Brasil e China ‘emergem como modelos de estabilidade’, diz jornal

O Brasil e a China emergem como modelos de estabilidade, “neste momento de crise econômica global”, diz artigo publicado na edição desta sexta-feira do jornal britânico The Daily Telegraph.

O jornal compara os dois países, considerados “mercados emergentes”, à Grã-Bretanha e aos Estados Unidos, chamados de “mercados desenvolvidos” e diz que “esta grande divisão foi erodida” com a crise.

“O status de alguns mercados emergentes deve ser elevado, mesmo que em termos relativos”, afirma o artigo, explicando que “alguns (países), como o Brasil, atualmente parecem representar menor risco (…) do que alguns (países) desenvolvidos como a Grã-Bretanha”.

“Em termos de superávit comercial, endividamento em relação ao PIB (Produto Interno Bruto) e tamanho de suas reservas cambiais, o Brasil derrota a Grã-Bretanha sem esforço”, disse o jornal. “Sua economia (do Brasil) ainda deverá crescer 3% no próximo ano, enquanto a da Grã-Bretanha está encolhendo. E, embora a inflação brasileira esteja aumentando, ela parece estar sob controle.”

‘Responsabilidade fiscal’

O artigo contesta o próprio termo “mercado emergente”, dizendo que ele foi “inventado pelo Banco Mundial há 30 anos e é definido com base em renda per capita baixa”.

“Na época, partia-se do princípio de que estas economias eram instáveis e em processo de reforma econômica e de mercado. Só governos mais sábios, dos Estados Unidos e da Europa, poderiam demonstrar responsabilidade fiscal, acreditava-se – e este era geralmente o caso”, diz The Daily Telegraph.

O artigo afirma, contudo, que embora esta suposição persista, “o governo brasileiro nos últimos anos seguiu cuidadosamente regras defendidas por economistas ocidentais, enquanto Estados Unidos, Grã-Bretanha e outros as desprezaram”.

Sobre a China, o artigo do jornal britânico diz que “há muitas evidências que sugerem que a recessão que atingiu Estados Unidos e Europa não é meramente uma baixa cíclica, mas marca uma passagem do poder econômico no longo-prazo para a China e outros mercados emergentes grandes”.

“Não pode mais haver uma reunião com credibilidade de G-alguma coisa (numa referência a G-8 e G-20) para tentar coordenar política monetária e fiscal sem incluir a China”, afirma The Daily Telegraph. BBC Brasil -e Folha online

Rizzolo: O jornal tem parcial razão, fica evidente que o impacto da crise atinge mais os países desenvolvidos por uma simples razão lógica: o maior aporte de investimentos. Muito há que fazer no Brasil e na China em termos de infra- estrutura, englobando transporte público, saneamento, e malha ferroviária; meio de transporte já cristalizado na Europa. O presidente Lula na sua premissa de não restringir os investimentos no PAC, o faz com muito bom senso, contudo, difícil será manter o ritmo dos investimentos face à diminuição da arrecadação prevista para 2009. A afirmativa de que os emergentes são ” modelos de estabilidade”, entendo um pouco exagerada em função de algumas particularidades dos emergentes, no Brasil o problema cambial, e na China a dificuldade do mercado interno absorver a produção destinada à exportação, que ora cai tendo em vista a crise financeira.

Europa tem quase 10 mil demissões por dia

GENEBRA – São quase 10 mil novas demissões a cada dia. Essa é a realidade que vive a Europa hoje, uma economia que pena para dar sinais de competitividade e que acumula problemas. A crise financeira se transformou em uma crise na economia real e políticos já alertam para a terceira fase: a crise social. Dados dos diversos governos deixam claro que a situação é a pior em mais de uma década.

Entre os mais afetados estão os imigrantes, muitos deles brasileiros. Na Espanha, 46% dos imigrantes está desempregado.

As cifras mais recentes são do Reino Unido, que divulgou nesta semana o pior aumento do desemprego em 16 anos e uma recessão. Hoje, o governo inglês é obrigado a pagar pensões a 980 mil pessoas. 1,8 milhão perderam seu trabalho em 2008. E o pior é que a crise ainda não revelou toda sua dimensão. “Não estamos ainda no fundo do poço”, afirmou o ministro do Trabalho inglês Tony McNulty.

