Desligamento de 5 linhas causou apagão, diz Eletrobrás

BRASÍLIA – O presidente da Eletrobrás, José Antonio Muniz Lopes, disse hoje em entrevista à Agência Estado que o total de cinco linhas de transmissão que trazem energia da hidrelétrica de Itaipu para São Paulo se desligaram na noite de ontem, causando o blecaute em vários Estados do País. Com isso, Muniz confirmou a versão dada mais cedo pelo presidente de Itaipu, Jorge Samek. O secretário executivo do Ministério de Minas e Energia, Márcio Zimmermann, havia dito, no entanto, que eram apenas três linhas.

Muniz explicou que foram interrompidas três linhas de corrente alternada e duas de corrente contínua. As linhas de corrente alternada funcionam como um metrô, que para em várias estações. Já as linhas de corrente contínua funcionam como um trem expresso, que vai de um ponto a outro, diretamente, sem paradas. As linhas de corrente alternada que apresentaram problemas ontem foram duas que vão de Ivaiporã (PR) a Itaberá (SP) e uma terceira que vai de Itaberá a Tijuco Preto (SP). Segundo Muniz, as duas linhas de corrente contínua saem direto de Itaipu até Tijuco Preto.

O presidente da Eletrobrás explicou que o sistema é planejado para que problemas pontuais como o de ontem sejam isolados. Assim, segundo ele, o normal seria não haver queda nas linhas de corrente contínua. “E a razão disso é algo que ainda não sabemos. Não sabemos por que as duas linhas de corrente contínua foram afetadas pelas outras que desligaram”, disse. As cinco linhas pertencem a Furnas, que é uma das estatais controladas pela Eletrobrás.

Ele ainda esclareceu que não houve nenhum dano físico às linhas. Ou seja, não houve rompimento de cabo ou queda de torre. O que ocorreu, segundo ele, foi um desligamento causado por algum problema atmosférico, podendo ser o vento ou mesmo uma descarga elétrica. Muniz disse que não deve participar da reunião do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico, marcado para as 17 horas, porque a Eletrobrás não integra o órgão.
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Rizzolo: Na verdade do ponto de vista técnico não se sabe ainda os motivos da queda das linhas de corrente contínua. Ao que consta no texto, tampouco se sabe as causas da queda das de corrente alternada. Problemas atmosféricos são apenas uma das suposições. De qualquer forma é de suma importância constatar o que provocou o apagão que eu chamaria de “apaguinho” se comparado for com os apagões na época de FHC.

Eletrobrás também quer ser excluída da meta de superávit

SÃO PAULO – O diretor-administrativo da Eletrobrás, Miguel Colasuonno, disse hoje que a estatal de energia também deseja ser excluída da meta de superávit primário do governo federal, a exemplo do que foi feito com a Petrobras, conforme anunciado ontem pelo governo. Segundo o executivo, a demanda já foi apresentada ao ministro de Minas e Energia, Edison Lobão. O objetivo do pleito seria utilizar os recursos a serem contingenciados na expansão do sistema elétrico brasileiro.

“A reversão imediata desses recursos em investimentos no sistema geraria um excedente de energia e o barateamento das tarifas nos próximos anos”, disse o diretor da Eletrobrás, durante reunião de empresários para o lançamento do “Plano de Ação Contra a Crise”, coordenado pelo ex-ministro do Planejamento João Paulo dos Reis Velloso, realizada na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). A proposta da estatal é produzir energia barata com vistas a garantir o desenvolvimento econômico do País, beneficiando segmentos da economia como o agronegócio e as indústrias.

Ontem, ao anunciar a redução da meta do superávit primário do setor público, o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, afirmou que defende que outras empresas estatais também sejam retiradas do cálculo do superávit primário. Mas ele ressalvou que isso não deve ocorrer imediatamente, porque isso tem de estar vinculado ao cumprimento de uma série de princípios de governança corporativa, que atualmente só são atendidos pela Petrobras.

Para este ano, a meta de superávit da Eletrobrás é de R$ 1,6 bilhão. No início deste mês, o diretor-financeiro e de Relações com Investidores, Astrogildo Quental, disse à Agência Estado que a flexibilização do superávit primário já estava em discussão no Ministério da Fazenda. Além de ampliar a disponibilidade de recursos para investimentos, a redução da meta também visa facilitar o pagamento dos dividendos retidos da década de 1970 e de 1980 aos acionistas. O passivo ultrapassa a casa de R$ 9 bilhões, dos quais R$ 1,8 bilhão se referem à divida com os minoritários. A ideia da estatal é pagar essa parte dos dividendos retidos em dinheiro.

