Lula age como ‘militante e chefe de facção’, diz FHC

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso disse hoje que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem agido como “militante e chefe de facção” durante a campanha eleitoral e defendeu que o Supremo Tribunal Federal (STF) atue para impedir esses excessos. Em entrevista ao Rede Mobiliza, portal de internet do PSDB utilizado para interagir com os eleitores, FHC acusou Lula de “extrapolar” e afirmou que ele abusa do poder político.

“Eu vejo um presidente que virou militante, chefe de uma facção política, e acho que isso esta errado”, afirmou. “Acho até que caberia uma consulta ao STF porque, se você não tiver instrumentos para conter essa vontade política, fica perigoso”, disse. “Alguma instância tem de dizer que presidente está extrapolando e abusando do poder político de maneira contrária aos fundamentos da democracia.”

FHC criticou também as recentes declarações de Lula, segundo as quais o DEM é um partido que deve ser “extirpado” da política brasileira. “Claro que tem de ter posição e defender ideias, mas outra coisa é querer massacrar o outro lado. Acho que isso ultrapassa o limite do Estado democrático de direito”, disse.

O ex-presidente afirmou que Lula age com “autoritarismo”. “Acho que, na medida em que o presidente quer eliminar o competidor, liquidar, ele quer o poder total. É autoritarismo isso, não tem outra palavra. É uma tremenda vontade de poder que se expressa de forma incorreta. Um presidente não pode fazer isso.”

O ex-presidente teceu comparações entre sua postura, em 2002, quando José Serra (PSDB) também concorreu à Presidência, e a de Lula, neste ano, em relação a Dilma Rousseff (PT). “Eu apoiei Serra, mas não fiz isso (extrapolar os limites), nunca, porque quando o presidente fala envolve o prestígio dele não como líder de um partido, mas da instituição que ele representa”, afirmou.

FHC chegou a comparar Lula ao ex-primeiro-ministro italiano Benito Mussolini, que também tinha grandes índices de popularidade. “Faltou quem freasse Mussolini. Claro que o Lula não tem nada a ver com o Mussolini, mas o estilo ”eu sou tudo e quero o poder total” não pode. Ele tem de parar.”

Ao falar sobre a quebra do sigilo fiscal de integrantes do PSDB e familiares de Serra, FHC deu a entender que o episódio não tem sido bem explorado pela campanha tucana. “Sigilo fiscal pouca gente vai entender, até porque pouca gente preenche o formulário da Receita”, afirmou.

“Sigilo fiscal é uma palavra abstrata. Nesse sentido, temos de ser claros: é um acúmulo de coisas erradas, você se sente violado, sua vida devassada. Isso o povo entende. Se você disser que estão entrando na sua vida privada, na vida da sua família, que amanhã vai ter fiscal entrando nas suas coisas, vendo o valor do seu salário na sua carteira de trabalho, falsificando documentos em seu nome para criar intrigas”, recomendou.

Cheque em branco

FHC disse ainda que é preciso esclarecer a população sobre a interação entre a Casa Civil e a Presidência da República e até propôs um novo slogan para o caso: “”É o mensalão de novo”. Tem de falar assim, que o homem (Lula) estava ao lado, como não viu ou não ouviu?”. “Tem de dizer claramente: é uma sala ao lado da do presidente em que ficam tramando para beneficiar empresas. Não pode falar lobismo que ninguém entende”, afirmou.

O ex-presidente disse ainda que a campanha não acabou e cobrou dos militantes um trabalho diário e persuasivo junto a amigos e familiares. “Campanha é todo dia, o dia inteiro, até o final. Tem de ter fé e convencer os outros. Ninguém ganha de repente, sem persistência. Tem de estar na luta o tempo todo e tentando mudar a opinião dos outros, se for o caso”, afirmou.
Sem citar o nome de Dilma, ele disse que votar na candidata corresponde a assinar um cheque em branco. “Agora é hora de buscar o voto. Tem de bater o bumbo mesmo, vão dar um cheque em branco? O nosso candidato tem história, realizações e futuro.”

O ex-presidente voltou a criticar a ocupação de cargos públicos por membros do PT e comparou a ação dos militantes a de cupins. “As agências reguladoras não regulam mais nada, estão penetradas por interesses partidários”, afirmou. “É como um cupim, vai comendo por dentro e, quando você acha que é uma tora, aperta e está oco.” FHC disse ainda que, para Lula, “tudo é terra arrasada”. “Ele diz que começou com tudo. Eu não tenho esse temperamento. As bases do governo foram lançadas no passado.”
estadão

Rizzolo: Olha, o papel da oposição neste país tornou opaco e desprovido de conteúdo. Jamais poderíamos imaginar que o PSDB e o DEM, chegariam a tal ponto de despreparo. FHC no auge do desespero apela por todos os artifícios para tentar conter o mar de popularidade e satisfação do povo brasileiro com o governo do presidente Lula. Comparar Lula com Mussolini, chamá-lo de chefe de facção, é desprezar a alegria do povo brasileiro com um presidente que veio do povo. Prova disso é que quanto mais a oposição bate, mais a popularidade e a aprovação de Dilma sobe, mais o eleitor desconfia dos agressores e consolida o voto na candidata escolhida pelo presidente Lula – afirmou um analista da pesquisa, da CNT, que prefere se manter no anonimato.