No Reino Unido, foram 1,5 mil novos desempregados por dia entre agosto e outubro. Ontem, a British Telecom anunciou que demitiria 10 mil pessoas até o final do ano. Em termos percentuais, a taxa de desemprego chega a 5,8% no Reino Unido, contra 7,5% na zona do euro, taxa que deve aumentar para quase 9% em 2009. Para a HBOS, a taxa de desemprego pode chegar a 3 milhões até 2010.

Na França, o governo estima que são mais de 1,2 mil o número de pessoas que recebe cartas de demissões por dia. Na Espanha, apenas o mês de outubro registrou 192 mil novos desempregados e o número de pessoas sem trabalho já chega a 2,8 milhões. 6,7 mil por dia.

“O custo humano da crise será maior do que se esperava”, afirmou John Cridland, vice-diretor da Confederação da Indústria Britânica. Numa estimativa publicada há duas semanas, a Organização Internacional do TRabalho alerta que a crise atingirá 20 milhões de pessoas até o final de 2009.

Imigrantes

Um dos primeiros efeitos está sendo sentido na população de imigrantes. Na Espanha, quase metade dos estrangeiros vivendo legalmente no país estão desempregados, cerca de 350 mil. Em outubro, 36 mil estrangeiros perderam seus trabalhos.

A Inglaterra, para 2009, resolveu diminuir o número de vagas abertas para trabalhadores estrangeiros. No total, serão 800 mil vagas destinadas a estrangeiros, incluindo de outros países europeus. O número é 20% inferior ao volume de 2008. 1 milhão de poloneses se mudaram para a Inglaterra nos últimos quatro anos em busca de trabalho. Agora, poderão ser obrigados a voltar para casa.

Em um recente seminário, o presidente da BP, Peter Sutherland, e representante especial da ONU para Migrações, alertou sobre o impacto da crise. “Será inevitável que a queda do crescimento global tenha um efeito sobre os imigrantes. Ou eles serão incentivados a voltar para casa ou serão os primeiros a perder seus empregos”, alertou.

Bela Galgoczi, pesquisadora do European Trade Union Institute, estima que 2 milhões de poloneses migraram para a Europa Ocidental em busca de trabalho nos últimos anos. Mas o problema não pára por ai. Jakob von Weizsaecker, pesquisador da entidade Bruegel, alerta que a crise em países como a Ucrânia pode gerar um novo fluxo de migrações, agravando ainda mais o problema na Europa.

Agência Estado

Rizzolo: É claro que a crise que atinge a Europa tem características diferentes da crise que assola a América Latina. Existe uma série de mecanismos que de uma forma ou de outra, protege os trabalhadores europeus. Evidentemente, os imigrantes, principalmente os ilegais sofrerão um impacto maior. Na verdade o País que mais poderá sofrer com a crise é a Inglaterra, até porque possui e recebe uma quantidade maior de mão de obra européia e imigrantes de toda parte.

O interessante em momentos de crise, é que os aproveitadores de toda sorte lançam mão das mais diversas armadilhas políticas, assim com faz Dmitri Medvedev, o chefe do Estado Russo. Ao perceber a fragilidade econômica dos EUA e a ” docilidade” de Obama em seus discursos, faz duros ataques à política internacional americana. Hoje no jornal ” Le Figaro”, Dmitri Medvedev em entrevista ao jornal francês, dita o tom da política internacional americana.

Faz ele referências aos antimísseis americanos na Europa, e como todos os opositores ao regime americano, esperam que o ” bonzinho” Obama entregue os EUA a todos os seus desafetos com políticas “dóceis”. Só podia se esperar isso mesmo; Obama elaborou um discurso ” afrouxando” a política americana, e isso para uma potência tem seus efeitos negativos, haja vista a esperança dos aproveitadores, nos uníssonos discursos desde Chavez à Dmitri Medvedev. Todo mundo quer o “dasmantelamento” da potência com pedidos que chegar a ser infantis.

Já no que diz respeito à Sarkozy e as suas afirmações de que o dólar ” já era”, insinuando que daqui pra frente a moeda ideal seria o Euro, é uma tremenda balela, mais uma do Sarkozy que de tudo faz para aparecer. Os EUA são uma potência militar e econômica, e não vai ser essa crise que vai tornar o dólar uma moeda de segunda classe. Quanto populismo existe na face da terra, não ? De nada adianta atravessar o Atlântico !

