“A imagem cansa”

dilma

*por Fernando Rizzolo

Uma das características da mente humana é lembrarmos de coisas ou frases que ouvimos e não sabemos bem da onde vieram, mas que elas surgem em determinadas situações e se encaixam perfeitamente no contexto em que estamos vivenciando naquele momento, se encaixam. Ainda me lembro nos meus tempos da Faculdade de Direito, lá nos idos anos 70, de um colega que sentava ao meu lado, o Vanildo, rapaz inteligente, de família humilde, de estatura baixa, meio calado, tinha os olhos saltados, daqueles que parece sempre estar indignado com algo; viera do interior do Ceará para aqui estudar, e desde o primeiro ano da Faculdade, estava ali ao meu lado, assim pude quase que diariamente com ele conhecer um pouco da sua cultura regionalista nordestina que muito me marcou em termos de frases e observações.

Certo dia ele chegou e logo me perguntou, “Tem visto sua namorada”? Surpreso respondi sorrindo,” claro, quase, todos os dias “, ele me olhou de lado e com olhar esbugalhado e serio com ar de cansado me respondeu num sotaque carregado nordestino já olhando balançando a cabeça “ Pois não vá, todo dia”, surpreso lhe indaguei o porquê, desse conselho sem nexo e ele rapidamente me respondeu mais uma vez pausadamente com aquele sotaque carregado como se estivesse cansado e ofegante “ “ “Porque Fernando, lembre-se ..a imagem cansa”…..a palavra “cansa” vinha imbuída de um verdadeiro cansaço, dizia ele que quanto mais às pessoas nos veem por mais que nos amam, a nossa imagem cansa, portanto seria de bom alvitre ir menos a casa dela, e com certeza ela ao me ver sentiria satisfação…. e deu certo …

Engraçado, em épocas de eleição tenho procurado não falar de política, mas realmente é difícil, a pobreza das propostas apresentadas , a mesmice, chegar a ser impossível não tecer comentários mas enfim, aqui neste texto vou me ater apenas aos pensamentos de Vanildo, que muito tem a ver não com as propostas em si, mas com os candidatos. Outro dia despercebido me peguei vendo pela televisão um discurso da presidenta Dilma, mas não me ative no teor das suas palavras, mas nos gestos, no olhar no balançar da cabeça, na sua roupa vermelha, no tom da sua voz, no seu gesto que parece que ela vai lhe dar uma tarefa a fazer, sinceramente foi nesse momento que me lembrei da velha frase do Vanildo, de tanto vê-la, ou ela ou o ex-presidente Lula, fiquei cansado. É a pura verdade, estou um tanto cansado da imagem dos dois, não das propostas que nem as analiso, mas daquilo que o Vanildo dizia “a imagem cansa”, e isso na política vale muito, por mais interessante que as propostas possam ser.

Assim num gesto rápido desliguei a televisão e me veio à mente os meus anos de faculdade, sentei-me na poltrona e pensei imediatamente nos velhos políticos. Presidenta Dilma me desculpe, não vou falar de politica, nem dos seus adversários, nem das propostas, mas olha, com todo respeito devo confessar que a voz do Vanildo impregnada na minha mente me dizia “a sua imagem esta me cansando” e talvez não seja culpa sua, mas da observação nordestina que aprendi com o meu velho amigo Vanildo……êta cabra observador…..

Humoristas protestam contra censura a piadas com políticos

Lei Eleitoral prevê multa de até R$ 100 mil a programas que ‘degradem ou ridicularizem candidato, partido político ou coligação’

RIO – Algumas das figuras mais engraçadas da TV e dos palcos de teatro se concentraram no domingo, 22, à tarde em frente ao Copacabana Palace, no Rio, para protestar contra a censura ao humor. “Os humoristas não podem fazer rir, mas os políticos podem fazer chorar”, dizia um dos cartazes do ato, que reuniu nomes como Bruno Mazzeo, Maria Clara Gueiros, Marcelo Madureira, Sérgio Malandro, Sabrina Sato, Claudio Manoel, Helio de La Peña e Nelson de Freitas, entre outros, além de muitos curiosos, responsáveis por providencial agito em busca de autógrafos e fotos.

Certo de que nunca é tarde para empunhar o megafone, o movimento Humor Sem Censura cobra uma revisão do trecho da Lei Eleitoral (9.504) que prevê aplicação de multas de até R$ 100 mil a programas que usem “trucagem, montagem ou outro recurso de áudio ou vídeo que, de qualquer forma, degradem ou ridicularizem candidato, partido político ou coligação”.

O texto é de 1997,e a iniciativa de trazê-lo a discussão é do humorista Fábio Porchat, redator de humorísticos da Globo e integrante do grupo Comédia em Pé. “Em 1997, eu tinha 13 anos e ia ser muito difícil eu organizar uma coisa como essa”, explica Porchat, com galhofa. “Só agora que faço parte da nova geração de humor, que está na internet, na TV e no rádio é que podemos nos organizar para fazer esse protesto. A lei só tomou luz agora porque só agora é que temos tantos programas de humor tão contundentes em relação à política.”

Porchat se refere a programas como CQC (Band) e Pânico (Rede TV!), que frequentam os corredores de Brasília à caça de alvos para piadas. Da geração anterior à dos jovens humoristas, Hélio De La Peña, diz que o Casseta & Planeta (Globo) teve de queimar os miolos para falar não esbarrar na Lei Eleitoral. “A gente inventa, para tratar do milagre sem tratar do santo”, explicou.

Seguidos por um pequeno grupo de simpatizantes, cabos eleitorais de candidatos com senso de oportunidade e um batalhão de repórteres, os humoristas seguiram pela orla de Copacabana em direção ao Leme, num percurso, digamos, simbólico. “Os comediantes finalmente estão na primeira divisão e estão sendo bem tratados e reconhecidos. Nada mais justo do que rever uma lei que vai totalmente contra a democracia e nos atinge em cheio”, resumiu o ator Lúcio Mauro Filho, o Tuco do seriado A Grande Família, da Globo
estadão

Rizzolo: Entendo que eleição é coisa séria. Se os candidatos nada sérios, a convite de partidos não prestigiam a democracia, e se lançam de forma jocosa, é outra história, mas isso não justifica humoristas se aterem a chacotas com candidatos a eleição. Temos que restituir de uma vez por todas a seriedade do momento político, a começar por eleger pessoas sérias, preparadas, com propostas e com passado límpido. Se segmentos da imprensa pretendem desqualificar a nossa democracia, isso não deve ser endossado pela sociedade. Esse protesto é sem sentido, e um desserviço à democracia. Eleição é coisa séria, pelo menos para mim, podem me chamar de sonhador.

