Do alto do prédio, olhando o mar

Do alto do prédio eu conseguia avistar a imensidão do mar. Bem à direita, podia-se ouvir o som da água banhando as rochas e seu borbulhar. Cheiro de sal, de mar, de praia, nem precisava descer; dali do alto eu sentia a grandeza, a magnitude da natureza. Certa vez ouvi um rabino dizer que a maior prova da bondade e sabedoria divina era Deus ter programado o mar para acabar exatamente na praia. Como sabia ele que dali para frente deveria ser reservado para os homens e seres vivos terrestres? Isso ficou marcado durante muitos anos na minha mente, e sempre que caminho na praia, ao lado do mar, com os pés resfriados pelas águas que exalam sal, penso nisso. Quanta grandeza e sabedoria divina..

Crer em algo superior, apenas pela observação de sua obra, é uma forma de oração. Quando somos capazes de reconhecer a complexidade na formação de todos os seres, vemos Deus. O primeiro filósofo a afirmar tal conceito talvez tenha sido o grande Baruch Spinoza, que acabou pagando caro por essas ideias. A comunidade judaica, na época de Spinoza, não aceitava seus dogmas. Depois, é claro, fizeram um juízo de retratação e enfim entenderam a grandiosidade de seu pensamento.

Mas por que, daqui de cima do prédio ao ver o mar, me lembrei de Spinoza, da linda interpretação do rabino em relação ao mar, ou das minhas caminhadas de reflexão pela praia? Talvez seja pelo contraponto entre a minha visão religiosa e as afirmações científicas vazias, imaginárias, que por mais das vezes refutam a crença. Tais afirmações científicas, no entanto, acabam desembocando, quase manhosas, nos braços de Deus, pois, de fato, chega-se a um ponto em que a explicação científica termina e o conhecimento entra no território do inexplicável, este vácuo povoado durante milênios pelos interpretadores da graça do poder divino do nosso criador, que pode ser chamado de Deus.

Observar, ler e entender sempre foi o meu destino, mania essa danada que já me roubou noites de reflexão sobre os pobres, a sociedade, Deus, a injustiça, e os desmandos dos tiranos. Ler sobre tudo enriquece a alma como já dizia meu avô, e quando me ponho a ler artigos científicos, aí sim, o conflito se estabelece. Diz a manchete de uma revista jogada no sofá: “Cientista britânico Stephen Hawking afirma em seu novo e inédito livro que a física moderna descarta a religião na origem do Universo”. Descansei ontem meu olhos durante alguns minutos em ler a matéria da tal revista, senti pena de Deus e mais ainda de Stephen e suas apologias. Mas, como não discuto futebol nem religião e tenho preguiça científica de absorver teorias que no final abraçam o inexplicável, volto ao velho terraço, vendo esse mar imenso, imaginando a grandeza dos seres, e, de forma discreta, penso que a ciência avança, mas o mar recua, apontando a certeza de que o inexplicável nos joga sempre nos braços de Deus.

Fernando Rizzolo

O Verdadeiro Super-Homem

*Por Chana Weisberg

Christopher Reeve e George Reeves.

Dois homens, não relacionados, com sobrenomes quase idênticos.

Os dois morreram jovens, no auge de suas vidas; George com 45 anos e Christopher aos 52.

Ambos foram celebridades americanas que atingiram o estrelato pelas suas conquistas artísticas. Os dois desempenharam o papel do Super-Homem – George, na série original da TV dos anos 50, e Christopher, no estrondoso sucesso do cinema nas décadas de 70 e 80.

Olhando de relance, a vida dos dois parece semelhante. Porém cada qual tinha um sistema de crenças diferente, efetivamente mudando a direção de como eles levaram a vida – e como morreram.

Segundo o relatório do Departamento de Polícia de Los Angeles, nas últimas horas da noite de 16 de junho de 1959, George Reeves morreu baleado na cabeça no quarto de sua casa. Depoimentos de testemunhas e um exame da cena do crime levaram à conclusão de que a morte na verdade foi consequência de isolamento seguido de suicídio.

O relatório da polícia declara: “[Reeves estava]… deprimido porque não conseguiu ter o tipo de papéis que desejava.”

Christopher Reeve, por outro lado, teve sucesso como ator, diretor, produtor e roteirista.

Então a tragédia veio em 1995.

Após um acidente numa competição equestre, na qual foi jogado fora do cavalo, Reeve ficou quadriplégico. Ele precisou de uma cadeira de rodas e aparelhos para respirar pelo resto da vida, até sua morte em 2004, de ataque cardíaco.

Cinco dias após ter sido jogado de cabeça no chão, Reeves recuperou a consciência. O médico explicou que ele tinha destruído a primeira e a segunda vértebras cervicais. Após compreender que não apenas jamais caminharia novamente, mas também não poderia mover qualquer parte do corpo, Reeve considerou o suicídio.

Disse para sua esposa Dana: “Talvez devêssemos deixar que eu vá embora.”

Chorando, ela respondeu: “Vou dizer isto uma única vez: vou apoiar o que você quiser fazer, porque esta é a sua vida, e a decisão é sua. Porém quero que saiba que estarei com você para a longa corrida, não importa o que aconteça. Você ainda é você. E eu te amo.”

Reeve jamais pensou em suicídio novamente.

Em vez disso, ele passou por uma cirurgia e extensa reabilitação, forçando-se até seu limite nas sessões diárias de terapia. Uma vez estabilizado, mas ainda paralisado do pescoço para baixo, Reeve usou seu nome e status de clebridade em prol das pessoas com lesões na espinha e criou a Fundação Christopher Reeve, que tem doado dezenas de milhões de dólares para pesquisa e consegue melhorar a qualidade de vida de pessoas incapacitadas.

Reeve também abrilhantou as Para-Olimpíadas, narrou, dirigiu e produziu filmes, compareceu à Entrega do Oscar, fez uma viagem a Israel e discutiu o progresso da pesquisa em lesões da medula espinhal no Programa Larry King Live, fez discursos em todo o país, escreveu livros que foram campeões de vendas e permaneceram na lista dos best-seller do New York Times durante semanas, recebeu diversos prêmios e ainda estrelou alguns papéis no cinema.

E ele fez tudo isso nos anos que se seguiram ao acidente, apesar de sua extensa incapacidade física.

Cada um de nós é um SuperHomem com status de super-herói. Cada um de nós recebeu um âmago Divino com potencial infinito para atingir o “estrelato”. Porém quanto mais alto chegamos, maior é a queda que podemos ter.