Uma coisa é certa, hoje a população pobre sabe quem é FHC e quem é Lula, assim como sabe quem será Serra no governo e Dilma como presidente. É fácil, é só perguntar para qualquer um na periferia, indagar um frentista de um posto de gasolina qualquer, um porteiro de prédio, um taxista, todos sabem que hoje existe mais dinheiro no bolso, mais desenvolvimento, mais esperança, o resto é puro discurso oposicionista na demonstração cabal de seu despreparo.

A candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, afirmou neste domingo que o presidenciável José Serra sustenta uma “pauta negativa e caluniadora”, e pode passar a eleição como “caluniador”, quererendo “ganhar a campanha no tapetão porque não consegue convencer o povo brasileiro”. As afirmações foram feitas por Dilma durante visita à favela Paraisópolis e também, mais tarde, durante debate os demais candidatos na Rede TV! É isso aí !!

No rádio, Serra compara Dilma ao ex-prefeito Celso Pitta

Em entrevista concedida nesta manhã à Rádio Bandeirantes, em São Paulo, o pré-candidato do PSDB à Presidência, José Serra, negou ter tentado se descolar da imagem de FHC, disse que “não necessariamente o sucessor replica o antecessor” e citou como exemplo o ex-prefeito da capital paulista Celso Pitta, eleito com apoio do ex-governador Paulo Maluf (atual deputado pelo PP).

“Não necessariamente o sucessor replica o antecessor, mesmo se tiver sido apoiado por ele. Pode acontecer e pode não acontecer”, disse Serra, que em seguida lembrou a eleição de Pitta à Prefeitura de São Paulo. “Maluf estava bem avaliado e bancou Pitta. Pitta foi diferente de Maluf. Foi outra coisa.”

Serra negou que tente descolar a imagem da do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. “Não procurei me descolar de Fernando Henrique. Fui ministro da Saúde convidado por ele. Eu posso discutir o que eu fiz”, disse. Mesmo assim, o tucano seguiu com a estratégia de evitar comparações entre FHC e Lula. Para Serra, falar do passado nessas eleições deve ficar restrito ao currículo de cada candidato.

“Lula não é candidato, assim como não são os ex-presidentes (Fernando) Collor (atual senador pelo PTB de Alagoas), (José) Sarney (atual presidente do Congresso), Itamar Franco e Fernando Henrique. Discutir quem não é candidato não faz muito sentido”, afirmou.

Serra apontou deficiências no País nas áreas da segurança, prevenção de tragédias, infraestrutura e na questão tributária e repetiu o slogan: “O Brasil pode mais.” “Nos últimos 25 anos, o Brasil avançou. Lula também colocou muita coisa por diante. Sou de acordo com ele de que devemos dar os créditos a quem fez. E podemos fazer mais.”

Nessa linha, o tucano prometeu, mais um vez, que, se eleito, manterá o programa de transferência de renda Bolsa-Família, criado pelo governo Lula. “Eu vou manter e reforçar o Bolsa-Família porque é uma coisa que funcionou”, afirmou e gabou-se: “O programa juntou bolsas do passado. Uma delas eu criei quando era ministro da Saúde, a bolsa alimentação para mães que amamentam e para crianças pequenas.”

O presidenciável disse ainda que pretende manter o nível no debate da campanha eleitoral. “Uma coisa é responder ao que dizem a meu respeito. Outra é baixar o nível. Isso não vou fazer.”

agencia estado

Rizzolo: Uma das características mais marcantes nessa eleição, é que de fato a oposição é carecedora de elencos argumentativos, ao mesmo tempo em que se vê presa à terrível imagem de FHC. Com toda cautela para que o comentário seja imparcial, muito embora como todos sabem que nesse momento apoio o governo Lula, a sutileza na insinuação de Serra na afirmação que o governo Lula foi bom , já é um reconhecimento de que de nada adianta contrapor um governo que conta com 80% de popularidade.

Agora, Serra afirmar que em termos de segurança pública falta muito a ser feito, é no mínimo hilário, pois é exatamente em São Paulo, na gestão Serra, que o PCC fez sua maior operação de guerra, colocando a população paulista em pleno terror, houve aumento da criminalidade, confronto entre Paolícia Civil e Militar, e isso o paulista o sabe. De forma que tal afirmação pode impressionar os incautos de outros locais do Brasil , por aqui não. Falta de discurso total..

A Cartela e a Virtude

O endereço era em Pinheiros, bairro de classe média em São Paulo. Quando chegamos, fiquei impressionado com uma placa luminosa que piscava como naqueles cassinos em Las Vegas. A curiosidade era muita – afinal, nunca havia entrado num bingo antes, e, como na vida precisamos conhecer de tudo um pouco, lá fui eu com uns amigos que, após muita insistência, conseguiram me convencer a conhecer a tal casa noturna, na época em que os bingos ainda eram legais.

