Preso em Vinhedo-SP adolescente suspeito de latrocínio

Um adolescente de 19 anos foi preso ontem por suspeita de participação no assalto que resultou na morte de uma mulher de 55 anos em um condomínio fechado, em Vinhedo (SP), no último dia 27, segundo a Secretaria de Segurança Pública do Estado.

O preso teria confessado a participação no assalto, mas negou ter atirado na vítima. Dois adolescentes, ambos de 17 anos, suspeitos de participação no crime, também já foram identificados.

Durante as investigações, iniciadas logo após o crime, policiais civis da delegacia da cidade identificaram os três suspeitos. Logo após a identificação dos dois menores, o delegado Álvaro Santucci Noventa Junior solicitou a interdição temporária deles, que já têm passagem pela Fundação Casa e estão sendo procurados.
estadão
Rizzolo: Quando observamos jovens como estes que cometem crimes, juntamente com menores que tiveram passagem pela Fundação Casa, chegamos a conclusão que só existe uma saída para a criminalidade juvenil. A educação e a repressão. Educar desde a infância, com escolas de tempo integral , e aumentar o componente repressivo combatendo o crime organizado, o narcotráfico, fará com que a médio prazo esse problema tenha uma solução. Digo a médio prazo porque ninguém resolve a criminalidade da noite para o dia, vamos ser realistas, temos que respeitar a legislação vigente. Portanto investir maciçamente na educação e na repressão, prestigiando os policiais, aparelhando o Estado na investigação, é o caminho viável dentro de Estado Democrático de Direito, para que este tipo de tragédia seja evitado e famílias poupadas. Se eleito, trabalharei firme nesse sentido.



Educação e Criminalidade

Muitos são fatores que contribuem para explicar a violência e a criminalidade, porém bem poucos se aproximam tanto de um consenso entre os especialistas como o fator educacional. Na raiz do problema da estrutura familiar, o acesso à educação como fator compensatório, minimiza a possibilidade de o jovem ingressar no universo do crime. Numa visão contratual entre a condição de pobreza instada no núcleo familiar, o componente educacional da modalidade em tempo integral, propõe ao jovem uma reflexão e a percepção das propostas de cidadania – e da falta dela –, vivenciada do outro lado dos muros da escola.

Toda mudança estrutural do universo emocional se faz entre a percepção dos conceitos educacionais com a materialidade das experiências de pobreza vivenciadas no núcleo da família e no convívio de inserção social, do meio subsistente, onde a lacuna da falta de cidadania impera e sujeita o jovem ao ingresso na criminalidade. Portanto, o grande desafio no papel da educação inclusiva dos jovens é fazê-los estar adiante dessa lacuna e transcender a realidade; e nortear uma sociedade que vive um processo de inclusão, sedimentando os efeitos da cidadania.

O jovem em uma condição educacional plena, de tempo integral, numa nova proposta, acabaria por se tornar um tutor no seio familiar, ou na comunidade, vez que estaria abstraído das condições e do meio de miséria. Tal proposta educacional, contudo, passa por outras vertentes que dariam sustentação ao ambiente interno (escola) e externo (comunidade). A primeira dessas vertentes seria a revitalização do papel dos professores, com salários dignos, e educação continuada promovida através da especialização no regime de tempo integral e suas particularidades; a segunda, a promoção de melhores condições de vida para profissionais da segurança pública, seja da polícia civil ou da polícia militar, por meio de salários condizentes com o grau de periculosidade a que eles estão submetidos.

Com efeito, qualquer tipo de intervenção educacional que vise a minimizar a exposição dos jovens ao meio hostil ou retirá-lo de lá, terá de contar com o viés repressivo constitucional atenuando a atuação do crime organizado. Será necessária também uma política sistemática na aplicação dos elementos básicos da proposta educacional de tempo integral. A composição dos três elementos, aluno, professores, e segurança pública, poderá trazer um significativo avanço na elaboração de um maciço programa da Escola de Tempo Integral direcionando os jovens à cidadania e a um referencial de inclusão.

