exigir também respostas sem precedentes. “Não podemos esconder nada. Temos que ter transparência”, disse.

Mercadante destacou que a crise está levando à maior coordenação internacional já vista na história entre os países.

Ufanismo

A oposição vai pedir mais cautela ao ministro da Fazenda, Guido Mantega, e ao presidente do Banco Central, Henrique Meirelles. O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), disse que pedirá as duas autoridades para “conterem o ufanismo” quando falarem da crise financeira. “Vamos pedir para parar com o ufanismo, com as declarações exageradas”, disse o senador, ao chegar à CAE, onde é realizada audiência pública com Mantega e Meirelles.

Virgílio também adiantou que outro tema que deverá pautar as discussões na audiência é a Medida Provisória (MP) 443, aprovada esta semana na Câmara, que abre à Caixa Econômica Federal e ao Banco do Brasil a possibilidade de adquirir o controle acionário de outras instituições financeiras.

Agência Estado

Rizzolo: A crise é de fato sistêmica, e a grande diferença desta em relação às outras, é que dessa feita ele ocorre no coração da maior potência econômica, os EUA. Os 30 bilhões de dólares que estarão à disposição do Brasil ofertados pelo FED, são na verdade um empréstimo, e denota o interesse dos EUA em controlar a economia de alguns países emergentes com boa estrutura e pouco atingidos pelos derivativos tóxicos.

Uma reportagem publicada hoje no jornal Valor Econômico mostra a confusão que a crise está provocando na bolsa de valores. Um levantamento feito pela Valor Data com 282 empresas mostra que 31 delas estão com valor de mercado mais barato do que os recursos em caixa e estoques que possuem. A verdade contudo, é que o Brasil não escapa da crise, não com uma depressão mas com uma retração ou recessão, e o que aponta para isso é o comportamento do mercado americano. A prévia do terceiro trimestre do PIB americano apontou uma retração de 0,30%, menor que os 0,50% esperados com projeções de até 1,9% de queda.

O consumo retraiu mais do que o esperado. Assim sendo, podemos imaginar os reflexos por aqui, o consumidor deverá tomar todo o cuidado, principalmente em relação às altas taxas dos financiamentos. Como já alertei não é hora de se contrair nenhum compromisso, muito menos carros, ou imóveis.

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Copom decide manter taxa selic em 13,75% ao ano sem viés

BRASÍLIA – O Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) decidiu nesta quarta-feira, 29, manter a taxa Selic estável em 13,75% ao ano. A justificativa para a decisão foi o ambiente de maior incerteza. “Avaliando o cenário prospectivo e o balanço de riscos para a inflação em ambiente de maior incerteza, o Copom decidiu por unanimidade neste momento manter a taxa Selic em 13,75% ao ano, sem viés”, afirma a nota à imprensa do Banco Central.

Entre os analistas, prevalecia a aposta de que a Selic permaneceria no atual patamar. Entre as instituições financeiras consultadas pelo AE Projeções, a expectativa majoritária é de que o Comitê de Política Monetária (Copom) deveria manter a Selic nos atuais 13,75% ao ano. De um total de 63 casas consultadas, 39 esperavam a manutenção da taxa, 21 com uma elevação de 0,50 ponto porcentual e apenas três aguardam acréscimo de 0,25 ponto porcentual.

A ata da reunião será divulgada em 6 de novembro, próxima quinta-feira, às 8h30.

A próxima reunião do Copom ocorre nos dias 9 e 10 de dezembro.
Agência estado

Rizzolo: No momento atual em que os efeitos da alta do dólar no componente inflacionário já esta menorizado, face à escassez de crédito, a medida no meu entender foi de bom tamanho. Na verdade um eventual aumento das taxas de juros no Brasil, caberia num cenário onde não houvesse um aperto no crédito. Todos sabem que a própria situação de falta de liquidez, por si só já produziu o efeito de retração econômica do aumento das taxas de juros . Melhor assim.

O que também pode ter contribuído para a manutenção da taxa foi o fato do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) cortar a taxa básica de juros dos Estados Unidos em 0,50 ponto porcentual nesta quarta-feira, 29, para 1% ao ano, o nível mais baixo desde entre junho de 2003 e junho de 2004. A dosagem ou o ajuste fino da economia brasileira, corre pelas tomadas de decisão do Fed, e em cenário de recessão o melhor é tentar reaquecer a economia.