Ao entrar, o ambiente era de fumaça, envolto numa expectativa quase ofegante e atenta por parte dos participantes, sentados em mesas redondas como se sugerissem a roda da vida. Senti algo estranho, certo desespero disfarçado naqueles que ali procuravam mais que diversão, mas uma possibilidade de ganho fácil. Dos que estavam comigo, todos jogavam, incluindo eu, à minha maneira, é claro. Apostava, sim, nos números de forma mental, ganhava e perdia numa dança mentalizada, mas não investia, não comprava cartelas. Talvez uma forma judaica, no bom sentido, de não perder dinheiro, até porque jogos de azar são proibidos no judaísmo e em Israel.

Observei também que a grande maioria das pessoas era composta de gente simples – donas de casa, trabalhadores humildes que muitas vezes se endividavam para sustentar a adrenalina do vício de jogar. Interessante notar que hoje, na nossa sociedade, vivemos um momento em que os valores que compõem a virtude e os bons costumes estão em plena batalha na sobrevivência pela ética. Se por um lado as medidas de cunho profilático e de saúde pública assentam-se como a lei antitabagismo ou como a lei de restrição ao consumo de álcool aos motoristas, por outro as medidas preventivas de saúde mental, da manutenção dos bons costumes ou do combate ao vício do jogo parecem estar demasiadamente enfraquecidas.

Observamos alguns apregoando a descriminalização das drogas, enquanto outros tentam, de todas as maneiras, revitalizar os polêmicos bingos, que já no passado levaram à desintegração várias famílias da periferia, vítimas insanas do vício contumaz. Com efeito, nas próximas semanas, o projeto que legaliza os bingos e caça-níqueis deve agitar os debates do Congresso – a bancada do jogo articula para que o projeto seja votado na segunda quinzena de outubro.

Na verdade, não há argumentação plausível para a implantação de uma estrutura predatória e desintegradora como a legalização dos jogos de azar no nosso país. Instituir o hábito do jogo levará os jovens desde cedo, com toda certeza, a instarem-se ao vício, promovendo no futuro um problema de saúde pública. Ademais, todos os antecedentes do bingo apontam para a criminalidade, a corrupção e a lavagem de dinheiro.

Temos que repensar o Brasil do ponto de vista da virtude, do bem, dos bons costumes, fortalecendo o espírito religioso, da prática dos esportes, e não nos deixar levar pela eterna disputa entre a virtude e o vício. Hoje, quando passo pela rua onde estava localizado o bingo, há uma velha placa escrita “aluga-se”. Não há movimento, não há jogadores, não há luzes piscando. Apenas a lembrança de uma sala esfumaçada, de olhares tristes e tensos, de pessoas cabisbaixas. Naquela noite, ao sair, lembrei-me de uma frase do escritor austríaco Karl Kraus: “O vício e a virtude são parentes como o carvão e o diamante”. Nessa questão, como brasileiros, temos que torcer para que a luz do diamante ilumine de forma intensa o nobre espírito do nosso Congresso, na inegável virtude dos nossos parlamentares.

Fernando Rizzolo

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A virtude e a formação dos jovens

A virtude é uma qualidade moral particular. Poderíamos dizer que é a força de se fazer o bem em seu mais amplo sentido; tolerância, honestidade, caridade e lealdade fazem parte deste elenco de qualidades que devem ser instiladas à sociedade e aos homens públicos.

Muitos foram os sábios que se ativeram ao estudo sobre a formação humana, sua moral, e a conduta mais correta nas relações do ser humano com seus semelhantes. De grande parte vieram as propostas de cunho religioso, norteando os caminhos da retidão, servindo como uma bússola aos discípulos que se encarregavam de propagar tais conceitos éticos na humanidade.

Por outro lado instituições mais refratárias, e empenhadas em fazer desta empreita uma verdadeira escola da moral surgiram, como a Maçonaria que deste o seu início cercou-se de homens comprovadamente éticos, e que preenchiam as características da virtude no seu mais amplo sentido. Mas porque estaria eu refletindo hoje sobre a virtude e formação do ser humano?

Vivemos atualmente um Brasil politicamente desprovido de ética, o Congresso Nacional tornou-se alvo de críticas e desaprovação do povo brasileiro, os jovens brasileiros não mais possuem referencial de valores políticos e sociais, e lhes faltam um norteamento ético-humanistico no tocante ao trato das coisas públicas.

Não é por menos que instruir a juventude brasileira através de fontes que primam pela virtude, se faz necessário até para que num futuro próximo, tenhamos uma safra vocações políticas despertadas pela real vontade de servir ao povo de forma íntegra, e não fazer do mandato um braço vil a serviço de seus próprios interesses.

