Pai dos irmãos Cravinhos se nega a falar sobre declaração de promotor

O promotor de Ribeirão Preto Eliseu Berardo Gonçalves, acusado de assédio sexual por Suzane Richthofen, diz que, durante um depoimento, ela afirmou que foi o pai de Daniel e Cristian Cravinhos quem planejou o assassinato do casal Richthofen a, ocorrido em 2002. O relato teria ocorrido há três anos, mas só foi revelado agora. Procurado na casa onde mora na capital paulista, Astrogildo Cravinhos não quis falar sobre a declaração.

O promotor diz que Suzane citou o nome de Astrogildo numa declaração, depois de condenada. Foi em janeiro de 2007, numa das duas vezes em que a criminosa esteve com o promotor para falar sobre ameaças que estaria recebendo na prisão. Suzane teria apontado o pai dos outros dois condenados como mentor do assassinato. O crime aconteceu na luxuosa casa da família, na Zona Sul de São Paulo, na madrugada de 31 de outubro de 2002. Manfred e Marísia Richthofen eram contra o namoro da filha Suzane com Daniel Cravinhos.

“Segundo ela, o dia, o local, o horário, a maneira de execução, foi tudo planejado pelo seu Astrogildo Cravinhos”, afirmou o promotor. O casal foi morto a golpes de barras de ferro.

O promotor fala que foi surpreendido, pouco antes de Suzane assinar a declaração. “Quando o termo de declarações estava praticamente finalizado, o advogado dela ligou e ela não quis assinar”, disse. Suzane acusa o promotor de assédio sexual e ele está suspenso do trabalho por 22 dias, sem receber. Ele nega ter se apaixonado pela presa. “Não, isso é uma inverdade. A minha consciência está absolutamente tranquila, a sociedade pode confiar em mim em absoluto, que eu trabalho e honro a instituição.”

Astrogildo Cravinhos não conversou com a reportagem do SPTV. A defesa dele foi feita pela advogada Gislaine Jabour. “A mentora intelectual do crime foi a Suzane, isso já foi provado em juízo, tanto que ela está condenada, cumprindo pena”, disse. Suzane Richthofen e os irmãos Cravinhos cumprem pena em Tremembé, no interior do estado.
G1
Rizzolo: Fato novo esse da suspeita do Sr. Astrogildo Cravinhos. Em termos de autoria tudo deve ser investigado. Agora temos que concordar que este caso da Suzane com todas as suas particularidades de novas denúncias, acusações ao promotor, é um caso diferente dos demais crimes. Não podemos contudo dar muito crédito à Suzane, ela já demonstrou ser uma pessoa manipuladora. Cautela ao meu ver é bom.

MP suspende promotor suspeito de tentar seduzir Suzane na penitenciária

SÃO PAULO – O Diário Oficial do Estado de São Paulo publicou na terça-feira, 14, a suspensão por 22 dias do promotor Eliseu José Berardo Gonçalves, de Ribeirão Preto, interior do Estado, por suspeita de tentar seduzir Suzane von Richthofen dentro da Promotoria. Suzanne foi condenada a 39 anos de prisão por matar os pais em 2002 e cumpre pena na penitenciária feminina Santa Maria Eufrásia Pelletier de Tremembé.

De acordo com a publicação, o promotor será penalizado por ter “descumprido dever funcional” previsto na Lei Orgânica do Ministério Público Estadual. Segundo a decisão, o promotor descumpriu um dos artigos que diz que o profissional deve “manter, pública e particularmente, conduta ilibada e compatível com o exercício do cargo”. Neste período, ele não receberá salário.