Muito tenho me debatido nas reflexões sobre a relação entre o crime e os fatores que predispõem os jovens a ele. Percebo que qualquer tentativa de pensar o contexto educacional desprezando outros componentes dessa relação nos levará com certeza a um fracasso educacional logístico na fiel intenção da sua aplicação, que visa a combater a criminalidade que avança na nossa sociedade. Combater o crime organizado significa, portanto, “prima faccie”, compor os elementos de uma “educação organizada” para os jovens desse imenso Brasil.

Fernando Rizzolo

Mulher assassinada em condomínio no interior é enterrada em SP

A mulher que foi assassinada em frente à família em um condomínio fechado em Vinhedo, a 79 km de São Paulo, na noite de sexta-feira, foi enterrada na tarde deste sábado (28). A família da professora aposentada Rosa Ines Bórnia Moreira, de 53 anos, fez uma cerimônia no Cemitério de Congonhas, na capital paulista.

O empresário José Carlos da Silva, a filha de 15 anos e a professora aposentada se mudaram de São Paulo para a casa nova este ano em busca de sossego. O condomínio onde ela foi morta parecia seguro, com vigilância, câmeras e muros.

Por volta das 22h de sexta, três homens invadiram o local, pularam o muro da casa e exigiram dinheiro da família. O casal disse que não tinha e um dos criminosos atirou na cabeça de Rosa; ela morreu na hora, na frente do marido e da filha. O trio foi embora levando três celulares.

A polícia ainda não tem pistas dos assassinos. O marido e a filha de Rosa chegaram a ser internados em estado de choque na Santa Casa de Vinhedo, mas já foram liberados.

g1

Rizzolo: Não é possível convivermos com a criminalidade a este nível. O governo do Estado abandonou a questão da segurança pública, se perdeu na possibilidade em dar salários dignos aos policiais fazendo com o crime organizado se tornasse mais sofisticado e estruturado. Temos que reverter essa situação com forte repressão de um lado, policiais bem pagos, e educação aos jovens do outro, com firmeza e determinação, isso é o que falta na política brasileira. Tenho um carinho especial por Vinhedo pois escrevo para dois jornais da região, se eleito vou legislar na área da segurança revendo muita coisa.

As Mães e a Escola de Tempo Integral

Era assim toda quarta-feira: ela chegava pela manhã com uma pequena sacola, no mesmo ritmo de quem acabara de descer de um ônibus vindo da periferia de São Paulo. Havia anos trabalhava na limpeza do meu escritório e de tantos outros no mesmo prédio. O olhar sofrido e as mãos cansadas faziam-na parecer muito mais velha do que realmente era. Neusinha, a minha diarista, era mãe solteira e cuidava sozinha de um menino de 11 anos.

Nosso contato era pouco, até porque, para não atrapalhar o andamento da limpeza geral, eu aproveitava aquelas quartas-feiras para ir ao fórum. Contudo, naquele dia, algo estranho no olhar de Neusinha me chamou a atenção: os olhos marejados indicavam certa tristeza, dando ao rosto branco daquela nordestina um contorno de aflição.

Meio sem jeito, e já de saída com o paletó na mão, perguntei a Neusinha se estava tudo bem. Timidamente e num rompante de desabafo, ela se pôs a chorar. Com calma, pedi que ela me contasse o que havia acontecido, na tentativa de acalmá-la com um gesto de amizade e solidariedade.

– Sabe o que é, doutor, meu filho está envolvido com drogas; ele me contou tudo ontem à noite. Tudo começou na porta da escola pública em que ele estuda. Ele estuda no período da manhã, mas à tarde fica com más companhias.

Entre um soluço e outro, trouxe-lhe um copo com água, o qual foi levado à boca como se contivesse um doce remédio.

– Não tenho com quem deixá-lo. Preciso trabalhar e é aí que ocorre a desgraça – ela disse, olhando-me com um ar de cumplicidade, numa linguagem simples, mas carregada de uma tristeza incalculável.

Minha consciência obrigou-me a acalmá-la e a dispensá-la, pagando-lhe pelo dia de trabalho não concluído, pois seu estado emocional era péssimo. Em seguida, ainda sob o impacto daquela cena, a caminho do fórum, entre centenas de pessoas que aguardavam o metrô, pus-me a pensar no papel da escola de tempo integral e em sua importância para a formação dos jovens, em seu papel de manter o jovem ocupado, em tranquilizar as mulheres que trabalham fora e não têm com quem deixar os filhos, enfim, naquilo que chamo de “tutela educativo-protecionista”.