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Fluxo cambial caminha para pior mês desde janeiro/1999

SÃO PAULO – O fluxo cambial no Brasil está negativo em 4,397 bilhões de dólares em outubro, até o dia 24. Se o mês já estivesse fechado, este seria o pior resultado mensal desde janeiro de 1999 –quando a saída líquida do país foi de 8,59 bilhões de dólares em meio à maxidesvalorização do real.

A cifra dos 18 primeiros dias úteis deste mês, segundo dados do Banco Central divulgados nesta quarta-feira, resulta de déficit de 6,131 bilhões de dólares nas transações financeiras. As operações comerciais tiveram saldo positivo de 1,734 bilhão de dólares no período.

A crise global de crédito atingiu com mais força o país a partir da segunda quinzena de setembro, derrubando a Bolsa de Valores de São Paulo e fazendo o dólar atingir 2,50 reais depois de ter caído, em meados do ano, para a faixa de 1,50 real.

Em setembro, o fluxo cambial ainda ficou positivo em 2,803 bilhões de dólares.

No ano, o país acumula entrada líquida de 12,791 bilhões de dólares. De janeiro a outubro de 2007, o fluxo estava positivo em 73,62 bilhões de dólares, segundo o BC.

Agência Estado

Rizzolo: O fluxo cambial reflete não só as exportações e importações do País mas também as operações financeiras em investimentos, em bolsas, em títulos, em empréstimos, inclusive empréstimos no mercado bancário. O que está ocorrendo, é que as exportações continuam sendo maiores que as importações, até porque as importações tendem a cair em função do que se espera que aconteça no Brasil, que é um crescimento menor. Provavelmente, vamos importar menos, para não deixar crescer os estoques na mão das empresas.

O problema é que o fluxo cambial fica negativo porque o que sai muito dinheiro e o que entra é muito pouco. Está saindo muito dinheiro do investidor, que tinha dinheiro na Bolsa, em títulos do governo. Os investidores estão deixando o País, por dois motivos: primeiro, pelo medo do Risco País, que está se apreciando, passou de 500 pontos; segundo porque eles precisam desse dinheiro para se socorrer lá fora, e socorrer prejuízos que eles tiveram em operações no exterior. Sem contar é claro, que o Investimento Estrangeiro Direto, também reduziu-se, em função da própria crise.

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Lula defende papel do Estado como regulador do sistema financeiro

“Chegou a hora da política”, afirmou nesta terça-feira o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ao defender o papel do Estado como regulador do sistema financeiro, segundo nota distribuída pela Agência Brasil, órgão vinculado ao governo federal.

Em Salvador, onde participou da 9ª Cúpula Brasil-Portugal, Lula se colocou contrário aos que defendiam o liberalismo econômico sem a interferência do poder público.

“Teve uma época, por muito tempo, em que os políticos andaram de cabeça baixa diante do neoliberalismo. O que estou defendendo não é o Estado se intrometer na economia, mas é o Estado que tenha força política para regular o sistema financeiro”, disse o presidente no pronunciamento que fez, ao lado do primeiro-ministro de Portugal, José Socrates.

“Fomos eleitos, assumimos compromissos com o povo, e o Estado, diante da crise mundial, volta a ter papel extraordinário, porque todas essas instituições que negaram o papel do Estado, na hora da crise, procuram o Estado para socorrê-las da crise que elas mesmo criaram”, afirmou Lula.

O presidente também voltou a criticar as empresas que especularam e tiveram prejuízos com a crise mundial.

“As empresas brasileiras têm grandes investimentos, rodovias, ferrovias, siderurgia, portos, agricultura. Trabalhamos honestamente por seis anos para pôr a economia num padrão respeitável no Brasil inteiro. É por isso que juntamos US$ 207 bilhões em reservas. É por isso que fizemos ajustes fiscais. Entretanto, por que estamos vivendo sinais da crise? É porque alguns setores resolveram investir em derivativos, fazer um cassino. Quem foi para a jogatina perdeu. Portanto, ninguém tinha o direito de tentar, diria de forma ilícita, mais que aquilo que o próprio sistema produtivo oferecia ao país”, disse o presidente

Lula enfatizou que os setores da economia devem concentrar seus esforços em ganhar dinheiro com a produtividade. “O sistema financeiro tem obrigação de ganhar o seu dinheiro em coisas que gerarão empregos, produtos, riqueza. Não podemos permitir que o sistema financeiro mundial brinque com a sociedade. Não podemos admitir que alguém fique rico apenas trocando papéis, e poucas vezes se gerou um paletó, uma bota e um alfinete”.

