Silvio Santos relata que é judeu e fala sobre caridade

Silvio Santos nos dá um exemplo do que é a caridade, ser judeu, e ajudar ao próximo. Parabéns ao apresentador pelas palavras e por admitir sua religião e seu amor à Deus. Em suas palavras ouve-se uma doce melodia de esperança, solidariedade, e amor aos pobres. Tudo que falta na visão egoista de alguns, que na política, viram suas costas aos humildes e necessitados.

Fernando Rizzolo

“Chega de corrupção e rolo, para deputado federal Fernando Rizzolo – PMN 3318”

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Milionários preferem dar dinheiro para caridade do que deixar para os filhos

Pesquisa mostra que 62% dos pesquisados com ativos de mais de US$ 800 mil planejam deixar seu dinheiro para organizações beneficentes para incentivar os filhos a trabalhar.

O interesse crescente em filantropia entre os mais ricos do Reino Unido e dos Estados Unidos indica que a próxima geração de multi-milionários talvez não faça justiça ao título. Segundo uma pesquisa divulgada agora, muitos milionários – e até bilionários – pretendem deixar menos dinheiro como herança para seus filhos.

Pesquisa da Richard Harris, fundadores do serviço de testamento online, descobriu que 62% das pessoas com ativos estimados em mais de US$ 800 mil planejam gastar seu dinheiro com obras de caridade ou simplesmente doá-lo para as organizações.

Com isso, os milionários estariam seguindo os passos de ricos “do bem” como Bill Gates e Duncan Bannatyne, que decidiram doar a maior parte de suas fortunas para causas nobres a fim de iincentivar os filhos a iniciar uma carreira e pagar suas próprias contas.

Segundo o próprio Richard Harris, “filantropos ricos, principalmente empreendedores multi-milionários, são firmes em dizer que querem que seus filhos tenham um incentivo para trabalhar duro como eles fizeram em suas vidas. E uma forma de fazer isso é limitando suas heranças”.

“Os pais não querem tirar a ambição dos filhos”, diz. “Em vez de deixar suas fortunas para trás, eles estão repassando a maior parte do dinheiro para causas sociais que eles já defendem e nas quais acreditam. Eles estão colocando mais ênfase em deixar um legado que beneficie a sociedade.”

“Há uns dez anos, 75% da lista dos mais ricos do jornal Sunday Times eram compostos por gente que havia herdado dinheiro de família. Hoje, essa proporção é inversa”.

Tanto é verdade que a lista dos filantropos inclui nomes de prestígio do mundo dos negócios.

– Duncan Bannatyne – Empreendedor que faz parte do programa de TV inglês “Dragon’s Den”, em que milionários dizem se vão ou não investir no negócio de novos empreendedores. Pai de seis filhos. Ele criou um fundo para beneficiar suas crianças, mas já avisou aos filhos que eles terão de demonstrar fibra moral suficiente antes de receber sua parte do quinhão.

– Peter Jones – Empreendedor que também faz parte do programa “Dragon’s Den” já disse aos cinco filhos que eles terão de trabalhar, mas prometeu que um fundo vai dobrar sua renda a cada ano e se eles decidirem trabalhar com organizações de caridade (terceiro setor) ou assumirem um trabalho socialmente responsável, o fundo pagará três vezes seu salário anual.

– Bill Gates – O fundador da Microsoft planeja doar a maior parte de sua fortuna antes de morrer, mas quer deixar US$ 10 milhões para cada um dos três filhos. O resto vai direto para obras de caridade nas quais está envolvido com a Fundação Bill e Melissa Gates. Ele é especialmente atraído para projetos de educação em países menos desenvolvidos.

– Warren Buffet – O mega-investidor americano, segundo homem mais rico do mundo atrás somente do amigo Bill Gates, tem uma fortuna estimada em US$ 62 bilhões. Ele já declarou que vai deixar aos filhos “o suficiente para que eles possam fazer qualquer coisa, mas não tanto que não queiram fazer nada na vida”.

– Barron Hilton – O avô da patricinha Paris Hilton prometeu doar 97% da sua fortuna de US$ 2,3 bilhões para entidades beneficentes.

Época

Rizzolo: Com efeito, no mundo a tendência dos afortunados é cada vez mais se vincularem às causas que envolvam a caridade e a filantropia. No Brasil essa parcela ainda é pequena, contudo cresce a cada ano a conscientização de que doar para a caridade ou tzadaká (hebraico) é a melhor forma de se empregar o dinheiro aqui no mundo terreno, e ao mesmo tempo, de limitar aos herdeiros os volumes de recursos que muitas vezes são gastos de forma pródiga. Instituições sérias, íntegras e com visão empresarial como a Casa Hope,fazem parte do elenco de opção hoje disponíveis no Brasil; e o reconhecimento que a caridade faz bem, e está na pauta mundial dos negócios, foi a presença das 1500 pessoas na festa da inauguração da sua sede própria no dia 12 de maio. São os milionários do Brasil seguindo a nova tendência da filantropia mundial.