Essa semana, o governo federal reduziu a meta de superávit primário de 2009 de 3,8% do Produto Interno Bruto (PIB) para 2,5%. Somente a exclusão da Petrobras representou uma redução de 0,5% no esforço do superávit. Com essa decisão, a meta de economia das estatais caiu de 0,70% para 0,20%. A meta do governo central caiu de 2,15% para 1,40%. A contribuição de Estados e municípios caiu de 0,95% para 0,90%.

Entre 2010 e 2012, a meta do superávit primário será de 3,3% do PIB, sendo que a economia do governo federal será de 2,15%, a de Estados e municípios, 0,95%, e de estatais, 0,20%. A exclusão da Petrobras permanece no cálculo do superávit neste período.
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Rizzolo: Bem agora todo mundo quer ser “excluídos da meta”. A grande questão para isso, é a exigência de práticas de boa governança, sabemos por hora que apenas a Petrobras tem essa condição, mesmo assim … Agora, a Eletrobras (PMDB) querer embarcar também nessa onda, acho um tanto prematuro e temerário.

A questão é: digamos que o governo comece a abrir mão em não considerar os investimentos de várias empresas estatais do cálculo do superávit primário, quem vai controlar os custos destas estatais? Ah! Isso aí vai virar uma farra. Acho por bem irmos bem devagar. Estamos no Brasil da gastança, e isso pode ser uma abertura a investimentos propriamente ditos e a ” coisas esquisitas”. Todo cuidado é pouco.

Em nota, Eletrobrás declara indignação com ataque a engenheiro em reunião sobre Usina Belo Monte

Na terça-feira (20), o engenheiro da Eletrobrás, Paulo Fernando Rezende, coordenador de estudos da hidrelétrica de Belo Monte, no rio Xingu, foi atacado por índios armados de facão num encontro organizado por Ongs ambientalistas e indigenistas em Altamira. O engenheiro sofreu um corte profundo no braço e foi atendido num hospital da região.

O engenheiro foi convidado para falar sobre a construção da Usina pelos organizadores do encontro – entre outros, o Instituto Sócioambiental (ISA), o Conselho Missionário Indigenista (CIMI), as Ongs WWF, FASE, Rainforest Foundation, Fundação Heinrich Boell, Survival International, e a americana International Rivers Networks (IRN), liderada na América Latina por Glenn Switkes, conhecido por fazer campanha contra a construção de hidrelétricas e obras de infra-estrutura na Amazônia.

Ao terminar sua exposição, Paulo Fernando foi cercado e espancado, até que um índio o atacou com um facão. Em nota oficial, a estatal se disse ”indignada” com o incidente, que “lamenta veementemente”, e afirma que “tomará todas as providências necessárias para que os responsáveis pela agressão sejam punidos”.

Na quarta-feira, diretores da Eletrobrás disseram que os protestos não vão atrapalhar Belo Monte.

“O Brasil precisa de energia limpa com o menor custo possível para a sociedade”, disse a Eletrobrás em comunicado. Belo Monte representaria a melhor opção porque a grande quantidade de energia a ser produzida ali poderá ser facilmente integrada na rede nacional de distribuição, afirmou.
Hora do Povo

Rizzolo: Enquanto nada se fizer para que essas ONGS internacionais parem de uma vez por todas de insuflarem “índios”, os conduzindo para a violência e para o ” exercício arbitrário das próprias razões”, estaremos vivendo o caos indigenista. Não há que se falar em inimputabilidade para esse tipo de índio, que bem tem a noção do que é certo e o errado. Aqueles que defendem uma amazônia ladeada pelos ” guardiões das florestas”, prestam serviços à internacionalização da Amazônia e um desserviço ao País. Temos que dar um basta nisso, por uma amazônia livre de ONGS internacionais e principalmente livre de alguns civis fantasiados de “índios”, apenas porque descobriram que ser índio é um bom negócio. Logo aparecerá um petista para defende-los, mas tenho certeza que para cada petista surgirão 1.000 generais Helenos com um ponto de vista coerente e patriótico.