Serra está preocupado com arrecadação de campanha

O candidato à Presidência da República pelo PSDB, José Serra, disse estar preocupado com fato de ter tido a menor arrecadação entre os três principais presidenciáveis.

A campanha do tucano arrecadou até segunda-feira R$ 3,6 milhões, enquanto Dilma Rousseff (PT) obteve R$ 11,6 milhões e Marina Silva (PV), R$ 4,65 milhões. Os dados das campanhas fazem parte da primeira prestação de contas que será entregue ao Tribunal Superior Eleitoral.

– Preocupa. Mas espero que os recursos entrem. Às vezes tem muito atraso nisso –, disse Serra, referindo-se ao processo de arrecadação.

Em caminhada na favela de Heliópolis, zona sul da capital, onde visitou uma ETEC (Escola Técnica Estadual) e uma AME (Ambulatório Médico de Especialidades), Serra criticou o governo Lula após ser questionado sobre a crise nos aeroportos.

– Dos 20 principais aeroportos do país, 19 estão em colapso. Na prática, nos últimos anos, não se fez nada. O que é preciso é usar aqueles recursos da Infraero. Mesmo aqueles que estão no Orçamento não estão sendo usados –, afirmou.

A crise foi provocada pela empresa aérea Gol, que cancelou inúmeros voos e protagonizou uma onda de atrasos em aeroportos de todo o país.

Em Heliópolis, Serra teve a companhia do candidato ao governo do Rio de Janeiro e seu aliado, deputado Fernando Gabeira (PV).

Gabeira negou que sua presença ao lado do tucano signifique um constrangimento para a candidata à Presidência de seu partido, Marina Silva.

– Não fica mal. Ele (Serra) me convidou para ver a AME e eu estou vendo, não fica mal –, disse o deputado.

O Ambulatório Médico de Especialidades é uma iniciativa de Serra quando governou o Estado (2007-2010). Foram inauguradas 32. Funcionam para evitar que os paciente precisem procurar hospitais, em casos de baixa complexidade.
correio do Brasil
Rizzolo: Na verdade ainda é cedo para preocupações, na medida em que a campanha se inicia pela TV as coisas mudam. É bem verdade que o candidato Serra está meio isolado, pode ser impressão pessoal minha, mas nos próprios sites dos candidatos do PSDB a figura de Serra não tem destaque, vide site do candidato Alckmin. Talvez no fundo Alckmin se vingue agora do passado em que foi preterido por Serra.

Serra recorre a petista para provar que se formou em Economia

Sem sono, como sempre, ligado na internet na madrugada desta segunda-feira, o presidenciável José Serra enfrentou um questionamento que deixa seu humor mais avinagrado do que de costume. Uma possível eleitora, identificada em seu microblog como Fada Carmin, que mora no Guarujá (SP), fez um pedido ao ex-governador paulista:

“José Serra, não aguento mais ouvir dizer que você não é formado! Por favor, passe dados de sua formação para eu poder rebater! Obrigada!”.

Em sua defesa, Serra respondeu à eleitora: “O Guido Mantega escreveu sobre a minha formação acadêmica no livro Conversas com Economistas Brasileiros”

Na página em que se encontra o documento, editada em 12 de março de 1999, há uma entrevista do tucano ao hoje ministro da Fazenda, extraído de um livro da Editora 34, editado em1999: Conversas com Economistas Brasileiros II, de autoria do ministro Mantega em parceria com o economista José Marcio Rego. Além da entrevista, há também um resumo do curriculo do presidenciável, o qual informa que Serra “entrou para o curso de engenharia na Escola Politécnica da USP, onde começou sua militância política no movimento estudantil”.

Em seguida, cita-o como um dos fundadores da Ação Popular (AP), ex-presidente da UNE em 1964 e explica que ele estava com 21 anos quando teve de deixar o país, “perseguido pelos militares”. Ato seguinte, conta que ele “começou um longo período de exílio pela América Latina e Estados Unidos, onde Serra completaria sua formação”, mas omite o nome da faculdade e o ano em que teria, realmente, concluído o bacharelado em Economia. Ele teria uma passagem pela Escolatina, no Chile, acrescenta o curriculo.

“A essa altura, Serra já se distanciara da engenharia e trilhava os caminhos da economia”, acrescenta, para adiante informar que ele também teria feito um mestrado naquele país, de onde seguiu para os EUA, onde teria ido fazer um doutorado na universidade de Cornell.

“Em 1976 já era membro-visitante do Institute of Advanced Study em Princenton, onde ficou dois anos (…)”, diz o livro de Mantega.
correio do Brasil

Rizzolo: Bem, entendo que numa democracia as coisas devem estar claras, nome da Universidade, a data, e a inscrição. Serra deve sim, provar através de um diploma e de uma inscrição em órgão competente se é ou não é economista, pois assim como candidato à presidente da república se auto denomina economista. Se isso ocorresse nos EUA já seria um escândalo, acho uma questão primordial dizer e provar. Não é possível legitimar uma formação através de uma opinião de terceiro, acho isso preocupante do ponto de vista político.

Resultado da pesquisa do Ibope surpreende tucanos

A pesquisa Ibope, que mostrou Dilma com 39% das intenções de voto contra 34% de Serra e 7% de Marina, surpreendeu o comando da campanha do PSDB, ao mesmo tempo que o resultado foi comemorado discretamente no PT e no Palácio do Planalto. No QG, a expectativa era que os números registrassem um empate técnico, mas, internamente, a avaliação é que não há fatos que justifiquem a diferença entre essa pesquisa e o levantamento do Datafolha da semana passada , em que Serra e Dilma apareciam empatados tecnicamente.

A cúpula tucana deve analisar os novos números e há quem defenda que Serra deve evitar o confronto direto com Dilma e partir para uma campanha mais propositiva.

“Essa não é uma boa pesquisa para nós. Nossas informações indicam que Serra e Dilma estão empatados. Mesmo assim, vamos refletir sobre os dados”, disse o presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE).

Na campanha de Dilma, os números foram recebidos com cautela. Para o presidente do PT, José Eduardo Dutra, é preciso evitar o “salto alto”, já que este é um cenário indefinido. Ele sugeriu ainda que o discurso bélico de Serra pode ser um dos fatores que tenham influenciado para esse resultado do Ibope.