Ele nunca soube quem salvou sua vida

A casa era pequena, pobre, e o sol na maior parte do tempo, esquentava o teto com telhas envelhecidas e marcadas pelo desgaste. O chão, batido e sofrido, apresentava as irregularidades da terra socada, dura, como o dia-a-dia daquela família no interior do sertão do Piauí. A família era numerosa, o pai jovem, mas de rosto enrugado e seco, olhava a plantação de mandioca e compartilhava com o sol o desejo da chuva que não vinha. A mãe, de quatro filhos, tinha um olhar cansado e triste. Tinha um carinho especial por Larinho, seu último filho, um menino esperto de seis anos que sem saber o que era pobreza, corria ao redor da casa todas as manhãs com um carrinho de madeira, já bem sujo de terra, dado pelo seu tio Amâncio, que morava no Rio de Janeiro.

Larinho na verdade era um menino alegre, esperto, um brasileirinho típico de uma família pobre do sertão do Piauí. A cidade distante do Capital nada tinha, a não ser a esperança do amanhã, da chuva, do “Bolsa Família” e de Deus. Foi num dia quente como tantos outros, que como de costume ao correr com seu carrinho de madeira envolta à casa, Larinho sentiu um incômodo nos seus pequenos olhinhos, o sol lhe incomodava, seus olhos pareciam inflamado. Ao contar para sua mãe o que ocorria, ela logo o levou para um posto de saúde há quatro quiilômetros da sua cidade. O médico, com pouquíssimos recursos, nada observou de grave, apenas um estrabismo, mas o encaminhou a um centro especializado na Capital.

Larinho já cansado, nem parecia mais aquele menino alegre. Na viagem à Capital, para um centro especializado em oftalmologia, passou deitado o tempo todo ao colo de sua mãe, que já sofrida e cansada, havia deixado seus outros três filhos com o pai. Ao chegar na consulta exausta com Larinho no colo, o pobre garoto estava quase dormindo, caído, cansado, exausto. O médico, com um olhar pensativo, ao examiná-lo, e logo desconfiou de algo.

– A senhora tem que ir para São Paulo levar o Larinho, o menino precisa de exames complementares no Hospital das Clinicas. – disse ele com um olhar pensativo e preocupado.

– Ira à São Paulo? – exclamou ela, já pensando como deixaria seus outros filhos e o marido.

– Como ir à São Paulo, e meus outros filhos ? – retrucou ela, como que pega pela surpresa, e de certa forma tentando convecê-lo de que não era necessário.

– Precisa ir, e urgente. – disse o médico num tom quase enfático e determinado.

E assim foi então, uma semana depois Larinho já estava à caminho, no ônibus sentia no colo materno, o calor da mãe. O incômodo nos olhos, a saudade da família e uma história de diferente de vida começava, assim como começou do nada a luz do dia incomoda-lo; quando corria com seu carrinho de madeira dado pelo seu tio Amâncio. Na viagem tudo era estranho, uma mistura de tristeza e medo, uma incerteza, o ônibus, as pessoas, o movimento das paradas, a saudade do pai, dos irmãos, nada tinha sentido.

Ao chegar no Hospital em São Paulo, Larinho foi diagnosticado como portador de um retiniblastoma bilateral infantil, um o tumor intra-ocular mais frequente na infância. A vida a partir daquele momento mudou para toda a família, o médico que o atendeu chamou sua mãe, e com um olhar lacrimejante lhe disse:

– O Larinho tem um tipo de tumor nos olhos. Terá que fazer tratamento aqui em São Paulo por tempo indeterminado. A senhora e o Larinho serão encaminhados a uma Casa de Apoio, a Casa Hope. – disse o médico olhando o menino magrinho, cansado, com um olhar assustado.

E lá foi Larinho para a Casa Hope, ainda me lembro quando o vi pela primeira vez, tristonho, num canto, num sofá, com um tampão no olho esquerdo. Dizem que a noite por não mais enxergar, chorava ao colo da mãe soluçando dizendo:

– Mãe, ascende a luz do quarto! Acende a luz do quarto mãe! – Larinho teve seus olhos amputados.

Mas o lado mais comovente dessa história verídica e triste, estão nos personagens, nas almas, que socorrem a Casa Hope e não aparecem. São empresas, famílias ricas, pessoas da classe média, pobres, pagadores de promessas, empresários, que na sua maioria não querem ser identificados, o que os tornam mais nobres ainda. De todas as obrigações que Deus nos impôs a tsedacá ou caridade é a mais nobre. No judaísmo tsedacá não é bem caridade mas exprime um conceito de justiça.

O Rambam, Maimônides (1135-1204), um dos grandes codificadores das Lei Judaica, estabeleceu uma hierarquia de 8 pontos para esta benção da caridade:1) Dar um presente, emprestar dinheiro, aceitar como sócio ou arrumar trabalho para alguém, antes que ele precise pedir caridade; 2) Fazer caridade com um pobre, onde ambos o doador e o destinatário não sabem a identidade um do outro; 3) O doador sabe quem é o destinatário, mas este não sabe quem é o doador; 4) O destinatário sabe quem é o doador, mas este não sabe para quem está doando; 5) O doador faz a caridade antes mesmo de lhe ser pedida; 6) O doador dá algo a um pobre depois de lhe ser pedido; 7) O doador dá menos do que deveria, mas o faz de uma maneira agradável e reconfortante;8) O doador faz a caridade com avareza (ele sente incômodo neste ato, mas não o demonstra). Consta no Shulchán Aruch (O Código de Leis Judaico) (Yore Dea 249:3) que se a pessoa visivelmente demonstra desprezo, ela perde o mérito desta benção.