O que realmente vemos hoje é o descaso do poder público na implantação da verdadeira escola de tempo integral, pois o que há – e em pouquíssimo número – são escolas que disponibilizam uma espécie de duplicação de jornada, fazendo um segundo turno à imagem e semelhança do primeiro, sem dar sentido à amplitude educacional de outras disciplinas como arte, educação física, visita a museus, estímulo à leitura, enfim, mudando o projeto político-pedagógico das escolas.

Já no balanço do trem do metrô e nas paradas cansativas das estações, imaginava quantas Neusinhas pelo Brasil não sofrem por saber que seus filhos não estão protegidos pela “tutela educativo-protecionista” que as escolas de tempo integral poderiam oferecer à sua prole, quando estão trabalhando, longe de casa, sustentando seus lares. Pensei também que a miséria, as drogas, o desamparo são filhos do abandono total do Estado na área da educação, e que melhor do que as palavras de consolo, a indignação e um copo com água para abrandar o soluço de um choro profundo é oferecer uma educação cidadã a todos, com investimentos maciços num único ideal de escola pública, a escola de tempo integral. Talvez, se ela existisse, aquela quarta-feira seria diferente para todos nós, em especial para tantas Neusinhas, diaristas pobres, trabalhadoras nas fábricas, nos campos, nas grandes cidades do nosso país, que sem esperança soluçam por seus filhos perdidos.

Fernando Rizzolo

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Fernando Rizzolo candidato a Dep.Federal fala de Sonhos e Esperanças.

Fernando Rizzolo 3318 candidato a Deputado Federal por SP. Divulgue este vídeo e ajude o Rizzolo a chegar lá !!

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Violência e Desenvolvimento


*por Fernando Rizzolo

Outrora, um dos discursos mais utilizados no mundo sempre foi a relação entre injustiça social, violência e criminalidade, cujo argumento tinha o intuito de apenas apontar a variante social como a principal causa dos desajustes da sociedade.

Contudo, parece ter havido um revisionismo moderado no que diz respeito a essa questão, até porque podemos observar nos países socialistas ou capitalistas que a questão da criminalidade e da violência transpõe a seara das desigualdades econômicas, colocando esse fator como um agregado, de importância relevante, da problemática social.

É bom lembrar que encontramos em nossa legislação, no âmbito das execuções penais, medidas de reabilitação como a progressão penal, que podem ser interpretadas de forma errônea, permitindo, de certo modo, uma interpretação simplista e equivocada da aplicação da lei, proporcionando, muitas vezes, discursos radicais no âmbito dos direitos humanos, remetendo-nos aos costumes repressivos medievais.

A grande questão é projetarmos um desenvolvimento econômico sustentável, acompanhado de maior inclusão social e controle estatal repressivo, dentro, evidentemente, da legalidade e dos princípios constitucionais. Esse fino ajuste social, firme na aplicação da lei e na revisão de alguns aspectos legais, servirá de resposta aos anseios do povo brasileiro, que já considera a violência e a criminalidade os problemas que mais incomodam a população (22,9%), seguidos das drogas (21,2%), do desemprego (19%), da falta de oportunidades de trabalho (8%) e do sistema de saúde (6,7%), segundo constatou uma pesquisa realizada este ano pela Confederação Nacional dos Transportes (CNT) e pelo Instituto Sensus.

Tornar a sociedade brasileira mais justa só será possível com maior oferta de empregos, desenvolvendo o mercado interno, promovendo a transferência de renda e maior acesso à saúde para as populações mais carentes. O ciclo de medidas sociais e jurídicas, em um contexto penal moderno, poderá trazer maior visão humanitária na correta aplicação do direito penal, no combate ao crime organizado e na determinação em fazer da pena uma verdadeira versão reabilitadora, num panorama humanístico, jamais ferindo os princípios da dignidade humana e dos direitos humanos.

Fernando Rizzolo

Violência e Desenvolvimento*

Um dos discursos mais utilizados outrora, no mundo, sempre foi a relação entre injustiça social, violência e criminalidade, cujo argumento tinha o intuito de apenas apontar a variante social como a principal causa dos desajustes da sociedade.

