CNT/Sensus: Dilma vence Serra na pesquisa espontânea

BRASÍLIA – Levantamento CNT/Sensus divulgado hoje mostra que a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, pela primeira vez ultrapassou numericamente o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), na chamada pesquisa espontânea, na qual os entrevistados respondem livremente em quem vão votar, sem a apresentação de uma lista. Na pesquisa espontânea, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva – que não pode mais concorrer – lidera com 18,7% das intenções de voto, seguido por Dilma, com 9,5%, e Serra, com 9,3%.

No entanto, o técnico do Sensus Ricardo Guedes ressalta que apesar de Dilma estar numericamente à frente de Serra, a situação é de empate técnico. No que tange à rejeição, Dilma tinha em novembro passado um índice de 34,4%, a segunda maior e entre os pré-candidatos. Em janeiro, porém, caiu para 28,4% e passou a ter a menor rejeição entre os presidenciáveis.

Contabilizados os principais números, quem tem menos a comemorar é o pré-candidato Ciro Gomes (PSB). Suas intenções de voto diminuíram no primeiro e segundo turnos e ele foi ultrapassado por Dilma, pela primeira vez, na simulação do segundo turno.
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Rizzolo: E observem que Dilma nem sequer começou para valer sua campanha. O grande medo da população pobre, que foi beneficiada com os programas de inclusão, é que o PSDB acabe liquidando-os, o que não seria improvável. Na essência da visão neoliberal, que é o sustentáculo da oposição, a visão do Estado patrocinador do desenvolvimento é rechaçada. Muito embora Serra seja um desenvolvimentista, um político honesto e competente, o receio da população a uma volta ao passado é realmente grande, contudo ainda é muito cedo para especulações. O rápido crescimento da candidatura da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, surpreendeu o presidente estadual do PT, Edinho Silva. “Esperávamos que ela encostasse no Serra um pouco mais para frente”, disse ele, ao comentar os resultados do levantamento CNT/Sensus divulgado hoje.

Pesquisa CNI/Ibope aponta polarização Serra x Dilma

O governador tucano José Serra e a ministra petista Dilma Rousseff foram os candidatos presidenciais que ganharam pontos na pesquisa CNI/Ibope divulgada nesta segunda-feira (7). Serra passou de 35% para 38% em relação à edição anterior, de setembro, e Dilma de 15% para 17%. Os outros perderam intenção de voto, numa tendência que parece favorecer a ideia da “eleição plebiscitária” do presidente Lula, cujo governo subiu mais três pontos.

O governador tucano José Serra e a ministra petista Dilma Rousseff foram os candidatos presidenciais que ganharam pontos na pesquisa CNI/Ibope divulgada nesta segunda-feira (7). Serra passou de 35% para 38% em relação à edição anterior, de setembro, e Dilma de 15% para 17%. Os outros perderam intenção de voto, numa tendência que parece favorecer a ideia da “eleição plebiscitária” do presidente Lula, cujo governo subiu mais três pontos.

A nova edição da pesquisa, com entrevistas feitas entre 26 e 30 de novembro, pesquisa apenas dois cenários eleitorais, refletindo o afunilamento do elenco de candidatos: um com Serra como presidenciável tucano (veja o gráfico ao lado) e outro com o governador mineiro, Aécio Neves.

No cenário com Serra, deputado Ciro Gomes, do PSB, passou de 17% em setembro para 13% agora e foi portanto ultrapassado por Dilma – embora no limite da margem de erro. A senadora Marina Silva (PV-AC) perdeu dois pontos porcentuais em comparação a setembro e teve 6% de intenção de votos.

No cenário com Aécio como candidato tucano, Ciro permanece em primeiro, mas oscila dois pontos para baixo, de 28% para 26%. Dilma ganhou dois pontos, de 18% para 20%. Aécio oscilou de 13% para 14% e e Marina de 11% para 9%.

Serra é duas vezes mais conhecido

Nos dois cenários o índice de pessoas que declaram voto em branco ou nulo se reduziu (em um ponto, no primeiro e em dois no segundo). Porém a taxa de indecisos, que disseram não saber em quem votar, subiu dois pontos no primeiro cenário e três no segundo.

José Serra permanece comno o presidenciável mais conhecido: 31% disseram que o conhecem ‘bem’ e 38% 1ue conhecem ‘mais ou menos’. No caso de Dilma, estes números ficam em 10% e 22%, abaixo de Ciro (11% e 34%) embora acima de Aécio (10% 4 20%) e Marina (5% e 16%).

Dilma teve um aumento de um ponto em sua rejeição, que atingiu 41% em novembro, ante 40% em setembro. Já Serra teve leve queda na rejeição, de 30% para 29%. Ciro Gomes ficou estável, com rejeição de 33%. A rejeição a Aécio Neves caiu de 37% para 36%. Já a de Marina Silva subiu de 37% para 40%.

