Lula enviou carta a Obama, diz Amorim

Enviado especial da BBC Brasil a Manaus – O Ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, disse nesta quinta-feira em Manaus que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva enviou uma carta ao presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, em resposta a uma carta que havia sido a ele pelo líder americano no domingo.

Amorim, entretanto, não quis revelar informações sobre o conteúdo da mensagem de Lula, argumentando que trata-se de correspondência diplomática e, por isso, deve ser mantida “reservada”.

O chanceler também revelou que passou nesta quinta-feira “mais de uma hora” conversando por telefone com a secretária de Estado americana, Hillary Clinton. Novamente, ele não entrou em detalhes.

“Isso que é importante, um diálogo constante sobre todos os temas. O presidente Lula respondeu à carta enviada pelo presidente Obama e eu conversei por mais de uma hora com a secretária de Estado.”

Garcia ‘decepcionado’

O conteúdo exato da carta enviada por Obama não foi revelado, mas segundo versões divulgadas na imprensa, nela o líder americano reitera a posição americana em relação ao golpe em Honduras.

O governo dos Estados Unidos defende que o reconhecimento do resultado das eleições presidenciais em Honduras pode ajudar a colocar um fim à crise política que se instalou no país desde a deposição de Zelaya, em 28 de junho.

O Brasil, por sua vez, insiste que não irá reconhecer o vencedor do pleito, porque interpreta que isso será o mesmo que reconhecer o que considerou ter sido um golpe de Estado no país centro-americano.

Em outro trecho da carta, Obama teria solicitado a Lula que comunicasse ao presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad – que esteve em Brasília na segunda-feira – as preocupações americanas quanto ao programa nuclear iraniano e pedisse a Ahmadinejad que cumprisse suas obrigações internacionais.

O americano também teria abordado na mensagem pelo menos dois outros temas: a reunião sobre mudanças climáticas da ONU, que será realizada na Dinamarca no mês que vem, e as negociações da Rodada Doha para liberalização do comércio global.

O assessor especial da Presidência da República, Marco Aurélio Garcia, primeiramente reagiu à carta dizendo que a posição de Washington em relação a Honduras estava “equivocada” e que havia “um sabor de decepção” do Brasil em relação à posição defendida pelo governo Obama.

Depois, na quarta-feira, o general americano James Jones, assessor de segurança de Obama, teve uma conversa telefônica com Marco Aurélio Garcia, em que falaram sobre o teor da carta de Obama.

Nesta quinta-feira, em Manaus, tanto Garcia quanto o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, procuraram minimizar a visão de que Estados Unidos e Brasil estejam vivendo um momento de confronto.
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Rizzolo: Essa postura do Brasil não é nada recomendável. O ponto de vista brasileiro passou a ser o mesmo que os dos países esquerdistas como a Venezuela, Bolívia e outros. Fica evidente que o mal-estar já se instalou entre os dois países. Os EUA representam a maior democracia do planeta e o Brasil cerra fileiras com os de vocação ditatorial e os que não respeitam os direitos humanos como o Irã. Uma pena.

Amorim nega tensão entre Brasil e Estados Unidos

RIO – O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, negou hoje haver tensão nas relações entre Brasil e Estados Unidos em consequência das divergências entre os dois países sobre as eleições e a situação política de Honduras. Pouco antes de participar do encontro entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ex-secretário geral da ONU Kofi Annan, no Hotel Sofitel, no Rio, Amorim explicou que as diferenças de posição não são suficientes para gerar crise entre Brasília e Washington.

“Não há tensão alguma na relação entre Brasil e Estados Unidos. Nós temos é que nos acostumar a ter diferenças. E, no passado, já tivemos em relação à ALCA (Área de Livre Comércio das Américas), em relação à OMC (Organização Mundial do Comércio). Isso não gera tensão”, disse Amorim. “Nós estamos em latitudes diferentes. Brasília está no hemisfério sul, Washington, no hemisfério norte. É natural que as coisas, às vezes, sejam vistas de forma diferente. Isso não deve ser e não é razão para tensão”, reafirmou.

Carta

Amorim também confirmou o recebimento de uma carta assinada pelo presidente dos EUA, Barack Obama, em que a questão hondurenha é abordada, e disse que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deverá respondê-la de forma “educada, adequada, mostrando seu ponto de vista, sempre salientando a possibilidade de cooperação, não deixando de salientar o ângulo como a gente vê as coisas”, disse.

O ministro afirmou que só soube das críticas do assessor especial da Presidência da República Marco Aurélio Garcia à política externa americana “pela manchete do jornal”. Ontem, o assessor do presidente qualificou como equivocada a posição do governo Obama sobre a crise política hondurenha e disse estar decepcionado e “com certa frustração” com os andamentos da política externa do presidente americano.

O ministro também avaliou de forma negativa o andamento do processo político em Honduras. “Sem o retorno do presidente Zelaya ao poder, todos os países da América Latina e do Caribe já declararam que não reconhecerão o novo governo. Eu não sei, no futuro, o que vai acontecer com os outros países, mas o Brasil continua firme nessa posição”, ressaltou Amorim.