Há épocas na vida em que nos sentimos como verdadeiros astros. As coisas estão surgindo em nosso caminho. Chegamos ao auge do sucesso, ou conquistamos uma importante aspiração da nossa vida. Sentimo-nos contentes e felizes. O sol está brilhando intensamente sobre nós.

Mas então, de repente, a maré vira, e nos encontramos no meio de uma tempestade terrivelmente escura e assustadora. Nossos sonhos são destroçados, nossas expectativas destruídas. O mundo que conhecíamos não é mais o mesmo, e jamais será. Os desafios nos privam de nossa alegria e vigor, e minam toda a vitalidade da nossa existência.

Como reagimos à essa situação difícil? Mergulhamos na depressão, concentrando-nos unicamente na injustiça e crueldade do nosso destino? Praguejamos contra um mundo cruel e sem D’us?

Ou nos erguemos para enfrentar a situação, investindo uma força sobre-humana para lutar contra os obstáculos em nosso caminho? Resolvemos fazer o melhor possível com aquilo que o destino atirou em nosso caminho, celebrando nossa vida de maneira plena, enquanto trazemos júbilo e objetivos àqueles que nos cercam?

Não podemos julgar as escolhas de outros. Não conseguimos imaginar suas circunstâncias ou sua tremenda luta interior. Porém a certa altura, pelo menos em parte, cada um de nós deve enfrentar uma escolha assim em nossa própria vida. E em última análise, o caminho de um verdadeiro Super-Herói é somente um.
fonte: beit Chabad

Tenham um sábado de paz !

Fernando Rizzolo

Crer é Ver

*Por Yossi Ives

Não, eu não confundi a frase; é o próprio cliquê que está confuso. Ver não é crer, de maneira alguma. Algumas coisas que você vê não vale a pena acreditar; você pode vê-las mas elas são sem sentido e falsas. E ao inverso, há muitas coisas que você somente consegue ver se acredita nelas primeiro. Crer vem primeiro; ver é uma provável consequência.

Certa vez declarei à minha congregação que se os médicos estão certos, eu não sou casado! Veja, os pais da minha mulher ouviram de três médicos diferentes que eles jamais teriam filhos. O mesmo aconteceu a três de nossas matriarcas – Sarah, Rivca e Rachel – o impossível aconteceu: elas tiveram filhos apesar das expectativas negativas.

A um grau importante, nossa crença na possibilidade de algo ocorrer determina sua probabilidade de acontecer. Dizem que se você acredita que pode ou se acredita que não pode – de qualquer maneira você está certo! Pois se você acredita que algo é impossível, isto bem pode se tornar impossível. De forma inversa, se você acredita firmemente que algo é possível, você tem toda a chance de conseguir.

Robert H. Goddard escreveu: “É difícil dizer o que é impossível, pois o sonho de ontem é a esperança de hoje e a realidade de amanhã.” Na verdade, é impossível acreditar no impossível – porque uma vez que você acredita naquilo, não é mais impossível. Porém se você acredita que algo é impossível, quase que com certeza é. A prece é pedir pelo aparentemente impossível. Nossa história nos ensina que todo aquele que não acredita em milagres não é realista. Portanto, de fato, crer é ver.

Mas desencorajamos a auto-crença nos outros? Somos rápidos demais em descartar as ideias de outro, ou até mesmo nossa ideia? Quantas vezes dizemos: “Oh, isso nunca vai dar certo?” Com essa atitude, provavelmente não vai mesmo! A evidência é esmagadora de que se acreditamos em nós mesmos, temos muito mais chance de sermos bem-sucedidos. Da mesma forma, se temos fé nos outros, temos muito mais probabilidades de os ajudarmos a conseguir.

Quando declaramos que algo é impossível, estamos apenas dizendo que está além da nossa imaginação. Mas por que desencorajar outra pessoa e arriscar a fazê-lo voltar atrás porque carecemos de fé? Ao contrário, se mostrarmos nossa crença no outro, aquele impulso pode fazer a diferença entre o sucesso e o fracasso.

Portanto da próxima vez que seu filho vier com uma ideia maluca, ou um colega de trabalho apresentar uma sugestão que parece fora desse mundo, faça uma pausa antes de atirar um balde de água na ideia. Talvez sua dúvida esteja arrefecendo a crença deles? E talvez seu total apoio a eles possa ser a força que os ajudará a conseguir aquela meta?

Quando alguém introduz uma ideia como: “Sei que isso parece loucura” ou conclui a sugestão com um pessimista “Provavelmente não é uma boa ideia”, desafie aquele comentário. Talvez não seja uma proposta assim tão maluca? Sugiro que você pergunte: “O que o faz pensar que é uma má ideia?” Confira que a declaração negativa não foi meramente uma expressão do nervosismo daquela pessoa. Muitas vezes você descobre que estes comentários são puramente auto-dúvida gerada pela falta de confiança.

Maimonides escreve que a forma mais elevada de caridade é ajudar uma pessoa a se colocar sobre os próprios pés. Bem, instilar em alguém a coragem para ser bem-sucedido é a forma mais elevada de impulsionar alguém para atingir suas metas. Você o está ajudando com o maior bem que ele poderia ter: acreditar em si mesmo.

Estamos todos preocupados em ajudar nossos filhos. Aqui está uma ferramenta simples mas poderosa – mostrar que você acredita neles.
Fonte: Beit Chabad

Tenha um sábado de paz !

Fernando Rizzolo

Caminhando na Mata

“Não há nada mais espiritual, do que através do vento nas folhas das árvores, no meio do campo, dia frio e nublado, sentir a grandeza ventando violenta. Movendo os galhos vergados de velhos, emprestando seu gesto numa forma de sim, numa dança harmônica, no bailado da mata. Envolto ao cheiro das plantas molhadas, da terra bem fofa, do olhar sem limite, ouvir Villa-Lobos bachianas talvez, caminhando no vento soprando no rosto, sentir-se bem só e sonhando com Deus. Misturar-se no campo diluindo meu eu, o vento nas folhas me faz sentir bem, livre, tranquilo, perto de Deus, como se aquilo tudo, fosse enfim, uma doce oração, um presente para mim.”

Fernando Rizzolo

Luz e escuridão

Alemanha: Inicio do século 20

Durante uma conferência com vários universitários, um professor da Universidade de Berlim desafiou seus alunos com a seguinte pergunta:

“D’us criou tudo que existe?”

Um aluno respondeu valentemente: “Sim, Ele criou”..

“D’us criou tudo?”, perguntou novamente o professor.