“Essa pesquisa Ibope está dentro do esperado. Independentemente das divergências de números entre institutos, o que há de concreto é uma tendência de crescimento de Dilma e uma pequena queda de Serra. Mas este é um cenário indefinido”, disse Dutra. “Mas uma coisa é certa: se esse discurso que o Serra tem feito não fez ele cair, também não fez subir”.

O presidente nacional do DEM, deputado Rodrigo Maia (RJ), disse que a eleição está empatada e que será decidida a partir do programa eleitoral no rádio e na TV. Para Rodrigo Maia, Serra deve explorar os pontos fracos do governo Lula e deve reforçar sua atuação no Ministério da Saúde, por exemplo.

“A eleição está empatada. O importante é saber que a eleição vai ser decidida a partir de agora, com o início dos debates”, disse Rodrigo Maia, lembrando que Serra está sempre acima dos 30% e perto dos 40%.
correio do Brasil

Rizzolo: A postura do PT em receber com cautela o resultado boa. Na verdade ainda é cedo para se comemorar mas da forma em que os resultados se apresentam, o PSDB se vê numa situação cada vez mais complicada. Já em São Paulo, Alckmin desponta como o favorito e entendo que as chances do tucano no Estado são boas. Serra infelizmente faz uso da tática do terror, do medo, e isso o povo não gosta, o que o eleitorado quer são propostas e a garantia que os projetos de inclusão irão permanecer, mas isso ele não fala, ou é reticente, esse é o problema.

Oposição acusa Dilma de ‘encenação’ durante visita ao túmulo de Tancredo

PSDB, DEM e PPS acusaram nesta quarta-feira, 7, a pré-candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, de fazer uma “encenação” com interesses eleitoreiros ao visitar o túmulo de Tancredo Neves em sua passagem ontem por Minas Gerais.

Em nota oficial, divulgada no início desta tarde, a direção das três legendas classificou a homenagem da petista como “tardia e mal explicada”. “A homenagem a Tancredo Neves se reduz a uma encenação com as marcas inconfundíveis da impostura e do oportunismo, presentes em outras passagens da carreira da neopetista Dilma Rousseff”, afirma o texto.

Dilma, que cumpre ainda hoje agenda no Estado mineiro, depositou flores no túmulo de Tancredo e disse que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva realizou “na prática” o sonho do mineiro, avô do governador Aécio Neves.

Minas Gerais é o segundo maior colégio eleitoral do País. Nascida no Estado, Dilma fez carreira política no Rio Grande do Sul e tenta agora uma reaproximação com os mineiros.

A nota tucana diz ainda que o reconhecimento a Tancredo “chega com 25 anos de atraso e sem explicações devidas e nunca apresentadas todo esse tempo”.

Também mira o PT. “O partido ao qual Dilma Rousseff aderiu recentemente, mas que hoje representa no nível mais alto, negou apoio a Tancredo Neves e ao pacto de transição democrática que sua candidatura presidencial possibilitou”, segue o texto.

A nota lembra que o partido chegou a expulsar deputados que votaram no mineiro no colégio eleitoral. “Com a arrogância habitual, nem o PT, nem Dilma Rousseff, nem Lula da Silva jamais se retrataram por suas posições equivocadas e mesquinhas nesse passo decisivo da caminhada do Brasil rumo à democracia”.

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Rizzolo: Bem, eu entendo que aí vale uma reflexão sobre o simbolismo da visita. Preliminarmente é importante salientar que um fato pessoal não pode jamais se tornar alvo de politização eleitoreira. Dilma, quer a oposição queira ou não, é mineira. Se passou uma grande parte da sua vida fora do Estado de origem, não a desqualifica, da mesma forma que não podemos desqualificar a origem daqueles que procuram melhores oportunidades em locais distintos, ademais a busca pela origem, a necessidade pelo resgate ao passado, ele surge exatamente na vida da gente nos momentos em que estamos diante de desafios.

Dilma ao visitar o túmulo de Tancredo, visitou um presidente do Brasil mineiro, que não concluiu seu mandato em face ao destino. O mais intrigante nessa crítica da oposição, é que nem isso respeitam. Nem sequer se ativeram à questão emocional, nada, bem ao cardápio neoliberal, do consumo, da individualidade, do oportunismo, da falta de sentimento humano. Uma pena.

Segundo Datafolha, Serra abre 9 pontos sobre Dilma

Pesquisa Datafolha divulgada neste sábado, 27, mostra o pré-candidato do PSDB à presidência, o governador de São Paulo, José Serra, nove pontos à frente da pré-candidata do PT, a ministra Dilma Rousseff. Segundo o levantamento, realizado nos dias 25 e 26 de março, o tucano tem 36% das intenções de voto, enquanto a petista aparece com 27%. Há um mês, eles tinham 32% e 28%, respectivamente, no mesmo cenário.

O deputado federal Ciro Gomes (CE), pré-candidato do PSB, ficou com 11%, de 12% na pesquisa de fevereiro, e a pré-candidata do PV, senadora Marina Silva (AC) permaneceu estacionada com 8%. Dos 4.158 brasileiros com mais de 16 anos entrevistados, 7% disseram que vão votar branco, nulo ou estão indecisos e 11% não souberam responder.

No cenário de segundo turno, numa eventual disputa entre Serra e Dilma, o tucano também venceria por uma diferença de nove pontos. Serra aparece com 48%, contra 39% de Dilma. Em fevereiro, os porcentuais eram de 45% e 41%, respectivamente.

De acordo com o Datafolha, o pré-candidato Ciro Gomes registrou o maior índice de rejeição entre os presidenciáveis neste mês, com 26%, seguido por Serra, com 25%. Dilma aparece na sequência, com 23%, e Marina Silva tem 22%. Em fevereiro, Serra liderava as rejeições, com 26%, enquanto Dilma e Ciro tinham 23% e 21%, respectivamente. A pré-candidata do PV tinha 19% de rejeição no mês passado.

O levantamento tem margem de erro de dois pontos porcentuais para mais ou para menos. A pesquisa Datafolha foi registrada sob o número 6617/2010.

agencia estado

Rizzolo: Bem ainda é muito cedo para avaliações, contudo apenas uma observção, o Instituto do Datafolha, é uma empresa integrante do Grupo Folha de São Paulo, jornal que faz campanha abertamente para o tucano José Serra. Agora vamos aguardar o início da campanha e realmente reavaliar o desempenho dos candidatos. Temos que avaliar todas as pesquisas mesmo as mais suspeitas.

