Escola onde menino foi morto em Embu retoma aulas nesta terça

SÃO PAULO – Segundo a assessoria de imprensa do Colégio Adventista de Embu das Artes, em Embu, na Grande São Paulo, as aulas, que foram suspensas na semana passada, serão retomadas nesta terça-feira, 4. A escola foi fechada depois que o estudante da quarta série, Miguel Cestari Ricci dos Santos, de 9 anos, foi alvejado à queima roupa dentro de uma das salas de aula da escola.

A polícia suspeita que um tiro acidental disparado por um colega da mesma idade tenha matado o menino. Desde o início da manhã desta segunda-feira, o colégio promove uma reunião entre os pais de alunos, que estão recebendo orientações, dando informações e sendo ouvidos pela diretoria.

Psicólogo. A Polícia Civil quer que o menino de 9 anos suspeito de matar acidentalmente o colega de classe passe por avaliações psiquiátricas e psicológicas. “Vamos encaminhar o pedido nesta semana para a Vara da Infância e da Juventude de Embu”, disse o delegado Pedro Arnaldo Buk Forli, do Setor de Homicídios da Delegacia Seccional de Taboão da Serra.

Para o delegado, é necessária uma intervenção na vida psicossocial do menino. “Psicólogos, psiquiatras e assistentes sociais precisam analisar e estudar essa criança. Mas não para fins de internação. São técnicos especializados da Vara da Infância e da Juventude, com certeza saberão se o menino atirou acidentalmente e chegarão à verdade.”

O psiquiatra forense Guido Palomba disse que os pais do menino é que deveriam ser ouvidos. A criança é inimputável e mistura fantasia e realidade. “Os pais têm de contar o que aconteceu. Devem ser chamados à responsabilidade e explicar como o filho arrumou a arma. O menino que matou e o que morreu são vítimas”, argumentou Palomba.

Suspeito. A Polícia Civil ouviu os pais do menino. Eles negaram o envolvimento do filho e disseram que nunca tiveram arma. Mas, para a polícia, depoimentos de testemunhas reforçam os indícios de que o suspeito atirou em Miguel. Dois colegas de classe viram ele e Miguel entrando na sala após atividade no pátio. Uma menina ouviu um disparo e em seguida viu o suspeito deixar a classe e esconder a arma na mochila.

O uniforme e a mochila do suspeito foram apreendidos e serão periciados para saber se neles há vestígio de pólvora. “Temos convicção de que ele atirou acidentalmente e está mentindo. Não temos provas e os pais dele não colaboram”, acrescentou Forli.

estadão
Rizzolo
: Essa história está mal esclarecida, precisamos aguardar os laudos para inferir se realmente foi o outro garoto o agente do crime. Agora ao que me consta a escola evita a imprensa, portanto parece que as informações ficam ainda por demais distorcidas. Em relação à responsabilidade penal irá recair ela aos país e a escola. Vamos aguardar mais informações. Absurdo hein !!

Humoristas protestam contra censura a piadas com políticos

Lei Eleitoral prevê multa de até R$ 100 mil a programas que ‘degradem ou ridicularizem candidato, partido político ou coligação’

RIO – Algumas das figuras mais engraçadas da TV e dos palcos de teatro se concentraram no domingo, 22, à tarde em frente ao Copacabana Palace, no Rio, para protestar contra a censura ao humor. “Os humoristas não podem fazer rir, mas os políticos podem fazer chorar”, dizia um dos cartazes do ato, que reuniu nomes como Bruno Mazzeo, Maria Clara Gueiros, Marcelo Madureira, Sérgio Malandro, Sabrina Sato, Claudio Manoel, Helio de La Peña e Nelson de Freitas, entre outros, além de muitos curiosos, responsáveis por providencial agito em busca de autógrafos e fotos.

Certo de que nunca é tarde para empunhar o megafone, o movimento Humor Sem Censura cobra uma revisão do trecho da Lei Eleitoral (9.504) que prevê aplicação de multas de até R$ 100 mil a programas que usem “trucagem, montagem ou outro recurso de áudio ou vídeo que, de qualquer forma, degradem ou ridicularizem candidato, partido político ou coligação”.

O texto é de 1997,e a iniciativa de trazê-lo a discussão é do humorista Fábio Porchat, redator de humorísticos da Globo e integrante do grupo Comédia em Pé. “Em 1997, eu tinha 13 anos e ia ser muito difícil eu organizar uma coisa como essa”, explica Porchat, com galhofa. “Só agora que faço parte da nova geração de humor, que está na internet, na TV e no rádio é que podemos nos organizar para fazer esse protesto. A lei só tomou luz agora porque só agora é que temos tantos programas de humor tão contundentes em relação à política.”