“Sim senhor”, respondeu o jovem.

O professor continuou, “Se D’us criou tudo, então D’us fez o mal! Pois o mal existe, e partindo do preceito de que nossas obras são um reflexo de nós mesmos, então D’us é mau.”

O jovem ficou calado diante de tal argumento e o professor, feliz, se regozijava de ter provado mais uma vez que a fé era um mito.

Outro estudante levantou a mão e disse:

“Posso fazer uma pergunta, professor?”

“Lógico”, foi a resposta.

O jovem ficou de pé e perguntou: “Professor, o frio existe?”

“Que pergunta é essa? Lógico que existe, ou por acaso você nunca sentiu frio?”

O rapaz respondeu: “De fato, senhor, o frio não existe. Segundo as leis da Física, o que consideramos o frio, na realidade é a ausência de calor. Todo corpo ou objeto é suscetível de estudo quando possui ou transmite energia. O calor é o que faz com que este corpo tenha ou transmita energia. O zero absoluto é a ausência total e absoluta de calor. Todos os corpos ficam inertes, incapazes de reagir, mas o frio não existe. Nós criamos essa definição para descrever como nos sentimos se não temos calor.”

“E, existe a escuridão?”, continuou o estudante.

O professor respondeu: “Existe”.

O estudante respondeu: “Novamente comete um erro, senhor, a escuridão também não existe. A escuridão na realidade é a ausência de luz. A luz pode ser estudada, a escuridão não! Até existe o prisma de Nichols para decompor a luz branca nas várias cores que a compõe, com suas diferentes longitudes de ondas. A escuridão não! Um simples raio de luz atravessa as trevas e ilumina a superfície onde termina o raio de luz.

Como pode saber quão escuro está um espaço determinado? Com base na quantidade de luz presente nesse espaço, não é assim? Portanto a escuridão é uma definição que o homem desenvolveu para descrever o que acontece quendo não há luz presente”

Finalmente, o jovem perguntou ao professor: “Senhor, o mal existe?”

O professor respondeu: “Lógico que existe, como disse desde o começo, é só ler as manchetes: vemos ações terroristas, crimes e violência no mundo o tempo todo”.

E o estudante respondeu: “O mal não existe, pelo menos não existe por si mesmo. O mal é simplesmente a ausência do bem, como nos casos anteriores, o mal é uma definição que o homem criou para descrever a ausência de D’us. D’us não criou o mal. Não é como a fé ou como o amor, que existem como existem o calor e a luz. O mal é o resultado da humanidade não ter D’us presente em seus corações. É como acontece com o frio quando não há calor, ou a escuridão quando não há luz.”

Por volta dos anos 1900, este jovem foi aplaudido de pé, e o professor apenas balançou a cabeça permanecendo calado.

O diretor dirigiu-se àquele jovem e perguntou qual era seu nome. E ele respondeu:

“Albert Einstein.”

fonte: site do Beit Chabad

Tenha um sábado de paz!

Fernando Rizzolo

Um sonho chamado Esperança

Certa noite, tive um sonho. Sonhei que o telefone de madrugada tocou; ao atender, um senhor com a voz calma e serena me pedia para que fossemos à Hope, pois algo havia ocorrido. Mais que depressa, chegamos à instituição. O guarda que costumeiramente se postava à porta não estava; na portaria não havia ninguém; o silêncio era total.

Desesperados, eu e Cláudia aumentamos os passos nos largos corredores da Hope à procura de alguém que nos informasse a razão do telefonema. Passamos pela monitora e não havia sequer um monitor; então, num gesto rápido e inquieto, subimos com a respiração ofegante, as escadas em direção à ala dos quartos, onde as crianças e os acompanhantes dormem. Para nossa surpresa, estava vazio: nenhuma criança, nenhum acompanhante, nenhum monitor. Apenas um doce silêncio rompia o frio vazio dos quartos.

De repente, uma luz brilhante no final do corredor surgiu. A mesma voz, calma e serena, do senhor do telefonema nos dizia: “Fiquem tranquilos, apenas houve um milagre por aqui. O Santo Bendito, num ato de misericórdia resolveu curar todas as crianças da Hope. Elas já partiram. Estão em suas cidades de origem e curadas. A casa está vazia, mas cheia de amor e misericórdia divina”.

Atônitos, sem reação, sentimos uma forte luz nos impulsionando para a saída da Instituição. Senti naquele momento uma imensa paz, o doce calor da luz divina nos acalentava; na saída, ao lado da porta, centenas de bilhetinhos das crianças alegres se despedindo.

Ao acordar, ainda sob um estado extasiante, contei à Cláudia meu sonho. Ela olhou bem nos meus olhos e disse: “Não se impressione, eu já tive este sonho várias vezes, sei que um dia ele vai se realizar, talvez por isso o lugarse chame “Casa Hope “; uma casa da esperança.

Tentei dormir novamente, mas, não consegui. Então, pensei comigo: “Por que os sonhos não se tornam realidade? E então algo interior, no tom daquela calma voz, novamente me disse:

“Ajudar e fazer a caridade é a melhor forma de sonhar acordado, é reacender a luz da esperança quando tudo se parece perdido”

Fernando Rizzolo

Tenha um sábado de paz!

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A Alma e a Lógica

Talvez uma das maiores implicações no desenvolvimento da descrença, do materialismo e do ateísmo, seja o fato de que a nossa condição humana está condicionada a processar as situações da vida do ponto de vista lógico. Toda a nossa estrutura cerebral foi constituída no racionalismo, inserida na lógica, entre relações de causa e efeito. Portanto, não seria estranho termos certa dificuldade ao nos depararmos com uma lógica diversa da nossa, inconcebível dentro de uma estrutura materialista.

Por consequência, fatores que ocorrem nas nossas vidas por influência espiritual – conceitualmente de origem divina -passam a serem pouco compreendidos, uma vez que, o racionalismo humano não possui instrumentos, tampouco, está preparado para a compreensão de uma inversão estrutural do previsível, do justo e do humano, no contexto das tragédias na vida.

Com efeito, ao nos perguntarmos porque coisas ruins ocorrem a pessoas boas – sob o prisma da lógica humana – teremos duas vertentes dentro deste mesmo raciocínio: a primeira, seria o inconformismo, que levaria à descrença na bondade divina epor efeito, ao enfraquecimento da fé, seguido por um desespero, e muitas vezes, adotando-se como resposta, os profetas do ateísmo.