PSDB monta comando de campanha para eleições

SÃO PAULO – Mesmo com a relutância do governador José Serra (PSDB) em admitir sua candidatura à Presidência da República – o que deixa também em aberto o nome da legenda à sucessão no Estado -, os tucanos já se mobilizam para montar o comando de campanha para as eleições presidenciais deste ano. Há um mês, um grupo reúne-se semanalmente em São Paulo para discutir a composição da equipe e as diretrizes da campanha presidencial e estadual. O presidente nacional do PSDB, Sérgio Guerra, participa dos encontros.

Integrantes da administração pública convidados a trabalhar na campanha devem sair dos cargos até a próxima semana. A ideia é deixar tudo pronto para funcionar assim que for feito o anúncio dos candidatos tucanos ao Planalto e ao Palácio dos Bandeirantes. O prazo limite para que Serra deixe sua função encerra-se em 3 de abril. O mesmo vale para os secretários estaduais da Casa Civil, Aloysio Nunes Ferreira, e do Desenvolvimento, Geraldo Alckmin, que pleiteiam a indicação para a sucessão estadual.

Ainda nesta semana, o presidente municipal do PSDB, José Henrique Reis Lobo, deve se licenciar de seu cargo de dirigente do partido e de secretário de Relações Institucionais de Serra. Ele tem participado das reuniões semanais do comando de campanha tucano. Bem relacionado com Serra e Alckmin, Lobo atuará na campanha presidencial e estadual. Além de Lobo, outros colaboradores de Serra também se preparam para deixar seus postos.

Conselheiro de Alckmin e Serra na campanha de 2006 e na do prefeito Gilberto Kassab (DEM) em 2008, Felipe Soutello deixou nesta terça-feira, 2, a presidência do Centro de Estudos e Pesquisas de Administração Municipal (Cepam), órgão do governo estadual.

Soutello, que já integrou a equipe do marqueteiro Luiz Gonzales, um dos cotados para comandar a estratégia de comunicação de Serra, disse ter “motivos particulares” para deixar o cargo e preferiu não detalhar a decisão. Nos bastidores, ele já é contabilizado como um dos nomes da campanha do PSDB.

Encontros

Paralelo à montagem da equipe que vai coordenar a campanha do PSDB, tucanos do alto escalão – como o vice-governador de São Paulo, Alberto Goldman, – têm participado de encontros com correligionários, prefeitos e membros da sociedade civil para falar dos projetos do PSDB para o País. Na semana passada, em reunião em um hotel da Capital, Goldman defendeu projetos nacionais da legenda e a capacidade do presidenciável José Serra para capitanear o País nos próximos anos.

O secretário estadual do Meio Ambiente, Francisco Graziano, também vem mantendo encontros do gênero. O secretário, que disputa a indicação para concorrer ao Senado, organizou um encontro para discutir rumos e inovações da legenda, denominado “Renovar Ideias”, com a participação do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. O próximo, marcado para a semana que vem em um hotel da Capital, terá como palestrante o secretário Geraldo Alckmin.

Na avaliação do analista político Sidney Kuntz, não adianta apenas os tucanos atuarem nos bastidores, com a montagem da equipe de campanha, sem que o presidenciável da legenda apresente oficialmente o seu nome. “Caso Serra anuncie suas pretensões, isso poderia ter algum reflexo positivo já nas próximas pesquisas”, avalia Kuntz.

Para o analista, contudo, para voltar a crescer em níveis competitivos, os tucanos precisam de um fato novo que atraia a atenção do eleitorado. “No meu entender, o melhor fato novo que poderia alavancar novamente a candidatura de Serra seria a entrada de Aécio Neves como vice em sua chapa.”
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Rizzolo: Sinceramente, eu nunca vi uma oposição tão perdida, para piorar o governador José Serra adia sua decisão e faz com que a maioria do partido se torne confusa e desmotivada. De nada adianta, como se refere o texto, uma pretensa mobilização se o candidado resiste em se calar e admitir sua candidatura.

Serra precisa lançar campanha se quiser vencer, diz Economist

SÃO PAULO – A edição desta semana da revista britânica The Economist traz uma reportagem na qual apresenta o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), como um político que “fez um trabalho decente no comando do maior Estado do Brasil, mas que para continuar liderando as pesquisas para a Presidência da República vai precisar entrar de cabeça na campanha”.

O texto destaca que com a ascendência do País nos cenários econômicos e diplomáticos, o desafio de governá-lo aumentou na mesma escala. “Com um currículo consistente de acadêmico, ministro e governador, o senhor Serra é com certeza um candidato forte. Mas ele é um personagem curioso. Um amigo disse que ele anunciava que seria presidente quando tinha 17 anos. Colegas e subordinados o descrevem como um controlador notívago e teimoso.”

A revista não deixa de mencionar, entretanto, as críticas que Serra tem recebido por causa dos estragos causados pelas chuvas que assolam o Estado há 44 dias seguidos e que resultaram em mais de 70 mortes.

Sobre as obras que o governador corre para entregar antes de deixar o cargo, a reportagem diz que “Serra parece ter aprendido de governos passados que ter um grande e visível legado para aparecer nas fotos faz maravilhas para angariar votos de indecisos”.

De acordo com a Economist, mesmo com todas as histórias que possa contar sobre seu governo, Serra viu sua vantagem nas pesquisas se esvanecer nas últimas semanas graças à “campanha frenética” que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem feito com a ministra-chefe da Casa Civil e pré-candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff – descrita pela revista como alguém “com ainda menos carisma do que Serra, apesar de ambos serem bons administradores”.

Na avaliação da revista, o governador de São Paulo pode ver seus índices nas pesquisas subirem assim que ele entrar em campanha. “Mas o caótico sistema multipartidário brasileiro é duro com quem vê o trem passar e não sobe nele”, alerta o texto. “Serra precisa começar logo se não quiser ser lembrado como o melhor presidente que o Brasil nunca teve.”
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Rizzolo: Concordo com a revista, Serra é um ótimo administrador, contudo a demora em se lançar está se tornando um problema político. Provavelmente Serra e o partido ainda analisa as reais chances de sua candidatura, seus próprios eleitores em São Paulo acabam de certa forma em função do vazio discurso oposicionista, enxergarem as opções do governo atraentes.

D´Urso é reeleito para a presidência da OAB-SP

SÃO PAULO – O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional São Paulo (OAB-SP), Luiz Flávio Borges D´Urso, está matematicamente reeleito pela segunda vez e deverá assumir o terceiro mandato consecutivo à frente de uma das maiores entidades de classe do País.