Hoje infelizmente assistimos ao comportamento pouco virtuoso de grande maioria da classe política brasileira, que de certa forma – pelo mau exemplo- maculam os jovens que ainda estão em formação intelectual e do caráter. A naturalidade no mau uso do Erário Público, faz com que a juventude incauta passa a entender que não há nada de errado em faltar com os essenciais predicados da virtude, predispondo a uma inversão de valores corrompendo os alicerces da democracia e da liberdade.

Cabe aos educadores, religiosos e aos formadores de opinião, reascender, elevando a chama da boa conduta, relembrando as antigas aulas de Educação Moral e Cívica onde se discutia o Brasil dentro de um prisma de civismo e de patriotismo.

Fernando Rizzolo

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Eduardo Suplicy cede cota aérea do Senado à namorada e diz que vai restituir valor

O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) usou sua cota pessoal de passagens aéreas para custear viagens, em território nacional, de sua namorada, a jornalista Mônica Dallari, revela reportagem Andréa Michael, publicada na edição de hoje da Folha. Suplicy disse ontem à reportagem que devolveria R$ 5.521 referentes aos gastos, ocorridos entre 2007 e 2008.

De acordo com a reportagem, Suplicy também pagou, com a cota do Senado, uma viagem da namorada a Paris, em janeiro de 2007. Ele disse que já restituiu o valor, de R$ 15,1 mil, no mesmo ano. A passagem para Paris faria parte de uma viagem para a China, feita a convite do governo daquele país. O trecho Paris-Pequim foi pago pelos chineses.

Em abril, o Senado restringiu a utilização das passagens aéreas aos parlamentares. Ato aprovado pela Mesa Diretora da Casa proibiu os senadores de repassar bilhetes aéreos da sua cota pessoal para familiares ou terceiros.

Só estão autorizados a usar as passagens os assessores designados pelos parlamentares, com o aval da Mesa Diretora da Casa, em deslocamentos no território nacional –assim como os próprios senadores. Outra mudança impede que os senadores acumulem a sobra da cota de passagens para o ano seguinte –como ocorre no modelo atual.

Também foram extintas as cotas suplementares de passagens para os integrantes da Mesa Diretora e líderes partidários. Pela antiga resolução, um grupo de 54 congressistas –integrantes da Mesa, seus suplentes e os líderes partidários– tinham direito a um repasse adicional, que pode chegar a R$ 13 mil.

Rizzolo: Observem que o mito do político ” ingênuo”, “bonzinho”, “bem-intencionado” é tudo um folclore que tem como objetivo seduzir-nos eleitoralmente. Ora, o Senador Suplicy, conhecido como paladino da honestidade acabou sendo seduzido pela farra inescrupulosa do ponto de vista moral, que reina no Congresso. Se restava alguém bonzinho e íntegro, acabou com esta notícia; realmente a cada dia que passa mais decepcionados ficamos.

Será que nunca estes políticos questionaram a ética no uso destes recursos? Que vergonha, hein ! Se o mais “puro e ingênuo” do PT faz isso, imaginem os outros. Depois ainda falam da Marta… Pelo menos a Marta Suplicy, pelo que me consta até agora, nunca levou ninguém para passear pago com Erário Público. É como eu sempre digo, o PT é o PT, o Lula é o Lula, e a Marta é a Marta. Lula e Marta já se descolaram do partido. É o melhor que fazem.

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Um “Transtorno Ético -Social”

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Segundo a psicologia, a personalidade é definida pela totalidade dos traços emocionais e de comportamento de um indivíduo (caráter). Pode-se dizer que é o “jeitão” de ser da pessoa, o modo de sentir as emoções ou o “jeitão” de agir. Um transtorno de personalidade aparece quando esses traços são muito inflexíveis e mal-ajustados, ou seja, prejudicam a adaptação do indivíduo às situações que enfrenta, causando a ele próprio, ou mais comumente aos que lhe estão próximos, sofrimento e incomodação.

Estamos vivendo no Brasil um tipo de transtorno social, algo que passaria pela personalidade pródiga dos políticos, e que por ser por demais contagiosa – com características de ” pandemia” – acabaria por contaminar até o discurso do presidente da república, que já não sabe mais “separar o público do privado” ao afirmar que, a discussão sobre o uso indiscriminado da cota de passagens aéreas recebidas pelos deputados federais é “hipócrita”, e que nada vê de reprovável em “dar passagens aéreas para dirigentes de sindicatos”.

Todos sabem que o dinheiro público não deve ser utilizado para pagar passagens de terceiros, tampouco ético é, apregoar que isso deva ser tratado como “algo normal” e dentro das expectativas da atual” ética no Brasil”, minimizando dessa forma, atos reprováveis cometidos por parlamentares. Blindar o Congresso Nacional através de um discurso presidencial que esbarra nos conceitos da probidade administrativa, é dar de ombros à moralidade cobrada pela sociedade na sua indignação com o mau uso do Erário Público.

Mas o que afinal ocorre com o mundo político brasileiro? De um lado estão os 261 deputados, eleitos pelo povo, que usaram a cota da passagem aérea de forma moral indevida, nos 1885 vôos internacionais entre janeiro de 2007 e outubro de 2008 – e que custaram à Nação custaram R$ 4,765 milhões. De outro, o pobre povo brasileiro que ouve resignado o presidente afirmar que tudo isso não é tão grave assim, numa apaixonante defesa dos atos desmedidos dos membros do Congresso.

