Escola onde menino foi morto em Embu retoma aulas nesta terça

SÃO PAULO – Segundo a assessoria de imprensa do Colégio Adventista de Embu das Artes, em Embu, na Grande São Paulo, as aulas, que foram suspensas na semana passada, serão retomadas nesta terça-feira, 4. A escola foi fechada depois que o estudante da quarta série, Miguel Cestari Ricci dos Santos, de 9 anos, foi alvejado à queima roupa dentro de uma das salas de aula da escola.

A polícia suspeita que um tiro acidental disparado por um colega da mesma idade tenha matado o menino. Desde o início da manhã desta segunda-feira, o colégio promove uma reunião entre os pais de alunos, que estão recebendo orientações, dando informações e sendo ouvidos pela diretoria.

Psicólogo. A Polícia Civil quer que o menino de 9 anos suspeito de matar acidentalmente o colega de classe passe por avaliações psiquiátricas e psicológicas. “Vamos encaminhar o pedido nesta semana para a Vara da Infância e da Juventude de Embu”, disse o delegado Pedro Arnaldo Buk Forli, do Setor de Homicídios da Delegacia Seccional de Taboão da Serra.

Para o delegado, é necessária uma intervenção na vida psicossocial do menino. “Psicólogos, psiquiatras e assistentes sociais precisam analisar e estudar essa criança. Mas não para fins de internação. São técnicos especializados da Vara da Infância e da Juventude, com certeza saberão se o menino atirou acidentalmente e chegarão à verdade.”

O psiquiatra forense Guido Palomba disse que os pais do menino é que deveriam ser ouvidos. A criança é inimputável e mistura fantasia e realidade. “Os pais têm de contar o que aconteceu. Devem ser chamados à responsabilidade e explicar como o filho arrumou a arma. O menino que matou e o que morreu são vítimas”, argumentou Palomba.

Suspeito. A Polícia Civil ouviu os pais do menino. Eles negaram o envolvimento do filho e disseram que nunca tiveram arma. Mas, para a polícia, depoimentos de testemunhas reforçam os indícios de que o suspeito atirou em Miguel. Dois colegas de classe viram ele e Miguel entrando na sala após atividade no pátio. Uma menina ouviu um disparo e em seguida viu o suspeito deixar a classe e esconder a arma na mochila.

O uniforme e a mochila do suspeito foram apreendidos e serão periciados para saber se neles há vestígio de pólvora. “Temos convicção de que ele atirou acidentalmente e está mentindo. Não temos provas e os pais dele não colaboram”, acrescentou Forli.

estadão
Rizzolo
: Essa história está mal esclarecida, precisamos aguardar os laudos para inferir se realmente foi o outro garoto o agente do crime. Agora ao que me consta a escola evita a imprensa, portanto parece que as informações ficam ainda por demais distorcidas. Em relação à responsabilidade penal irá recair ela aos país e a escola. Vamos aguardar mais informações. Absurdo hein !!