O primeiro-ministro de Portugal, José Socrates, apoiou a colocação do presidente Lula e disse que em Portugal a ação do governo foi a mesma tomada no Brasil, com o objetivo de minimizar os efeitos da crise na economia interna: a de dar mais liquidez aos bancos.

“Concordo com o presidente Lula quando ele diz que chegou a vez da política. Esse é um momento decisivo, e Portugal e Brasil querem ação, não inação, fingir que nada aconteceu”, afirmou o chefe de Estado de Portugal, ao se referir às ações para o combate à crise econômica.

Para Socrates, a crise mundial funcionou como um divisor de águas. Ele ressaltou que não se trata de uma crise cíclica e sim de uma crise grave, “que acontece apenas uma vez na vida de cada pessoa”.

“Existe um antes e um depois da crise mundial. Antes, existia um pensamento único de que qualquer intervenção do Estado seria de forma burocrática, com finalidade de aumentar imposto. Hoje há o entendimento de que é necessária a ação da política para construir essa nova ordem mundial econômica de uma globalização mais justa”, ressaltou.

Lula e Socrates também se uniram na defesa do fortalecimento da União Européia e do Mercosul. “Se não estivéssemos na zona do euro, eu não sei que seria de Portugal”, disse Socrates.
Folha online

Rizzolo: Está mais do que provado que a falta de regulação do sistema financeiro leva ao descontrole especulativo danoso a sociedade. Nos termos e na linhagem pensante de economistas como Paul Krugman, com efeito o mercado necessita de uma regulação, não de uma planificação econômica dos moldes dos países socialistas, mas uma intervenção sadia.

Quanto à especulação que o presidente afirma ter sido efetuado por algumas empresas, como já disse anteriormente, a motivação foi o próprio modelo econômico priorizado pelas altas taxas de juros, que induz à especulação não só empresários brasileiros mas do exterior, em outras palavras, o próprio governo induz as aplicações não na produção, mas na especulação.

O presidente Lula nas suas afirmações está pleno de razões; agora de nada adianta culpar especuladores se a economia brasileira favorece a quem especula e não a quem produz. Melhor o presidente se entender e ter uma maior ” regulação dos que comandam o Copom e o BC “, entendo que vale a pena repensar o modelo Meirelles. E acreditem, o BC ainda é capaz de aumentar as taxas de juros com a velha desculpa da inflação, dessa feita em relação ao efeito da alta do dólar.

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Crise terá longa duração e magnitude inédita, afirma Mantega

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou nesta terça-feira que a crise terá longa duração e magnitude inédita, segundo informações da Agência Brasil, órgão de divulgação do governo federal.

“Vamos ter um forte impacto na atividade econômica, na economia real, e no mundo todo vai desacelerar e isso está ficando nítido agora”.

Mantega se disse impressionado como o travamento do crédito pode se transmitir rapidamente para a economia real. Ele lembrou que está prevista uma recessão e até uma retração econômica, que se espera, não se transforme em depressão.

“Esse é um desafio que têm os países avançados. O pacote de medidas adotadas nos Estados Unidos e na Europa apenas mitigou o problema. O problema da liquidez do crédito não está resolvido e portanto vai afetar seriamente a economia real”.

O ministro participa do 3º Encontro Nacional da Indústria (Enai), promovido em Brasília pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).
Folha online

Rizzolo: Provavelmente a afirmação do ministro Guido Mantega tem a ver com a confiança do consumidor americano que desabou ao menor nível desde 1967 quando o indicador começou a ser apurado recuando a 38.0 ante 61.2 de setembro e 52.0 das expectativas. O problema principal hoje no Brasil, é a escassez de crédito que afeta a economia real, o que por sua vez, acarretará uma forte retração econômica. Em relação ao câmbio, a situação parece estar mais sob controle, neste segmento a atuação do Banco Central foi fundamental: houve uma intervenção na hora certa, e sua decisão de anunciar que estava preparado para fazer US$ 50 bilhões de swap cambial trouxe certa calmaria ao mercado.