Lula critica exigências européias para imigrantes

BRASÍLIA – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reclamou hoje das novas exigências da Comunidade Européia para a entrada de imigrantes. Em discurso de recepção ao presidente da Lituânia, Valdas Adamkus, no Palácio do Itamaraty, Lula afirmou que as relações entre os países não podem ocorrer com base no “preconceito” e “exclusão”. “É muito importante que os europeus não percam de vista a história do movimento de pessoas entre nossos dois continentes”, afirmou.

“Uma história construída com base na solidariedade e na valorização das diferenças”, acrescentou Lula em seu discurso. Ele destacou ainda a presença de lituanos no Brasil. Segundo ele, vivem no País 260 mil pessoas de origem lituana e entre eles destacou o pintor Lasar Segall, um dos mais importantes das artes plásticas brasileira no século 20, que morreu em 1957, em São Paulo.

O almoço oferecido por Lula no Itamaraty ao presidente lituano não despertou interesse de grandes empresários e nem mesmo de parlamentares, que costumam prestigiar encontros com chefes estrangeiros. Durante a visita foi assinado apenas um único acordo de cooperação entre os dois países, na área cultural, embora no discurso o presidente brasileiro tenha ressaltado o interesse dos dois países em facilitar o fluxo de comércio e firmar parcerias para maior representatividade em fóruns internacionais.

Ainda em seu discurso, Lula voltou a reclamar de “decisões unilaterais” e “visões paternalistas de países desenvolvidos e defendeu maior aproximação de países emergentes com o grupo dos sete países mais ricos e a Rússia (G-8).

Agência Estado

Rizzolo: Lula ao criticar exigências européias no tocante ao gravíssimo problema de imigração clandestina na europa, procura “dar o troco” em relação aos comentários europeus sobre os biocombustíveis e a questão da Amazônia. Com todo o respeito ao presidente Lula, esse comentário foi infeliz. Primeiro porque essa política contra a imigração ilegal, é um consenso em todos os países pertencentes a União Européia, e entendo que a Europa tenta administrar uma situação de invasão imigratória ilegal onde predispõe até a criação grupos extremistas. A União Européia é aliás, menos restritiva do ponto de vista imigratório do que os EUA. Não defendo a Europa porque tenho também cidadania européia além da brasileira, mas porque entendo e conheço o problema de perto.

Temos que nos preocupar é com os problemas referentes ao nosso País, como a Amazônia, a falta de uma política indigenista de bom senso, com as nossas fronteiras, com as nossas Forças Armadas que estão à mingua, sem recursos, e com a nossa soberania. Enfim vamos lançar as críticas para dentro de nós. Afinal de contas o Brasil está precisando de muitas críticas construtivas, principalmente referentes ao mundo financeiro, a impunidade reinante no País, e banqueiros que tem foro privilegado como Dantas.

Brasil fica proibido de exportar carne bovina à União Européia

Nenhuma propriedade agrícola brasileira possui no momento autorização para fornecer bois para exportação de carne à União Européia, o que deverá fazer com que as vendas sejam interrompidas a partir de 31 de janeiro, quando entram em vigor novas regras européias.

Como houve uma discordância entre os governos brasileiro e europeu sobre o número de fazendas liberadas para exportar à UE, nenhuma propriedade conseguiu autorização sob as novas regras, válidas a partir de quinta-feira, disse um integrante da Comissão Européia nesta quarta-feira.

Apenas cerca de 300 propriedades brasileiras, ou 3% das fazendas, deveriam receber permissões para exportar aos 27 países integrantes do bloco europeu, segundo interpretação do comissário de Saúde do bloco, Markos Kyprianou, mas o Brasil enviou uma lista com um número maior de unidades consideradas habilitadas (2.600).

Diante dessa divergência, segundo Kyprianou, ainda não há uma lista com as fazendas habilitadas a vender gado para os frigoríficos brasileiros que exportam carne à UE.

“Tínhamos considerado cerca de 300 propriedades sendo autorizadas a exportar para a UE, com base em inspeções prévias e informações dos brasileiros”, disse o comissário de Saúde à Reuters.

“Não há uma lista de propriedades autorizadas… neste momento, não há propriedades autorizadas a exportar para a UE”, acrescentou ele.