Porchat se refere a programas como CQC (Band) e Pânico (Rede TV!), que frequentam os corredores de Brasília à caça de alvos para piadas. Da geração anterior à dos jovens humoristas, Hélio De La Peña, diz que o Casseta & Planeta (Globo) teve de queimar os miolos para falar não esbarrar na Lei Eleitoral. “A gente inventa, para tratar do milagre sem tratar do santo”, explicou.

Seguidos por um pequeno grupo de simpatizantes, cabos eleitorais de candidatos com senso de oportunidade e um batalhão de repórteres, os humoristas seguiram pela orla de Copacabana em direção ao Leme, num percurso, digamos, simbólico. “Os comediantes finalmente estão na primeira divisão e estão sendo bem tratados e reconhecidos. Nada mais justo do que rever uma lei que vai totalmente contra a democracia e nos atinge em cheio”, resumiu o ator Lúcio Mauro Filho, o Tuco do seriado A Grande Família, da Globo
estadão

Rizzolo: Entendo que eleição é coisa séria. Se os candidatos nada sérios, a convite de partidos não prestigiam a democracia, e se lançam de forma jocosa, é outra história, mas isso não justifica humoristas se aterem a chacotas com candidatos a eleição. Temos que restituir de uma vez por todas a seriedade do momento político, a começar por eleger pessoas sérias, preparadas, com propostas e com passado límpido. Se segmentos da imprensa pretendem desqualificar a nossa democracia, isso não deve ser endossado pela sociedade. Esse protesto é sem sentido, e um desserviço à democracia. Eleição é coisa séria, pelo menos para mim, podem me chamar de sonhador.

MP de Minas denuncia goleiro Bruno e mais 8 pelo sumiço de Eliza

SÃO PAULO – O Ministério Público de Minas Gerais afirmou que o promotor Gustavo Fantini, de Contagem, ofereceu nesta quarta-feira, 4, denúncia contra os nove indiciados no caso Eliza Samudio. O órgão não soube informar por quais crimes eles foram denunciados.

Na quinta-feira, 29, a Polícia Civil de Minas concluiu o inquérito que apura o desaparecimento da ex-amante do atleta Bruno Fernandes de Souza. O ex-goleiro do Flamengo foi indiciadas por homicídio, sequestro, cárcere privado, ocultação de cadáver, formação de quadrilha e corrupção de menores. Também foram indiciados pelos mesmos crimes: Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão; Flávio Caetano de Araújo; Wemerson Marques de Souza, o Coxinha; Dayane Rodriques do Carmo Souza, mulher de Bruno; Elenilson Vitor da Silva; Sérgio Rosa Sales; e Fernanda Gomes de Castro.

O ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, apontado como o assassino de Eliza, foi indiciado por homicídio triplamente qualificado (motivo fútil, meio cruel e não possibilitou a defesa da vítima), formação de quadrilha e ocultação de cadáver.

Eliza desapareceu no início de junho. Um adolescente de 17 anos, primo de Bruno, disse à polícia que a jovem foi assassinada. O corpo dela ainda não foi localizado. Eliza tentava provar na Justiça que Bruno é pai de seu filho, de 5 meses. A criança está com a avó materna em Mato Grosso do Sul.
estadão

Rizzolo: Na verdade desconhecemos ainda o teor da denúncia, e por quais crimes foram denunciados os acusados. É bom lembrar que o início da ação penal de dá com o recebimento da denúncia pelo juiz, e não pelo oferecimento da mesma. De qualquer forma o promotor que é o titular da ação penal, entendeu que há indícios ou elementos para o oferecimento. Agora vamos aguardar o desenrolar da ação penal se esta for adiante.

Denúncias de violência contra mulher crescem 112%

A Central de Atendimento à Mulher Ligue 180 registrou um aumento de 112% no número de denúncias de janeiro a junho deste ano, em comparação com o mesmo período de 2009. No primeiro semestre de 2010, foram 343.063 atendimentos – contra 161.774 nos seis primeiros meses de 2009.
Os dados foram divulgados nesta terça-feira (03) pela Secretaria de Políticas para as Mulheres, vinculada à Presidência da República.

