Washington, 9 abr (EFE).- O esfriamento econômico dos Estados Unidos debilitará, mas não estrangulará, a economia do Brasil, que crescerá 4,8% este ano, frente aos 5,4% do ano passado, seguindo assim a tendência prevista para a América Latina, segundo divulgou hoje o Fundo Monetário Internacional (FMI).
O organismo financeiro aponta em seu último relatório semestral “Perspectivas Econômicas Mundiais” uma previsão de crescimento de 3,7% para a maior economia da América Latina em 2009.
Por trás do ímpeto da economia brasileira está, segundo os analistas do FMI, o dinamismo registrado no mercado de trabalho, com o aumento da geração de empregos e a redução da taxa de juros real.
O FMI adverte, no entanto, que a alta dos custos da energia e dos alimentos fez aumentar os preços em toda a região, fazendo com que o Banco Central brasileiro encerrasse seus cortes da taxa básica de juros.
As previsões do Fundo para a América Latina seguem a mesma linha, e apontam um crescimento de 4,4% em 2008, frente aos 5,6% de 2007, e prevê uma expansão de 3,6% em 2009.
O dado de crescimento para 2008 é levemente superior ao antecipado em outubro passado, quando o Fundo previu que a região cresceria 4,3%.
Folha online
Rizzolo: A velha desculpa da inflação que pelos números não assusta ninguém, serve de esteio e argumentação para que o Sr. Meirelles aumente ainda mais as taxas de juros. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – que serve de referência para a meta de inflação – mostrou nesta quarta-feira, 9, alta de 0,48% no mês passado, registrando o maior março desde 2005. O dado ficou similar à leitura de 0,49% de fevereiro e superou o teto das previsões de 33 analistas ouvidos pela Reuters, de 0,46%. Ora, estamos falando de um número baixíssimo que não justifica frear a economia. Ademais as opiniões desses “analistas”, são sempre as jogar o Brasil para baixo.
Ao invés de estarmos focando no desenvolvimento e no aumento da produção visando o combate à inflação, como faz a China, até porque precisamos gerar empregos, insiste-se em focar o combate de uma inflação que nem sequer ameaça a economia, com mais aumento das taxas de juros, para que mais dólares acabem adentrando no País via especuladores, para que menos consigamos exportar nossos produtos o que, naturalmente, afeta a nossa balança comercial. Já estou ficando monótono de tanto falar nisso, mas não dá para calar. Não querem o País cresça. Porque que será, hein?