Presidente do PSDB diz que Sensus ‘não é sério’

O presidente nacional do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), disse que não comentará o resultado da pesquisa Sensus divulgada hoje pela Confederação Nacional dos Transportes (CNT). De acordo com a pesquisa, a candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, tem 41,6% das intenções de voto, contra 31,6% do candidato tucano, José Serra. A candidata Marina Silva, do PV, tem 8,5%. Para o senador, o Sensus não é uma “instituição séria”.

“Eu não comento pesquisa Sensus, o Sensus não é sério”, afirmou Guerra, que também é coordenador de campanha de José Serra. “O PSDB não comenta pesquisa do Sensus. Eleição é coisa séria e pesquisa também deve ser coisa séria”, continuou. O presidente tucano disse que o partido só analisará com calma a nova pesquisa Ibope, marcada para ser divulgada nos próximos dias.

Sobre a vantagem de 37 pontos que Dilma teria sobre Serra na região Nordeste, Guerra disse que é “normal” que a candidata petista, a exemplo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, tenha mais vantagem na região. “O problema é o tamanho da vantagem”, disse. A larga vantagem é vista como “irreal” pelo senador.

“Na Bahia nosso candidato a governador só perde por 15 pontos. Em Pernambuco, as pesquisas apontam 47% e 37% entre o candidato do governo e o nosso. Em Alagoas, estamos na frente. Não há possibilidade de ela ter essa vantagem”, avaliou.
estadão

Rizzolo: Bem é natural que quando uma pesquisa não auxilia um candidato, a única saída é desqualifica-la. Mas um fator importante em ralação a pesquisas, é que elas mostram uma realidade atual, mas que no seguir da campanha podem ser alteradas. Portando como a própria candidata Dilma sempre diz, o melhor é aguardar e ver os resultados nas urnas, essa sim é a melhor pesquisa a ser feita.



CNT/Sensus: Dilma vence Serra na pesquisa espontânea

BRASÍLIA – Levantamento CNT/Sensus divulgado hoje mostra que a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, pela primeira vez ultrapassou numericamente o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), na chamada pesquisa espontânea, na qual os entrevistados respondem livremente em quem vão votar, sem a apresentação de uma lista. Na pesquisa espontânea, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva – que não pode mais concorrer – lidera com 18,7% das intenções de voto, seguido por Dilma, com 9,5%, e Serra, com 9,3%.

No entanto, o técnico do Sensus Ricardo Guedes ressalta que apesar de Dilma estar numericamente à frente de Serra, a situação é de empate técnico. No que tange à rejeição, Dilma tinha em novembro passado um índice de 34,4%, a segunda maior e entre os pré-candidatos. Em janeiro, porém, caiu para 28,4% e passou a ter a menor rejeição entre os presidenciáveis.

Contabilizados os principais números, quem tem menos a comemorar é o pré-candidato Ciro Gomes (PSB). Suas intenções de voto diminuíram no primeiro e segundo turnos e ele foi ultrapassado por Dilma, pela primeira vez, na simulação do segundo turno.
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Rizzolo: E observem que Dilma nem sequer começou para valer sua campanha. O grande medo da população pobre, que foi beneficiada com os programas de inclusão, é que o PSDB acabe liquidando-os, o que não seria improvável. Na essência da visão neoliberal, que é o sustentáculo da oposição, a visão do Estado patrocinador do desenvolvimento é rechaçada. Muito embora Serra seja um desenvolvimentista, um político honesto e competente, o receio da população a uma volta ao passado é realmente grande, contudo ainda é muito cedo para especulações. O rápido crescimento da candidatura da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, surpreendeu o presidente estadual do PT, Edinho Silva. “Esperávamos que ela encostasse no Serra um pouco mais para frente”, disse ele, ao comentar os resultados do levantamento CNT/Sensus divulgado hoje.

A Oposição e a Estabilidade Política

Muito embora a janela do escritório fosse do tipo “antirruído”, naquela tarde de 1998 o carro de som e as palavras de ordem tiravam minha concentração ao elaborar uma contestação judicial que deveria ser entregue no fórum, no dia subsequente. Como quem já soubesse que se tratava de uma passeata sindical, fui até a janela e olhei a multidão que caminhava com cartazes na avenida Paulista, centro financeiro de São Paulo.

Os sons do microfone, a voz estridente, o volume nas alturas já faziam parte do cenário do segundo mandato do governo do tucano Fernando Henrique Cardoso (1998-2002) As greves e a instabilidade política sindical eram corriqueiras e exigiam uma nova postura do governo. Hoje, ao olharmos para trás e observarmos a calmaria reivindicatória que nos envolve, vemos que o Brasil realmente mudou.