Segundo o levantamento, as ameaças foram verificadas em 8.913 situações. Este é o segundo crime mais relatado pelas cidadãs que acessam o serviço, precedido apenas pela lesão corporal. Somadas, ameaças e lesões corporais representam cerca de 70% dos registros.

Das pessoas que entraram em contato com o disque-denúncia, 14,7% disseram que a violência sofrida era exercida por ex-namorado ou ex-companheiro, 57,9% estão casadas ou em união estável e, em 72,1% dos casos, as mulheres relatam que vivem junto com o agressor.

Cerca de 39,6% declararam que sofrem violência desde o início da relação; 38% relataram que o tempo de vida conjugal é acima de 10 anos; e 57% sofrem violência diariamente. Em 50,3% dos casos, as mulheres afirmam correr risco de morte.

O percentual de mulheres que declaram não depender financeiramente do agressor é de 69,7%. Os números mostram ainda que 68,1% dos filhos presenciam a violência e 16,2% sofrem violência junto com a mãe.

Distrito Federal lidera atendimentos

Quando considerada a quantidade de atendimentos relativos à população feminina de cada estado, o Distrito Federal foi o que mais entrou em contato com a central, com 267 atendimentos para cada 50 mil mulheres. Em segundo lugar aparece o Tocantins, com 245, e, em terceiro, o Pará, com 237.

Em números absolutos, São Paulo lidera o ranking com 47.107 atendimentos, seguido pela Bahia, com 32.358. Em terceiro lugar aparece o Rio de Janeiro, com 25.274 dos registros. A procura pelo Ligue 180 é espontânea.

Perfil das agressões

Dos 62.301 relatos de violência, 36.059 correspondem à violência física, 16.071 à violência psicológica, 7.597 à violência moral, 826 à violência patrimonial, e 1.280 à violência sexual – além de 229 situações de tráfico e 239 casos de cárcere privado.

A maioria das mulheres que liga para a central tem entre 25 e 50 anos (67,3%) e com nível fundamental (48,3%) de escolaridade. Já a maior parte dos agressores têm entre 20 e 45 anos (73,4%) e com nível fundamental (55,3%) de escolaridade.
do site vermelho

Rizzolo: Muito há que se fazer para dar maior proteção às mulheres no Brasil. E isso não é um problema das classes menos favorecidas, a questão da violência contra a mulher, transborda o conceito de classe social. Tão comum é ouvirmos casos de agressões às mulheres por parte de seus companheiros, pelos mais diversos motivos. Não basta apenas termos uma legislação penal capaz de coibir os abusos, mas precisamos remodelar os conceitos de respeito à mulher desde o ensino básico, nas escolas, na família, pela imprensa. Só assim poderemos reverter esse quadro absurdo de agressividade e injustiça que aflige parte das mulheres do nosso País

Considerado foragido, acusado de matar Mércia é procurado até pela PF

Considerado foragido pela Polícia Civil de São Paulo, Mizael Bispo de Souza, acusado de matar a ex-namorada Mércia Nakashima, é procurado por pelo menos 30 policiais. Além disso, as policiais de outros estados e até mesmo a Polícia Federal (PF) já foram avisadas, segundo informou na manhã desta quarta-feira (4) ao G1 o delegado Itagiba Franco, divisionário do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Mizael e o vigia Evandro Bezerra Silva tiveram a prisão preventiva decretada pela Justiça de Guarulhos, na Grande São Paulo, no final da tarde de terça-feira (3). Evandro e Mizael negam o crime.

Justiça aceita denúncia e decreta prisão de ex por morte de Mércia Advogado tenta habeas corpus para Mizael, acusado da morte de Mércia ‘Eu já me sinto preso, só não estou numa cela’, diz ex de Mércia

“Mizael é foragido porque a partir do momento que a prisão dele foi decretada ele não foi encontrado. Além disso, o advogado dele foi avisado da prisão e disse que seu cliente não iria se apresentar”, disse o delegado Franco.

Segundo o delegado do DHPP, a Polícia Federal também foi avisada para evitar que Mizael tente usar aeroportos para fugir. “O rosto do Mizael está nos terminais de computador da polícia. Qualquer policial pode prendê-lo. A PF também foi avisada. É um caso de muita repercussão e a possibilidade de prendê-lo existe”, afirmou Franco.

As buscas por Mizael, que não foi encontrado na sua casa e em seu escritório de advocacia, se concentram em São Paulo, em Guarulhos e no litoral paulista.