Com efeito, ao nos perguntarmos porque coisas ruins ocorrem a pessoas boas – sob o prisma da lógica humana – teremos duas vertentes dentro deste mesmo raciocínio: a primeira, seria o inconformismo, que levaria à descrença na bondade divina e por consequência, à segunda, um enfraquecimento da fé, seguido por um desespero, e muitas vezes, adotando-se como resposta, os profetas do ateísmo.

A Alma e a Lógica são elementos diversos. Uma, é oriunda da espiritualidade; vive, responde e reage aos impulsos da fé, da captação de energia cósmica, do modo de vida na relação com os demais seres vivos, naquilo que nos alimentamos, das orações, da religiosidade seja ela qual for. Outra, é fruto da experiência terrena, das relações neurocerebrais, do aprendizado, do sentido de justiça material e, portanto, inerente às condições espirituais e às suas especificidades e características místicas.

Certos atos na Bíblia – como na morte de uma vaca vermelha, cujas cinzas foram capazes de purificar o povo judeu – jamais serão certificados pela lógica. Mas, exatamente quando prescindimos da lógica humana e intelectual, nos entregando à lógica da Alma e a um entendimento que poderíamos chamar de divino se dá o salto em direção aos milagres e às transformações, que são imensos na vida de um ser humano.

Colocar Tefilin pela manhã é um ato que pouca lógica humana descreve, porém ao utilizarmos algo material como couro – determinado e previsto na Torá – implementamos uma relação entre a matéria e o espiritual, nos anulando em questionamentos racionais e, simplesmente, nos lançando em direção à lógica divina, preconizada na Bíblia, fazendo com que a conexão entre o mundo material e o espiritual se realize como um link.

A morte de ente querido, uma tragédia ou uma perda, jamais poderão ser explicadas racionalmente, sob pena de nos desviarmos da fé. Aceitar os desígnios de Deus e compreender a incapacidade de nosso sistema racional de processarmos as razões dos fatos divinos, é por si só, uma forma de compreender o incompreensível, de respeitar a evolução e a dinâmica espiritual às quais estamos predispostos a vivenciar e, com certeza, de professar a mais profunda comunhão entre a nossa simples alma humana e a grandeza daquele que é Eterno e sabe o que faz, sendo essa, talvez, a maior forma de oração.

Fernando Rizzolo

Quatro aviões Airbus fizeram pouso de emergência nos últimos três dias

Dois aviões Airbus fizeram pousos de emergência devido a problemas técnicos nas primeiras horas desta quinta-feira, elevando a quatro o número de incidentes envolvendo aeronaves da empresa nos últimos três dias.

No mais grave deles, um Airbus A330 da companhia aérea australiana Jetstar, com 203 pessoas a bordo, teve que fazer uma aterrissagem de emergência na ilha de Guam, no Oceano Pacífico, por causa de um incêndio na cabine de comando.

A aeronave – do mesmo modelo do avião da Air France que caiu no Oceano Atlântico no dia 31 de maio – fazia o trajeto entre Osaka, no Japão, e Gold Coast, na Austrália. Os pilotos teriam conseguido apagar o fogo antes de pousar, e nenhum passageiro ficou ferido.

Ainda na manhã desta quinta-feira, um Airbus A320 da empresa russa Aeroflot fez um pouso forçado em Novosibirsk, na Sibéria, com 122 pessoas a bordo, por causa de uma rachadura no para-brisas. O avião voava entre Irkustk, no centro-leste do país, e Moscou.

Na manhã da quarta-feira, outro Airbus foi obrigado a retornar ao aeroporto de Las Palmas, nas Ilhas Canárias, dez minutos após a decolagem, após ser detectado um problema no motor.

O avião da companhia escandinava Iberworld partia com 180 passageiros com destino a Oslo, na Noruega. Após o pouso, foram adotados os procedimentos de emergência para evacuar a aeronave, mas não houve maiores complicações.

Uma falha em um dos motores também causou um pouso forçado de um Airbus A340 da Air China, que fazia o trajeto entre Milão, na Itália, e Pequim, na terça-feira.

A aterrissagem ocorreu no aeroporto de Moscou, na Rússia. Não houve feridos entre as 155 pessoas a bordo.

‘Raros’

Apesar da proximidade dos incidentes com a queda do voo AF 447, e do fato de todos envolverem aviões da Airbus, especialistas garantem que essas ocorrências são raras.

“Todos os aviões apresentam problemas técnicos uma vez ou outra, mas eles são projetados para superar essas falhas com segurança, e os pilotos são treinados para lidar com eles”, lembra Richard Woodwird, vice-presidente da Associação Australiana e Internacional de Pilotos.

“Se considerarmos a quantidade de horas voadas por essas aeronaves, o número de incidentes é muito pequeno”, disse ele à BBC Brasil.

A assessoria de imprensa da Airbus disse à BBC Brasil que “a frota de A330 registra mais de 11 milhões de horas de voo” e que “não há motivos para relacionar esses casos individuais que ocorreram com aviões de outras companhias nos últimos dias ao acidente com o voo 447 da Air France”.

“O acidente (do AF 447) é muito grave, mas foi o primeiro com mortes desse avião em voos comerciais”, declarou a assessoria de imprensa da Airbus.

A empresa também lembra que a Agência Europeia para a Segurança da Aviação declarou nesta semana que o A330 “é um avião seguro, mesmo com os antigos modelos de sensores”.

Guam

Woodwird afirmou ter conversado com o comandante do voo da Jetstar que pousou em Guam e disse que os procedimentos adotados por ele foram os corretos.

Um porta-voz da companhia aérea disse à rede de TV australiana ABC News que um dos pilotos usou um extintor para apagar um fogo na cabine de comando, assim que foi notada uma fumaça.

“Nós fizemos um desvio de emergência para o Aeroporto Internacional de Guam, onde a aeronave pousou sem incidentes”.

De acordo com o porta-voz, o avião permanecerá em Guam até que as causas do incidente sejam apuradas.

Segundo informações, a maioria dos passageiros era de nacionalidade japonesa.

BBC

Rizzolo: Problemas com aeronaves sempre existem, a grande questão agora é o fato da perda da confiabilidade no Airbus. Pessoalmente entendo que ainda falta muito a esclarecer em relação a este acidente; sem antes descobrirmos a caixa preta ficará difícil especularmos sobre a causa. Sem análise nenhuma, sem provas, e por puro palpite minha opinião é de atentado terrorista, tudo leva a ser esta a causa. Como se trata se uma opinião sem base, fica no âmbito da especulação. Agora, esse avião não é de confiança mesmo, melhor voar de Boeing. Em novembro, como de costume, não vou mais à Paris de Airbus.