Aprovação de Lula sobe na renda alta

A aprovação do governo Lula subiu mais segundo a CNI/Ibope, com as respostas ‘bom’ e ‘ótimo’ passando de 69% para 72% e as ‘ruim e ‘péssimo’ caindo de 9% para 6%. Já a confiança pessoal no presidente passou de 76% para 78%, em contraste com uma redução de 22% para 19% no índice dos que não confiam em Lula.

O governo Lula continua a ser mais bem avaliado pelas camadas mais pobres, mas elevou sua aprovação sobretudo nas faixas de maior renda. O saldo positivo (‘bom’ e ‘ótimo’ menos ‘ruim’ e ‘péssimo’) cresceu 19 pontos na faixa de cinco a dez salários mínimos de renda e 21 pontos (1) na de mais de dez mínimos.

O Ibope ouviu 2.002 eleitores em 143 municípios entre os dias 26 e 30 de novembro. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

Rizzolo: Como já comentei anteriormente, ainda é prematuro para se desenhar cenário político para 2010, contudo não há dúvida que Serra é mais conhecido, isso todos sabemos, mas o que ocorre é que está existindo sim uma transferência de popularidade a Dilma, algo que todos duvidavam, e observem que a corrida presidencial nem começou. Vamos observar.Da redação, com CNI

Lula mantém índice de aprovação acima de 80%, diz pesquisa

A aprovação dos brasileiros à maneira como o presidente Luiz Inácio Lula da Silva administra o país manteve índice elevado, superior a 80%, no terceiro trimestre de 2009, segundo pesquisa CNI/Ibope divulgada nesta terça-feira.

A pesquisa indica que 81% dos entrevistados aprovam a forma como o país está sendo administrado e 17% desaprovam. No levantamento anterior, de junho, esses percentuais eram de 80% e 16%.

Esta é a 27ª pesquisa CNI/Ibope realizada desde o início do governo Lula, em janeiro de 2003. Segundo os autores, o novo levantamento confirma o movimento de melhora de expectativa da população em relação à economia, já observado ao longo do ano.

Há duas semanas, uma pesquisa realizada por outro instituto – CNT/Sensus – havia apontado queda de 4,7 pontos percentuais na popularidade do presidente. Segundo a CNT/Sensus, a queda foi resultado principalmente da má percepção da população sobre o sistema de saúde, diante da disseminação da gripe suína.

Avaliação positiva

A nova pesquisa CNI/Ibope também indica que a avaliação do governo do presidente Lula se manteve elevada. De acordo com o levantamento, 69% dos entrevistados avaliam o governo como ótimo ou bom, o segundo melhor resultado da série de pesquisas do instituto.

Na pesquisa anterior, divulgada pela CNI (Confederação Nacional da Indústria) no final de junho, esse percentual era de 68%. A pesquisa ouviu 2.002 pessoas em 142 municípios brasileiros entre os dias 11 e 14 de setembro.

Segundo o levantamento, a avaliação do governo Lula oscilou positivamente dentro da margem de erro, que é de dois pontos percentuais para mais ou para menos, e retornou ao mesmo patamar de setembro do ano passado.

O saldo de avaliação permaneceu em 60 pontos percentuais, mesmo nível da rodada anterior. Isso ocorreu porque a avaliação negativa também subiu um ponto, passando de 8% para 9%.

A pesquisa aponta ainda que a nota média (em uma escala de zero a dez) atribuída pela população ao governo do presidente Lula é de 7,6 – no levantamento anterior, era de 7,5.

Crise e pré-sal

A pesquisa CNI/Ibope desta terça-feira indica que a percepção de gravidade da crise econômica vem perdendo força gradativamente.

No período de seis meses, o percentual de entrevistados que consideram a crise muito grave caiu de 37% para 20%.

Nesse mesmo período, passou de 11% para 23% o percentual dos que consideram a crise pouco ou nada grave.

A CNI/Ibope também avaliou o conhecimento dos entrevistados sobre a exploração de petróleo na camada pré-sal. Segundo o levantamento, 39% dos brasileiros ainda não conhecem ou não ouviram falar do assunto.
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Rizzolo: A popularidade e a aprovação do governo Lula continuam nas alturas. Na realidade não há muito a criticar, tirando é claro algumas questões nas relações internacionais. Mas do ponto de vista macroecômico, do mercado interno, e no abrandamento da crise, o País caminha bem. A grande diferença hoje é que temos a China como grande consumidor das commodities e isso, nos impulsiona a crescer, gerando empregos indiretos, e obviamente trazendo dividendos políticos que se expressam em popularidade ao presidente.