Das 223 subseções em todo Estado de São Paulo, já foram apurados os votos de 180 delas. O resultado parcial mostra D´Urso com 51 mil votos. Em segundo lugar, aparece, Rui Celso Reali Fragoso, com 44 mil votos. Reali era um dos outros três concorrentes ao cargo, além de Leandro Donizete Pinto e Raimundo Hermes Barbosa.

O resultado final das eleições só será conhecido na próxima quinta-feira (19), mas a vitória de D´Urso está matematicamente confirmada, pois faltam apenas 7 mil votos para serem apurados.

D´Urso foi reeleito para mais um mandato de três anos (2010 a 2012). Em breve entrevista à Agência Estado, ele evitou cantar vitória antes da apuração total da votação. “Ainda estamos na expectativa”, disse ele. “Embora o resultado seja praticamente irreversível, vamos aguardar”.

Segundo a OAB-SP, o índice de abstenção neste ano foi considerado alto pelos padrões eleitorais da entidade. Dos mais de 220 mil advogados associados, cerca de metade não compareceu para votar. Para D´Urso, isso reflete “a falta de debate sobre as propostas apresentadas pelos candidatos durante a campanha”. “Foi uma campanha fria, sem críticas à gestão atual, com calúnias e acusações na reta final. A única bandeira dos adversários era a de evitar uma nova reeleição”, afirmou ele.

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Rizzolo: A vitória de D´Urso já era prevista, ( muito embora falta ainda o resultado oficial ), a grande massa dos advogados sempre apoiou a luta de D´Urso em relação às prerrogativas da profissão, ademais a forma de D´Urso gerenciar a instituição, seu carisma, e sua idoneidade, seu espírito democrático, sempre fez com que a imagem da advocacia fosse resgatada na sociedade paulista. Agora, o fato de ter havido o terceiro mandato não significa absolutamente nada; prova disso é que uma classe intelectualizada como a nossa, quando aplaude uma boa gestão ao que tudo indica pede bis.

Muitos dos que criticaram D´Urso na sua reeleição, contraditoriamente, apoiavam o terceiro mandato de Lula. Quem sabe desta feita, pelo menos, terão agora mais argumentos para defender seus pontos de vista na vida pública. Enfim, gostaria de parabenizar a todos os advogados, e os todos os nobres candidatos. A partir de amanhã todos seremos uma classe unida, pouco importa quem realmente vencerá, o essencial é sempre defendermos o espírito democrático e a luta pelos mais humildes sob a bandeira da nobre OAB-SP. Vamos aguardar o resultado oficial .

Dilma alfineta oposição e articula novas alianças

Na antevéspera de mais um jantar para fechar aliança de olho em 2010, a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, voltou a se defender da acusação de que está antecipando sua campanha. Sem economizar alfinetadas na oposição, ela evitou bater de frente com o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Gilmar Mendes. Mas rebateu a tese de que promove um “vale-tudo” eleitoral.

“Não estamos fazendo um vale-tudo. Fizemos projetos e estamos inaugurando, lançando ou fiscalizando”, reagiu Dilma, após evento da Associação dos Dirigentes de Vendas e Empreendedores do Brasil (Adveb), em São Bernardo do Campo, berço político do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ela não quis confrontar o presidente do STF. “Não me sinto acusada de jeito nenhum pelo ministro Gilmar Mendes.”

Num recado à oposição, Dilma disse que o Brasil pode “se tranquilizar”, porque o governo Lula recuperou a capacidade de investimento no País. “Ah, isso incomoda. Incomoda mesmo. E não é sorte, não. É trabalho incansável.” Questionada sobre quem seriam os incomodados, continuou: “Todos aqueles que não têm o hábito de fazer investimento neste país.”

Dilma confirmou que terá um jantar com o PP, do deputado Paulo Maluf. “Será ótima oportunidade para discutir rumos do nosso governo e o que a gente espera do futuro.” O encontro, que terá como anfitrião o líder do PP, deputado Mário Negromonte (BA), estava marcado para hoje. Mas, como é o dia do aniversário de Lula , foi adiado para amanhã.

Ela já se reuniu com as bancadas do PMDB – de onde deve sair seu vice -, do PR, PDT, PRB e confirmou presença no dia 6 em congresso do PC do B. Falta marcar uma conversa com o PTB. Há resistência, porém, do presidente do partido, ex-deputado Roberto Jefferson, que denunciou o mensalão em 2005.

Dilma declarou que é cedo para falar em candidatura. Mas não disfarçou a satisfação com o fato de Lula ter dito, no sábado, que gostaria de comemorar seu aniversário em 2010 com a eleição de sua ministra. “Acho o presidente comovente.”

Na sua agenda também estão previstas mais inaugurações, com prioridade para o Sudeste, maior colégio eleitoral do País. Amanhã, será um ginásio, no Rio. À tarde, irá com Lula ao novo complexo de estúdios da TV Record. Na quinta-feira, a ministra e o presidente virão a São Paulo para a 1ª Expocatador, um feirão dos catadores de lixo. No fim da tarde, viajarão à Venezuela, para encontro com o presidente Hugo Chávez.

Ontem, Dilma teria mais um compromisso em São Bernardo, cidade governada por seu ex-colega de Esplanada Luiz Marinho (PT). Mas foi substituída pelo ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha. Segundo ele, a agenda de Dilma com partidos da base aliada é fundamental na pavimentação de acordos para 2010. “Tem sido muito importante deputados e senadores conhecerem o outro lado da ministra.”

Sobre a aliança com o PMDB, Padilha destacou que, agora, o plano é equacionar problemas nos Estados. “Podem existir situações em que tenhamos dois palanques”, disse. “Isso não vai comprometer a aliança nacional.” COLABOROU TÂNIA MONTEIRO
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Rizzolo: Um dos argumentos da oposição para o ciclo virtuoso de governo de Lula é alegar ” a sorte”. A oposição costuma dizer que todo desenvolvimento dependeu da sorte e não da capacidade do governo, o que é uma tremenda idiotice. O viés desenvolvimentista, muito embora dotado de altas taxas de juros, contribuiu para o desenvolvimento do mercado interno, que por su a vez, deu sustentabilidade para vencermos a crise. Isso não é sorte, é planejamento macroeconômico, maior regulamentação do setor financeiro e segurança política. Agora, concordo com a ministra quando se refere aos ” incomodados”. Ora, durante décadas nunca fizeram absolutamente nada para os pobres, os esquecidos, agora com os projetos de inclusão temos uma nova classe média que consome, e provocando um aumento da produção e mais empregos. Infelizmente fui convidado ontem para participar do evento em São Bernardo, mas em função de outro compromisso não pude comparecer. Uma pena.