Os sindicatos, apesar de estarem muito mais estruturados, fortes e segmentados, parecem estar sofrendo de determinada “dormência reivindicatória” e pactuados com o governo federal do ponto de vista ideológico. Em contrapartida, alegar que essa condição não produz certo bem-estar e real estabilidade política ao país é não reconhecer os avanços do governo Lula no que diz respeito ao diálogo em relação à flexibilização das ideias, na construção de uma sociedade representativa e mais justa.

A grande questão que devemos analisar nas eleições de 2010 é a objetiva capacidade da oposição, se vencedora, de se alinhar aos anseios sindicais, de ter verdadeira postura à dignidade do trabalhador e, principalmente, de ser capaz de fazer o que o governo Lula fez nas relações de trabalho. Todos sabemos que a maioria das grandes centrais sindicais deverá apoiar a ministra Dilma, que representa a continuidade desse entendimento.

Portanto, talvez devêssemos analisar até que ponto a oposição do país será capaz de ter a devida governabilidade social, hábil em nos proporcionar a tranquilidade sindical tão necessária, expressa na calmaria e na estabilidade política, para que possamos perpetuar esse gosto pelo desenvolvimento, sem as turbulências e violências reivindicatórias tão comuns na era FHC. As conquistas dos trabalhadores não possuem caminho de volta, e com certeza um retorno ao passado, pela falta de diálogo, influenciaria a economia, a vida e os ouvidos da população e principalmente as antigas janelas antirruído, que já algum tempo atrás se tornaram desnecessárias para esse tipo de barulho popular.

Fernando Rizzolo

CNT/Sensus: aprovação a Lula cai de 81,5% para 76,8%

BRASÍLIA – A avaliação positiva do governo Lula caiu de 69,8% em maio para 65,4% em setembro, de acordo com pesquisa CNT/Sensus, divulgada há pouco. A avaliação negativa aumentou de 5,8% para 7,2%. A avaliação regular subiu de 23,9% para 26,6%. Segundo o diretor do Sensus, Ricardo Guedes, a queda na opinião favorável ao governo ocorre principalmente entre pessoas das regiões Sul e Sudeste, entre as mulheres e as pessoas jovens e de maior idade. Já a aprovação ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva recuou de 81,5% em maio para 76,8% em setembro e a desaprovação subiu de 15,7% para 18,7%. “Vale notar que a avaliação sobre o presidente, apesar da queda, ainda se encontra em patamar significativamente alto”, disse Ricardo Guedes.

Guedes associou a queda nas avaliações positivas do governo e do presidente Lula a três fatores: gripe suína, o episódio envolvendo a ex-secretária da Receita Federal Lina Vieira com a ministra Dilma Rousseff e a crise no Senado, envolvendo o senador José Sarney, embora este último tema não esteja contemplado na pesquisa. Segundo ele, há uma postura do presidente Lula de chamar crises institucionais para si, o que, segundo Guedes, prejudica a popularidade. “Há uma postura menos política de Lula”, afirmou. Para Guedes, o principal fator responsável pela queda na avaliação positiva foi a gripe suína.
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Rizzolo: Bem, só podia cair não é? Usando de todos os meios nada éticos para segurar a candidatura de Dilma, abraçando a causa espúria de defender Sarney, com um Congresso Nacional corrupto, só poderia dar nisso. O povo brasileiro, é ético, e muito embora grande parte da população não lê jornais, como o presidente, por osmose adquire a percepção da má postura dos governantes.

O presidente Lula pensou a todo momento, que todos os meios validavam seu fim. Além da gripe suína, do despreparo do Ministério da Saúde, da falta de Tamiflu, o pior a meu ver, foi o apoio amoral do presidente à Sarney, e isso terá conseqüências nas urnas para o PT, um partido que outrora foi “puro” e agora virou a vergonha nacional. Não é senador Mercadante ?

Aprovação ao governo Lula cai 10 pontos com piora no emprego

SÃO PAULO – A aprovação ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva caiu dez pontos porcentuais, segundo a pesquisa CNT/Sensus. O índice passou de 72,5% para 62,4%, o menor desde abril de 2008. Também tem queda significativa a aprovação pessoal de Lula, passou de 84% em janeiro para 76,2% em março.

Segundo o instituto, o resultado deve-se à piora no emprego e renda desde o início da crise. A pesquisa revela que a taxa dos que sentiram a piora no emprego subiu de 38,5% para 54,5%. Essa é o terceiro levantamento em dez dias que apresenta queda na avaliação do governo e na aprovação de Lula.

Sobre a sucessão em 2010, o destaque da pesquisa é para a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, candidata preferencial de Lula. Pela 1ª vez, ela passou o governador de Minas Gerais, Aécio Neves na sondagem. O governador de São Paulo, José Serra, segue liderando as intenções de voto em todos os cenários. No primeiro turno, Serra teria 45,7% e Dilma, 16,3%.