Hoje Larinho ainda tristinho, aprende braile, tornou-se cego, está aprendendo a conviver com sua deficiência. Continua a viver, sim, com a luz daqueles que se dispuseram a ajuda-lo e a ajudar tantas outras crianças da Casa Hope, ajuda que se assemelha a uma luz que brilha na alma, acendendo em direção a uma nova vida daquelas crianças, suprindo enfim, um brilho de repede se ocultou pelo destino, ou quem sabe, aquela luz que sem se despedir despareceu da visão de Larinho, deixando-o sozinho no quarto. Acenda a luz que existe dentro de você, não deixem os quartos sem luz . Ajudem a Casa Hope !

Dedico este texto às crianças da Casa Hope e a Claudia Bonfiglioli, que ao fundar a instituição há 12 anos atrás, criou uma “Tempestade de Esperança ” aos meninos e meninas do Brasil.

Tenha um sábado de muita paz !

Fernando Rizzolo

Obs. Leitores, agora temos o domínio próprio: http://www.blogdorizzolo.com.br

O legado da Identidade Espiritual

O Rabi Menachem Mendel Schneerson, o lider ” O Rebe”, a figura mais eminente do judaísmo nesta geração, sempre dizia que nada nesta vida é por acaso. Um encontro, uma viagem, um convite, enfim tudo já está planejado pelo Grande Arquiteto do Universo. Mas porque pensar nas palavras do Rebe nesta noite de sexta-feira já de madrugada. Insônia? Reflexões noturnas? Pouco importa, nada é por acaso.

Sempre que volto do “Shull” – Sinagoga – surgem as perguntas; todos nós sempre temos questionamentos sobre a vida, quer do ponto de vista político, pessoal, familiar, ou ético. Talvez a certeza de que a existência humana seja de certa forma limitada no tempo, e que o esforço para que os valores que acreditamos serem verdadeiros, sejam efetivamente passados aos nossos descendentes possam não lograr êxito, nos faz sermos críticos em relação a nós mesmos. As perguntas que deveríamos fazer poderiam ser: Até que ponto os meus valores religiosos, éticos, morais estão sendo transmitidos aos meus filhos, netos ou à família? Que exemplo estamos dando aos nossos filhos nos negócios, na vida pessoal, enfim, na sociedade?

Um exemplo clássico é a questão judaica, hoje não existe nenhum empecilho para um judeu deixar de professar sua fé, não há pogrom, não há inquisição, não há anti-semitismo exacerbado, e no entanto, muitos nem sequer aceitam sua condição judaica. Em relação a outras religiões pode-se dizer o mesmo, nunca ” antes na história desse País” tornou-se tão acessível o Evangelho, as mensagens da Bíblia; quer na Televisão, quer no Rádio, a palavra de Deus está por toda parte, contudo poucos são aqueles que conseguem levar membros da sua própria família a ouvir as palavras de Deus. A resistência sempre existe.

Nada na vida prospera se não há uma relação de conectividade com Deus, enganam-se aqueles que entendem ser o ” self made man” e tudo podem. Os exemplos de milionários nos EUA que nunca aceitaram a conectividade divida e perdem tudo está acima da média, descobrem ao final, de que o dinheiro por si só nada representou nas suas vidas quando se vêem frente a frente com uma doença grave, uma tragédia, um infortúnio, a perda de um ente querido. Nunca fizeram o que chamamos em Hebraico de Tsedaká ou caridade, e mal sabem o que é Deus, sempre souberam o que é o bem material, o que quase sempre os levaramm a afogar-se na tristeza e no desespero e nas drogas.

Valores importantes não apenas do lucro material, mas de lucro também espiritual, é o legado que podemos deixar aos nossos filhos sejam qual for a religião. Conceitos de Tsedaká ou caridades tão pouco exercitadas no Brasil devem ser encorajados já nas escolas primárias, nas Universidades, nas empresas. Realmente fico impressionado com os despojamentos de algumas famílias ricas e empresas no Brasil, que por tradição familiar, ou por cultura, ou até por consciência, fazem doações volumosas à Casa de Apoio Hope, da qual Cláudia Bonfiglioli, é a presidente. Com certeza esses empresários já receberam desde cedo o legado da importância da responsabilidade social, muito antes de este termo existir no nosso meio ou na sociedade.

Talvez falar em Tsedaká, em identidade, em religião, e em Deus fosse minha missão neste Shabbat, talvez não conseguir dormir fosse um plano para que você, por acaso, sem querer, finalmente lesse esse artigo e concordasse com o Rebe, que finalmente nada é por acaso.

Tenha um ótimo Sábado e uma semana feliz!

Fernando Rizzolo