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Suspeitos de ligação com terrorismo estariam no voo 447, diz revista francesa

Identificação de 2 passageiros tem de ser confirmada, segundo ‘L’Express’.

Forças Armadas da França não confirmaram a informação.

Os serviços franceses de informação disseram que dois dos passageiros do voo 447 seriam ligados ao terrorismo, informou nesta quarta-feira (10) o site da revista francesa ‘L’Express’.

Segundo a matéria, a identidade da dupla precisa ser confirmada, e há a hipótese de que se trate apenas de homônimos.

Um porta-voz do Estado-Maior das Forças Armadas da França, questionado pela agência Reuters sobre o fato, disse que não podia confirmar essa informação.

As autoridades francesas afirmaram diversas vezes que a hipótese de um atentado contra o voo da Air France 447 do Rio de Janeiro a Paris não estava totalmente descartada, mesmo sendo pouco provável.

As autoridades, no entanto, disseram que nenhum grupo reivindicou o atentado, o que seria de esperar num caso desse.
globo

Rizzolo: Como já disse em outras oportunidades não podemos descartar a possibilidade de um atentado. A revista L´Express em seu artigo afirma que dois passageiros poderiam estar envolvidos com o terrorismo, mas há de se provar se tais nomes não são homônimos.

O submarino nuclear francês Émeraude inicia nesta quarta-feira as operações para tentar localizar as caixas-pretas do Airbus A330 da Air France. Equipado com potentes sonares, ele irá patrulhar diariamente uma área de 36 quilômetros quadrados, que será a “cada dia diferente”, afirma o comandante Christophe Prazuck, porta-voz do Estado Maior das Forças Armadas da França.

A verdade é que esta tragédia não está devidamente esclarecida é só o tempo poderá indicar as causas. Minha opinião pessoal, de leigo no assunto, sem provas, mas levado pela minha intuição: atentado terrorista.

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Fragata francesa chega hoje para ajudar nas buscas ao Air France

O trabalho de buscas de corpos e destroços do voo 447 da Air France recebe, neste domingo (7), o reforço da fragata da Marinha francesa Ventuse. A embarcação se soma aos cinco navios brasileiros presentes na área. Outras três embarcações da marinha mercante (duas holandesas e um francesa) foram liberadas dos trabalhos, pois já apresentavam problemas de abastecimento de combustível e escassez de alimentos para a tripulação. Na manhã deste domingo, Marinha e Aeronáutica divulgaram o resgate de mais três corpos. Ao todo foram resgatados cinco corpos em alto-mar desde sábado (6).

Já participam das buscas a corveta Caboclo, as fragatas Constituição e Bosísio, o navio-patrulha Grajaú e o navio-patrulha Grajaú – todas da Marinha brasileira. Quatorze aviões também integram a equipe de busca, fazendo o reconhecimento visual pelo ar. São 12 brasileiras e duas francesas.

A Aeronáutica informa, porém, que as condições de visibilidade e as formações meteorológicas não são boas. Já as condições de mar são consideradas tranquilas (numa escala de 0 a 12, o mar estaria em situação 2), o que facilita o recolhimento de corpos e destroços avistados.

A rotina de busca seguirá o mesmo padrão realizado quando da descoberta dos primeiros dois corpos, no sábado (6). O avião R-99, dotado de radar de abertura sintética, realiza varreduras sobre a superfície do mar, enquanto outras aeronaves e os navios tentam o avistamento utilizando equipamentos ópticos.
Globo

Rizzolo: A Marinha e a Aeronáutica anunciaram na manhã deste domingo (7) a localização e resgate de mais três corpos em alto-mar de ocupantes do Airbus da Air France que desapareceu na noite do último dia 31 no trajeto entre o Rio de Janeiro e Paris. Outros dois corpos haviam sido localizados no sábado (6). Os cinco corpos estão sendo transportados pela Fragata Constituição da Marinha para Fernando de Noronha e deverão chegar na segunda-feira (8). Agora com a chegada da fragata francesa as buscas poderão se intensificar ainda mais. Vamos acompanhar.

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Corpos e destroços só chegam domingo a Fernando de Noronha

Os corpos de possíveis duas vítimas do voo 447 da Air France e o que podem ser destroços da aeronave, encontrados na manhã deste sábado (6), só devem chegar domingo (7) ao arquipélago de Fernando de Noronha, distante 450 milhas náuticas (cerca de 900 km) do local onde os corpos foram encontrados. O trabalho de transporte de tudo o que foi achado caberá à fragata Constituição, que se desloca a uma velocidade de 20 nós (aproximadamente 40 km/h).

No sexto dia do trabalho de buscas, a aeronave R-99, que tem um radar de abertura sintética, localizou objetos na superfície do mar a 69,5 km do ponto em que houve o último aviso de pane da aeronave, que desapareceu dos radares brasileiros no domingo (31), quando fazia o voo Rio-Paris.

Acionada, a corveta Caboclo chegou ao local às 8h14 e iniciou a retirada do material encontrado: uma poltrona da cor azul (a mesma utilizada pela companhia Air France), máscaras de ar comumente usadas em aviões, uma maleta com um laptop e uma mochila de náilon. Depois, foram encontrados dois corpos do sexo masculino.

Na mochilha, havia um cartão de vacinação. E na maleta um bilhete aéreo da Air France. As autoridades brasileiras não informaram os nomes presentes nestes documentos. Só será possível estabelecer a identidade dos corpos depois de cruzamento com os DNAs dos familiares das vítimas, que ainda estão sendo recolhidos.

Os trabalhos de busca continuarão durante todo o sábado. A perícia nos destroços e nos corpos será feita, inicialmente, em Fernando de Noronha. Não há prazo para que o material seja encaminhado ao Recife, onde ficarão disponíveis para as autoridades francesas.

Segundo o major-brigadeiro do ar Luiz Jackson Josuá Costa, comandante do 2º Comando Aéreo Regional, a “fase de busca se superpõe à fase de resgate”.

“Todo trabalho é baseado em normas e acordos internacionais. Desse trabalho rigoroso, tivemos um resultado positivo”, disse o vice-chefe do Centro de Comunicação da Aeronáutica, Jorge Amaral.
Globo

Rizzolo: Nesta tragédia pelo menos os corpos estão sendo encontrados. Isso por incrível que pareça isso é um alento às famílias. Ainda falta muito para desvendar as causas do acidente. Pelo menos agora, ao que tudo indica, surge uma luz na indicação do local aonde os corpos poderão estar. Vamos aguardar.