Amorim também negou que se os desentendimentos entre Brasil e Estados Unidos possam ter se radicalizado depois que o país recebeu a visita oficial do presidente Irã, Mahmoud Ahmadinejad, na segunda-feira. Segundo ele, os Estados Unidos sempre incentivaram o Brasil a “transmitir certas mensagens” ao líder iraniano. “Não vejo como (a visita possa ter gerado problemas). Isso é um pouco de fantasia da mídia brasileira”, disse o ministro.
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Rizzolo: É claro que os EUA não vêem com bons olhos essa aproximação com o Irã, tampouco a postura brasileira em Honduras. Agora teremos que amargar os efeitos danosos da visita. Obama por ser um presidente fraco sofre a influência dos conservadores americanos que estão indignados com a frouxidão americana na América Latina, dando espaço para russos, chineses, iranianos, e até norte coreanos, mas tenham certeza de que do jeito que a carruagem anda isso vai mudar.

Hillary Clinton diz que Israel tem o direito de se defender

WASHINGTON – A secretária de Estado norte-americana Hillary Clinton disse nesta terça-feira que Israel tem o direito de se defender e que os foguetes lançados por palestinos ao Estado judeu não poderiam ficar sem resposta.

“Nós apoiamos o direito de Israel de se defender. Os foguetes (palestinos) estão chegando cada vez mais perto de regiões habitadas (em Israel) e não podem ficar sem resposta”, disse Hillary em sua primeira coletiva como secretária de Estado.

“É lamentável que os líderes do Hamas aparentemente acreditem que seja interessante para eles provocarem o direito de auto-defesa em vez de construir um futuro melhor para as pessoas em Gaza”, acrescentou ela.

Durante a mesma entrevista, Hillary disse que está clara a oportunidade para o Irã mostrar que está pronto para mostrar um “empenho significativo”.

Questionada sobre os comentários feitos pelo presidente norte-americano, Barack Obama, na segunda-feira de que os Estados Unidos estão preparados para estender sua mão ao Irã se o país “descerrar o punho primeiro”, Hillary sinalizou que pode apoiar os iranianos para fazer sua primeira mudança.

“Há uma clara oportunidade para os iranianos, como o presidente expressou em sua entrevista, para demonstrar alguma disposição para um empenho significativo com a comunidade internacional”, disse ela a jornalistas.
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Rizzolo: O bom senso independe de partido. É óbvio que Israel tem seu pleno direito de se defender, e o Hamas precisa de uma vez por todas entender, que não é desta forma violenta que se negocia, ou se avança no diálogo. É uma pena que na América Latina ainda exista a influência esquerdista que dá guarida a grupos reconhecidamente terroristas, como assim é classificado o Hamas nos EUA. Não é atirando foguete contra a população civil israelense, e utilizando crianças como escudo humano, que se constrói um diálogo.

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Petistas acusam Berzoini de ‘distorcer’ nazismo

SÃO PAULO – Imersos em sucessivos conflitos internos, os petistas incorporaram à seara partidária uma nova ferida – a ofensiva israelense na Faixa de Gaza. Quinze dias após o comando do PT divulgar nota condenando o terrorismo de Estado do governo de Israel, um grupo de 36 filiados divulgou uma carta em tom duro, alegando que o primeiro texto, entre outras falhas, distorce o fenômeno histórico do nazismo. A carta é dirigida a Ricardo Berzoini, presidente do partido e autor do primeiro texto, em parceria com Valter Pomar, secretário de Relações Internacionais.

As 29 linhas, pontuadas por críticas veementes e indignação, são subscritas por dois ministros – Tarso Genro, da Justiça, e Fernando Haddad, Educação -, pelo senador Aloizio Mercadante (SP) e personalidades. Gostaríamos de manifestar publicamente desacordo, dizem os petistas na carta, veiculada ontem no site do PT.

O grupo alega que Berzoini ignorou a posição histórica do partido de defender a coexistência pacífica dos povos, não registrou a necessária condenação ao terrorismo, ignorou o reconhecimento do direito de existência de Israel e se posicionou de modo a queimar, ao invés de construir?, pontes de entendimento.

Berzoini – que escreveu: A retaliação contra civis é uma prática típica do exército nazista – tentou esfriar o caso. São algumas pessoas que não concordaram com a primeira nota. O PT está sempre aberto ao debate. E manteve o tom: Os fatos mostraram que a nossa nota estava coberta de razão. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Agência Estado

Rizzolo: O curioso nesta retratação, é que de todo o partido, apenas alguns – 36 filiados – se manifestaram contra Berzoini, muito poucos na verdade subscreveram e se indignaram. O problema é que o PT na sua grande maioria, se alinha com grupos anti Israel, e quando estão sem o devido ” patrulhamento” se empolgam e fazem uso do linguajar de grupos como o Hamas e outros. Não há dúvida que alguns petistas realmente se tornam indignados com a postura do partido, mas como minoria, não possuem correlação de forças internamente para ” controlar” o radicalismo. É uma pena a comunidade judaica brasileira e internacional, conviver com este constrangimento imposto pelo PT.

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