O caso. Em depoimento, Suzane declarou que o promotor se apaixonou por ela e a levou duas vezes para seu gabinete quando esteve presa na Penitenciária de Ribeirão Preto. O promotor nega todas as acusações.
Estadão
Rizzolo: Quando surgiu essa denúncia eu sinceramente duvidei que o promotor tivesse cometido conduta indevida. Contudo agora, com a decisão da Corregedoria culminando com a sua suspensão, fico indignado com o fato. De acordo com o site G1, o próprio promotor promotor da Vara do Júri e de Execuções Criminais afirma que, em janeiro de 2007, Suzane ficou muito tempo em seu gabinete e que, por isso, comprou lanche para ela. A jovem tinha ido depor sobre denúncias de supostos maus-tratos na prisão.

Também contou que deu “beijinho no rosto” na hora de se despedir de Suzane e de outras presas em uma das duas visitas que disse ter feito à Penitenciária Feminina de Ribeirão Preto, onde a condenada estava. “Foram fatos provados que eu mesmo admiti (à Corregedoria)”, disse Gonçalves. Agora, sinceramente, com todo o respeito, ” dar beijinho no rosto da Suzane von Richthofen ” na hora de ir embora, não fica bem para um promotor e entendo por bem a decisão da douta corregedoria. O grande problema é que a Suzane tem gênio forte, não é? Não dá pra gente ficar dando beijinho nela assim. rsrsrs…..Só pra finalizar, aos amigos do meio jurídico, beijnho é prerrogativa de advogado, principalmente em campanha eleitoral, não para para os Representantes do “Parquet”. Que pena, né ! rsrs..

Suzane Richthofen acusa promotor de assédio

Corregedoria Geral do Ministério Público investiga caso.
Promotor negou todas as acusações feitas pela presa.

A Corregedoria Geral do Ministério Público Estadual (MPE) investiga a veracidade de um depoimento de Suzane von Richthofen, de 25 anos, prestado à juíza da Vara de Execuções da Comarca de Taubaté, no Vale do Paraíba (SP). Condenada pelo assassinato da mãe e do pai, em outubro de 2002, Suzane declarou que o promotor de Justiça Eliseu José Berardo Gonçalves se apaixonou por ela e a levou duas vezes para seu gabinete quando esteve presa na Penitenciária de Ribeirão Preto. O promotor nega todas as acusações.

Em depoimento, Suzane afirmou que o promotor, da Vara das Execuções Criminais de Ribeirão Preto, esteve na unidade prisional para tirar algumas fotos da cela onde ela convivia com outras presas. Suzane disse que dias depois ela foi conduzida ao gabinete do promotor, em local fora da prisão, e permaneceu a sós com ele por várias horas.

O promotor teria feito indagações sobre a vida pessoal dela. Após 10 dias, ela disse que foi novamente levada ao gabinete dele, de ambulância e sem algemas. O promotor teria providenciado música ambiente, com CDs românticos, e disse que havia se apaixonado por ela.

O promotor Eliseu José Berardo Gonçalves negou as acusações feitas por Suzane. Ele disse que ela terá de provar na Justiça tudo o que declarou. Gonçalves afirmou ainda que o depoimento dela foi há uns dois anos e que a Corregedoria-Geral do MPE investiga o caso.

“A Corregedoria é um órgão sério e isento. Estou tranquilo. Tenho consciência do que fiz”, argumentou. O promotor admitiu ter ido à cela de Suzane e tirado fotos, pois, segundo ele, havia denúncia de supostos privilégios às presas. Gonçalves também confirmou que Suzane foi duas vezes a seu gabinete para ser ouvida sobre as supostas regalias.
Globo

Rizzolo: Essa denúncia tem que ser investigada. Acho improvável, porem é uma denúncia e não importa se vem da ré. A corregedoria desempenha o papel da investigação do fato de forma isenta. Agora, seria capaz um promotor se apaixonar por Reichtofen? Bem todos sabem que afetividade não é o forte de Suzane, porém amar não é crime. Acho improvável essa versão, mas vale ser investigada. Neste caso, muito embora sabemos que o amor é cego, investigar é fato imperioso e a Corregedoria Geral do Ministério Público Estadual (MPE) vai apurar com rigor.