O grande desafio portanto é o crédito que despareceu, principalmente para as pequenas e médias empresas exportadoras, que são as que mais sofrem o impacto. Outro problema que surge no desenlace da crise, é a alta dos estoques e o fato de que todas as expectativas para os próximos meses estão menos otimistas. Contudo, as estratégias do Banco Central nem sempre surgem efeitos desejados, principalmente aquelas em que envolve os banqueiros, que por falta de liquidez açambarcaram o dinheiro do compulsório.

Ora, já era de se esperar que os bancos fossem “passar a mão” nessa dinheirama e aplicar em títulos públicos; desde o início este Blog já previa esta verdadeira apropriação indevida. Ou o presidente Lula tem excesso de boa-fé, ou a equipe econômica ” aprecia a liquidez dos bancos em detrimento ao povo brasileiro “, e isso este Blog já vem afirmando isso há muito tempo.

Não é à toa que o pobre empresário brasileiro da pequena e média empresa se vê em apuros, nas mãos dos banqueiros que além de segurar os recursos que estão sendo liberados pelo Banco Central, estão aumentando absurdamente as suas taxas de juros. Para se ter uma idéia, o desconto de uma duplicata que tinha uma taxa de 1,7% ao mês e agora está em 3,5% ao mês.

Além disso, logo será o governo que enfrentará a redução em suas contas, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, informou que o governo cogita a dilatação do prazo de pagamentos de tributos federais, com isso acredito que minhas previsões irão se concretizar, ou seja o PAC, vai empacar e a arrecadação vai despencar. Sei que não é renúncia fiscal, mas pode se transformar num imenso calote. Cuidade que isso é um caminho sem volta, hein !

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Perda de empresas com o câmbio pode chegar a US$ 20 bi, diz Mantega

SÃO PAULO – A Aracruz deve solucionar nos próximos dias o problema de crédito para equacionar o prejuízo bilionário por conta de operações com derivativos de câmbio. A informação foi dada hoje pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, que disse que a economia brasileira estaria apta a absorver “com tranqüilidade” um rombo de até US$ 20 bilhões em perdas das empresas com este tipo de instrumento financeiro.

Ele fez questão de salientar, no entanto, que o governo não irá ajudar essas empresas a cobrir seus prejuízos.

“As empresas que ousaram terão que pagar por sua ousadia”, disse o ministro.

Porém, Mantega lembrou que as companhias expostas aos chamados “derivativos exóticos” irão precisar de crédito para zerar os prejuízos e que o papel do governo é irrigar o mercado para que o funding possa ser oferecido.

Sem revelar projeções, Mantega disse acreditar que as perdas anunciadas por Votorantim (R$ 2 bilhões), Aracruz (R$ 1,9 bilhões) e Sadia (R$ 765 milhões) são as maiores do país e que, segundo ele, os “casos menores” estão sendo negociados “em condições normais”.

Mantega informou ainda que o governo vem solicitando informações para a Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM & F), Câmara de Custódia e Liquidação (Cetip) e bancos de empresas na busca do valor total das perdas com derivativos, montante ainda desconhecido.

Folha online

Rizzolo: A situação das empresas que de uma forma ou de outra participaram das operações de câmbio é realmente complicada. Mas é válido dizer que essas operações de venda de dólares via exportação e aplicação no mercado brasileiro, foi sim estimulada pela política econômica de altas taxas de juros. Culpar os empresários, não é uma boa conduta, o empresariado age de acordo com a lógica do mercado. Outra questão é a situação econômica do Brasil que não é nada boa como apregoam os petistas otimistas.

O Brasil lidera com o pior desempenho dentre as economias emergentes, o quadro é o seguinte: houve uma desvalorização de 36,25%, aumento de 190 pontos na taxa do DI janeiro de 2010, 62,63% de queda no valor do Bovespa em dólares e queda do índice de confiança ao menor nível desde 2006 traçam um cenário que não tem respaldo nos fundamentos da economia brasileira, mas, mostra equívocos no enfrentamento da crise em seu início, e de forma alguma justifica qualquer otimismo.

Hoje,o BC anunciou uma nova medida: o banco que antecipar o dinheiro do Fundo Garantidor de crédito terá desconto no compulsório. Enfim mais uma medida, se reunirmos e somarmos tudo que já foi anunciado pelo BC, teremos já um “pacotão”, mas Lula não quer ouvir falar em pacote; provavelmente tem trauma em relação à palavra. Só para terminar, hoje foi a primeira vez desde novembro de 2005 que o mercado brasileiro de ações encerra um pregão abaixo dos 30 mil pontos. Notícia péssima.