Talvez estaríamos diante de um caso de TES. Um “Transtorno Ético -Social”, ainda não descrito pela medicina e psicologia, tão contagioso quanto a gripe suína, mas pouco alertado em seus aspectos profiláticos. Como se trata de um transtorno da personalidade política, cabe ao povo indignar-se, reagir e criar anticorpos, ou então sucumbirá na depressão democrática brasileira, – já imunodeprimida – numa doença da moral ainda não diagnosticada pelos estudiosos da mente, mas que infelizmente se propaga pelos ares de Brasília.

Fernando Rizzolo

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OAB quer que deputados devolvam dinheiro de passagens

BRASÍLIA – O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) do Rio de Janeiro, Wadih Damous, afirmou nesta terça-feira, 21, que pedirá apoio ao presidente do Conselho Federal da OAB, Cezar Britto, para provocar a atuação do Ministério Público Federal (MPF) na responsabilização de parlamentares que forneceram passagens aéreas de suas cotas para amigos.

“Queremos que haja uma ampla investigação e que o dinheiro indevidamente gasto seja devolvido aos cofres públicos”, disse Damous à Agência Brasil. “Essas passagens são de domínio público e não podem ser distribuídas a rodo para socialites, modelos e outras pessoas como se fosse uma quitanda. O uso dessas passagens se mostrou abusivo”, acrescentou.

Nas últimas semanas multiplicaram-se denúncias na imprensa de mau uso das passagens por parlamentares. Deputados usaram suas cotas para pagar bilhetes de viagens, inclusive ao exterior, para parentes e terceiros sem vínculo com as atividades próprias de mandato. Os fatos relatados, segundo o dirigente da OAB-RJ, demonstram que “o patrimonialismo continua entranhado na vida política brasileira”.

Wadih Damous entende que os deputados colaboram para o enfraquecimento da democracia quando não usam os recursos públicos com austeridade. “É mais um episódio que degrada a imagem do parlamento e põe em risco a própria democracia, desta vez com envolvimento de parlamentares que se diziam éticos. A população descrente da autoridade do parlamento é um elemento que pode dar vazão a ações autoritárias”, criticou.

No último dia 16, a Mesa Diretora da Câmara dos Deputados decidiu que a emissão de passagens aéreas ficará restrita a cônjuges, dependentes legais dos parlamentares ou assessores em atividade profissional. Também foi anunciada uma redução de 20% do total da verba gasta com passagens, que variava de R$ 4 mil a R$ 18 mil, por mês, de acordo com o estado de origem do parlamentar.

O presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), também adiantou que promoverá uma readequação e reestruturação geral de todos os pagamentos feitos pela Casa, como a utilização das verbas indenizatória, de postagem, de impressos e de auxílio-moradia. Os objetivos, segundo ele, é reduzir gastos e garantir maior transparência.

No Senado, após as denúncias, foi cortada a cota adicional de passagens de líderes partidários e integrantes da Mesa Diretora. Foi extinto também o direito que cada senador tinha de receber uma passagem por mês para o Rio de Janeiro.

agência estado

Rizzolo: Concordo plenamente com o nobre colega presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) do Rio de Janeiro, Wadih Damous, a OAB Federal deve provocar a atuação do Ministério Público Federal (MPF) na responsabilização de parlamentares que forneceram passagens aéreas de suas cotas para amigos. Essas passagens muito embora, pelo desgaste moral os deputados as entendam como legítimas, pertencem ao Erário público e deveriam por conseqüência serem devolvidas. E vejam bem, não se trata de demagogia, de tentativa de desmoralizar o Congresso, ao contrário, trata-se de moraliza-lo, de trazer os parlamentares ao nível mínimo de ética, de probidade, e de respeito ao povo brasileiro. A Ordem dos Advogados do Brasil não pode ficar de olhos fechados a essa monstruosidade cometida sem pudor aos pobres do Brasil. Leia também artigo meu: As passagens aéreas da Câmara e os que nunca decolaram

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Protógenes viaja com cota do PSOL

O delegado da Polícia Federal Protógenes Queiroz, ex-chefe da Operação Satiagraha, usou passagens da quota de pelo menos um deputado do PSOL para viajar e participar de eventos coordenados pela legenda. A prática configura envolvimento em “atividade político-partidária”. O artigo 43, inciso 12, da Lei 4.878/65, que estabelece o regime jurídico da PF, proíbe que delegados se envolvam com partidos políticos.

O levantamento completo das passagens ainda será feito pelo PSOL, mas ontem a deputada Luciana Genro (RS) disse ao Estado que seu gabinete emitiu pelo menos dois bilhetes para viagens de Protógenes a Porto Alegre. O Congresso não a proíbe de emitir essas passagens.