Dilma: ‘Estou pronta para o que der e vier’

BRASÍLIA – A ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, afirmou hoje que está “pronta” para a disputa presidencial de 2010. Em entrevista para comentar o anúncio feito pelos seus médicos de que está curada do câncer, ela não deixou sem respostas perguntas sobre a campanha eleitoral. “Estou pronta para o que der e vier”, disse. Na entrevista, Dilma agradeceu o trabalho da sua equipe médica e a solidariedade de pessoas comuns durante o processo de tratamento da doença.

A uma pergunta se agora ela estava em condições de assumir compromissos com o PT e a sua candidatura à Presidência lançada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva pelo País, Dilma respondeu: “eles (médicos) disseram para mim: você tem condições totais agora, sem nenhum cuidado diferente do que qualquer outra pessoa tem que ter consigo mesma, de exercer todas as atividades que você vinha exercendo antes”, afirmou. “Fico muito feliz porque agora não tenho que tomar remédio e é interessante: eu recuperei a minha energia e acho que está na minha cara”, afirmou.

Dilma, que participou da posse de Alexandre Padilha no cargo de ministro de Relações Institucionais, disse que o tratamento contra o câncer deu a ela uma experiência pessoal e de conhecimento da realidade das pessoas que fazem quimioterapia. Ela disse que a partir de agora atuará junto com o Ministério da Saúde para garantir o melhor tratamento para as pessoas. “Terei o máximo de interesse nesta questão de saúde pública”, afirmou. Dilma ainda disse que na vida sempre é possível tirar algo de bom, mesmo em caso de doença. “O que tirei de bom foi dar mais valor à vida. Passei a dar mais valor às coisas simples, como a luz de Brasília”, afirmou. Dilma disse ainda que vai trabalhar para combater o preconceito sofrido pelas pessoas que têm câncer.
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Rizzolo: Dilma é uma boa pessoa. Sofreu a angústia de ter um câncer e ao que parece o superou. Aqueles que falam do seu jeito, a chamam de ” gerentona”, não sabem que as pessoas se amoldam. Lula se amoldou ao ” Lula paz e amor”, com o simples intuito de ser “mais simpático”, mais palatável. O mesmo ocorrerá com Dilma que ainda está iniciando sua corrida à presidência, fato este que ela mesma ainda não declarou publicamente. Pouco importa ao povo brasileiro o ” jeito” de candidato, o importante é que ele de continuidade aos programas de inclusão, pense nos pobres, nos necessitados, e que não privilegie o capital especulativo. Parabéns e saúde a Dilma Rousseff!

CNT/Sensus: Serra lidera todas simulações para 2010

BRASÍLIA – O governador de São Paulo, José Serra, lidera a corrida eleitoral para as presidenciais de 2010 em todos os cenários de primeiro turno na pesquisa CNT/Sensus divulgada nesta terça-feira, 8.

Na primeira simulação, composta por Serra, candidato do PSBD, pela ministra chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, do PT, pela ex-senadora Heloísa Helena, do PSOL, e pela senadora e ex-ministra Marina Silva, agora no PV, o tucano lidera com 39,5%. Na sequência, vêm Dilma, com 19%, Heloisa Helena, com 9,7% e Marina Silva, com 4,8%. Sem a candidata do PSOL, Serra teria 40,1%, Dilma, 19,9% e Marina, 9,5%.

Em cenário com Ciro Gomes (PSB-CE) no lugar de Dilma, Serra teria 40,5%, Heloísa Helena, 10,7%, Ciro, 8,7% e Marina, 7,1%.

Em outra simulação, com o deputado federal Antonio Palocci (PT-SP) no lugar de Dilma e Ciro como candidato da base do governo, Serra teria 42,2%, Heloísa Helena, 10,8%, Marina Silva, 7,4% e Palocci, 7,0%.

Nos cenários em que o governador de Minas Gerais, Aécio Neves, assume o lugar de José Serra como candidato do PSDB, os tucanos têm a vantagem reduzida e até perdem a liderança contra Dilma. Contra Aécio Neves, a ministra Dilma Rousseff lidera as intenções de voto, com 23,3%, seguida pelo tucano, com 16,8%, Heloísa Helena, 13,5%, e Marina Silva, com 8,1%.

Em cenário construído apenas com Dilma, Aécio e Marina, a petista teria 25,6%, o tucano, 19,5% e a senadora verde, 11,2%.

Sem a presença de Dilma, Aécio lidera a disputa, tanto com Ciro Gomes quanto com Palocci como candidatos governistas. No primeiro caso, Aécio teria 17,6%, Heloísa Helena, 16,1%, Ciro Gomes, 12% e Marina Silva, 9,3%. Na simulação com Palocci, Aécio teria 18%, ficando empatado com Heloísa Helena (18%), Marina teria 9,8% e Palocci, 8,5%.

Segundo Turno

Nas simulações para um possível segundo turno, Serra ampliou a vantagem que tinha sobre Dilma desde a última pesquisa, divulgada em maio. O tucano teve 49,9% das intenções de voto ante 25% da ministra, enquanto na pesquisa anterior registravam índices de 49,7% e 28,7% respectivamente.

Na disputa com Aécio Neves, a ministra teve 35,8% das intenções enquanto o tucano, 26%. Na pesquisa anterior, Dilma tinha 39,4% e Aécio, 25,9%.

O diretor da Sensus, Ricardo Guedes, supõe que a que a queda de Dilma nas duas simulações, com Serra e com Aécio, seja decorrente do efeito Lina Vieira, a ex-secretária da Receita Federal, que disse ter tido uma reunião com a ministra em que Dilma teria pedido para ela “agilizar” a investigação contra o filho do presidente do Senado, José Sarney.

A pesquisa perguntou aos entrevistados se eles ouviram falar do episódio. Do universo pesquisado, 52% disseram que não acompanharam ou não ouviram falar do assunto, enquanto 24% disseram que acompanharam e 17,5% que ouviram falar. Entre as pessoas que acompanharam ou ouviram falar do assunto, 35,9% disseram acreditar que Lina está dizendo a verdade e 23,6% afirmaram que Dilma está dizendo a verdade. O restante informou não saber ou não quiseram responder.