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Quando o Liberalismo se torna pouco Liberal

Os mais dignos expoentes da teoria marxista, sempre se ativeram ao estudo das mais diversas formas de como a partir do capitalismo, atingirmos um ideal socialista. Para tanto, desde os escritos de ” O Capital” de Marx até os postulados de Lênin, a perspectiva de uma sucessão de ocorrências, e a observação pontual de cada uma delas levaria, segundo eles, a uma convergência ao socialismo; ou em última instância, à uma economia planificada onde o Estado seria a viga mestre da inspiração de uma sociedade mais justa.

Ainda me lembro jovem, como inocênte útil, quando das discussões sobre o papel do Estado se faziam presentes na Universidade ; se éramos surpreendidos com um questionamento liberal ao acaso, a respostas vinham de forma concreta. ” Você está com muitas contradições “, afirmavam os mais velhos socialistas, de olhar sombrio, sobre as velhas cadeiras em reuniões nos chamados ” coletivos”. O tempo passou. E quem diria ? Aquelas contradições, a que os mais ferrenhos comunistas se rebelavam, tornou-se hoje o menor caminho entre dois pontos. Entre o liberalismo e o estatismo.

Quando os estudiosos do socialismo poderiam prever que, ao invés das lavagens cerebrais, dos gritos de ordem, das lutas armadas no sentido de combater a exploração do “homem pelo homem”, aquelas idéias liberais reacionárias, poderiam se tornar o melhor instrumento para um repensar no papel do Estado na sociedade liberal ?

A regulação dos setores financeiros pelo Estado, sua participação, e seu papel agora apregoados pelos liberais em pânico, surpreenderam a esquerda no mundo. De certo as medidas acabaram ” esvaziando” um pouco a legitimidade ideológica esquerdista, pois que partiu-se dessa feita, a participação do Estado, de uma análise empírica, e até financista, sem nenhum componente propriamente social, mas o pior, de uma visão conservadora de se manter um sistema capitalista em ” frangalhos”.

Uma nova estirpe de economistas e pensadores surgem no esteio pensante de Paul Krugman, Nobel de Economia . A dos economistas que, embora não defendam uma economia planificada, entendem que o mercado não só precisa ser regulado, mas que de certa forma, é incapaz de promover o bem-estar social sozinho. Fico imaginando como seriam as discussões de outrora, se algum comunista sugerisse deixar o mercado à vontade, e tentasse com isso provar que tal medida levaria o liberalismo a o Estatismo. Provavelmente seria fuzilado, ou na pior das hipóteses morto como Trotsky, que por sinal, também jamais ousou pensar nessa teoria, assim ” tão reacionária “. (risos..)

Fernando Rizzolo

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Confiança do consumidor cai 10% em outubro, diz FGV

Rio de Janeiro – A confiança do consumidor sofreu uma forte queda em outubro, influenciada pelo pessimismo das respostas do brasileiro quanto à situação econômica em sua cidade. É o que revelou o Índice de Confiança do Consumidor (ICC), que caiu 10% esse mês, após registrar alta de 4,2%, em setembro. O dado foi divulgado nesta quinta-feira, 23, pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). O índice é composto por cinco quesitos da “Sondagem das Expectativas do Consumidor”, apurada desde outubro de 2002 (com periodicidade trimestral, até julho de 2004, quando passou a ser mensal).

A parcela dos entrevistados que avaliam, atualmente, a situação econômica local como boa caiu de 16,9% para 10,1%, de setembro para outubro, segundo a FGV. No mesmo período, o porcentual dos pesquisados para cálculo do ICC que avaliam a situação como ruim subiu de 34,2% para 48,2%.

A FGV também destacou que, em outubro, houve piora das expectativas em relação aos próximos seis meses. O porcentual de entrevistados que esperam melhora da situação econômica local caiu de 31,3% para 23,1%, de setembro para outubro. A dos que projetam piora, para os próximos meses, subiu de 13,1% para 30,6%, no mesmo período.