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Justiça de Paris abre processo por “homicídio culposo” no voo AF 447

O Tribunal de Paris anunciou nesta sexta-feira a abertura de um processo de “homicídio culposo” sobre o desaparecimento do Airbus A330 da Air France com 228 pessoas a bordo, quando voava do Rio de Janeiro a Paris. O pedido foi encaminhado pelo Ministério Público (MP) local.

De acordo com o tribunal, a investigação aberta não se dirige contra nada ou ninguém em particular e que o caso estará a cargo da magistrada Sylvie Zimmerman.

O Ministério Público disse que o processo foi aberto em Paris porque algumas vítimas moram na capital francesa. Não foi indicado que haja qualquer evidência de criminalidade no caso.

O MP havia aberto uma investigação preliminar na terça-feira à noite e adiantado que “rapidamente” seria iniciado um processo. Fontes do Ministério Público explicaram que a instrução judicial foi levada em consideração, pois “haverá diversas rogatórias internacionais e numerosas vítimas”.

Cada uma das famílias das 228 vítimas receberá uma notificação por correio na qual “será informada a respeito deste procedimento penal, da designação de associações de ajuda às vítimas e do início de um procedimento civil no tribunal de Paris”, acrescentou.

As famílias receberão outra carta da seção civil do Ministério Público para “fornecer a elas todas as informações úteis sobre este procedimento civil”, acrescentou o órgão, que também deu dois números de telefone para que os familiares possam se comunicar com sua seção civil: (00 331) 44 32 67 00 ou (00 331) 44 32 57 04.

folha online

Rizzolo: Na verdade este é o papel do Ministério Público, por hora não existe indícios de crime, contudo do ponto de vista processual há necessidade do procedimento. Essa tragédia ainda está pouco esclarecida, e a tese de atentado ganha força na Europa. Vamos acompanhar.

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Um Imenso Vazio

Esta semana foi banhada com as lágrimas da tristeza por aqueles que se foram no vôo 447 da Air France. Só quem perdeu, disse adeus, e se despediu acenando dos que embarcaram, sabe a dimensão da dor e do sofrimento. Este não foi o primeiro vôo trágico, outros antecederam, como o da Tam em São Paulo. Todos enfim, serviram para dimensionar o sofrimento das perdas repentinas.

Que palavras dizer, como entender, qual a lógica do desenlace da tragédia não anunciada? As explicações surgem em todas as religiões, mas a certeza de que as tragédias nos fazem refletir sobre nosso papel neste mundo, nos eleva na condição de repensarmos o aspecto espiritual de nossas vidas, muitas vezes ocultado pelo materialismo desenfreado do dia-a-dia .

Vidas ceifadas, amores que se foram, filhos queridos que jamais voltarão, traduzem os desperdícios das discórdias, da luta pela busca do material como prioridade, e da fragilidade da condição humana. Talvez seja tempo em que as pessoas devam buscar na espiritualidade, as respostas para os infortúnios da vida.

A lógica divina não pertence à mesma condição da lógica humana, e de nada adianta contestarmos a incapacidade do nosso cérebro de compreender os desígnios de Deus; que por vezes, faz das coisas tristes a maior razão do compreender divino. Se assim agirmos, estaríamos espiritualmente não elevando a alma e a lembrança daqueles que se foram, ao nos conformarmos, ultrapassamos nossa incapacidade diminuta, e sintonizamos uma lógica distante, incompreensível, mas repleta de luz.

Quando as buscas são ineficazes, quando as explicações técnicas das causas se confrontam, e não se vê absolutamente nada a não ser a saudade; fechar os olhos, se conformar e se apaziguar com Deus, é conectar-se com uma a lógica maior, é o caminho para entender o seu último adeus, seu último abraço, e quem sabe este imenso vazio.

*Dedico este texto aqueles que perderam seus entes queridos de forma trágica.

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Fernando Rizzolo

Tenha um sábado de paz.

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‘Minha vida está de cabeça para baixo’, diz advogado que perdeu os pais

José Gregório viajou para celebrar seus 72 anos de vida.
Parentes pensam em mandar rezar missa pelas vítimas no Rio.

“Minha vida está de cabeça para baixo”, disse o advogado Marco Túlio Moreno Marques, que desde a manhã de segunda-feira (1º) quando soube do acidente com o voo da Air France, onde estavam seus pais, não consegue mais trabalhar. O advogado que mora na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio, vai duas vezes por dia ao Hotel Windsor, onde estão hospedados os parentes dos passageiros para obter informações sobre o voo.

Segundo Marco Túlio, seus pais, o juiz aposentado José Gregório Moreno Marques, de 72 anos, e a mãe, a advogada aposentada Maria Tereza Moreno Marques, de 79 anos, costumavam viajar com frequência para a França.

“Eles viajavam para Paris como quem ia para Petrópolis. Viajavam de três a quatro vezes por ano para lá. A França era como se fosse a segunda casa deles”, contou Marco Túlio, acrescentando que esta viagem seria para comemorar o aniversário de 72 anos de José Gregório.

Na manhã desta quarta-feira (3), segundo Marco Túlio, numa sala do hotel onde estão reunidos cerca de 40 parentes das vítimas da voo 447, funcionários da Marinha e da Aeronáutica informaram que foram encontrados destroços do avião da Air France a cerca de 90 quilômetros do Arquipélago de São Pedro e São Paulo.

“Eles disseram que já foi encontrado um pedaço do avião com cerca de sete metros de diâmetro, dez objetos metálicos e uma mancha de óleo de aproximadamente 20 quilômetros de extensão. Não tenho mais esperanças de encontrar meus pais. Não pretendo ir para o Recife acompanhar as investigações, porque isso não vai adiantar nada”, contou o advogado.

O advogado contou que vai duas vezes por dia ao hotel – pela manhã e à noite – para obter informações sobre as buscas. Ele disse que as pessoas ficam reunidas numa sala com computadores, onde acessam informações através de agências francesas e internacionais de notícias. Só entram no local quem tem um cartão magnético que foi dado apenas aos parentes e a funcionários da Air France.

“Ontem (segunda-feira, dia 2), um familiar chegou a comentar que teriam achado um sobrevivente. Houve uma comoção geral na sala, mas logo em seguida a informação foi desmentida. Já não tenho mais esperanças”, disse o advogado.

Ele contou ainda que um grupo de parentes está se mobilizando para mandar rezar uma missa pelos passageiros, no Rio.