Com efeito, parece ter havido um revisionismo moderado em relação a essa questão, até porque podemos observar nos países socialistas ou capitalistas que a questão da criminalidade e da violência transpõe a seara das desigualdades econômicas, colocando esse fator como um agregado, de importância relevante, da problemática social.

É bom lembrar que encontramos em nossa legislação, no âmbito das execuções penais, medidas de reabilitação que podem ser interpretadas de forma errônea, permitindo, de certa modo, uma interpretação simplista e equivocada da aplicação da lei, proporcionando, muitas vezes, discursos radicais no âmbito dos Direitos Humanos, remetendo-nos aos costumes repressivos medievais.

A grande questão é projetarmos um desenvolvimento econômico sustentável, acompanhado de maior inclusão social e controle estatal repressivo, dentro, evidentemente, da legalidade e dos princípios constitucionais. Esse fino ajuste social, firme na aplicação da lei e na revisão de alguns aspectos legais, servirá de resposta aos anseios do povo brasileiro, que já considera a violência e a criminalidade os problemas que mais incomodam a população (22,9%), seguidos das drogas (21,2%), do desemprego (19%), da falta de oportunidades de trabalho (8%) e do sistema de saúde (6,7%), segundo constatou uma pesquisa realizada este ano pela Confederação Nacional dos Transportes (CNT) e pelo Instituto Sensus.

Tornar a sociedade brasileira mais justa se faz com maior ofertar de empregos, desenvolvendo o mercado interno, promovendo a transferência de renda e um maior acesso à saúde para as populações mais carentes. O ciclo de medidas sociais e jurídicas dentro de um contexto penal moderno, poderão trazer uma maior visão humanitária na correta aplicação do direito penal, no combate ao crime organizado, e na determinação em fazer da pena sua verdadeira versão reabilitatória, dentro de um visão humanística, jamais ferindo os princípios da dignidade humana e dos Direitos Humanos.

Fernando Rizzolo

Os Jovens do Morro e os do Asfalto

Sempre ficamos indignados quando surgem conflitos nos morros, principalmente no Rio de Janeiro, mas a verdade é que refletimos muito pouco sobre por que atingimos este estado mórbido social e sobre suas causas. Muito já se falou da falta de permeabilidade do Estado nas comunidades, da injustiça social que reina nos morros e da omissão do Poder Público em assistir aos pobres. Com efeito, o somatório de todos esses fatores contribuiu para que atingíssemos tais níveis de violência.

A par desses fatores, a falta de uma política coordenada e sistemática de combate ao crime concorreu para que a delinquência organizada formasse um Estado paralelo de difícil controle. Temos que admitir que os órgãos de repressão agem e atuam de acordo com a lei, em respeito aos dizeres da nossa Constituição, e tornam, de certa forma, o Estado repressor limitado e incapaz de combater a criminalidade na nossa sociedade, em face da ousadia dos marginais.

O ponto central desta questão está, de um lado, no Estado Democrático de Direito, nas garantias individuais da pessoa humana, na democracia em si, e, de outro, na atuação da polícia, sempre focada no ponto de vista legal. Assim, as únicas medidas possíveis de acabarmos de vez com a criminalidade passam a ser de longo prazo, como o aumento da participação do Estado nas comunidades carentes, a promoção da inclusão social dos jovens da periferia e a conscientização de que, quando acompanhadas da real oportunidade de emprego e do desenvolvimento pessoal, a cultura e a educação são mais vantajosas que adentrar para o mundo do crime.

Diante dos fatos, é essencial acreditar que uma educação fundamental, composta de valores cívicos e religiosos, aliada à participação maciça do Estado na erradicação da miséria, poderá fazer com que a repressão, nos limites da lei, seja o suficiente. Desse modo, talvez alguns pobres jovens dos morros e dos asfaltos não desistam do bom caminho com tanta facilidade, rechaçando os fuzis e abraçando os livros, contribuindo, assim, para um Brasil melhor, que dependa, é claro, muito mais da boa vontade de um Estado justo e provedor do que da nossa omissa indignação diante das notícias.

Fernando Rizzolo

“Chega de corrupção e rolo, para deputado federal Fernando Rizzolo- PMN 3318”