Segundo Kyprianou, como o Brasil enviou na terça-feira uma lista com um número muito maior, mais tempo será necessário para que a checagem das fazendas seja realizada.

“Claro que essa situação pode mudar nos próximos dias, mas no momento não há lista aprovada”, disse o comissário.

O governo brasileiro tinha até o final do mês para elaborar a lista.

As restrições impostas pela UE foram anunciadas depois de uma delegação européia ter encontrado, de acordo com o bloco, irregularidades no sistema sanitário e de rastreabilidade do Brasil, no ano passado.

Além disso, as limitações seguem um forte lobby feito por fazendeiros do bloco, principalmente irlandeses, que afirmam estar sendo prejudicados pelas exportações brasileiras.

Para o analista Fabiano Tito Rosa, da Scot Consultoria, a posição da UE, “na prática, paralisa as exportações de carne in natura do Brasil para lá”, a partir de 31 de janeiro.

As exportações de carne industrializadas estão fora das restrições, uma vez que o vírus da febre aftosa é eliminado no processo de industrialização.

Em 2007, o Brasil exportou 2,53 milhões de toneladas (equivalente carcaça) de carne bovina para todos os destinos, obtendo com essas vendas externas US$ 4,42 bilhões.

Segundo a Abiec, entidade que representa os exportadores de carne bovina do Brasil, as exportações de carne bovina para a UE somaram 543,5 mil toneladas (21% do total), o equivalente a US$ 1,4 bilhão (32%).

De acordo com o analista, os países integrantes do bloco europeu respondem pela maior parte da receita obtida com as exportações por pagarem um preço mais elevado pelo produto brasileiro.

Não havia nenhum representante da Abiec imediatamente disponível para comentar o assunto.

O Ministério da Agricultura do Brasil afirmou que se manifestará oficialmente sobre o tema mais tarde nesta quarta-feira.

“Acho que os europeus, por pagarem melhor pela carne brasileira, podem exigir o que bem entenderem. Agora, a partir do momento que o Brasil atende a exigência, não tem por que restringirem as 300 propriedades…”, afirmou Rosa.

Segundo ele, o Brasil tem hoje mais de 6.000 propriedades que atendem as exigências da UE dentro de Estados sem problemas sanitários para exportar. “E dessas 6.000, 2.600, na avaliação do Ministério da Agricultura, atendem todas as exigências da UE.”

Assim, segundo Tito Rosa, não há como o Brasil selecionar uma lista de 300 propriedades, como quer a UE, se tem 2.600 atendendo as exigências. “Qual critério seria adotado? Então essa regra da UE é arbitrária.”

O analista disse ainda que, uma vez que os frigoríficos não sabem quais são as propriedades que serão habilitadas, “estão paralisando abates para atender à demanda de carne in natura da UE”.

Em função do problema, segundo Tito Rosa, provavelmente os frigoríficos vão utilizar o argumento para pressionar o preço pago pela arroba do boi no mercado brasileiro.

Por outro lado, disse o analista, há outros fatores altistas para o mercado de boi, como a redução do rebanho nacional após um período de intenso abate de matrizes, e o setor está em expansão, demandando mais gado para abate, em função do crescimento no consumo interno e externo.

Rizzolo: Agora, o governo tem obrigação de se adiantar, no sentido de preencher as exigências da Europa, por mais bizarras que sejam elas. Tudo isso por falta de capacidade de o Brasil entregar uma lista de 300 propriedades? A União Européia restringiu o número de fazendas a 300 (3% das 10 mil registradas no passado no Sisbov, sistema de rastreabilidade do gado), o Ministério da Agricultura brasileiro apresentou uma lista com cerca de 2.600 propriedades.

Isso significa falta de preparo técnico, mas a questão principal é que o Brasil precisa de uma vez por todas fazer valer nosso potencial de mercado, somos 180 milhões de consumidores. Se existe barreiras protecionistas na Europa, porque não taxamos um pouco mais as enormes remessas de lucros e dividendos das empresas européias aqui sediadas, que vivem do nosso mercado? Mas não, a passividade e a falta de pulso, faz do “conciliador Lula”, uma voz fraca na defesa dos interesses dos empresários nacionais e dos pecuaristas. E mais, não tem nada de radical no que afirmo, radicalismo é deixar o mercado de carne da noite para dia “a ver navios”.