Na comparação com outubro do ano passado, o ICC caiu 10,1%. Em setembro, o ICC havia subido 3,4% na comparação com igual período de 2007. Com o resultado, o desempenho do indicador, que é calculado com base em uma escala de pontuação entre 0 e 200 pontos (sendo que, quando mais próximo de 200, maior o nível de confiança do consumidor), passou de 112,7 pontos em setembro para 101,4 pontos em outubro. Esse foi o menor nível para o índice desde junho de 2006 (101,0 pontos).

Futuro

Na avaliação da FGV, houve piora tanto na avaliação atual do consumidor sobre o cenário de hoje, como em suas projeções para o futuro. O ICC é dividido em dois indicadores: o Índice de Situação Atual (ISA), que caiu 12,7% em outubro ante setembro após elevar-se 7,9% no mês passado, e o Índice de Expectativas (IE), que apurou taxa negativa de 8,5% em outubro, após registrar avanço de 2,1% em setembro. No caso do ISA, em termos de pontuação, o índice passou de 119,3 pontos em setembro para 104,2 pontos em outubro. Já o IE caiu de 109,2 pontos em setembro para 99,9 pontos em outubro.

Ainda segundo a FGV, na comparação com outubro do ano passado, os dois índices componentes do ICC também apresentaram quedas, em outubro deste ano, de 2,3% para o indicador de situação atual; e de 14% para o de expectativas. O levantamento abrange amostra de mais de 2.000 domicílios, em sete capitais, com entrevistas entre os dias 1 e 20 de outubro. Às 11 horas a FGV concede coletiva de imprensa sobre o indicador.
Agência Estado

Rizzolo: É natural que a confiança do consumidor caia em função desta forte crise. O pior desta falta de confiança em relação ao futuro, é que o consumidor não mais investe e tenta se resguardar da crise consumindo menos, o que por conseqüência, acaba gerando mais crise. O temor de recessão segue cada vez maior entre os investidores e contribuiu para o avanço do dólar e o desabamento das Bolsas, nesta quinta-feira, a moeda americana avançou 6,01%, cotada a R$ 2,524 na venda pela manhã.

A grande discussão hoje é a Medida Provisória, as construtoras temem que o governo passe a controlar parte do setor. O que elas querem para passarem bem pela crise é financiamento; bem isso aí todos querem, o setor imobiliário não está por hora em situações de exigir nada, e sim deixar o governo fazer sua parte, como os outros países assim o fizeram, até para evitar um mal maior, e restituir a confiança do investidor.

“Não há bancos quebrando”, diz Mantega ao explicar MP da estatização

Em entrevista coletiva em Brasília nesta manhã, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, explicaram a medida provisória que permite a estatização de instituições financeiras, públicas ou privadas, sediadas no país. Mantega negou que haja bancos brasileiros prestes a quebrar.

“Quero deixar claro que não há banco quebrando. O sistema financeiro brasileiro é um dos mais sólidos do mundo, justamente porque é menos alavancado, mais prudente e mais rentável. Só que isso não o isenta de ter problemas de liquidez. Estamos apenas criando alternativas e irrigando o sistema para que o país não tenha problemas e estamos dando conta disso”, disse Mantega.

Como o governo tem dito que não faria pacotes, mas só tomaria medidas pontuais quando elas fossem necessárias, a autorização para estatização de bancos significaria que já haveria instituições com risco de quebra, diferentemente do que analistas e governo afirmavam antes.

O ministro Mantega foi questionado sobre isso na entrevista. Também foi indagado quais seriam essas instituições que deveriam ser salvas de imediato com a compra estatal.

Ele negou qualquer risco de quebra já. Mantega preocupou-se apenas em dizer que bancos pequenos e médios podem vir a ter problemas de falta de dinheiro em caixa e, por isso, o governo criou as novas medidas.

“A idéia é não interromper a liquidez da economia brasileira. O problema da liquidez está dado. É claro que isso pode trazer falta de liquidez para algumas instituições, de médio porte, de pequeno porte.”

Ele disse que, apesar de não haver bancos quebrando, a medida foi tomada para dar “mais uma alternativa” ao mercado.

Mantega declarou que, apesar da autorização para estatização, isso pode não acontecer. Segundo ele, apenas é uma abertura para interesse das instituições, se for o caso.

O ministro disse que, depois de recuperados, os eventuais bancos comprados poderiam ser revendidos à iniciativa privada, da mesma forma que prevêem os pacotes de resgate da Europa e dos EUA.