Embora não tenha filiação partidária, o delegado tem aparecido em público como parceiro informal do PSOL, sendo apoiado pelos deputados e pelo senador do partido, José Nery (PA), e apresentado como “vítima de perseguição das elites”.

Protógenes responde a processo disciplinar e inquérito da Corregedoria da PF por suspeita de quebra de sigilo funcional e violação da Lei de Interceptações Telefônicas – crime que teria cometido, e pelo qual foi indiciado, quando chefiava a Satiagraha e recrutou pelo menos 84 agentes da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para ajudar nas investigações que culminaram com a prisão do banqueiro Daniel Dantas (Opportunity) e do ex-prefeito Celso Pitta, ambos liberados depois.

AGRAVANTE

O uso das passagens agrava a situação do delegado no processo disciplinar, por reiterar o seu envolvimento com atividades partidárias. No último dia 13, ele foi afastado do exercício de qualquer função policial, por tempo indeterminado.

O processo contra Protógenes foi aberto em 3 de abril para apurar a participação em comício nas eleições de 2008, quando defendeu a candidatura do petista Paulo Tadeu D?Arcadia à Prefeitura de Poços de Caldas (MG). A tendência é de que ele seja expulso da corporação.

Segundo Luciana, o delegado obteve passagens no seu gabinete porque recebeu convite para participar de uma palestra na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e de um ato contra a corrupção, no centro de Porto Alegre, em novembro, com a presença da ex-senadora, candidata ao Planalto e agora vereadora de Maceió, Heloísa Helena (PSOL-AL).

“Eu usei da minha cota para que ele pudesse participar de um evento político. Acredito que pode, inclusive, ter sido mais de uma vez.”

Ela considera a prática legítima. “Se não usarmos a nossa cota de passagens, elas são canceladas. Acho normal que possam ser usadas para fazer política. É um despropósito que se use para a famílias passarem férias no exterior e não possamos usá-las para fazer política.”

O deputado Chico Alencar (PSOL-RJ) garantiu que não cedeu passagens para Protógenes. Já o senador Nery disse não ter certeza: “Ao que me conste, não cedi”, afirmou, lembrando, porém, que convidou o delegado para uma palestra em Belém (PA). “Ele é vitima de perseguição política e o PSOL se solidariza com a luta contra a corrupção.” Procurado para comentar o assunto, Protógenes não respondeu aos telefonemas.
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Rizzolo: Observem que do ponto de vista ético e moral, não há no Brasil ninguém na política com a devida sensibilidade para não utilizar o dinheiro público a seu favor. É impressionante a que ponto chegamos. Chegam até mesmo legalizar algo amoral como o direito as passagens a terceiros, como se isso fosse ético. Protógenes que sempre teve a seu favor um discurso moralista, intocável, se rende agora à farra das passagens. E observem, não importa se é da direita ou da esquerda, todos sem exceção não respeitam os pobres contribuintes, eleitores, que vivem no desalento neste País. pergunto: Isso é democracia?

“Democracia sem o devido pudor ético e moral se equivale aos piores regimes de exceção: ambos não respeitam e constrangem o desejo dos governados. O primeiro zomba e pouco considera-os, o segundo golpeia as estradas da liberdade com a força, e na mesma intensidade legislam em causa própria, como se a coisa pública fosse um legado do cargo que ostentam.”

Fernando Rizzolo

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As Passagens Aéreas da Câmara e os que Nunca Decolaram

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Não é raro por volta das seis horas da tarde, num dia de trânsito intenso, olhar para a esquerda ou à direita e observarmos uma multidão à espera por uma condução nos abarrotados pontos de ônibus. O trânsito nos denúncia e nos leva a refletir, o quanto doloroso deve ser embarcar num daqueles coletivos depois de um dia de labuta.

Problemas de transporte à parte, olhar a pobre multidão sempre nos leva a pensar sobre a essência dos problemas brasileiros – que são inúmeros. A cena também nos remete, à indignação em relação à postura daqueles, que indicados foram pelos pobres do ponto de ônibus, a representa-los no Congresso, quando da oportunidade que a democracia lhes deu em nomear um parlamentar para representá-los.

Pelas notícias inclinam-se eles resignados, ao ler na banca de jornal, que, segundo a imprensa, com a exceção de João Paulo Cunha (PT), todos os deputados ouvidos disseram não ver problemas no uso da cota aérea para emissão de passagens para familiares e pessoas conhecida, constituindo assim numa “farra aérea” a favor de si mesmos.

Não é possível que num País pobre como o Brasil, não exista entre os membros da Câmara, um consenso e uma visão de valor que esbarre num conceito de ética e, até porque não dizer, de culpabilidade social, em saber que tal atitude com o dinheiro público – mesmo que não haja irregularidade legal – fere os princípios básicos que balizam a moralidade exigida nos homens públicos.

Precisamos reeditar os conceitos da ética e da moral nas coisas públicas, para que aqueles que jamais decolaram quer do ponto de vista aéreo ou social, não se sintam humilhados, decepcionados e traídos pela democracia, nas imensas filas dos ônibus, na espera dos hospitais, ou simplesmente nas bancas de jornais.