Evandro, que está preso temporariamente numa cela do 1º Distrito Policial em Guarulhos, deverá ser transferido para um Centro de Detenção Provisória (CDP).

Além de decretar a prisão preventiva dos dois acusados, o juiz Bitencourt Cano aceitou a denúncia do Ministério Público contra Mizael e Evandro pelo assassinado da advogada. Agora, Mizael e Evandro passam a ser réus no processo. A denúncia foi feita pelo promotor Rodrigo Merli Antunes.

O juiz aceitou a denúncia contra Mizael por homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, meio cruel e dificultar a defesa da vítima). O juiz só não aceitou a denúncia por ocultação de cadáver. Segundo o magistrado, ao jogar o carro na represa a intenção era matar a vítima, não ocultar o corpo. “A intenção de jogar a vítima na represa não era de ocultar o cadáver, e, sim, de consumar o delito doloso contra a vida”, afirmou, na sentença.

Evandro vai responder pelos mesmos crimes de Mizael, mas com duas qualificadoras (motivo torpe e dificultar a defesa da vítima), sendo citado pelo promotor como partícipe do homicídio.

Habeas corpus

O advogado e policial militar aposentado não vai se entregar à polícia, reafirmou nesta quarta seu defensor, o também advogado Samir Haddad Júnior. A defesa de Mizael vai tentar recorrer da decisão do juiz Bittencourt Cano. Nesta manhã, Haddad Júnior pretende impetrar um habeas corpus no Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) contra a decretação da prisão.

“A prisão é arbitrária. Só aceito uma decisão da Justiça de Nazaré Paulista, por isso que ele não vai se apresentar agora”, disse o advogado de Mizael. Caso tenha a liminar negada no TJ, Haddad Júnior falou que irá recorrer também a outras instâncias superiores, como o Superior Tribunal de Justiça (STJ) e o Supremo Tribunal Federal (STF). Somente após esgotadas todas as possibilidades de recursos é que Mizael poderia se apresentar.

Mizael já chegou a afirmar em entrevista ao G1 que planejava se entregar no caso de uma nova decisão de prisão contra ele pela Justiça, como a preventiva de terça. Indagado porque seu cliente não cumpriu o prometido, Haddad Júnior afirmou que isso só ocorreria se tivesse sido feita por um juiz de Nazaré Paulista, no interior do estado de São Paulo.

“Vou usar o argumento do promotor na denúncia de que ele mesmo fala que Mércia morreu em Nazaré para mostrar que o juízo de Guarulhos é incompetente. A lei diz que a Promotoria e Justiça de um crime devem ser da mesma cidade onde o crime ocorreu”, afirmou o advogado de Mizael.


Caso

Após desaparecer da casa dos avós em Guarulhos em 23 de maio, Mércia foi achada morta no dia 11 de junho numa represa em Nazaré Paulista. Seu carro foi encontrado submerso um dia antes no mesmo local. Segundo a perícia, a advogada foi agredida, baleada, desmaiou e morreu afogada dentro do próprio carro no mesmo dia em que sumiu. Ela não sabia nadar.

Um pescador havia dito à polícia ter visto o automóvel dela afundar, além de ver um homem não identificado sair do veículo e ter escutado gritos de mulher.

Ciúmes

Para o DHPP, Mizael matou a ex por ciúmes e o vigilante o ajudou na fuga. Evandro, que chegou a acusar o patrão e dizer que o ajudou a fugir, voltou atrás e falou que mentiu e confessou um crime do qual não participou porque foi torturado.

Ainda segundo o relatório do delegado Antônio de Olim, do DHPP, Mizael e Evandro trocaram diversos telefonemas combinando o crime. A polícia chegou a essa informação a partir da quebra dos sigilos telefônicos dos dois. O rastreador do carro do ex também mostrou que ele esteve próximo ao local onde Mércia sumiu e onde ela foi achada no mesmo dia do crime.

Romão Gomes

Caso seja preso, Mizael deverá cumprir a preventiva no presídio Romão Gomes da Polícia Militar, na Zona Norte da capital, pelo fato de ser policial militar reformado. A função da prisão preventiva é manter o acusado preso até um eventual julgamento.

