A crescente articulação militar e diplomática entre os governos da Venezuela e da Rússia, a ponto de os dois países terem agendado para novembro um grande exercício aeronaval conjunto no Caribe, irritou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O assunto foi discutido no Planalto com assessores, ficando decidido que a insatisfação brasileira será transmitida ao presidente venezuelano, Hugo Chávez, quinta-feira, em Nova York, na cúpula dos países da Unasul (União das Nações Sul-Americanas).
Na avaliação do governo brasileiro, a Venezuela está “importando desnecessariamente para a América do Sul” uma disputa diplomática entre EUA e Rússia a reboque do xadrez geopolítico que levou forças da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) à Geórgia, à porta da fronteira russa. Virão, até mesmo, os bombardeiros supersônicos TU-160, que têm capacidade de carregar armas convencionais e nucleares.
“Não achamos isso positivo e o presidente Lula só não falou ainda com Chávez porque não teve oportunidade. Mas vai falar”, disse ao Estado um ministro. Apesar de ter expulsado o embaixador do EUA, Chávez confirmou sua presença em Nova York para cumprir uma agenda que começa com a abertura da 63ª Assembléia-Geral das Nações Unidas (ONU), terça-feira. Na avaliação de diplomatas e assessores do Planalto a aliança Venezuela-Rússia, bem no rastro dos conflitos na Geórgia, deixou claro que se tratou de um jogo de resposta aos EUA, com Chávez fazendo o papel de “intermediário” da provocação. “Já temos os nossos problemas e as nossas questões, não precisamos de mais nenhum ingrediente para acrescentar tensão à região”, observou o mesmo ministro.
Também incomodou o Brasil o fato de Chávez declarar-se “aliado estratégico” da Rússia. Outra preocupação: os russos também vão pôr um pé na Bolívia, o que já é do conhecimento do Itamaraty. Como o governo Evo Morales expulsou o embaixador dos EUA, La Paz vai perder, em dezembro, a preferência tarifária para exportações direcionadas ao mercado americano, assim como terá cortada a ajuda para o combate ao narcotráfico. A opção de Evo foi autorizar a ajuda do governo russo no combate ao narcotráfico, tarefa na qual Moscou tem pouca experiência.
A aproximação de Chávez, ressuscita uma influência russa sobre espaços latino-americanos, que existia a partir da revolução cubana (1959), mas que foi se esvaindo com o fim da União Soviética. A Venezuela viu na parceria, entre outras coisas, uma forma de responder à iniciativa dos EUA de reativar a 4ª Frota americana, com base no Mar do Caribe, que faz a vigilância do Atlântico Sul.
Para o exercício militar conjunto, em novembro, a Rússia promete enviar cerca de mil militares e quatro navios, entre eles o cruzador russo nuclear Pedro, O Grande, um dos maiores do mundo, com capacidade para lançar até 500 mísseis.
Diante da reclamação de Lula, Chávez tende a lembrar que 9 mil militares brasileiros, argentinos e dos EUA fizeram, em abril passado, na costa do Rio de Janeiro a Operação Unitas.
A operação, que é realizada há 49 anos, trouxe para o Brasil o maior porta-aviões da frota dos EUA, o George Washington – 333 metros de comprimento, 257 metros de largura e 74 metros de altura.
Agência Estado
Rizzolo: Certa ocasião, e não faz muito tempo, em um comentário meu, afirmei que o presidente Lula provavelmente já deveria estar cansado das “maluquices de Chaves”. Talvez não estaria eu de todo errado, ao ver de forma insidiosa o posicionamento do presidente em relação ao líder do ‘ socialismo bolivariano”. Por outro lado, dúvida jamais tive que Lula sempre foi um grande líder, e isso os leitores podem inferir nos meus comentários consignados aqui neste Blog.
A irritação do presidente procede, e se ainda não havia ele se pronunciado, com certeza deve ter sido em função daquilo que mais atrapalha o presidente Lula: os petistas do mal. Como já afirmei, em minha concepção, existem petistas do bem e petistas do mal, estes últimos – os quais um dia tentarei elencá-los – atrapalham sua gestão, tumultuam seu governo, geram intrigas, e não cansam de tentar determinar seus desígnios.
Como um verdadeiro líder, Lula de forma sábia, os deixam de lado; simula que compactua com seus discursos, mas como a sensatez predomina, e tudo tem limite, em determinado momento demonstra sua irritação e seu cansaço, com o chavismo. Realmente não é fácil, até que o presidente tem muita paciência, chavismo, petistas do mal, a esquerda grudenta, e o índio Morales tudo de uma vez só, ” enche o saco”, não é presidente?
A esquerda deve estar falando: ” É só acabar o shabat que esse judeu começa a falar mal. ” Não existe ” Lashon Hará” para petistas do mal ( risos..) os judeus sabem do que estou falando …apenas um brincadeirinha…
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