Europa e América Latina perdem mercado nos EUA

As mudanças macroeconômicas dos últimos meses já estão alterando o padrão de compras externas norte-americanas. Ao longo do ano de 2007 todas as regiões do mundo aumentaram suas exportações para os EUA, menos a América Latina. Nos últimos três meses, porém, os dados mostram que as importações norte-americanas estão caindo rapidamente em relação à zona do euro e, em menor intensidade, em relação a alguns países da Ásia, como o Japão. O grande ganhador desse cenário parece ser a China.

No terceiro trimestre, as importações norte-americanas vindas da zona do euro registraram quedas mensais: de US$ 24,1 bilhões, em julho, para US$ 23,2 bilhões em agosto e US$ 20 bilhões em setembro. No mesmo período, a China vendeu US$ 28,5 bilhões, US$ 28,4 e US$ 29,3 bilhões, de julho a setembro.

O déficit com a China cresceu 5,5% em setembro, para US$ 23,8 bilhões, o segundo maior já registrado. Neste ano, a China mandou mais produtos para os EUA do que o Canadá, maior parceiro comercial americano.

“Os europeus foram duramente afetados pela valorização de sua moeda”, disse Nigel Gault, economista-chefe para os EUA da Global Insight. Só neste ano, a moeda única européia acumula uma valorização superior a 11% ante o dólar. Isso tende a causar problemas para as empresas européias mais voltadas à exportação, reduzindo a competitividade de seus produtos.

As autoridades da União Européia aparentemente vêm acusando o golpe, voltando o foco para a China. Na semana passada, por exemplo, o comissário de Comércio, Peter Mandelson, reclamou da falta de valorização do yuan.

Mas não são só os europeus que perderam espaço. As vendas do Japão para o mercado americano mostram também um declínio do começo para o fim do trimestre: de US$ 12,8 bilhões para US$ 11,4 bilhões. A América do Sul também registrou uma tendência parecida. As exportações para os EUA ficaram entre US$ 11,3 bilhões e US$ 12,1 bilhões no terceiro trimestre, com baixa em setembro.

Projeção de perdas

Segundo um estudo da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, o Brasil perdeu para a China mais de US$ 1 bilhão em exportação para os EUA. A entidade estima que, em dez anos, o país pode perder para os chineses metade do que vende aos norte-americanos.

Para os EUA, entretanto, o mês de setembro não foi apenas de aumento do déficit comercial em relação aos chineses: o déficit comercial total diminuiu 0,6%, para US$ 56,4 bilhões, o nível mais baixo dos dois últimos anos. Após um déficit de US$ 56,804 bilhões em agosto, a maioria dos analistas esperava que o déficit comercial subisse em setembro para US$ 59,3 bilhões. Entre janeiro e setembro deste ano, os EUA registraram déficit comercial de US$ 527,5 bilhões, comparado aos US$ 581,6 bilhões do mesmo período de 2006.

Impulsionadas pela intensa desvalorização do dólar, as exportações dos EUA subiram 1,1% em setembro.

Fonte: Valor Econômico

Rizzolo:É claro que a política econômica é a responsável por isso, com o yuan desvalorizado fica realmente difícil para qualquer economia fazer frente à China. Com a valorização do Euro, a prejudicada Europa não exporta na quantidade devida, e na América Latina e mais precisamente ao Brasil, a política do BC impede que as nossas exportações se expandam. Não há dúvida que com os juros estratosféricos, a quantidade de especuladores no mercado, inundam de dólares a nossa economia, fazendo com que o dólar se valorize. Temos que urgentemente promover a queda dos juros, e de alguma forma intervir no câmbio, para que as nossas exportações progridam e recuperem segmentos que hoje vivem estrangulados face à valorização cambial.

Precisamos gerar 4 milhões de empregos por ano, e por mais que as entidades patronais, e sindicais insistam no erro da política econômica, a banca internacional quer ” segurar o país” auferindo lucros financeiros que de nada acrescentam à economia brasileira, vez que esse dinheiro não é injetado nos meios de produção. Assim subsidiamos indiretamente, empregos na China, e o pobre empresário brasileiro é mais uma vez esquecido, e como troféu recebe alguns “prêmios de consolação” como esses recursos que visam recompensar segmentos prejudicados pela valorização cambial. Uma vergonha !

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