Não é a primeira vez que Mizael foge ao saber que a Justiça mandou prendê-lo. A primeira vez ocorreu em 10 de junho, quando havia sido decretada a prisão temporária do ex-namorado de Mércia. Dias depois, um outro juiz de Guarulhos revogou a decisão e o suspeito pôde voltar a trabalhar normalmente.
G1

Rizzolo: Bem é sempre importante salientar que a fuga é um direito do preso, cabe a Policia Judiciária encontra-lo. Na verdade esse caso está ainda mal esclarecido, existem sim evidências que levam a Mizael, e a questão arguida pela defesa em relação a competência pode ser válida. Com o recebimento da denúncia, inicia-se a ação penal e logo será marcado o interrogatório, que se Mizael não comparecer o tornará revel. Nada bom para ele. A questão da violência neste país esta ligada ao conceito de impunidade, de abrandamento das leis, e acima de tudo com o desrespeito aos direitos da mulher ainda vítima da violência na sociedade.

Lula envia ao Congresso projeto de palmada em crianças

BRASÍLIA – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou na manhã desta quarta-feira, 14, mensagem que encaminha ao Congresso projeto de lei sobre castigos corporais e “tratamento cruel ou degradante” contra crianças e adolescentes. A medida ocorre 20 anos após a implantação do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

Durante a cerimônia no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), sede provisória do governo, Lula comentou sobre possíveis críticas ao projeto. “Vai ter muita gente reacionária nesse País, que vai dizer ”Não, tão querendo impedir que a mãe eduque o filho”, ”Tão querendo impedir que a mãe pegue uma chinelinha Havaiana e dê um tapinha na bunda da criança”. Ninguém quer proibir o pai de ser pai e a mãe de ser mãe. Ninguém quer proibir. O que nós queremos é apenas dizer ”é possível fazer as coisas de forma diferenciada””, disse.

Se punição resolvesse o problema, continuou o presidente, “a gente não teria tanta corrupção nesse País, a gente não tinha tanto bandido travestido de santo”. “Beliscão é uma coisa que dói”, afirmou.

O presidente aproveitou a ocasião para falar sobre os seus tempos de infância. “Eu não lembro da minha mãe ter batido num filho. O máximo que ela fazia às vezes era a gente, cinco homens deitados numa cama, ela vinha com o chinelo, a gente esticava o cobertor, e ela ficava batendo, e a gente fingindo que estava batendo, doendo, gritando, e ela ia embora, quem sabe cansada, e a gente tirava o cobertor e começava a rir”. Sobre o pai, prosseguiu, nunca apanhou dele, apesar de considerá-lo um homem bruto.
Agência Estado

Rizzolo: Não é possível nos dias de hoje, com os avanços da psicologia, da psiquiatria, alguém ainda desconhecer que a agressão a uma criança pode trazer danos irreparáveis à sua formação. Todos sabem que violência acaba gerando violência, portanto o projeto veio em boa hora. O mais importante numa educação é o exemplo, é sublinhar as coisas boas, é ser respeitado sem ser agressivo, para que no futuro tenhamos cidadão mais conscientes e dados ao diálogo do que à truculência.”

” Chega de corrupção e rolo, para Deputado Federal Fernando Rizzolo – PMN 3318 “

Ameaça de bomba faz voo Rio-Paris com 423 a bordo pousar no Recife

Um avião com 423 pessoas a bordo – 405 passageiros e 18 tripulantes – que fazia o voo 443, Rio-Paris da Air France, pousou às 19h50 no Aeroporto Internacional do Recife/Guararapes, depois de ser informado, pelo Rio, de uma ameaça de bomba a bordo.

O avião pousou no Recife porque Guararapes era o aeroporto mais próximo capaz de receber o voo. O aeroporto chegou a ficar cerca de meia hora fechado, mas já retomou a operação normal.

Segundo informações de funcionários do aeroporto, os passageiros e tripulantes foram retirados do aparelho sem problemas.

Por volta das 22h40, o Boeing 747 estava sendo rebocado para uma área especial, onde seria submetido a uma busca minuciosa. Não há previsão de liberação da aeronave para prosseguimento do voo.

agencia estado
Rizzolo: Muito embora se sabendo que houve uma falsa ameaça, com esta notícia fica patente que o acidente anterior pode ter sido motivado por atentado. A grande verdade é que não estamos seguros, e que o terrorismo internacional pode surgir desde um falso alarme até de um efeito real.

” Chega de corrupção e rolo, para deputado federal Fernando Rizzolo- PMN 3318 “

Dez mulheres são mortas por dia no País

SÃO PAULO – Em dez anos, dez mulheres foram assassinadas por dia no Brasil. Entre 1997 e 2007, 41.532 mulheres morreram vítimas de homicídio – índice de 4,2 assassinadas por 100 mil habitantes. Elas morrem em número e proporção bem mais baixos do que os homens (92% das vítimas), mas o nível de assassinato feminino no Brasil fica acima do padrão internacional.