“Não seria uma missa de sétimo dia. Seria só uma forma de celebrar a memória das pessoas queridas. Estamos trocando informações e telefones para ver quando isso pode ser feito”, disse o advogado, resignado.
globo

Rizzolo: Vou transcrever um texto de outro comentário meu a respeito da tragédia, que serve como uma reflexão sobre a perda de entes queridos e a visão espiritual e contextual desse infortúnio.

Dificilmente entenderemos a lógica divina. Na verdade ela não foi constituída para que o nosso sentido humano pudesse compreendê-la. De nada adianta ficarmos revoltados com os desígnios de Deus, muito pelo contrário, a postura que devemos ter em relação às tragédias e os infortúnios, é de conformação. É interessante analisarmos que a mais importante reza judaica aos mortos, Kadish , é na verdade uma exaltação à Deus.

Diante da tragédia devemos exaltar o resplandecer divino, sua glória, só assim poderemos nos situarmos numa mesma dimensão de aceitação, e entender que diante da lógica de Deus necessário se faz o aceitar, até para que a alma daquele que já se foi, possa subir e descançar. Entender a morte, é algo que jamais um cérebro humano será capaz de fazê-lo, a lógica é outra, assim sendo poderemos entender o Kadish suprindo a lacuna entre o ilógico humano e o lógico divino. Mais uma vez espero que as famílias encontrem um conforto espiritual independente da religião, e que as vítimas sejam lembradas por todos aqueles que os conheceram.

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Em poucos segundos a tragédia do voo 447 destruiu lares, sonhos, vidas

Estavam no avião o cirurgião plástico Roberto Corrêa Chem, a mulher dele, Vera, e a filha do casal Letícia. Viajavam de férias para a Grécia e Turquia. A médica Bianca Cotta e o advogado Carlos Eduardo, recém casados, iam passar a lua de mel em Paris.

Juliana de Aquino, cantora, de 29 anos, seguiria para a Alemanha, onde morava há seis anos. Ela esteve no Brasil para visitar a família em Brasília. O oceanógrafo Leonardo Veloso Dardengo retornava a Paris para continuar os estudos do doutorado.

O voo 447 levava também os italianos Rino Zandonai, Giovani Lenzi e Luigi Zortéa, que passaram por Santa Catarina para doar 20 mil euros às vítimas da enchente do ano passado.

Pedro Luís de Orleans e Bragança, de 26 anos: o quarto na linha sucessória da Família Real Brasileira. O argentino Pedro Drey Fus, de 38 anos, que atuava na ONG Viva Rio. O chefe de gabinete da Prefeitura do Rio, Marcelo Parente, e a mulher dele.

E os executivos da Michelin, Luiz Roberto Anastácio, Presidente para a América Latina e Antônio Augusto Gueiros, de 46 anos, Diretor de informática da empresa.

globo

Rizzolo: Dificilmente entenderemos a lógica divina. Na verdade ela não foi constituída para que o nosso sentido humano pudesse compreendê-la. De nada adianta ficarmos revoltados com os desígnios de Deus, muito pelo contrário, a postura que devemos ter em relação às tragédias e os infortúnios, é de conformação. É interessante analisarmos que a mais importante reza judaica aos mortos, o Kadish, é na verdade uma exaltação à Deus.

Diante da tragédia devemos exaltar o resplandecer divino, sua glória, só assim poderemos nos situarmos numa mesma dimensão de aceitação, e entender que diante da lógica de Deus necessário se faz o aceitar, até para que a alma daquele que já se foi, possa subir e descançar. Entender a morte, é algo que jamais um cérebro humano será capaz de fazê-lo, a lógica é outra, assim sendo poderemos entender o Kadish suprindo a lacuna entre o ilógico humano e o lógico divino. Mais uma vez espero que as famílias encontrem um conforto espiritual independente da religião, e que as vítimas sejam lembradas por todos aqueles que os conheceram.

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Acreditar em Deus reduz ansiedade e estresse, diz estudo

Acreditar em Deus pode ajudar a acabar com a ansiedade e reduzir o estresse, segundo um estudo da Universidade de Toronto, no Canadá.

A pesquisa, publicada na revista Pyschological Science

, envolveu a comparação das reações cerebrais em pessoas de diferentes religiões e em ateus, quando submetidos a uma série de testes.

Segundo os cientistas, quanto mais fé os voluntários tinham, mais tranquilos eles se mostravam diante das tarefas, mesmo quando cometiam erros.

Os pesquisadores afirmam que os participantes que obtiveram melhor resultado nos testes não eram fundamentalistas, mas acreditavam que “Deus deu sentido a suas vidas”.

Comparados com os ateus, eles mostraram menos atividade no chamado córtex cingulado anterior, a área do cérebro que ajuda a modificar o comportamento ao sinalizar quando são necessários mais atenção e controle, geralmente como resultado de algum acontecimento que produz ansiedade, como cometer um erro.

“Esta parte do cérebro é como um alarme que toca quando uma pessoa comete um erro ou se sente insegura”, disse Michael Inzlicht, professor de psicologia e coordenador da pesquisa. “Os voluntários religiosos ou que simplesmente acreditavam em Deus mostraram muito menos atividade nesta região. Eles são muito menos ansiosos e se sentem menos estressados quando cometem um erro.”

O cientista, no entanto, lembra que a ansiedade é “uma faca de dois gumes”, necessária e útil em algumas situações.

“Claro que a ansiedade pode ser negativa, porque se você sofre repetidamente com o problema, pode ficar paralisado pelo medo”, explicou. “Mas ela tem uma função muito útil, que é nos avisar quando estamos fazendo algo errado. Se você não se sentir ansioso com um erro, que ímpeto vai ter para mudar ou melhorar para não voltar a repetir o mesmo erro?”.

Os voluntários religiosos eram cristãos, muçulmanos, hinduístas ou budistas.

Grupos ateus argumentaram que o estudo não prova que Deus existe, apenas mostra que ter uma crença é benéfico.

BBC/ agência estado

Rizzolo: A grande pergunta é se a ansiedade é reduzida pelo fato de alguém acreditar em Deus, ou se tal estado ansioso é minimizado pela manifestação divina. Acreditar apenas não basta, o importante nessa questão é observarmos que todo ser vivo, toda forma de vida na Terra, todo sistema complexo e maravilhoso da natureza, foi criado por algo maior, invisível, que brilha, que nos dá a energia positiva, e que se deixarmos essa energia adentrar em nossa alma (nefesh, em hebraico), o brilho divino iluminará as trevas e a escuridão da humanidade. Acredite em Deus, crie uma morada para ele no seu coração, e seja uma luz na multidão. – Fernando Rizzolo

Entendendo os infortúnios

Existiria uma causa para os infortúnios da vida? Essa é uma das perguntas mais antigas da humanidade, e as respostas variam de acordo com a visão de cada um. Mas além das respostas, algumas plausíveis, outras por vezes lamentáveis, existe sempre algo dentro de nós, que como uma centelha gera um ” trigger”, ou seja, um disparo que acaba contribuindo para o evento. Na Bíblia a palavra ” Como” e não ” por que ” é utilizada para enfrentar a catástrofe ou o mal.