Questionado sobre como a sociedade brasileira poderia ter certeza de que essas operações de fusões bancárias seriam transparentes, Mantega afirmou que qualquer negociação desse tipo será realizada com base em regras e preços de mercado.

“Todas as ações que o governo brasileiro está tomando são transparentes. Não demos nenhum subsídio ou socorro específico. Apenas queremos dar alternativas e tranqüilidade para os bancos que possam vir a ter dificuldades. Mas as regras serão claras”, afirmou.

Recursos
A Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil possuem recursos suficientes se precisarem fazer compra de outros bancos, segundo Mantega.

“O governo não fará nenhum aporte de capital no BB ou na CEF, porque não é necessário. Eles já têm recursos suficientes”, disse.

Sobre a medida que autoriza os bancos públicos a atuarem em outros segmentos, por exemplo com a compra de instituições previdenciárias, o ministro da Fazenda afirmou que essa operação também é uma forma de elevar a liquidez no país, sem entrar em detalhes.

Folha online

Rizzolo: Como comentei anteriormente, a medida é boa, porém traz no seu bojo a dimensão da crise financeira que atinge certos bancos. Não há dúvida que a medida tem endereço certo, ou seja, muito embora mais uma vez o governo não admita, a extravagância da medida em si denota a preocupação existente. Não há uma explicação plausível para a urgência da medida, a não ser o direcionamento a certas instituições que já estão no fundo do poço e em sentido de espera. Agora a grande incógnita é saber quais são estas que serão beneficiadas; com certeza isso gera mais pânico no mercado e insinua a gravidade da crise. Quando se fala em ” comprar bancos em dificuldade” o investidor e o empresariado entendem o recado, e retraem ainda mais seus investimentos.

A notícia é boa do ponto de vista de manejo da crise, e péssima do ponto de vista do mercado financeiro brasileiro. Em três dias, a moeda subiu 12,52%. No ano, a alta acumulada é de 33,99%, donde se conclui que, “até agora o BC está apenas está enxugando gelo” . Na verdade tenho sérias críticas em relação aos chamados Leilões à vista, ou seja, quando o Banco Central vende dólar físico, queimando as reservas internacionais. É uma operação que não tem volta, portanto, o BC deve tomar cuidado ao se desfazer dos recursos estrangeiros que o País possui, esses leilões, visam principalmente resguardar as empresas que especularam.

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Governo autoriza estatização de instituições privadas no País

SÃO PAULO – O governo mostrou mais uma vez seu comprometimento para evitar que a crise financeira atinja com força o Brasil. Nesta quarta-feira, 22, o Diário Oficial da União traz uma medida provisória, assinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que autoriza o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprarem ações em instituições financeiras privadas. Na prática, a MP permite aos bancos estatizar as instituições com problemas.

De acordo com a medida, os dois bancos federais poderão comprar participações em instituições financeiras, públicas ou privadas, sediadas no Brasil, incluindo empresas dos ramos securitário, previdenciário e de capitalização, entre outras. Além disso, o negócio poderá ser realizado sem qualquer licitação para isso.

A MP 443 autoriza ainda a criação da empresa Caixa – Banco de Investimentos S.A., sociedade por ações, subsidiária integral da Caixa Econômica Federal, com a finalidade de explorar atividades de banco de investimento.

A última determinação da medida, que entra em vigor já nesta quarta, é que o Banco Central poderá realizar operações de swap (contratos que trocam os rendimentos em juros pela oscilação da moeda estrangeira) de moedas com bancos centrais de outros países, nos limites e condições fixados pelo Conselho Monetário Nacional.

O presidente do BC, Henrique Meirelles, e o ministro da Fazenda, Guido Mantega, darão uma entrevista coletiva a partir das 11 horas, na sede do Ministério da Fazenda em Brasília, para explicar a Medida Provisória.

Agência Estado

Rizzolo: A medida é boa e poderá amenizar o problema de falta de liquidez de algumas instituições financeiras. Observem que o problema todo gira em torno da confiabilidade no mercado, quanto mais o governo sinalizar nas propostas que pautam a segurança do financeira, melhor será as reações inclusive na questão cambial, que é alavancada pela especulação. Nesse mesmo esteio de proposta, os bancos europeus agiram para conter a crise. Hoje existe de forma acentuada um caráter endógeno de geração de crises no capitalismo, e demora na participação do Estado como elemento regulador pode causar danos irreparáveis.

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