Os resultados são um apêndice, ainda inédito, do estudo Mapa da Violência no Brasil 2010, do Instituto Zangari, com base no banco de dados do Sistema Único de Saúde (Datasus).

Os números mostram que as taxas de assassinatos femininos no Brasil são mais altas do que as da maioria dos países europeus, cujos índices não ultrapassam 0,5 caso por 100 mil habitantes, mas ficam abaixo de nações que lideram a lista, como África do Sul (25 por 100 mil habitantes) e Colômbia (7,8 por 100 mil).

Algumas cidades brasileiras, como Alto Alegre, em Roraima, e Silva Jardim, no Estado do Rio, registram índices de homicídio de mulheres perto dos mais altos do mundo. Em 50 municípios, os índices de homicídio são maiores que 10 por 100 mil habitantes. Em compensação, mais da metade das cidades brasileiras não registrou uma única mulher assassinada em cinco anos.

Outro contraste ocorre quando são comparados os Estados brasileiros. Espírito Santo, o primeiro lugar no ranking, tem índices de 10,3 assassinatos de mulheres por 100 mil habitantes. No Maranhão é de 1,9 por 100 mil. “Os resultados mostram que a concentração de homicídios no Brasil é heterogênea. Fica difícil encontrar um padrão que permita explicar as causas”, afirma o pesquisador Julio Jacobo Wiaselfisz, autor do estudo.

São Paulo é o quinto Estado menos violento do Brasil, com índice de 2,8 por 100 mil habitantes. Mas a taxa é alta se comparada à de Estados americanos, como Califórnia (1,2) e Texas (1,5). “Quanto mais machista a cultura local, maior tende a ser a violência contra a mulher”, diz a psicóloga Paula Licursi Prates, doutoranda na Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo, onde estuda homens autores de violência.

Motivação

Para aumentar a visibilidade do problema e intimidar a ação dos agressores, a aprovação da Lei Maria da Penha, em 2006, foi comemorada pelas entidades feministas por incentivar as mulheres a denunciar crimes de violência doméstica, garantindo medidas de proteção para a mulher e punições mais duras e rápidas contra agressores.

Mas a nova lei não impediu o assassinato da cabeleireira Maria Islaine de Morais, morta em janeiro diante das câmeras pelo ex-marido, alvo de oito denúncias. Nem uma série de outros casos que todos os dias ganham as manchetes dos jornais.

Ainda são raros os estudos de casos que analisam as motivações de assassinos que matam mulheres. De maneira geral, homens se matam por temas urbanos como tráfico de drogas e desordem territorial e os crimes ocorrem principalmente nas grandes cidades. Mulheres são mortas por questões domésticas em municípios de diferentes portes.

“No caso das mulheres, os assassinos são atuais ou antigos maridos, namorados ou companheiros, inconformados em perder o domínio sobre uma relação que acreditam ter o direito de controlar”, explica Wânia Pasinato Izumino, pesquisadora do Núcleo de Estudo da Violência da USP.

Em um estudo das motivações de 23 assassinatos contra mulheres ocorridos nos cinco primeiros meses deste ano e investigados pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa de São Paulo (DHPP), em 25% dos casos o motivo foi qualificado como torpe.

São casos como negativas de fazer sexo ou de manter a relação. Em 50% das ocorrências, o motivo foi qualificado como fútil, como casos de discussões domésticas. Houve 10% de mortes por motivos passionais, ligados a ciúmes, por exemplo, e 10% relacionado ao uso ou à venda de drogas.

“Por serem ocorrências domésticas, às vezes a prevenção a casos como esses são mais difíceis”, afirma a delegada Elisabete Sato, chefe da divisão de Homicídios do DHPP.

agencia estado

Rizzolo: Muito há que se fazer para dar maior proteção às mulheres no Brasil. E isso não é um problema das classes menos favorecidas, a questão da violência contra a mulher, transborda o conceito de classe social. Tão comum é ouvirmos casos de agressões às mulheres por parte de seus companheiros, pelos mais diversos motivos. Não basta apenas termos uma legislação penal capaz de coibir os abusos, mas precisamos remodelar os conceitos de respeito à mulher desde o ensino básico, nas escolas, na família, pela imprensa. Só assim poderemos reverter esse quadro absurdo de agressividade e injustiça que aflige parte das mulheres do nosso País.