Fernando Rizzolo

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Temer diz que críticas ao Congresso são ‘injustas’

SÃO PAULO – Em meio às denúncias de irregularidades no Congresso Nacional, o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB), defendeu hoje o Poder Legislativo, ao chamar de “absolutamente injustas” as críticas à Câmara e ao Senado. Para o parlamentar, as acusações contribuem para uma “consciência pública negativa” que pode levar a retrocessos na democracia. “A história nos recomenda cuidado. Se fizermos uma pesquisa popular, talvez 80% diga que o Legislativo é desnecessário, que se pode fechá-lo”, disse ele, ao participar hoje de encontro do Grupo de Líderes Empresariais (Lide), em São Paulo.

Na defensiva, Temer esquivou-se de responder sobre duas novas denúncias de abusos na Câmara: a contratação de uma empregada doméstica com verba da Casa e o mau uso de passagens aéreas. “Não vou adotar o hábito de condenar antes de julgar”, respondeu o presidente da Câmara, na entrevista coletiva após o evento, ao ser questionado sobre o caso do deputado Alberto Fraga (DEM-DF), que de acordo com a denúncia paga a empregada de sua casa como se ela fosse funcionária do Legislativo.

Sobre o repasse de verbas para até uma passagem por dia para cada deputado, Temer disse que há um estudo em curso para cortar gastos. “Estamos fazendo um estudo técnico, que não há de se pautar por aquilo que se diz aqui e acolá”, respondeu ele, não sem antes reclamar dos questionamentos da imprensa. “Não se costuma perguntar sobre o que está sendo feito de bom.”

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Rizzolo: O grande problema da democracia representativa, que ainda é a melhor que a participativa, é termos ainda que ouvir defesas acaloradas dos comportamentos nada éticos do Congresso Nacional. O Nobre presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB), reconheceu que o povo brasileiro acha desnecessário este legislativo que aí se apresenta. Ora, seria temerário admitir, que o povo brasileiro é mal informado, autoritário, e não gosta da democracia. Longe disso, senhores, o povo do Brasil não quer corrupção, quer ética, quer boa aplicação dos recursos públicos, quer abolir o loteamento de cargos, a politicagem. Ao contrário do que o Nobre deputado afirma, o povo brasileiro quer avançar na democracia por que da forma em que se apresenta atualmente, está a retroceder.

Assistencialismo não resolve desigualdade, diz Serra

SÃO PAULO – O governador de São Paulo, José Serra (PSDB), defendeu hoje a educação como a melhor forma de promover justiça social. “Num país dividido entre poucos ricos e muitos pobres, a forma de promover justiça social não pode ser apenas o assistencialismo”, discursou, numa referência velada a programas sociais do governo federal como o Bolsa Família. “O acesso à educação e à cultura é uma forma de dar enriquecimento real às populações marginalizadas, que passam a ter acesso ao conhecimento, ao mercado de trabalho e à riqueza.”

Em evento de inauguração do Catavento Espaço Cultural da Ciência, instalado no Palácio das Indústrias, centro de São Paulo, o governador chamou o lugar de “escola das escolas” e propôs que outros Estados sigam o modelo. O espaço é interativo e apresenta atrações de várias áreas do conhecimento – biologia e física, principalmente. Serra experimentou a maioria dos brinquedos educativos. Chegou a sentar em uma cadeira que gira de acordo com os movimentos do corpo e abraçou alunos da rede estadual que participaram da inauguração.

Marcou presença na inauguração a primeira-dama do Estado, Mônica Serra, figura rara em eventos oficiais. O governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (DEM), também participou da cerimônia e foi saudado por Serra como um “grande amigo”. No discurso, Serra abandonou as folhas de papel e utilizou um teleprompter, seguindo à risca o texto, sem improvisações. Na coletiva, o governador de São Paulo encerrou a entrevista ao ser questionado sobre o envolvimento do PSDB na Operação Castelo de Areia da Polícia Federal.
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Rizzolo: Eu ainda completaria a afirmação do governador Serra, apenas com a educação daremos uma qualidade na nossa democracia, pois através dela faremos com que o eleitor saiba a diferença entre um discurso populista e o sério. Agora se serviu a afirmação para de forma velada criticar o Bolsa Família, não concordo. Com efeito, os pobres que estão abaixo da linha da pobreza precisam sim numa primeira fase do assistencialismo do Estado, precisam comer antes de tudo, e criticar o programa por criticar não é saudável. Precisamos sim criar emprego para fazer com que aqueles que estejam sendo atendidos possam partir para um emprego. É isso aí.

Corrupção no Brasil é ‘endêmica’, diz Fernando Henrique

SÃO PAULO – O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso cobrou hoje atitude do governo federal ao lidar com denúncias de corrupção envolvendo integrantes da administração pública. FHC afirmou que a corrupção no País é “endêmica” e admitiu que não poderia dizer que sua gestão passou ilesa por essas questões, mas disse que, diferentemente do que ocorre atualmente com a administração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ele “não passou a mão na cabeça de corruptos”. “A corrupção é uma coisa endêmica. Mas não tem uma palavra minha de passar não na cabeça de corrupto. Nenhuma. Não houve nenhum momento em que a alusão à corrupção não tivesse sido seguida de uma demissão.”