Na verdade, a origem do mal e das desgraças que ocorrem nas nossas vidas, jamais a saberemos com exatidão; dessa forma, se adotarmos uma visão mais investigativa, de como o mal surgiu, poderá isso contribuir para que possamos evitá-lo numa próxima vez. Uma vez estabelecido o mal, nada mais nos resta a fazer, não ser conceber os esforços devidos em combatê-lo de forma eficaz. Nessa análise complexa, existem dois componentes variáveis muito semelhantes à essência da vida.

Podemos visualizar o ser humano como inserido num contexto material, cujas ações dependem da atuação nosso arbítrio, e outra num contexto da condição espiritual, da qual nos encontramos naquela fase da vida. É bem verdade, de que nada adianta desafiarmos o contexto material, nos expondo a riscos já preconizados como perigosos e proibitivos pela Lei de Deus. Da mesma forma, o afastamento espiritual nos induz a uma maior tolerância a esta mesma exposição, tornando nos presas fáceis dos infortúnios.

O equilíbrio entre essas forças, poderão nos levar a evitar tais situações tristes. Mas ainda insistiria no fato, de que não devemos encarar com lágrimas as desgraças e lamentar: ” Por que isto aconteceu comigo?”. Como já disse, é possível que jamais o saibamos. O importante sim, é investigar o mal. Saber “como” ocorreu, como as coisas se deterioraram gradativamente até o estágio atual, pode ajudar a encontrar a resposta para a pergunta ” por que ” aconteceram da maneira que aconteceram.

No tocante à afirmação de que ” jamais saibamos “a causa, a resposta poderá estar em sabermos aceitar a lógica divina, que é inexplicável e inacessível à nossa lógica humana, e que de forma sublime nos exorta apenas ao amor incondicional a Deus; passivamente, com um olhar conformado, quieto e obediente, como quem fala o kadish lembrando um ente querido.

Fernando Rizzolo

Tenha um sábado de paz, sem passeatas no Palácio do Bandeirantes, e uma semana feliz !

Indignação uma boa reflexão no Shabat

Talvez uma das características mais revolucionárias do instinto humano seja a capacidade de nos indignarmos. Na história do mundo, inúmeras foram as pessoas que pela força motriz da indignação e do não conformismo se lançaram a uma nova proposta, a uma nova postura, diante de situações que ao olhar de um conformista nada restaria a não ser a resignação.

Tenho me aprofundado muito sobre na questão do que chamamos no judaísmo de Tikún Olam, que significa reparar, transformar e melhorar nosso mundo. Como seres humanos, somos, na essência, parceiros de Deus, e um bom parceiro não pode fazer vistas grossas aos problemas que envolvem a sociedade, como o combate às injustiças sociais, a luta contra a miséria e a disposição para a ética no esforço do aprimoramento profissional, seja de que área for.

No Brasil, ainda não transformamos a política num instrumento hábil e capaz de servir aos interesses da maioria da população pobre do nosso País, salvo algumas propostas ou a atuação de alguns políticos idealistas. Na verdade, este instrumento social tem sido desvirtuado de sua originária proposta social. Vivemos no Brasil uma crise de ética política, haja vista o comportamento negacionista do governo, a falta de uma política sanitária e o desprezo pela vida. Com efeito, a indignação e política são irmãs por natureza, a primeiro advinda do espírito, do senso de justiça, do inconformismo, a segunda resultante da viabilidade social de se fazer concretizar o ideal da mudança, no consternação em momentos como que vivemos onde temos já 250.000 mortes pela pandemia.

Quando partimos de uma análise política – espiritual, atemo-nos apenas ao lado emocional. Com certeza, em determinando momento de vida, nos vimos parceiros de um projeto maior, mesmo sem ter total conhecimento da essência deste projeto, mas temos que nos antecipar a tragédia social e isso jamais ocorreu neste governo.

A indignação é algo que devemos praticar. Alguns já nascem com ela, outros a desenvolve, e infelizmente outra parcela a perde. A vigilância e os questionamentos sobre o que é justo e ético do ponto de vista humano são matéria-prima do senso de indignação, que por sua vez, é o instrumento eficaz de participação do projeto divino de parceria do homem com Deus, muito embora o valor do exercício dessa parceria material transcenda aspectos religiosos.

Muitos daqueles que repararam, transformaram e melhoraram o mundo com seus atos, gestos e idéias, mesmo sem saber, foram de uma religiosidade infinita; até porque, aos olhos do Grande Arquiteto do Universo, o que importa é a ação, a parceria, e isso vale mais do que mil orações.

Ainda me lembro certa vez, quando caminhava no centro de São Paulo em direção ao fórum; em dado momento, na calçada movimentada, me dei conta de que as pessoas, inclusive eu, por falta de espaço físico, passavam por cima dos pés de uma criança que dormia enrolada num cobertor sujo, provavelmente drogada.

Num gesto rápido, ao passar por ela, olhei o relógio para verificar se estava atrasado ao meu compromisso. Foi quando me surpreendi com o fato de que eu e tantas outras pessoas, havíamos passado por cima de ser humano, uma criança abandonada, doente, sem nem sequer nos termos indignado. Aquela imagem e a minha insensibilidade me perturbaram o dia inteiro. Eu dizia para mim mesmo: ” Você jamais deve se acostumar a ver crianças jogadas na rua”.

Era época de Yom Kippur, o Dia do Perdão, quando fazemos um balanço do ano que passou e nos arrependemos dos erros cometidos. Então tentei responder perante Deus à seguinte pergunta, como costumo fazer todos os anos faço: ” Que tipo de pessoa eu me tornei ?” A resposta sempre me serviu para me redirecionar, e me fazer indignar com as coisas erradas desse mundo principalmente no Brasil de hoje. Afinal a indignação é um instrumento de Deus e perdê-la significa não ser mais um bom parceiro, e isso não é bom nem para Ele, tampouco para nós.

Fernando Rizzolo