Nas simulações de segundo turno com Ciro Gomes no lugar de Dilma, o governador José Serra aparece com 51,5% das intenções de voto, enquanto Ciro tem 16,7%. Na pesquisa anterior, Serra tinha 51,8% e Ciro, 19,9%.

Num eventual cenário em que disputam Ciro e Aécio, o candidato governista tem 30,1% das intenções e o tucano, 24,2%. Na anterior, Ciro tinha 34,1% e Aécio 27,9%. No cenário em que Palocci é o candidato governista, Serra teria no segundo turno 54,8% e Palocci, 11,3%. Com Aécio, Palocci teria 17,5% contra 31,4% do governador mineiro.

A pesquisa CNT/Sensus foi feita com dois mil entrevistados em 136 municípios de 24 Estados das cinco regiões do País. A margem de erro é de até 3 pontos porcentuais.
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Rizzolo: Se o governador Serra for o candidato de escolha do PSDB, as chances são boas. Contudo, como não acredito muito em pesquisa, entendo que Aécio é um candidato forte principalmente no nordeste. Agora em relação a Dilma, a eventual candidata realmente não tem a menor chance. Já era a esta altura do campeonato para seu nome ter decolado, mas como diz o texto, o efeito Lina Vieira a prejudicou. Esse é o problema do PT atualmente, de tanto se armar para projetar um nome fraco, acaba se envolvendo em verdadeiras ” frias”. Já comentei várias vezes que a candidatura de Dilma é um erro político de Lula, com esta insistência nesse devaneio, e nessa ” ficção eleitoral “, levará ele o PT à derrota. Esta aí já os números, e contra fatos não há argumentos.

Irã detém funcionários de embaixada britânica

CAIRO – Oito funcionários da Embaixada britânica em Teerã foram detidos por seu suposto papel nas manifestações de rua que se seguiram à reeleição do presidente do país, Mahmoud Ahmadinejad, há duas semanas, informou hoje a mídia iraniana. A Embaixada tem mais de 100 funcionários, incluindo cerca de 70 iranianos.

O gesto foi descrito pelo chanceler britânico, David Miliband, como “perseguição e intimidação de um tipo inaceitável”. Miliband, que está na ilha grega de Corfu para uma reunião de chanceleres, disse que as detenções ocorreram ontem.

O líder da oposição iraniana, Mir Hossein Mousavi, alega que a eleição de 12 de junho foi fraudada e que ele é o legítimo vencedor do pleito. O governo vem desde então reprimindo protestos que contestam o resultado da eleição.

Na rede estatal iraniana de TV, o líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, fez um apelo neste domingo pela união nacional e pediu a líderes de ambos os lados da disputa para “não atiçarem as emoções dos jovens”. Khamenei rejeitou o apelo de Mousavi para uma recontagem de votos. Em contrapartida, o líder reformista Mousavi recusou a proposta do Conselho dos Guardiães de participar de uma comissão especial que examinaria os polêmicos resultados da votação. Em carta ao conselho, Mousavi sugere a criação de outro comitê, porém independente.

O Conselho dos Guardiães, que supervisiona o processo eleitoral, reconheceu que houve irregularidades e propõe a recontagem de 10% dos votos.

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Rizzolo: Observem a violência deste regime. Não há nenhuma seqüela de democracia, são arbitrariedades e mais arbitrariedades. Agora, será que o governo brasileiro ainda defende este regime após ele ter demonstrado as violações de direitos humanos e seu caráter antidemocrático? Será que aquele tal ” convitezinho” para o presidente do Irã vir ao Brasil ainda existe? Se insistirem nesse agrado, será a triste imagem da democracia brasileira, que aliás patina no mar de corrupção.

CCJ do Senado aprova lei da idoneidade de candidatos

BRASÍLIA – A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou hoje o projeto de lei do senador Pedro Simon (PMDB-RS) que condiciona o registro da candidatura a cargo eletivo à comprovação de idoneidade moral e reputação ilibada. O texto passou em decisão terminativa – o que torna desnecessário sua votação em plenário, a não ser que haja recurso contrário. O presidente da CCJ e relator da proposta, senador Demóstenes Torres (DEM-GO), lembrou que a medida é melhor que a chamada proposta da ficha limpa, aprovada há mais de um ano na CCJ, mas que está parada na pauta de votação do plenário.

Para Demóstenes, o texto submete os candidatos às mesmas exigências feitas aos cidadãos que prestam concursos para cargos públicos – terão de ter moral e reputação sem manchas. É o juiz eleitoral quem vai decidir se o candidato atende aos requisitos de idoneidade na hora de conceder o registro, informou o relator. Já a lei complementar da ficha limpa impede o registro de candidatos condenados em qualquer instância, pela prática de crimes hediondos, como tortura e racismo, ou dolosos, contra a administração pública ou contra o sistema financeiro, além dos crimes por improbidade administrativa.

Na justificativa, Pedro Simon afirma que Lei de Inelegibilidade se limitou a declarar inelegíveis os condenados sem chances de apresentar mais recursos. Segundo ele, a lei termina favorecendo aqueles que procuram adiar indefinidamente o julgamento das ações que possam levar a ações criminais. O que, na sua avaliação, “aumenta a corrupção e a irresponsabilidade dos Poderes Legislativos e Executivo”.

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Rizzolo: Fica patente que com a quantidade de atos ilícitos praticados de forma contumaz por boa parte dos políticos no Brasil, a lei da idoneidade é uma boa iniciativa. Existe no Brasil uma tradição perversa na atuação de candidatos de má índole postulando cargos públicos via eleitoral. Ademais o povo brasileiro ainda é incauto na análise dos candidatos. Como bem afirmou Lula, são os ” vigaristas” de plantão que se apossam da boa-fé do povo brasileiro para atuar de forma inidônea na esfera política. A única opção é cercá-los através de leis que imponham condições de moral, boa conduta, idoneidade, para que os candidatos tenham no mínimo um nível moral, já que o intelectual não é passivo de impedimento.

Lula aproveita cerimônia com professores para criticar Serra

BRASÍLIA – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva aproveitou o discurso na cerimônia de lançamento do Plano Nacional de Formação de Professores para cutucar o governador de São Paulo, José Serra, um de seus principais opositores. Enquanto elogiava as ações federais na educação, Lula lembrou dois problemas recentes da educação em São Paulo. A distribuição de uma apostila de geografia em que constavam dois Paraguais e, mais recente, um livro destinado a crianças de 3ª série com termos chulos e palavrões.