Ao comparar sua atuação como presidente em relação à corrupção, FHC não citou o nome do presidente Lula. “A diferença é de atitude. Não posso garantir que não tenha havido corrupção, mas posso garantir que, sim, nunca compactuei com ela”, afirmou ele, durante o seminário 15 anos do Plano Real: Antecedentes, Resultados e Perspectivas, realizado na Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomercio-SP), com o apoio da Agência Estado.

Indagado, FHC evitou falar sobre as pessoas que, em sua avaliação, “deveriam ser presas” por corrupção. “Eu não preciso nominar ninguém. O Ministério Público (MP) já nominou, a condenação é que ainda não houve, porque é um processo lento”, declarou. O ex-presidente defendeu mais agilidade por parte do Judiciário para decidir sobre casos de corrupção. “Esse não é um problema desse governo, é do Brasil. O que garante a continuidade da corrupção é o sentimento de impunidade”, disse.

Lalau

Questionado sobre pessoas corruptas que teriam sido presas durante seu governo, ele citou o juiz Nicolau dos Santos Neto, conhecido como Lalau e condenado a 26,5 anos de prisão pelos crimes de peculato, estelionato e corrupção passiva. O juiz foi acusado de desviar R$ 169,5 milhões durante a construção da sede do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) na capital paulista. “Talvez seja o único preso até hoje. É patético”, afirmou o ex-presidente. Atualmente, Lalau cumpre prisão domiciliar devido à idade avançada.

FHC ironizou as críticas feitas pelo presidente Lula, que disse ontem que ex-presidentes devem se manter calados. “Ai, que saudade do governo militar, em que eu podia falar”, disse. Na década de 1960, o ex-presidente já era conhecido como sociólogo de renome internacional e ficou exilado no Chile e na França nos anos mais violentos da ditadura militar.
agência estado

Rizzolo: O grande problema no Brasil é que a administração pública quando se vê às voltas com problemas de corrupção logo a política partidária correspondente aos envolvidos – e aí vale qualquer partido – salta à frente das investigações e promovem as famosas CPIs que acabam em nada. A corrupção é endêmica no Brasil há muitos anos, inclusive no governo de FHC. Só através de uma nova visão política de ética, uma safra de novo políticos, promovendo educação ao povo, e uma nova legislação eleitoral que obrigue a prestação de contas aos que detem os mandatos, é que poderá o Brasil reverter este quadro. Leia artigo meu: O Aero Willys e o Congresso Nacional

FHC cobra postura externa mais ousada do Brasil

RIO – O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso defendeu hoje que o Brasil assuma posições mais ousadas na política exterior com ambições além de uma potencia regional. No seminário “Os desafios da Política Externa Brasileira”, comemorativo dos 10 anos do Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri), Fernando Henrique disse que o Brasil precisa deixar de lado “as calças curtas” e se preparar para atuar como adulto nas relações internacionais.

“O Brasil não pode ter medo de assumir posições por causa da solidariedade com outros países”, afirmou o ex-presidente. Um dos campos em que o País deve ser mais ambicioso, segundo Fernando Henrique Cardoso, é o do meio ambiente. No evento, o ex-presidente se recusou a dar declarações sobre a política interna brasileira.
Agência Estado

Rizzolo: Bem quem acompanha este Blog sabe que tenho dito há muito tempo com insistência, que essa política de ” solidariedade latino americana ” está custando caro ao Brasil. Não podemos nos assemelhar aos discursos Chavistas, apoiando inconteste a esquerda latino americana. O que ocorre hoje é que o Brasil, capitaneado por segmentos da esquerda petista e outras esquerdas retrógradas, amarram o Brasil. Fazem com que a política externa se torne tímida, policiada, até porque, na visão deles, ” não podemos magoar Chavez “. Imaginem, o que o socialismo bolivariano, as esquerdas pensariam de nós.

O que FHC diz, quando se refere ao ” medo de assumir posições por causa da solidariedade com outros países” é exatamente isso. A ousadia na postura externa é termos desenvoltura, firmeza,
coragem na defesa dos nossos interesses. Agora se você diz isso a alguns segmentos da esquerda, você é um ” serviçal do império”, ou você tem “contradições”, ou um “judeu imperialista”, é aquela coisa antiga, dos anos 50, meio Che Guevara, ao som de Chico.

A última agora é cumprimentar mal, estive num evento outro dia, num sindicato, – não vou citar qual e aonde – e dois representantes famosos, mas muito famosos, de um segmento da esquerda petista brasileira, me cumprimentaram mal, meio que dizendo. Ah! É você o Rizzolo é? Só não gostaram quando a pessoa mais importante do evento, citou minha presença na tribuna, alto e em bom som. Problema deles, pelo menos ela é educada, fina, e um dia ainda pode vir a ser Presidente da República.