CNI/Ibope

A blindagem da popularidade do presidente Lula sofreu o primeiro solavanco há dez dias com a última rodada da pesquisa trimestral CNI/Ibope. A sondagem revelou que, pela primeira vez desde setembro de 2007, a avaliação positiva do governo recuou: de 73%, em dezembro, para 64%. E apontou a vilã: vários indicadores mostram impactos reais da crise econômica global.

O índice de “péssimo” cresceu de 6% para 10% e o de regular, de 20% para 25%. Segundo o instituto, a aprovação ao governo recuou de 84% para 78% (seis pontos), enquanto a desaprovação foi de 14% para 19%.

Apesar da reviravolta, cabe lembrar que os números, isoladamente, continuam favoráveis: o saldo é positivo em todos os segmentos analisados. A nota média atribuída à administração foi de 7,4 – pouca variação em relação ao 7,8 anterior.

A popularidade crescente de Lula, que bateu recorde em dezembro, foi estancada: a confiança no presidente caiu de 80% para 74%. A desconfiança subiu de 18% para 23%. Sobre o segundo mandato, 41% (eram 49%) veem avanço em relação ao primeiro e 18% (11% em dezembro) avaliam que houve piora.

O Ibope ouviu 2.002 pessoas em 144 municípios, entre os dias 11 e 15 de março. A margem de erro é de dois pontos.

Pesquisa Datafolha também divulgada no último dia 20 apontou queda similar à do Ibope, mas menos acentuada – a aprovação ao governo encolheu de 70%, em novembro de 2008, para 65%.

Agência Estado

Rizzolo: Não poderia ser ao contrário. O governo demorou por demais nas ações devidas ao combate à crise, foi omisso quando os trabalhadores foram demitidos em massa como no caso Embraer, e depois propagou o consumo ao mesmo tempo em que aconselhava os trabalhadores a não pedir aumento.

Ora, o trabalhador, sabe que por trás da crise existe uma política de altos juros que impede o desenvolvimento, e nesta questão também o governo demorou para agir. Em relação a ministra Dilma, não acredito que ela em si tenha despontado tanto, talvez Aécio tenha estacionado. O governador mineiro não passa muita credibilidade, e seu discurso ainda é vazio. Serra ainda aparece na frente e ao que parece, estará por muito tempo ainda; não podemos esquecer que Dilma já está em campanha.

Avaliação do governo federal e do presidente Lula bate novo recorde, diz CNT/Sensus

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o governo federal registraram em janeiro deste ano a melhor avaliação positiva na história da pesquisa CNT/Sensus, que começou a ser divulgada em 1998. Segundo o levantamento, o governo do petista recebeu avaliação positiva por 72,5% dos entrevistados, contra 5% que avaliam negativamente o governo. Entre os entrevistados, 21,7% avaliaram o governo Lula como regular.

A avaliação pessoal do presidente Lula também obteve a melhor avaliação histórica da pesquisa, subindo de 80,3% em dezembro de 2008 para 84% em janeiro. Somente 12,2% dos entrevistados desaprovaram o presidente, enquanto 3,9% não responderam.

Os índices de popularidade de Lula são superiores às avaliações de sua popularidade registradas em janeiro de 2003 –ano em que foi empossado no cargo–, quando obteve 83,6% de aprovação.

O presidente da CNT (Confederação Nacional dos transportes), Clésio Andrade, disse que a popularidade recorde do governo Lula é consequência do discurso adotado pelo presidente para tranquilizar a população em meio à crise econômica.

“Concluímos que há forte esperança centrada no discurso do presidente e nas medidas que o governo vem tomando. O discurso do presidente é muito forte, ele cria esperança, divide o ônus, o que é muito importante numa crise econômica”, afirmou.

Na última edição da pesquisa CNT/Sensus, em dezembro de 2008, a avaliação positiva do governo era de 71,1% –um crescimento de pouco mais de um ponto percentual. Desde fevereiro do ano passado o governo Lula vem obtendo recordes sucessivos de popularidade a cada edição da pesquisa.

Em janeiro de 2003, a avaliação do governo chegou a 56,6%, depois registrou queda. Mas voltou a crescer desde o início do ano passado, já em seu segundo mandato.

A pesquisa CNT/Sensus foi realizada entre os dias 26 e 30 de janeiro, em 136 municípios de 24 Estados. Foram ouvidas 2.000 pessoas, e a margem de erro é de três pontos percentuais, para mais ou menos.

Folha online

Rizzolo: Todos sabem que a crise não advém do governo Lula e sim de fatores externos à economia brasileira. Como já afirmei inúmeras vezes, Lula é um líder e sabe contornar os problemas na medida em que surgem. A política de inclusão social, aliada a um otimismo e um bom senso político fazem do presidente Lula figura inatingível do ponto de vista da popularidade e da aprovação de seu governo. Muitos não concordam comigo e não gostam deste comentário, mas contra fatos, não há argumentos. Isso com certeza turbina os anseios daqueles que apregoam um terceiro mandato, mas acho difícil.