“Vocês nunca mais vão ver um mapa com dois Paraguais ou um livro de formação sexual como se tentou fazer”, disse o presidente para uma plateia de reitores e educadores, sem citar São Paulo ou o governador diretamente.

Um dos casos mencionados por Lula aconteceu com uma apostila de geografia para 6ª série. No mapa da América Latina, o Paraguai aparecia na sua posição normal, mas também no lugar do Uruguai, que não estava em lugar algum. Também não havia linha de fronteira entre Paraguai e Bolívia. As apostilas foram recolhidas.

O segundo caso, mais recente, foi a distribuição de um livro com 11 histórias em quadrinhos para alunos da 3ª série do ensino fundamental com expressões chulas e palavrões usados para se referir a relações sexuais. O livro deveria ser usado para aulas de educação sexual e, de acordo com a secretaria de educação, foi distribuído aos alunos por engano.

Críticas

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou ainda governos anteriores ao dizer que, em sete anos, está fazendo pela educação o que não foi feito em 30 ou 40 anos. Lula disse que “Deus queira” que quem vier depois dele “seja um bicho bem competente” para fazer mais 300 escolas técnicas no país e 100 campus de universidades federais, porque ele, “que era um metalúrgico considerado desqualificado”, fez isso tudo que está aí.

O presidente voltou a agradecer os parlamentares que, segundo ele, aprovam no Congresso 99% do que é enviado para lá, muitas vezes melhorando o que foi remetido. “Pela imprensa, parece que vivemos em guerra todo o dia com o Congresso”, disse, desafiando em seguida: “analisem o que perdemos, acho que nada (perdeu em votação no Congresso)”.

Lula afirmou ainda que o Brasil viveu, no passado, momento de atrofiamento em muitas áreas. Segundo ele, fizeram uma “máquina de criar dificuldades e as pessoas desaprenderam a fazer as coisas” porque foi construída “uma máquina poderosa para impedir o funcionamento e uma máquina merreca para fazer”.
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Rizzolo:Bem é óbvio que este problema do mapa foi um engano, e julgar o governo Serra por estas questões que já foram apuradas não é bom alvitre. O próprio governo admitiu o erro ao distribuir a publicação e diz que o montante de 1.216 exemplares compõem apenas 0,067% dos 1,79 milhão de exemplares distribuídos aos alunos da rede. A secretaria também informou ainda que a obra é só uma entre as 818 escolhidas. Agora em termos de educação Serra tem sido excelente e isso pode ser comprovado pela iniciativa das Etcs. Criticar o governo Serra é o papel do governo, mas em termos de educação e formação o governo do Estado de São Paulo tem sido competente.

Disputa entre Dilma e Serra será um privilégio, diz Lula

SÃO PAULO – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse em entrevista publicada hoje no jornal argentino La Nación que “será um privilégio para o Brasil” uma disputa para a presidência em 2010 entre a atual ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff (PT), e o governador de São Paulo, José Serra (PSDB). Lula acrescentou ainda que se Ciro Gomes (PSB) ou o governador mineiro, Aécio Neves (PSDB), também concorrerem “vai ser um luxo”.

“Não vejo nada de direita nesses candidatos. Vejo colegas de esquerda, de centro-esquerda e progressistas. Isso é um avanço extraordinário para o Brasil”, disse Lula. Apesar de avaliar todos os candidatos viáveis para sucedê-lo, Lula afirmou ter “fé” no potencial eleitoral de Dilma, ressaltando que para isso seu governo tem “muito a trabalhar” até 2010.

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Rizzolo: Dilma melhorou o visual, só que infelizmente quando discursa, a agressividade na sua fala ainda denota os tempos da clandestinidade. Será que ninguém ainda a orientou sobre a maneira de fazer notar mais ” dócil “?

Lula também tinha uma agressividade na forma de se comunicar, que foi abrandada, trabalhada. Pessoalmente não tenho nada contra a ministra Dilma, sua visão política mudou, é claro, e em São Paulo sua proximidade com Marta Suplicy poderá fazê – la crescer.

Confesso que entre Dilma e Marta Suplicy como candidata à presidência, ficaria com a Marta, muito embora tenho minhas restrições com o PT. E mais, com todo o respeito a ministra Dilma, a escolha será errada pelo partido e pelo presidente. Lula aposta na transferência de votos, que se a economia ajudar poderá prosperar.

Políticos dão máscaras de Dilma em ensaio de carnaval

RIO – Cabos eleitorais assumidos de Dilma Rousseff para 2010, o prefeito de Nova Iguaçu (PT-RJ), Lindberg Farias, e o deputado federal Carlos Santana (PT-RJ) distribuíram hoje máscaras da ministra-chefe da Casa Civil no ensaio de um bloco carnavalesco da zona oeste do Rio. Decididos a aproveitar a folia para ajudar a popularizar Dilma, os dois dizem ter dividido a conta da encomenda de 2 mil máscaras numa fábrica de São Gonçalo (Grande Rio), ao custo de R$ 2 cada. Hoje, pelo menos 600 delas foram distribuídas no ensaio do bloco “Tamo Junto”, em Padre Miguel, patrocinado por Santana e frequentado por petistas.

“Se é antes ou depois da plástica eu não sei”, brincou Lindberg sobre a máscara de material emborrachado que retrata a ministra com maquiagem forte, incluindo batom reforçado. “É depois da plástica porque não tem óculos”, definiu Santana. Conscientes de que serão acusados pela oposição de campanha antecipada, eles invocam a tradicional mistura de política com carnaval. “Não é campanha, é algo espontâneo de militante. Eles podem fazer a máscara do (José) Serra também. Não vou entrar nessa discussão”, disse Santana.

“É só uma homenagem à mãe do PAC com a licença poética do carnaval. Não tem lei eleitoral proibindo máscara no bloco”, disse Lindberg, reconhecendo seu empenho em promover a ministra desde já. Embora o prefeito tenha interpretado a boa aceitação das máscaras como um termômetro do potencial eleitoral de Dilma, muitos foliões não sabiam de quem elas se tratavam.

Agência Estado

Rizzolo: É uma forma de divulgar a imagem de Dilma, aliás é uma boa ” sacada”, Dilma Roussef sempre teve um rosto ligado a luta armada, uma coisa feia, que o povo reprova. Essa suavizada em em seu rosto , foi boa, tornou-a mais ” meiga”, menos briguenta, mas falta muito ainda. A verdade, é que o povo quer mesmo é Lula, leia : Lula um cantor pronto para cantar um bis